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A FUNÇÂO DO PROFESSOR NA IGREJA
O PAPEL DO PROFESSOR NAS IGREJA ESCOLA DOMINICAL N.7
Sendo a Didática a arte e a técnica de transmitir o ensino ou os conhecimentos, o professor tem papel fundamental, no sentido de "estimular, dirigir e auxiliar a aprendizagem..."(CGADB, P. 11). O Professor cristão deve ser um instrumento nas mãos do Espírito Santo, para transmitir a Palavra de Deus. Jesus disse: "Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo" (Mt 19.28).
Segundo GRIGGS (p. 18-20), o professor cristão deve ser amigo, procurando relacionar-se bem com os alunos; deve ser intérprete, traduzindo para os alunos aquilo que lhes é ensinado; planejador, procurando adaptar as lições, os currículos às necessidades dos alunos; aprendiz, estando disposto a colocar-se no lugar dos que querem sempre aprender mais para ensinar melhor.
Além disso, o professor cristão deve ser um EXEMPLO para seus alunos. "Assim falai, assim procedei..." (Tg 2.12). Na escola secular, o professor pode ser um mero transmissor de conhecimentos. Na Igreja, é diferente. O professor tem que ser didático e exemplar.
3. ATITUDES DO PROFESSOR DA EBD
O professor, na igreja, precisa ser "...APTO PARA ENSINAR" (2 Tm 2.24), precisa ser uma pessoa DEDICADA AO ENSINO (Rm 12.7) e, como OBREIRO, precisa apresentar-se "...a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a Palavra da verdade" (2 Tm 2.15).
Orientador das mentes e vidas dos alunos;
Entusiasmado, sincero, humano e otimista;
Atualizado, não só em termos do que ensina, mas de outras áreas;
Não fugir do assunto da lição, contando "testemunhos" e estórias para passar o tempo;
Enriquecer a lição com fatos novos;
Não ler simplesmente a lição diante da classe; seguir o roteiro, comentando e dando oportunidade aos alunos para se expressarem;
Não confiar no improviso; deve ler e PREPARAR a lição com antecedência, conferindo com a Bíblia.
Pontual e assíduo, para não decepcionar os alunos;
Ao final de cada aula, sempre fazer a avaliação (perguntas, testes, etc..)
4. COMO O PROFESSOR DEVE VER O ALUNO
Nas igrejas, é comum o ensino tradicional em que o ALUNO NÃO É O CENTRO do ensino. É por isso que muitos alunos iniciam o ano na Escola Dominical, mas, 3 meses depois, não vão mais à EBD.
É importante que o professor entenda que é um instrumento de Deus a serviço da formação espiritual dos alunos. Estes devem ser o alvo do ensino, e não o professor.
IV - O EXEMPLO DE JESUS COMO PROFESSOR
O Mestre Divino deixou-nos os seguintes exemplos (Manual da EBD, p 165-6):
1) Conhecia a matéria que ensinava (Lc 24.27);
2) Conhecia seus alunos (Mt 13; Lc 15.8-10; Jo 21);
3) Reconhecia o que havia de bom em seus alunos (Jo 1.47);
4) Ensinava verdades bíblicas de modo simples e claro (Lc 5.17-26; Jo 14.6);
5) Variava o método de ensino conforme a ocasião e o tipo de ouvintes, como se pode ver a seguir:
Lições práticas (Jo 4.1-42) - falou da água para atrair a mulher samaritana;
Pontos de contato (Jo 1.35-51): o relacionamento entre André, João, Pedro, Filipe e Natanael;
Solução de problemas (Mt 22.15-21). Pediu uma moeda e questionou os deveres para com Deus e as autoridades.
Técnica de perguntas. Jesus fez mais de cem perguntas para levar as pessoas a entender sua mensagem.
Parábolas. O Mestre utilizou grandemente o recurso das parábolas para evidenciar as verdades eternas.
Oportunidades (Mt 26.17-30; Jo 13.1-20). Ele aproveitou a ocasião da Páscoa, e lavou os pés dos discípulos para ensinar sobre sua morte e sobre a humildade do servo.
Trabalho em grupo (Mt 5 a 7; Jo 14 a 17). Tanto pregava a grandes grupos (as multidões) como a pequenos grupos (os discípulos); na casa de Lázaro, Marta e Maria, etc.
Ele levava o discípulo a aprender a resolver problemas. Na multiplicação dos pães, Ele disse: "Dai-lhes vós de comer..." (Lc 9.13a). Ele não trabalhava só. Valorizava o GRUPO. Formou um grupo de 12 discípulos para fazer o trabalho com Ele. Incentivava os discípulos a praticar o aprendizado. Enviou 12, de dois em dois; depois, enviou 70, de dois em dois.
V - OS OBJETIVOS DO ENSINO NA IGREJA
De acordo com GILBERTO (P. 153-4), os objetivos do ensino bíblico são:
1) O aluno e suas relações com Deus (Is 64.8);
2) O aluno e suas relações com o Salvador Jesus (Jo 14.6);
3) O aluno e suas relações com o Espírito Santo (Ef 5.18);
4) O aluno e suas relações com a Bíblia (Sl 119.105);
5) O aluno e suas relações com a Igreja (At 2.44; Ef 4.16);
6) O aluno e suas relações consigo mesmo (Fp 1.21; 3.13,14);
7) O aluno e suas relações com os demais alunos e com as demais pessoas (Mc 12.31).
O Trabalho do Professor ESCOLA DOMINICAL N.6
Se você atendeu ao chamado de ensinar em uma classe de Escola Dominical, na verdade você aceitou um grande trabalho, porque este chamado traz consigo o privilégio e a responsabilidade de cooperar com Deus na formação do caráter cristão, e no compartilhamento do conhecimento espiritual. De modo real essa pessoa foi chamada ao ministério. Reconhecendo a importância e a dignidade de seu chamamento, você deve propor-se, com a ajuda de Deus, a conseguir maior e melhor rendimento possível em seu trabalho, fazendo dele uma verdadeira vocação.
Em primeiro lugar, você deve procurar o que não se adquire por mero estudo: os dons espirituais especialmente apropriados ao professor (1 Coríntios 12:7-10, 28). A partir daí, lembrando-se de que Deus sempre opera em colaboração com nossa inteligência, você, como professor, começa seu próprio treinamento, fazendo a si mesmo as seguintes perguntas:
1. Por que ensino? Qual é meu propósito e que objetivo quero alcançar?
Você, professor, precisa ter percepção clara e bem definida do propósito de seu ensino. Só assim poderá ter êxito em seu trabalho. Se não houver um propósito firme e uma preparação prévia, se tudo for deixado ao acaso, assim também serão os resultados de seu ensino. Depois de considerar bem o assunto, o verdadeiro professor espiritual chega à conclusão de que seu trabalho principal e o fim primordial de seu esforço, serão a aplicação das verdades bíblicas para guiar seus alunos a um conhecimento experimental de Cristo; que cada lição seja um instrumento para o crescimento do caráter cristão. Em resumo, seu objetivo principal tem largo âmbito moral e espiritual.
2. A quem ensinarei? Que tipo de alunos receberá meu ensino?
Seu talento e suas condições pessoais, como professor, revelarão se lhe convém mais ensinar aos adultos, aos jovens, aos adolescentes, aos intermediários, aos primários ou às criancinhas.
3. Que ensinarei? Que conhecimento do assunto possuo?
O objetivo principal de seu ensino será, é claro, a Bíblia; por isso deve fazer o máximo que puder para dominar as histórias, as doutrinas, a geografia e os costumes mencionados na Bíblia. "Tu, pois, que ensinas a outro, não te ensinas a ti mesmo?" (Romanos 2:21).
O professor não pode compartilhar o que não sabe, não pode explicar o que não compreende, nem pode falar com autoridade se não tiver um conhecimento completo da matéria que ensinará. Se você tem intenção de entregar-se à dura tarefa de ensinar, estude "sem cessar", leia diligentemente acerca de tudo o que a Bíblia ensina em diversos níveis, e faça um estudo sistemático da Palavra de Deus. Certamente este programa significa trabalho duro, mas não se alcança um ensino eficaz e eficiente sem esforço. O verdadeiro professor tem que alcançar os frutos de seu ensino com o suor de seu rosto. No entanto, todo esforço árduo é rico em recompensas.
4. Como ensinarei?
Responder a esta pergunta é de grande importância. Não importa quanto conhecimento o professor possua, falhará se não possuir também a arte de ensinar, isto é, se não souber transmitir esses conhecimentos a seus alunos. E esta pergunta nos leva ao tema do livro: A arte de ensinar lições bíblicas na Escola Dominical.
Será que alguém pode, na verdade, aprender a ensinar? Podemos imaginar você, leitor, dizendo: "Eu pensei que ensinar fosse um dom que algumas pessoas têm por natureza!" É verdade que certos indivíduos possuem capacidade especial para ensinar, mas é também acertado dizer-se que esta arte pode ser adquirida.
Algumas pessoas parecem "gênios"; mas na maioria dos casos, o gênio é o resultado de dois por cento de inspiração e noventa e oito por cento de transpiração, como disse Thomas Edison.
O ensino é uma arte que pode ser adquirida porque é governada por leis definidas. Estude e domine estas leis, aplique-as com paciência, e você descobrirá que está ensinando bem. O bom êxito depende de "saber como fazê-lo".
Extraído do livro: Ensinando com Êxito na Escola Dominical - Myer Pearlman - Ed,Vida