A PENA DE MORTE NO ANTIGO TESTAMENTO
Pacto com Noé. Na aliança firmada entre Deus e Noé (e sua descendência), a pena de morte já aparece de modo claro e direto: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem” (Gn 9.6). Certamente, o Senhor teve em mente dissuadir os que quisessem continuar com a maldade e a violência perpetrada contra seus semelhantes, como na civilização antediluviana, quando a maldade do homem se multiplicara (Gn 6.5), e perpetraram-se assassinatos por coisas banais. “E disse Lameque a suas mulheres: Ada e Zilá, ouvi a minha voz; vós, mulheres de Lameque, escutai o meu dito: Porque eu matei um varão, por me ferir, e um jovem, por me pisar” (Gênesis 4.23).
Lei de Moisés. A pena de morte não só era praticada, como também foi ampliada para muitos delitos: homicídio doloso— “Quem ferir alguém, que morra, ele também morrerá; porém, se lhe não armou ciladas, mas Deus o fez encontrar na suas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde ele fugirá. Mas, se alguém se ensoberbecer contra seu próximo, matando-o com engano, tirá-lo-ás do meu altar para que morra” (Êxodo 21.12-14); adultério — “Também o homem que adulterar com a mulher de outro, havendo adulterado com a mulher de seu próximo, certamente morrerão o adúltero e a adúltera...” (Levíticos 20.10-21);sequestro (Êx 21.16; Dt 24.7); homossexualismo (Lv 18.22; 20.13); sexo com animais — bestialidade (Êx 22.19); falsas profecias(Dt 13.1-10); blasfêmia (Lv 24.11-14); sacrifícios a deuses estranhos (Êx 22.20); profanação do dia de descanso (Êx 35.2; Nm 15.32-36); desobediência contumaz aos pais (Dt 17.12; 21.18-21). “Mas, se houver morte, então, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Êx 21.23,24).
O caso de Acã. Após a conquista de Jericó, Josué determinou uma interdição, sob anátema, segundo a qual nenhum israelita poderia tocar e se apropriar dos despojos daquela cidade maldita. Entretanto, a cobiça, às vezes, fala mais alto. Assim, “prevaricaram os filhos de Israel no anátema; porque Acã, filho de Carmi, filho de Zabdi, filho de Zerá, da tribo de Judá, tomou do anátema, e a ira do SENHOR se acendeu contra os filhos de Israel” (Js 7.1): Israel foi derrotado diante de um pequeno exército da Cidade de Aí. Mais ainda: a pena de morte foi o castigo não só para o desobediente Acã; toda sua família, de igual modo, pereceu (Js 7.15). “...E disse Josué: Por que nos turbaste? O SENHOR te turbará a ti este dia. E todo o Israel o apedrejou com pedras, e os queimaram a fogo e os apedrejaram com pedras” (Js 7.24,25).
A PENA DE MORTE NO NOVO TESTAMENTO
Nos Evangelhos.
Em Atos dos Apóstolos. No capítulo 5, vemos o caso de Ananias e Safira, sua esposa: ambos fulminados um após o outro, por terem mentido, usando de falsidade ideológica, num ato indigno, de apropriação indébita do dinheiro que não lhes pertencia (Caso isso voltasse a acontecer, só Deus sabe quantos seriam destruídos). Notemos que Deus aplicou a pena capital através dos apóstolos, fato que não voltou a ocorrer na Igreja Primitiva. Certamente isso aconteceu para mostrar que os praticantes de pecados desta natureza são passíveis de juízo, caso não se arrependam.
Nas epístolas. Doutrinando sobre as relações entre o cristão e o Estado, o apóstolo Paulo escreveu: “Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus. Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação. Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela. Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal” (Rm 13.1-4). “Aí, vemos que a autoridade constituída (o princípio da autoridade) emana de Deus; e os magistrados, quando atuam legitimamente, com integridade e parcialidade totais, estão agindo legitimados pela autoridade do Todo-Poderoso, trazendo a espada” (pena de morte).
Há respaldo bíblico para a pena de morte, não como regra, mas como exceção. Devido às suas falhas, erros, fraquezas e também leniência (por opção, por decisão nacional, por consenso, etc.), o sistema judicial de várias nações evita a pena capital e, arbitra então pela perda da liberdade do delinquente — a prisão temporária, ou mesmo a prisão perpétua. “Visto como não se executa logo juízo sobre a má obra, por isso o coração dos filhos dos homens está inteiramente disposto para praticar o mal” (Eclesiastes 8.11). Confira ainda, Isaías 26.9,10.
“Em princípio não existe argumento bíblico contra a pena de morte, pois a ‘espada’ foi confiada ao governante, e o sistema mosaico adotava a pena capital em pelo menos dez tipos de crimes”. Crimes violentos, sexuais e barbárie. Mas, ao aplicar-se o mesmo princípio, não se encontra precedente bíblico em favor da pena capital como hoje se adota, pois o precedente bíblico condenava à morte não só o homicida, mas também o adúltero e o que amaldiçoasse pai e mãe. Lembremo-nos de como Jesus tratou a mulher apanhada em adultério (Jo 8.3-11). Não se pode argumentar que na antiguidade não existiam as penas alternativas. Além da verdadeira restituição, o código mosaico previa o açoite e o exílio (...).A lei, os profetas e o Evangelho trabalham juntos para vencer o mal e fazer brotar a fome e sede de justiça, que o reino de Cristo saciará.
Assim também acontece em relação à pena capital. Em casos extremos ela pode ser moralmente permitida — mas não é um ideal. A lei de talião permite castigo proporcional ao crime de tirar a vida de alguém. Mas é possível perder-se o direito de viver, sem receber a pena de morte, e o amor sempre buscará um castigo remidor. De igual modo, no atual sistema de leis onde existem tantas injustiças com as minorias e os pobres, o acesso aos recursos legais, por exemplo, ainda é negado a muitos. Reflitamos, portanto, se a pena de morte é justa. Devemos sempre buscar justiça, sim, mas uma justiça temperada de amor” (Ética: As Decisões Morais à Luz da Bíblia. CPAD, pp.114,115).
A EUTANASIA
Um crente em Jesus está na UTI, e os médicos concluem que não há mais solução para sua doença. Todos os esforços serão inúteis. O que fazer? Continuar com o tratamento custoso? Desligar os aparelhos? Muitos têm recorrido ao suicídio, como se fosse uma porta de emergência para escapar da dor. O que podemos dizer como cristãos acerca disso?
O que significa? A palavra “eutanásia” vem de dois termos gregos: eu, com significado de “boa” e thánatos, que significa “morte”. Do que resulta o termo eutanásia, sugerindo a ideia de “boa morte”. Tal conceito é aplicado aos casos em que o médico, usando meios a seu dispor, leva o paciente à “morte misericordiosa”, pondo fim ao seu sofrimento.
A eutanásia ativa. É aquela em que o médico, a pedido do paciente, ou de familiares, através da aplicação de algum tipo de agente (substância, medicamento, etc.) leva o doente à morte, evitando o seu sofrimento. Há quem defenda essa prática, sob o argumento de que “não se deve manter artificialmente a vida subumana ou pós-humana vegetativa”, e que se deve evitar o sofrimento dos pacientes desenganados, com moléstias prolongadas tais como câncer, AIDS e outras.
O posicionamento bíblico.
O argumento em favor da eutanásia, alegando que deixar alguém sofrendo sem a mínima perspectiva de sobrevivência é menos moral do que acelerar a morte para tal pessoa, é humano e não tem base bíblica. “Matar por misericórdia”, mesmo com consentimento de quem está sofrendo, não é moralmente correto, e tal pedido equivale ao suicídio. Assim, quem pratica esse tipo de eutanásia é cúmplice de suicídio. A vida é santa em si e em sua finalidade. Somente Deus pode e tem o direito de dar a vida e de tornar a tirá-la. O nosso dever é aliviar o sofrimento das pessoas por outros métodos e não tirando-lhes a vida.
Ao contrário, devemos envidar todo esforço na tentativa de sua cura, seja por medicamentos, seja pela oração da fé “...e a oração da fé salvará o doente, e o Senhor o levantará; e, se houver cometido pecados, ser-lhe-ão perdoados. Confessai as vossas culpas uns aos outros e orai uns pelos outros, para que sareis; a oração feita por um justo pode muito em seus efeitos” (Tiago 5.15,16).
O CRISTÃO E O SUICÍDIO
O suicídio na Bíblia. Nas Escrituras, encontramos o registro de alguns casos de suicídio. Em todos eles, vemos que seus protagonistas foram pessoas que deixaram de lado a voz do Senhor, e desobedeceram à sua Palavra:
O caso de Sansão. Ele caiu nos braços de uma prostituta, chamada Dalila (Jz 14.3; 16.11). Traído por ela, foi levado ao cárcere. Numa festa ao deus Dagon, foi apresentado como troféu, e fez o templo desmoronar sobre ele e seus inimigos.
Há quem cite o caso de Sansão (Jz 16.30) como exemplo de suicídio aprovado por Deus. Quem pensa assim desconhece toda a história de Sansão e sua era teocrática. Há casos em que uma pessoa morre, sacrificando-se por outra ou por outras. Um bombeiro entra no fogo e salva várias pessoas, mas ele morre; um soldado lança-se sobre uma granada, impedindo que muitos companheiros pereçam. Isso não é suicídio. É sacrifício. Ver o caso da rainha Ester (Ef 4.11-15).
Sugestão de uma esposa sem fé. A mulher de Jó sugeriu, diante de seu sofrimento, que ele amaldiçoasse a Deus e morresse (se suicidasse). Ele, porém, não aceitou tal ideia, e de modo resignado, confiou integralmente no Senhor.
O posicionamento cristão. A vida é sagrada e somente Deus pode dar e tirar a vida. Moisés pediu a Deus que tirasse a sua vida (Nm 11.15). O profeta Elias também fez o mesmo pedido (1 Rs 19.4) e da mesma forma o profeta Jonas (Jn 4.3). Deus não atendeu a nenhum desses pedidos. Isso mostra que a vida pertence a Deus e não a nós mesmos. Deus sabe a hora em que a vida humana deve cessar, e Ele é o soberano de toda a existência.
As Sagradas Escrituras condenam o suicídio pelos seguintes motivos:
O ser humano deve respeitar seu corpo como propriedade de Deus. Por isso, não compete ao homem tirar a sua vida. Ao contrário, tudo ele deverá fazer para protegê-la.Esperamos que estes subsídios contribuam para uma reflexão mais aprofundada dos assuntos estudados, na busca de respostas mais consistentes em relação aos problemas éticos que são verdadeiros desafios à igreja do Senhor, principalmente no início de um novo milênio, quando os mais diversos e inusitados questionamentos inquietam os servos de Deus.
“O compromisso cristão com a vida não pode ser tratado como um ‘caso amoroso com o feto’, segundo a acusação de alguns críticos, ou como um desejo de impor a moralidade repressiva vitoriana. Ao invés disso, o crente é dirigido por uma convicção, baseada na revelação bíblica, sobre a natureza das origens do homem e o valor da vida humana. Por isso, diante de um soldado mutilado brigando pela vida, o Dr. Kenneth Swan não consultou nenhum livro de ética ou discussão de princípios abstratos. Tendo sido criado numa cultura saturada pela tradição judaico-cristã de que a vida humana tem valor intrínseco, porque foi criada à imagem e semelhança de Deus, ele simplesmente fez o que naturalmente lhe ocorreu. O médico salvou a vida do soldado.
Porém, o que antes fora a cultura de vida, está sendo hoje tomado pelo que um grande líder cristão chamou de ‘cultura de morte’ construída sobre a ética naturalista que está afetando grandemente toda a sociedade, desde o não nascido ao velho e enfermo, desde o deformado e incapacitado ao fraco e indefeso. De forma insensata buscando sua própria lógica, essa cultura de morte nega que a espécie humana é superior a todas as outras espécies biológicas, e termina com a ameaça à vida em cada estágio. Tal conceito tanto progrediu que a eutanásia é hoje um direito protegido pela constituição de um estado americano, financiada pelo programa de assistência médica, e o infanticídio está sendo defendido por respeitados acadêmicos e cientistas, tudo sem quase nenhum murmúrio de indignação pública ou discordância” (E Agora, Como Viveremos? CPAD, p.152).
“Os direitos pertencem somente às pessoas; assim, se alguém pode ser reduzido a uma não pessoa, então não tem direito nenhum. Peter Singer, recentemente indicado como professor de Bioética, em Princenton, defende de forma aberta a permissão dos pais matarem bebês deficientes, com base de que estes não são ‘pessoas’ até que sejam racionais e autoconscientes. Como não pessoas, diz ele, são ‘substituíveis’, à semelhança de galinhas ou de outra criação. Singer não para por aí. Ele continua a defender a morte de pessoas incapazes, de qualquer idade, se seus familiares decidirem que suas vidas ‘não valem a pena ser vividas’ — Este é o tipo indizivelmente desumano de ética que alunos em algumas das mais privilegiadas escolas dos EUA estão aprendendo hoje. E o que acontecerá quando essa elite de estudantes chegar a posição de poder?” (E Agora, Como Viveremos? CPAD, p.157).
O CRISTÃO E AS FINANÇAS
A vida cristã deve ser pautada pelo equilíbrio. O que somos, a forma como vivemos, o tratamento que dispensamos ao próximo e a nós mesmos, nada escapa às regras estabelecidas por Deus em sua Palavra para nosso bem-estar. Neste conjunto de normas, está incluída a forma como gastamos nosso dinheiro. Devemos ganhá-lo com trabalho honesto e fugindo das práticas ilícitas. Somos filhos de Deus e dEle recebemos todas as boas dádivas, inclusive bens materiais. É lícito desfrutarmos dos benefícios que o dinheiro traz. Não é lícito nos apegarmos a ele transformando-o em objeto de cobiça e tentando consegui-lo a qualquer custo. Deus recomendou ao homem, no Éden, que buscasse sustento, sacrificando o suor de seu rosto, não a sua dignidade.
O dinheiro pode ser bênção ou maldição, dependendo do uso que dele fazemos. Se o fizermos de modo judicioso e para glória de Deus e expansão do seu reino, com gratidão pelos bens adquiridos, seremos recompensados pelo Senhor. Que possamos utilizar nossos recursos financeiros de modo honesto, como verdadeiros mordomos de nosso Senhor Jesus Cristo. Saiba-se que a avareza é uma forma de idolatria (Cl 3.5).
TUDO O QUE SOMOS E TEMOS VEM DE DEUS
Somos seus filhos. Todas as pessoas pertencem a Deus, por direito de criação (cf. Sl 24.1). Nós cristãos, temos algo a mais, pois somos filhos de Deus por criação, mas também por redenção e ainda por direito de, através da nossa fé em Jesus: “Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome” (Jo 1.12).
Deus nos dá todas as coisas. Na condição de filhos, Deus nos concede todas as bênçãos espirituais de que necessitamos (Ef 1.3; Fp 4.19; Tg 1.17) e também nos confere as bênçãos materiais. No Pai Nosso, lemos: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje” (Mt 6.11). Nos salmos, está escrito: “quem enche a tua boca de bens, de sorte que a tua mocidade se renova como a águia” (Sl 103.5). Os não crentes têm as coisas por permissão de Deus, sejam ricos ou pobres. Nós, seus filhos, temos as coisas, incluindo o dinheiro, como dádivas de sua mão. Davi tinha essa visão, quando disse: “Porque tudo vem de ti, e da tua mão to damos” (1Cr 29.14).
COMO DEVEMOS GANHAR O “NOSSO” DINHEIRO?
Com trabalho honesto. A ética bíblica nos orienta que devemos trabalhar com afinco para fazermos jus ao que percebemos. Desde o Gênesis, vemos que o homem deve empregar esforço para obter os bens de que necessita. Disse Deus: “No suor do teu rosto, comerás o teu pão...” (Gn 3.19a). O apóstolo Paulo escreveu, dizendo: “Porque bem vos lembrais, irmãos, do nosso trabalho e fadiga; pois, trabalhando noite e dia, para não sermos pesados a nenhum de vós, vos pregamos o evangelho de Deus” (1Ts 2.9); “e procureis viver quietos, e tratar dos vossos próprios negócios, e trabalhar com vossas próprias mãos, como já vô-lo temos mandado” (1Ts 4.11). “Se alguém não quiser trabalhar, não coma também”(2Ts 3.10). Daí, o preguiçoso que recebe salário está usando de má fé, roubando e insultando os que trabalham.
Fugindo de práticas ilícitas. O cristão não dever recorrer a meios ou práticas ilícitas para ganhar dinheiro, como o jogo, o bingo, a rifa, loterias, e outras formas “fáceis” de buscar riquezas. Em Provérbios, lemos: “O homem fiel abundará em bênçãos, mas o que se apressa a enriquecer não ficará sem castigo” (Pv 28.20). O cristão também não deve frequentar casas de jogos, como cassinos e assemelhados. Esses ambientes estão sempre associados a outros tipos de práticas desonestas, como prostituição e drogas.
Fugindo da avareza. Avareza é o amor ao dinheiro. É uma escravidão ao vil metal. Diz a Bíblia: “Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmos com muitas dores” (1Tm 6.9,10). Deus não condena a riqueza em si, mas a ambição, a cobiça, a exploração, a usura e a avareza. Abraão era homem muito rico; Jó era riquíssimo, antes e depois de sua provação (Jó 1.3,10); Davi, Salomão e outros reis acumularem muitas riquezas, e nenhum deles foi condenado por isso. O que Deus condena é a ganância, a ambição desenfreada por riquezas (cf. Pv 28.20).
Fugindo da preguiça. O trabalho diuturno deve ser normal para o cristão. A preguiça não condiz com a condição de quem é nascido de novo. Jesus deu o exemplo, dizendo: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também” (Jo 5.17). O livro de Provérbios é rico em exortações contra a preguiça e o preguiçoso (Pv 6.9-11).
COMO O CRISTÃO DEVE UTILIZAR O DINHEIRO
Na igreja do Senhor. Um velho pastor dizia: “O dinheiro de Deus está no bolso dos crentes”. De fato, Deus mantém sua igreja, no que tange à parte material, através dos recursos que Ele mesmo concede a seus servos.
No lar, no trabalho e o fisco. Se existe disciplina no trabalho, que regula os procedimentos para a aquisição do pão de cada dia, há, também, a disciplina no gasto, no emprego da renda ou do salário:
O dinheiro é um meio de troca importante para as transações entre pessoas e empresas. O que a Bíblia condena não é o dinheiro em si, mas o amor ao dinheiro (avareza). Isso equivale a idolatrar o dinheiro, a riqueza. Esta, também não é condenada por Deus, desde que obtida por meios lícitos e trabalho honesto. Que o Senhor nos ensine a usar da melhor maneira possível os recursos financeiros ao nosso dispor, como bênçãos de sua parte.
“Mt 23.23. A oferta financeira deve ser ligada a um compromisso com o amor, a vida e os valores divinos; caso contrario, a vida murcha quando se trata de doar. Quando a alegria e o amor estão ausentes no ato da entrega, o poder se evapora.
Não são poucos os cristãos que pensam estar isentos das outras obrigações com relação a Deus e ao próximo por darem o dízimo. Pagam o dízimo na igreja, mas demonstram ódio em casa. É como se alguém dissesse a Deus: ‘Já cumpri com o meu dever na igreja, e não julgo necessário andar no Espírito no lar, no escritório ou em qualquer outro lugar’.
Formalismo desse tipo, como a desculpa ‘já dei o dízimo’, pode sutilmente impedir Deus de continuar a purificar e a aperfeiçoar a pessoa na prática do amor. Pode igualmente bloquear a sua disponibilidade para uma contribuição financeira maior! Veja como isso parece ter acontecido com os fariseus.
É interessante notar que, embora Jesus tivesse elogiado os dízimos dos fariseus, não fez menção de suas ofertas. Existe algo a ser aprendido aqui? Estamos olhando para pessoas que aderiram religiosamente ao ‘dever’ de dar o dízimo, mas só obedeciam por uma imposição legal. E as ofertas, que revelam amor e generosidade ampliados, não eram praticadas?” (A Chave de Tudo.CPAD, pp.73,74).
“A economia doméstica deve ser considerada antes do casamento e posta em prática no seio da família, através das gerações. Os conflitos oriundos da situação financeira, com frequência, envolvem o casamento e podem arruiná-lo; por isso, convém que seja estudada a maneira correta de usar o dinheiro.Não há liberdade moral e espiritual sem responsabilidade; por isso, a ciência das finanças é importante para os lares que desejam ter êxito e alcançar vitória. E por falar sobre a maneira correta usar o dinheiro, diz um sábio americano:
Um dólar gasto para adquirir feijão, batatas, pão, saladas, queijos, maçãs, cebolas, ameixas, cereais e café maltado compra não uma refeição, mas três — sendo ainda possível que o alimento seja mais puro que o do restaurante. Comemos estilo, luxo ou alimento?
Trata-se, portanto, de um quadro simples que demonstra como a refeição pode tornar-se três vezes mais cara, podendo resultar em a família viver sempre endividada, envolta em problemas que podem quebrar a harmonia do lar. Porém, quando a economia funciona adequadamente, além da tranquilidade possível, resultará em os filhos adquirirem fartos sentimentos de integridade e honestidade. Isso convém à família e agrada a Deus. Aprenda essa lição!” (...E Fez Deus a Família. CPAD, p.87).
O CRISTÃO OS VICIOS E OS JOGOS
Os vícios, inclusive os morais, destroem vidas e famílias. Eles também prejudicam lares cristãos. Na época em que vivemos, há uma onda de liberalismo que não vê pecado em quase nada, e favorece práticas perigosas, que podem levar à destruição espiritual, disfarçadas de “coisas que não têm nada a ver”. O verdadeiro cristão não se deixa levar por esta degeneração do mundo. O crente precisa saber que tais coisas vêm do Príncipe deste mundo — o Diabo.
Doença ou pecado? A Bíblia — O Livro do Senhor, vê o alcoolismo de modo diferente do mundo. Nela, verificamos que o alcoolismo, a bebedeira e outros vícios, são vistos como atos pecaminosos. Em Isaías 28.1, vemos a condenação de Efraim (Israel) pela soberba de seus embriagados. No mesmo capítulo, vemos que “até o sacerdote e o profeta erram por causa da bebida forte; são absorvidos do vinho” (Is 28.7). A primeira embriaguez foi experimentada por Noé logo após o Dilúvio e causou um grande mal à sua família, resultando em maldição para seu filho Canaã (Gn 9.21-25).
Condenação à bebedice. Diz a Palavra: “Ai dos que se levantam pela manhã e seguem a bebedice! E se demoram até à noite, até que o vinho os esquenta! Harpas, e alaúdes, e tamboris e pífaros, e vinho há nos seus banquetes; e não olham para a obra do SENHOR, nem consideram as obras das suas mãos” (Is 5.11,12). Aí, vemos um tipo de festa, no Antigo Testamento, semelhante ao que se passa nos jogos, nos bares, nos clubes, e shows mundanos, em que a bebida alcoólica é fator indispensável para sua motivação.
O sofrimento dos viciados. O escritor de Provérbios anotou que os viciados são vítimas de sofrimento, pesares, violência, queixas, adultério, prostituição, linguagem perversa, desequilíbrio mental (“delirium tremens”), câimbras, vômito, derrame, hipertensão, que são apenas algumas das danosas consequências do alcoolismo (Ler Pv 29.29,30,33-35).
O alcoolismo no Novo Testamento. Advertindo sobre sua vinda, Jesus proferiu uma parábola sobre a vigilância, condenou o servo infiel, comedor, espancador, e beberrão dizendo que sua parte seria com os infiéis (Lc 12.45,46). O apóstolo Paulo colocou no mesmo nível de condenação os bêbados, os devassos, os idólatras, os homossexuais, e os ladrões, os quais não herdarão o reino de Deus (1Co 6.9,10). Ver Rm 13.13; 1Pe 4.3-5.
POSICIONAMENTO CRISTÃO
Condenação ao vício. Segundo o ensino das Escrituras, o cristão não tem outra alternativa a não ser reprovar de modo claro e direto o uso de bebidas alcoólicas. Grande parte dos acidentes de trânsito são provocados por motoristas alcoolizados; cerca de 80% das agressões têm na bebida sua motivação; a ausência ao trabalho por causa do vício causa enormes prejuízos.
O vinho que Jesus bebeu. Jesus transformou água em vinho numa respeitável festa de casamento (Jo 2.1-11). Há quem use esse texto para dizer que não há nada errado em se beber vinho. Sim! Mas o vinho que Jesus faz! Do vinho embriagante para as demais bebidas alcoólicas pode ser apenas um passo. É melhor não tomar o primeiro gole. Na Santa Ceia (Mt 26.29), Jesus não tomou vinho embriagante. No texto original, Ele tomou “do fruto da vide” (do gr. guenematos tês ampèlou), indicando tratar-se do suco fresco da uva. Se fosse vinho fermentado a palavra seria oinos. Anotemos o que diz a Bíblia: “Não olhes para o vinho quando se mostra vermelho, quando resplandece no copo e se escoa suavemente” (Pv 23.31ss).
Nenhuma concessão. O cristão não deve tomar vinho, cerveja, champanhe ou qualquer outra bebida, considerada leve, tendo em vista os males físicos, sociais, morais e espirituais que envolve tal prática. Lembremo-nos de que “o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
O CRISTÃO E O FUMO
O fumo é uma droga. No cigarro existem inúmeras substâncias prejudiciais ao organismo humano. Metais tóxicos, como cádmio, manganês, cromo, zinco, ao lado do alcatrão e da nicotina acabam matando os viciados.
Mata mais do que muitas guerras. A cada 10 minutos, morre um brasileiro de câncer no pulmão, de enfisema pulmonar, ou de doença cardiovascular, por causa do fumo. A cada ano estima-se que morrem mais de cem mil pessoas, no Brasil, por causa desse vício, que é um suicídio lento. Mais de dois milhões e quinhentas mil pessoas morrem por ano, no mundo, vitimadas pela epidemia do cigarro.
A Bíblia tem razão quando afirma: “Mas os homens maus e enganadores irão de mal a pior, enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13).
Posicionamento cristão. O vício é pecado, e fumar é um vício. Logo o fumante não tem como escapar: está pecando. O fumo destrói o corpo, que é templo do Espírito Santo (1Co 3.17). Graças a Deus, são inúmeros os casos de pessoas que aceitam a Cristo e ficam libertas do vício do fumo. Na conversão do pecador, efetuada por Jesus, os vícios, como coisas da velha vida, ficam para trás (cf. 2 Co 5.17).
O CRISTÃO E AS DROGAS
Agentes do diabo. As drogas são agentes utilizados pelo Diabo para a destruição de vidas, principalmente de adolescentes e jovens.
Motivos que levam às drogas. Além da ação demoníaca velada, concorre para isso a curiosidade, imitação do grupo, aventura, mas, principalmente, o desajuste familiar. O melhor preventivo: o andar com Deus, o amor cristão entre pais e filhos, o diálogo, o bom relacionamento, o Culto Doméstico desde cedo como está escrito, “Instrui o menino no caminho em que deve andar e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
fonte CPAD
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net