Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao
Senhor Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 1: A família — Obra prima de Deus
Data: 4 de Abril de 2004
“E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a” (Gn 1.28).
A família é uma instituição divina. Cada um de seus membros deve fazer a sua parte a fim de promover a felicidade, a integridade e o fortalecimento da união familiar; e desempenhar sua missão bíblica para a glória de Deus.
Segunda - Ef 5.31
O casamento dá origem à família
Terça - 1 Pe 3.1
Diretrizes bíblicas às mulheres
Quarta - Ef 5.33
Diretrizes bíblicas aos maridos
Quinta - Ef 6.1,2
Diretrizes bíblicas aos filhos
Sexta - Ef 6.4
Diretrizes bíblicas aos pais
Sábado - Js 24.15
A família servindo ao Senhor
Gênesis 1.27,28; 2.7,18,22.
Gênesis 1
27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.
28 - E Deus os abençoou e disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra.
Gênesis 2
7 - E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente.
18 - E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele.
22 - E da costela que o Senhor Deus tomou do homem formou uma mulher; e trouxe-a a Adão.
A frase dita por Josué “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor” talvez seja uma das mais conhecidas da Bíblia. Ele já decidira. Deus não estará aguardando um posicionamento nosso em relação a nossa família? Talvez estejamos passivos demais diante da situação em que nossos familiares se encontram. Josué fez a sua escolha. E você? Pense nisso.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
A família foi a primeira instituição divina e possui atribuições como: vida íntima conjugal, propagação do gênero humano, subsistência, educação, proteção e afeto. Deus tinha um propósito específico ao estabelecê-la, portanto, conferiu responsabilidades a cada membro dela e um dia teremos de prestar-Lhe contas.
Para que ela alcance o ideal divino, cada componente deve exercer seu papel com fidelidade, diligência e amor. O maior modelo de paternidade em que podemos nos espelhar é o do Pai celestial, pois Ele consegue harmonizar amor com justiça e bondade com severidade (Rm 11.22). Entretanto, a Bíblia fornece alguns bons exemplos de pais que obtiveram grande sucesso em seu lar. Aprenda a ter o respeito de sua família como Noé, a ser um grande líder como Josué e a exercer o sacerdócio no lar como Filipe.
Neste trimestre, estaremos estudando sobre a família, faça algo bastante especial com sua turma. Separe um tempo durante a semana para refletir sobre que atividades você poderia realizar para incrementar suas aulas e torná-las ainda mais interessantes. Pense também como poderia ajudar a família de seus alunos a superar os seus problemas. Uma atividade muito simples é pedir-lhes que anotem num pedaço de papel quais as dificuldades encontradas no relacionamento familiar. Reserve cinco minutos para que eles façam uma análise crítica e sincera. Cada aluno deve guardar o seu papel e apresentar a Deus estas dificuldades durante todo o trimestre. Participe deste propósito com sua classe, pois, certamente, Deus fará grandes obras.
introdução
Com esta lição, damos início a uma série de ensinamentos bíblicos acerca das ameaças à integridade e ao bem-estar da família. Trataremos também de conceitos e padrões bíblicos estabelecidos por Deus para a bênção e felicidade de tal instituição. A família, em síntese, como estrutura social, deve identificar-se e relacionar-se intimamente com a igreja. Na tão conhecida e instrutiva passagem sobre a família (Ef 5.28-33; 6.1-4), a Palavra de Deus cita a igreja seis vezes.
Jesus utilizou-se da família para ilustrar certos atributos, atos, qualidades e dádivas de Deus, como o amor, o perdão, a longanimidade, a paternidade. Vários dos milagres de Jesus estão relacionados à família, suas necessidades, provações, encargos e responsabilidades (Mt 8.5-15; 9.18-26; Jo 2.1-11; 4.46-54; 11.1-45). Isto nos leva a imaginar o grande valor que Deus confere a esta sua primeira e vital instituição humana.
Deus valoriza tanto a família que a tomou como exemplo para ilustrar o seu relacionamento com a igreja, como já mostramos na introdução desta lição.
Os crentes devem ser conhecidos pelo amor que demonstram uns aos outros, pois quando assim fazem, eles imitam a seu Senhor e Mestre (Jo 13.35).
O amor de Deus manifesto em nós é um distintivo do cristão que o leva a considerar seus semelhantes com estima, respeito, justiça e compaixão. O amor cristão é uma virtude inspirada e exemplificada por Cristo. Este amor permeia todo o evangelho (Jo 3.16; Mt 22.34-40; 1 Tm 1.5; Jo 15.12) e é, em resumo, a essência do cristianismo. Ele deve ser real no viver dos crentes para que sua vida espiritual na família de Deus — a Igreja (Ef 2.19) — seja abundante, abençoada e harmônica.
III. BONS EXEMPLOS DE FAMÍLIA
Da Bíblia podemos extrair bons exemplos de famílias, que devem ser imitados:
CONCLUSÃO
A Bíblia é clara quando afirma que sem Cristo nada podemos fazer (Jo 15.15). Isto também é verdade no relacionamento familiar. O Senhor, sendo o centro do lar em tudo, concederá a sua bênção no sentido de que cada membro da família dê sua contribuição para que o relacionamento cristão ideal seja uma realidade no lar, a fim de honrar o nome do Senhor. A Palavra de Deus é um guia para tudo na nossa vida. É dela que vamos extrair o padrão de comportamento que cada membro da família deve ter, a partir da mais tenra infância. Procedendo assim, a vida de cada um de nós se aproximará bastante do ideal estabelecido por Deus.
Atribuição: Função conferida a alguém.
Encargo: Responsabilidade, incumbência, obrigação.
Legitimar: Tornar legítimo (válido perante a lei) para todos os efeitos da lei.
Lides: luta, combate, contenda.
Mútuo: Ato ou influência que se realiza ou troca entre duas pessoas ou grupos.
Prossecução: Ato ou efeito de prosseguir; continuação.
SOUZA, E. Â. E Fez Deus a Família. CPAD.
LIMA, E. R. A Família Cristã nos Dias Atuais. CPAD.
Subsídio Devocional
“O que é família? A família não é um grupo de pessoas rivais, alheias aos interesses uma das outras. Em termos de unidade, é o conjunto de todas as pessoas que vivem sob o mesmo teto, proteção ou dependência do dono da casa ou chefe, que visam ao bem-estar do lar; enfim, que se comunicam, se amam, se ajudam. Essa convivência exige o uso e a aplicação de toda a capacidade de viver em conjunto, a bem do perfeito e contínuo ajustamento entre seus membros e destes para com Deus. O convívio entre os familiares indica o grau e o nível da relação com o Pai e determina o curso do sucesso na família... A despeito da desobediência de Adão e Eva, Deus não mudou seu plano quanto à instituição da família, pois era o meio lícito e puro para perpetuar a raça humana em nível de elevada moral. Eles foram castigados por sua desobediência, mas antes de expulsá-los do Éden, Deus deu-lhes sinal da sua graça e a promessa de redenção: ‘E fez o Senhor Deus para Adão e para sua mulher túnicas de peles e os vestiu’ (Gn 3.21). Portanto, logo que o primeiro casal tombou diante do combate de Satanás, o Criador manifestou a sua bondade em prol da restauração da paz e da alegria de suas preciosas criaturas.
Deus se interessa pelo bem estar e pela salvação de sua família, Ele demonstrou que não deseja vê-la despida das qualidades morais, virtudes de uma sociedade digna do Criador, próspera e feliz. Cuide de sua família! Lucas, ao encerrar a genealogia de Jesus, identifica o Mestre com toda a raça humana, dizendo: ‘E o mesmo Jesus começava a ser de quase trinta anos, sendo (como se cuidava) filho de José, e José de Eli’, e conclui com: ‘E Cainã, de Enos, e Enos, de Sete, e Sete, de Adão, e Adão, de Deus’ (Lc 3.23-38).
Concluindo, a família foi criada por Deus para cumprir a sua vontade e habitar com Ele na glória eterna: ‘Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa’ (At 16.31).” (...E Fez Deus a Família. CPAD, págs. 15,16 e 30).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 2: A Família e a Igreja
Data: 11 de Abril de 2004
“E todos os dias, no templo e nas casas, não cessavam de ensinar e de anunciar a Jesus Cristo” (At 5.42).
É possível existir família sem igreja, isso precariamente e com graves prejuízos, mas igreja sem família, não.
Segunda - Sl 122.1
A alegria de estar na casa do Senhor
Terça - Cl 4.15
A Igreja e a família
Quarta - Quarta - Sl 27.4
Aprendendo na casa do Senhor
Quinta - Hb 10.25
Não deixando a nossa congregação
Sexta - At 12.12
Uma congregação em casa
Sábado - Lc 2.41
Uma família na casa do Senhor
Atos 2.41-47.
41 - De sorte que foram batizados os que de bom grado receberam a sua palavra; e, naquele dia, agregaram-se quase três mil almas.
42 - E perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações.
43 - Em cada alma havia temor, e muitas maravilhas e sinais se faziam pelos apóstolos.
44 - Todos os que criam estavam juntos e tinham tudo em comum.
45 - Vendiam suas propriedades e fazendas e repartiam com todos, segundo cada um tinha necessidade.
46 - E, perseverando unânimes todos os dias no templo e partindo o pão em casa, comiam juntos com alegria e singeleza de coração,
47 - louvando a Deus e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar.
Reproduza o gráfico abaixo no quadro de giz ou numa cartolina e pergunte aos alunos o que a família pode fazer pela igreja e o que eles gostariam que a igreja fizesse por eles.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Não há como apartar igreja e família porque esta constitui o Corpo de Cristo que é essencial para ela estar alicerçada nas Sagradas Escrituras, servir a Deus e desfrutar de todas as bênçãos divinas. É possível uma família viver sem a igreja, todavia ela será vencida por muitas dificuldades e fracassará inúmeras vezes pois não contará com o apoio daquela que é a “família de Deus”. Uma não consegue sobreviver sem a outra. A família deve cooperar para o crescimento saudável da Noiva de Cristo através do seu bom testemunho cristão, das suas contribuições e de sua frequência regular aos cultos, a outras atividades da igreja e principalmente a Escola Dominical. A Igreja pode ajudar a família por meio da oração, de palestras e eventos que abordem assuntos relacionados a esta instituição, de visitas periódicas e de aconselhamentos. Agindo desta maneira, estaremos colaborando em favor do grande projeto de Deus para a humanidade: a salvação.
Durante este trimestre, você poderá aproveitar este assunto e fazer uma grande campanha da família em sua Igreja. Confeccione convites e distribua para todos os alunos a fim de que eles tragam todos os seus familiares para a Escola Dominical, principalmente os que ainda não servem a Deus. Se possível, peça-lhes que toda a família procure se sentar junto na igreja. Converse com o pastor da Igreja para que ele esteja intercedendo especialmente pelas famílias todos os domingos no encerramento da Escola.
introdução
Conforme vimos na primeira lição deste trimestre, a família é a obra-prima de Deus. Ele a instituiu, visando a plena execução de seu plano redentor. Todas as instituições humanas foram criadas a partir da família que, historicamente, é definida como célula-mãe da sociedade. Aliás, até mesmo o povo de Deus, quer do Antigo, quer do Novo Testamento, foi estabelecido e formado a partir da família. A Igreja existiu primeiro no eterno plano e propósito de Deus (Ef 1.4), mas na história surgiu no Dia de Pentecostes. A Igreja aqui na terra é chamada na Bíblia de “família de Deus” (Ef 2.19). Nesta lição, estaremos vendo a relação entre a família e a igreja, como esta poderá auxiliar aquela e vice-versa. Constataremos que ambas, como projetos de Deus, requerem plenamente nossa atenção.
Muitas cenas do ministério de Cristo (pregação, ensino, milagres, refeições, descanso) ocorreram em lares, envolvendo a família inteira, isto é, seus membros em geral. Isto pode ser facilmente visto nos Evangelhos. Quando Ele, da destra do Pai, enviou o Espírito Santo para formar a Igreja no Dia de Pentecostes, seus discípulos estavam reunidos e assentados numa casa de família (At 1.13; 2.2).
Que este exemplo possa ser seguido rigorosamente! Só pode haver uma igreja forte espiritualmente se as famílias também estiverem fortes, e entre ambas houver perfeita harmonia. Se é verdade que a igreja local e visível procede do lar, logo, o que ocorre diuturnamente na família refletirá na igreja.
III. A FAMÍLIA COOPERANDO COM A IGREJA
No capítulo 16 de sua Epístola aos Romanos, Paulo cita diversas famílias que muito o ajudaram em seu ministério. O apóstolo deixa bem patente que sem elas o seu trabalho seria infrutífero. Aliás, a mesma preocupação é manifestada em suas outras epístolas. Por isto, deve a igreja ter um cuidado especial com as famílias, porque se estas forem bem constituídas, aquela também o será; se as segundas forem avivadas, a primeira haverá de experimentar um grande crescimento.
A igreja, por conseguinte, pode ajudar:
CONCLUSÃO
Portanto, não podemos separar a igreja da família, nem esta daquela; ambas fazem parte do grande projeto de Deus para a humanidade. Estava tão consciente disso o apóstolo Paulo que, em sua Epístola aos Efésios, explica ele o mistério da Igreja, fazendo uma belíssima alegoria com o casamento (Ef 5.22-32).
Esforcemo-nos, pois, a fim de que o nosso lar seja realmente uma perfeita simbologia da Igreja. Somente assim, haveremos de glorificar a Deus através de nossa piedosa atitude.
Abastado: Rico, endinheirado, opulento.
Alegoria: Exposição de um pensamento sob forma de uma sequência de metáforas.
Célebre: Notável, famoso, insigne, muito distinto.
Célula-mãe: Célula de origem.
Engajar: Empenhar-se em dada atividade ou empreendimento.
Entidade: Sociedade ou grupo que dirige as atividades de uma classe.
Entretecido: Entrelaçado, entrançado.
Integração: Harmonia, adaptação.
Interdependentes: Que depende um do outro.
Místico: Relativo à vida espiritual.
Singeleza: simplicidade, pureza, sinceridade.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD.
Comentário Bíblico Pentecostal. CPAD.
Subsídio Bibliológico
“Alguns casais sabem como tirar maior proveito da vida. Complementam um ao outro, fortalecem-se e tiram proveito dos pontos fortes de cada um, formando uma dupla imbatível. Seus esforços unidos afetam aqueles que estão ao seu redor. Áquila e Priscila eram um casal assim. Eles nunca foram mencionados separadamente na Bíblia. No casamento e no ministério cristão, trabalharam como uma só pessoa.
Priscila e Áquila conheceram Paulo em Corinto durante a segunda viagem missionária do apóstolo. Tinham acabado de ser expulsos de Roma por um decreto do imperador Cláudio contra os judeus. A casa em que viviam era tão móvel quanto as tendas que faziam para se sustentar. Abriram-na para Paulo, e este se uniu a eles na fabricação de tendas, para obter o sustento. Paulo compartilhou com o casal sua rica sabedoria espiritual.
Priscila e Áquila tiraram o maior proveito possível de sua educação espiritual. Ouviram cuidadosamente os sermões de Paulo e avaliaram o que ouviram. O resultado foi que, quando Apolo falou, Priscila e Áquila ficaram impressionados com a habilidade dele, mas perceberam que suas informações não estavam completas. Em vez de confronto aberto, o casal levou Apolo para sua casa e compartilhou com ele o que era necessário conhecer. Até então, Apolo conhecia apenas a mensagem de João Batista a respeito de Cristo. Priscila e Áquila lhe falaram sobre a vida, a morte e a ressurreição de Jesus, e também da realidade de que o Espírito de Deus habita o interior de cada um de nós. Apolo continuou a pregar poderosamente, mas agora conhecia a história completa.
Quanto a Priscila e Áquila, continuaram usando sua casa como um lugar terno para o ensino dos cristãos e para a adoração a Deus. De volta a Roma, anos mais tarde, foram os anfitriões de uma das igrejas que se desenvolveu em casa.
Em uma época em que o foco estava principalmente no que acontece entre o marido e a esposa, Áquila e Priscila são um exemplo do que pode acontecer por intermédio de um marido e sua esposa. A efetividade que apresentaram para trabalharem juntos é o resultado de um bom relacionamento conjugal. A hospitalidade deles abriu a porta da salvação para muitas pessoas. O lar cristão ainda é uma das melhores ferramentas para a divulgação do evangelho. Seus convidados encontram Cristo em sua casa?”(Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, pág.1525).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 3: Namoro, noivado e casamento
Data: 18 de Abril de 2004
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?” (2Co 6.14).
Como novas criaturas em Cristo, fomos chamados a uma vida santa e separada para Ele, sem qualquer comunhão com as trevas, o que inclui o jugo desigual no casamento.
Segunda - Rm 12.1,2
Evitemos o modelo do mundo
Terça - 1Pe 1.15,16
Deus nos chamou para a santidade
Quarta - Dt 7.3,4
Deus já disse: Não!
Quinta - Sl 1.1,2
Aviso contra as más companhias
Sexta - 1Co 15.33
Más companhias corrompem
Sábado - 1Co 3.16
O crente: habitação do Espírito Santo
Êxodo 34.14-16; 2 Coríntios 6.14-18.
Êxodo 34
14 - Porque te não inclinarás diante de outro deus; pois o nome do Senhor é Zeloso; Deus zeloso é ele;
15 - para que não faças concerto com os moradores da terra, e não se prostituam após os seus deuses, nem sacrifiquem aos seus deuses, e tu, convidado deles, comas dos seus sacrifícios.
16 - e tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, e suas filhas, prostituindo-se após os seus deuses, façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses.
2 Coríntios 6
14 - Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis; porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas?
15 - E que concórdia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem o fiel com o infiel?
16 - E que consenso tem o templo de Deus com os ídolos? Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.
17 - Pelo que saí do meio deles, e apartai-vos, diz o Senhor; e não toqueis nada imundo, e eu vos receberei;
18 - e eu serei para vós Pai, e vós sereis para mim filhos e filhas, diz o Senhor Todo-poderoso.
Se você já teve a oportunidade de ir à zona rural e observar os animais puxarem o arado ou o carro de boi entenderá perfeitamente a alegoria bíblica. É muito interessante analisar como é importante eles pertencerem à mesma espécie e possuírem as mesmas características físicas. Quanto maior for a semelhança entre eles, melhor fluirá o trabalho no arado. Assim é no casamento, quanto maior compatibilidade houver entre o casal, mais fácil e feliz serão o processo de adaptação ao casamento e a convivência entre os cônjuges.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Há muitas coisas na vida nas quais você não pode exercer seu direito de escolha, como por exemplo a família, ninguém escolhe em que lar irá nascer. Todavia, Deus é tão maravilhoso que nos permite decidir com quem formaremos uma nova família. Isto é um presente concedido pelo nosso criador e como todo presente, podemos fazer com ele o que desejarmos. Rejeitá-lo ou aceitá-lo, aproveitá-lo o máximo possível, ou ainda dá-lo para outra pessoa. Esta é a segunda decisão mais importante da nossa vida — a primeira é aceitar a Jesus como Salvador — e, portanto, deve ser feita com muito cuidado, e obedecer a alguns critérios: A pessoa possui um compromisso firme com Deus? As diferenças socioeconômicas são perfeitamente conciliáveis? Feito isso, os propósitos traçados por Deus para o casamento, que é um processo contínuo e dinâmico de adaptação e aperfeiçoamento conjugal, como a felicidade do casal, o companheirismo, a intimidade, a origem de novos lares, a vitaliciedade e o testemunhar de Cristo serão plenamente atingidos.
Leve uma corda para a sala de aula. Solicite a colaboração de dois voluntários. Pegue a corda, amarre uma ponta na cintura de um aluno e a outra ponta na do outro. Depois peça que eles permaneçam lado a lado. Ao seu sinal, eles deverão andar para direções opostas. Todos observarão que é impossível saírem do lugar desta maneira. Depois escreva no quadro de giz a seguinte sentença: “Os opostos se atraem”. Agora discuta com sua turma.
introdução
A família é a unidade básica do gênero humano, instituída por Deus no Éden, a partir do marido e da mulher (Adão e Eva), como meio de propagação da raça humana. Em resumo, é o conjunto de pessoas unidas por laços de parentesco, partindo do casamento. Quando Deus estabeleceu a família, também designou um local apropriado para que o primeiro casal constituísse o seu lar, que é o ambiente onde mora a família. A comunidade, desde a menor até à metrópole, depende do lar para a sua existência; por isso, quando o lar fracassa e se desmorona, a comunidade torna-se um caos.
Não está dito “o jugo”, como se fosse um só, mas “um jugo”. Jugo é um implemento de trabalho, tipo canga, que se unem os bois para puxarem o arado ou o carro. O “jugo desigual” do qual fala o texto bíblico, ocorre quando se coloca no mesmo jugo animais de espécies diferentes, o que é proibido na lei de Deus (Dt 22.10; Lv 19.19). Esses animais são também diferentes no tamanho, na altura, no passo, na força, na alimentação etc. Em 2 Coríntios 6.14-17, a Bíblia, usando o termo jugo figuradamente, apresenta lições práticas preventivas para a vida do crente, a fim de que este evite a antibíblica e pecaminosa comunhão com o descrente. Este pode tornar-se “bonzinho” e até mesmo “quase crente” para conquistar o pretendente ao namoro, mas jamais mudará de vida, como está escrito em João 3.3,5 e 2 Coríntios 5.17.
III. NOIVADO
É a fase de preparação para o casamento. Nos tempos bíblicos, o noivado já era a primeira fase do casamento, e portanto não podia ser desfeito banalmente como hoje. Enquanto noivos, antes das bodas, o rapaz e a moça residiam normalmente com os seus pais, sem qualquer envolvimento sexual.
O casamento é uma instituição social de origem divina, fundada no princípio da raça humana, para dar origem e sustentação à família (Gn 2.22-24; Mt 19.4-6). Quanto ao ato, o casamento é um concerto, ou aliança, feito entre pessoas de sexos opostos — diante de Deus, da família, da igreja — de serem marido e mulher enquanto viverem (Ml 2.14).
CONCLUSÃO
Sempre que alguém da família está debilitado espiritualmente, toda a família sofre. O “jugo desigual”, tanto no namoro, noivado e casamento quanto em outras áreas de amizade, traz desequilíbrio à vida cristã individual e familiar. Que ninguém pense em ser feliz na vida em família, sem atentar para as normas bíblicas do Criador que a instituiu.
Banal: Vulgar, trivial, corrente, corriqueiro.
Compulsão: Ato de obrigar, forçar, coagir, constranger.
Cosmovisão: Concepção ou visão do mundo.
Descabido: Que não tem cabimento; impróprio, inconveniente, inoportuno.
Disparidade: Qualidade do que é díspar; desigualdade; dessemelhança.
Indissolúvel: Que não se pode tornar nulo ou extinguir.
Inestimável: Que não se pode estimar ou avaliar; incalculável, inapreciável.
Instintivo: Que age guiado apenas pelo instinto.
Passional: Relativo à paixão, causado por paixão.
Pré-marital: Anterior ao casamento.
Vitaliciedade: Que dura a vida inteira, ou que a isso é destinado.
E Deus Fez A Família. Estevam Ângelo de Souza, CPAD.
Orientações práticas para um casamento feliz. Davi Tavares Duarte, CPAD.
Subsídio Bibliológico
“A nossa mensagem é dirigida especialmente aos jovens que pretendem constituir um lar. Começamos pelo período do noivado, que é tempo certo para o lançamento das bases para o enlace matrimonial. Passaremos agora a uma série de recomendações que podem constituir pré-requisitos para um casamento feliz:
Por fim, o casamento é o passo decisivo e o começo de uma jornada que pode durar longos anos. É o propósito de Deus, bem como a esperança dos pais que a vida conjugal dos filhos seja assinalada de alegria, de prosperidade, de bênção do céu e plenamente feliz. Só assim estarão tranquilos, e Deus será glorificado.
Com o casamento, evidencia-se o amor mútuo, que gera o senso de pertencer um ao outro, o desejo de ajudar e procurar o ajustamento necessário como companheiros da mesma sorte. As lutas, as vitórias, os problemas e a alegria são comuns a todo lar. O casamento exige o cumprimento, com dignidade, das promessas de honrar, proteger, ajudar e ser fiel um ao outro, até que a morte os separe” (...E Deus fez a família. CPAD, pp.45-48).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 4: Os cônjuges e suas responsabilidades
Data: 25 de Abril de 2004
“Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo” (Ef 5.28).
O casal que segue fielmente ao Senhor será abençoado e vencedor em sua vida, juntamente com sua casa.
Segunda - 1Co 11.3
O marido como líder da mulher
Terça - Gn 2.18
A esposa como ajudadora do marido
Quarta - 1Tm 5.8
O marido como provedor da família
Quinta - Pv 31.15,27
A esposa como administradora da casa
Sexta - 1Pe 3.7
Um marido idôneo, compreensivo e sensato
Sábado - Ef 5.22-24,33
Esposa sábia e submissa ao marido
1 Pedro 8.1,2,7.
1 - Semelhantemente, vós, mulheres, sede sujeitas ao vosso próprio marido, para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra,
2 - considerando a vossa vida casta, em temor.
7 - Igualmente vós, maridos, coabitai com ela com entendimento, dando honra à mulher, como vaso mais fraco; como sendo vós os seus coerdeiros da graça da vida; para que não sejam impedidas as vossas orações.
Confiança significa entre outras coisas “entregar-se aos cuidados de outrem” e “deixar-se persuadir”. Ela representa um pilar do relacionamento conjugal por isso é imprescindível. Imagine um casamento entre um homem e uma mulher em que não haja confiança. Sobreviveria uma relação onde habitam a suspeita e a dúvida? Há algum limite para a confiança? Oculta-se alguma coisa de quem se confia? Pense nisso.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Para que a família viva feliz e vitoriosa, o casal deve desempenhar fielmente o propósito para o qual Deus o designou, cumprindo com todas as responsabilidades determinadas. A mulher deve submeter-se ao seu marido e através de seu procedimento conquistá-lo para Cristo. Da mesma maneira, os maridos devem amar, respeitar e honrar a sua própria mulher; apesar delas serem fisicamente mais frágeis, são espiritualmente iguais aos homens, afinal para Deus todos os salvos são um em Cristo Jesus (Gl 3.28). Se o casal não exercer o seu papel, esta instituição será prejudicada: os filhos ficarão suscetíveis a deformações no caráter e no comportamento porque os meninos precisam ter um referencial de pai, marido e chefe de família, e as meninas necessitam de um modelo de mãe, esposa e dona de casa.
Leve para a sala de aula um quebra-cabeça infantil (poucas peças) e uma tira de pano. Solicite a colaboração de dois voluntários. Coloque as peças em cima da mesa. Um aluno terá os olhos vendados e poderá ficar sentado ou em pé, mas sempre diante da turma. Este deverá montar o quebra-cabeça somente com a orientação do outro aluno, pois não é permitido receber qualquer ajuda com as mãos. Observe o comportamento dos participantes e veja que será impossível montarem o quebra-cabeça se não desenvolverem a confiança, a cooperação e a interação. Relacione o resultado desta atividade ao assunto da lição.
introdução
A Bíblia quando trata de pessoas, quase sempre o faz juntamente no seu espaço social e no tempo em que viveram, mas também discorre sobre o papel que lhes coube nesse espaço ou contexto. São raros os casos expostos pela Bíblia sem tal contexto, como o de Agur (Pv 30.1), Lemuel (Pv 31.1), Noadias (Ne 6.14), etc.
Deus, ao estabelecer neste mundo a família, determinou também a missão, os deveres e as responsabilidades de seus membros a partir do marido e da mulher que são os esteios da família. A Bíblia é também o manual da família.
III. OS MALES DA OMISSÃO DOS PAPÉIS
CONCLUSÃO
Como acabamos de ver, os noivos antes do casamento precisam conhecer plenamente à luz da Bíblia os deveres e responsabilidades conjugais, éticos e sociais de cada um. Quando isto não ocorre, a ruína é certa. Se você que é casado percebeu que não está cumprindo seu papel no casamento, ainda é tempo de mudar. Reconheça seu erro, busque o perdão de Deus, do seu cônjuge e dos seus filhos, e recomece com oração e fé em Deus, firmado nas promessas da sua Palavra. O Senhor lhe dará graça e força. O propósito original de Deus é que tanto você quanto sua família vivam uma vida feliz e vitoriosa.
Desleixo: Descuido, negligência.
Diretriz: Conjunto de instruções ou indicações para se tratar e levar a termo um plano, uma ação, um negócio, etc.
Encargo: Responsabilidade, incumbência, obrigação.
Furtivo: Oculto, escondido; disfarçado, dissimulado.
Subsídio Teológico
“Pedro observa que a submissão de uma esposa cristã a seu marido pode ter um propósito evangelístico: ‘Para que também, se algum não obedece à palavra, pelo procedimento de sua mulher seja ganho sem palavra’.
Ao dirigir-se a essas esposas, Pedro emprega um jogo de palavras. Embora, seus maridos desobedeçam às palavras do evangelho (1.12,23-25), essas mulheres testemunham sem dizer sequer uma palavra; isto é, em silêncio. Segundo a opinião de Pedro, o bom comportamento e a submissão da esposa serão muito eficientes para conseguir que o desobediente passe a obedecer a Cristo.
Este testemunho silencioso torna-se ainda mais eficaz quando cada marido considera a ‘vida casta, em temor’ de sua esposa. 0 comportamento das esposas deve incluir conduta e atitude: deverão ser moralmente castas ou puras e respeitosas. Nesse ponto, Pedro aplica características que devem ser válidas para todos os cristãos, especialmente para as esposas. Isto é, assim como todos os cristãos devem ser santos (1.15,16), as esposas devem ser castas. Além disso, pelo fato de todos os cristãos e os escravos terem de respeitar seus senhores (2.18), as esposas deverão respeitar (literalmente ‘temer’) seus maridos” (Comentário Bíblico Pentecostal — Novo Testamento. CPAD, p.1712).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 5: O princípio da autoridade paterna
Data: 2 de Maio de 2004
“E guardarás os seus estatutos e os seus mandamentos, que te ordeno hoje, para que bem te vá a ti e a teus filhos” (Dt 4.40).
A verdadeira autoridade no lar gera segurança e garante a sólida formação do caráter dos filhos.
Segunda - Êx 20.12
O acatamento a autoridade dos pais prolonga a vida
Terça - 1Co 11.3
A amorosa autoridade do esposo sobre a esposa
Quarta - Pv 17.25
A insensatez do filho frustra os pais
Quinta - Dt 4.9
A obediência é um pré-requisito para quem ordena
Sexta - Jr 35.18,19
O Senhor abençoa o filho que obedece
Sábado - Pv 13.1
Ouvir a repreensão é sinal de sabedoria
Efésios 6.1-4.
1 - Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo.
2 - Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa,
3 - para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra.
4 - E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor.
Quando os filhos aprendem a submeter-se à autoridade paterna, é mais fácil treiná-los para que se submetam à autoridade e disciplina de Deus, e eventualmente desenvolvam a autodisciplina necessária para uma vida de obediência ao Senhor. Daí a urgência e importância deste palpitante assunto. Os filhos precisam estar constantemente debaixo da orientação e autoridade do pai!
Inicie a aula fazendo os seguintes questionamentos: Até que ponto deve o pai manter os filhos sob seu controle? Com que frequência o pai deve fazer-se presente no processo de formação dos filhos? Você deixaria de atender a um pedido de seu filho, caso soubesse que esse atendimento acarretaria prejuízos na formação do caráter dele?
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Não é fácil equilibrar amor e disciplina na criação dos nossos filhos. Entretanto, ninguém pode negar que a disciplina é essencial à nossa existência. Sem ela jamais conseguiremos completar qualquer coisa na vida e, além disso, é a disciplina que nos mantém no caminho e na vontade de Deus. Se disciplinarmos nossos filhos corretamente, segundo o temor do Senhor e os ditames de sua Palavra, com certeza, criaremos um ambiente doméstico de amor e tranquilidade.
Quando os filhos são maiores, aprendem a autodisciplina; mas quando novos, precisam da autoridade do pai para desenvolver, no futuro, um caráter irrepreensível e santo.
A figura paterna está cada vez mais ausente no processo de educação dos filhos. Há pelo menos duas razões que justificam esta afirmativa: a primeira, diz respeito às pressões sociais e econômicas que levam os pais, muitas vezes, a confiar a educação dos filhos aos avós, babás ou creches; a segunda, diz respeito ao medo de assumir a autoridade paterna e serem taxados de antiquados e ignorantes. Discuta amplamente esse tema com seus alunos.
Divida a turma em dois grupos (A e B). O grupo A deverá discutir o assunto por dez minutos, e o B observará e analisará a discussão anotando os pontos importantes. Terminada a primeira parte, os grupos deverão inverter suas funções. Ao cabo do tempo determinado para a participação de ambos os grupos, o professor deverá assumir o comando e conduzir as questões para um fechamento.
introdução
De acordo com a Bíblia, a legítima autoridade exercida pelos pais é um ingrediente indispensável na formação dos filhos, desenvolvendo neles a capacidade de entender os limites estabelecidos dentro e fora do lar.
Mais adiante, estudaremos como e quando esses limites devem ser estabelecidos, visando sempre o aperfeiçoamento do caráter dos filhos. Tudo isso na perspectiva cristã. Veremos, também, que nem tudo está perdido quando se falhou em algo. Se os filhos ainda estiverem sob a responsabilidade dos pais, devem estes se mostrar dispostos a resgatar, com sabedoria e temor de Deus, a autoridade que Deus lhes confiou.
Negar o pedido de um filho não é tarefa fácil. Entretanto, o “não” dito na hora certa, e de maneira correta, gera um fator positivo na formação do caráter da criança, levando-a a compreender qual o seu papel na vida. Com o passar dos anos, o filho aprenderá a caminhar por si só; o que lhe valerá, no futuro, não é a presença constante dos pais, nem tampouco os muitos presentes que deles recebeu, mas os valores que lhe transmitiram os genitores (Pv 6.20-24). Assim educada, a criança acaba por entender que, por não ser adulta, não tem condições de dirigir a si mesma e, muito menos, a seus pais.
Em nossas igrejas, vê-se pais impotentes diante de seus filhos, principalmente nos cultos, quando se espera um comportamento adequado inclusive das crianças. Isto demonstra falta de autoridade dos pais.
Filhos procedentes de lares onde nãohá limites crescem desajustados. Muitos deles estão nas penitenciárias e outros não vivem mais (Dt 5.16). A fim de que os filhos honrem aos pais, assimilem os seus justos valores e aceitem os limites por eles estabelecidos, faz-se necessário que lhes sejamos referenciais exemplares (Dt 6.6,7; Tt 2.7a). Nossa missão é de primeira grandeza: repassar aos filhos os verdadeiros conceitos de uma vida feliz e espiritualmente próspera.
Ao procurar o pai, o Filho Pródigo pediu a sua parte na herança, para gozar da liberdade mundana. Depois de experimentá-la e desperdiçar o que recebera, caiu em si e sentiu-se compungido a voltar para o aconchego do lar, concluindo que, sob os limites do pai, gozava de segurança, carinho e conforto (Lc 15.11-25). Conclui-se, por conseguinte, que um lar, onde os limites são justa e biblicamente estabelecidos, conforme recomenda a Palavra de Deus, faz com que as crianças sintam-se realmente felizes.
III. RECUPERANDO A AUTORIDADE PERDIDA
Quem tem de cuidar de nossos filhos somos nós. Por que impor sobre os outros uma responsabilidade que é prioritariamente nossa? Pouquíssimos são os avós em condições físicas e psicológicas para educar os netos. Portanto, os pais que se encontram fora dos padrões estabelecidos por Deus, devem retomar o seu papel de educadores de seus filhos enquanto é tempo. E Deus, certamente, os ajudará nesta sublime tarefa (Dt 4.40).
Eles são muito permeáveis à influência do grupo. Por isto, devem os pais estar bem atentos para, além de estar perto deles, conhecer o grupo do qual eles fazem parte. Aproxime-se, pois, desse grupo, a fim de poder administrar a amizade de seu filho, principalmente se os limites devidos não foram bem estabelecidos em sua primeira infância.
Quando o pai se conscientiza de que a autoridade é necessária para que os seus deveres sejam cumpridos, deve:
CONCLUSÃO
A falta de autoridade por parte dos pais não só traz desordem ao lar e vexame no convívio social, como gera indivíduos irresponsáveis, contraventores e despreparados para enfrentar a realidade da vida.
Recomendamos tanto aos pais quanto aos filhos a leitura reflexiva de Efésios 6.1-4. Neste texto, encontramos tanto o princípio da obediência que os filhos devem ter em relação aos pais, como a autoridade que deve ser exercida com sabedoria e discernimento pelos pais em relação aos filhos.
Aconchego: Comodidade, conforto, proteção, amparo.
Contraventor: Aquele que transgride a lei.
Discernimento: Faculdade de julgar as coisas clara e sensatamente; critério.
Imprescindível: Algo de que não se pode abrir mão; indispensável.
Intercambiar: Permuta, troca.
Permeável: Que pode ser transpassado.
Vexame: Vergonha, afronta, ultraje.
Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD.
Subsídio Bibliológico
“Todos nós lutamos com o dilema de estabelecer firmes limites e ainda tememos conduzir nossos filhos à rebeldia. Como podemos caminhar nesta tênue linha?
Acho que meus pais fizeram um excelente trabalho nesta área. Eles nunca foram muito severos (na verdade, tive mais liberdade que muitos de meus amigos); as expectativas eram expostas tão claramente, que disciplinei a mim mesma para não ultrapassar o limite. Ao fazer más escolhas, sentia-me triste por ter falhado para com meus pais. Eles não costumavam dizer qualquer palavra; apenas me olhavam, eu percebia e me desculpava com eles. É difícil dizer com exatidão como podemos andar nesta linha entre a autoridade e a severidade. Isto varia de lar para lar e depende muito da personalidade da criança. Alguns filhos necessitam de mais limites que outros. Porém, um princípio básico é comum a todos: ao treinar seus filhos para autodisciplina, é necessário afrouxar as rédeas e permitir que sejam responsáveis por seu próprio comportamento. Este processo é mais conhecido como ‘tornar-se independente’.
A ‘liberação’ paternal acontece gradativamente, de acordo com a idade e o nível de maturidade da criança. Para ser eficiente, a autodisciplina da criança necessita ser desenvolvida corretamente. A medida que a criança torna-se mais responsável, recebe menos restrições.
A chave que possibilita esta transição é um relacionamento paternal aberto, que permite exemplo, ensinamento e correção. A criança precisa desenvolver um limite interior que seja repleto de amor” (Criando os Filhos no Caminho de Deus. CPAD, pp.273,274).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 6: A criança e a família
Data: 9 de Maio de 2004
“Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isto é justo” (Ef 6.1).
O futuro feliz de uma família depende da criação dos filhos desde pequeninos, no temor ao Senhor, segundo a Bíblia.
Segunda - Dt 11.18,19
Os pais: os primeiros mestres da criança
Terça - Dt 6.6-9
O lar, a primeira escola da criança
Quarta - Ef 6.4
Como deve ser a criação dos filhos
Quinta - Pv 22.6
O bendito e duradouro ensino da Palavra
Sexta - Jo 21.16
A prioridade do ensino da criança
Sábado - Sl 127.3
Os filhos são herança e galardão do Senhor
Deuteronômio 11.18-21.
18 - Ponde, pois, estas minhas palavras no vosso coração e na vossa alma, e atai-as por sinal na vossa mão, para que estejam por testeiras entre os vossos olhos.
19 - e ensinai-as a vossos filhos, falando delas assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te;
20 - e escreve-as nos umbrais de tua casa e nas tuas portas,
21 - para que se multipliquem os vossos dias e os dias de vossos filhos na terra que o Senhor jurou a vossos pais dar-lhes, como os dias dos céus sobre a terra.
Atualmente as crianças estão expostas a todo tipo de informação contrastante com as Escrituras Sagradas: Programas infantis que não têm nenhum fim educativo e são apresentados por pessoas que não possuem qualquer comprometimento com Deus e sua Palavra; filmes, músicas e desenhos animados que só estimulam a violência, a sensualidade e a desobediência; e até os brinquedos e as embalagens de biscoitos e doces estão influenciando-as através de figuras completamente diabólicas. Os pais são os principais agentes educadores da criança, se forem negligentes, estarão comprometendo o futuro de sua descendência.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Educar uma criança não é uma atividade fácil, todavia, extremamente recompensadora. É uma grande responsabilidade concedida por Deus aos pais, contudo, se Ele nos confiou isso, sabe que possuímos a capacidade de cumpri-la plenamente. Os pais têm a obrigação de preparar os filhos para enfrentarem a vida sozinhos, por isso, precisam aproveitar bem o tempo de convivência entre eles. A criança necessita de conhecimento secular para desenvolver habilidade crítica, ter maior possibilidade de se tornar bem-sucedida e uma cidadã civilizada e consciente de seus direitos e deveres. No entanto, o ensino bíblico é fundamental para que ela possa construir sua vida sobre o alicerce sólido da Palavra de Deus, e tê-la como parâmetro de conduta para si. “Instruir no caminho” implica também estar no mesmo caminho; a criança é observadora e está sempre atenta ao comportamento dos adultos, os quais ensinam muito mais com suas atitudes do que por meio de suas palavras. Ela aprende rapidamente o que lhe é transmitido, por isso, devemos verificar toda a informação que está lhe sendo legada na escola, na igreja e em casa através dos meios de comunicação e de outras pessoas com as quais ela convive.
Reproduza o gráfico abaixo no quadro de giz ou numa cartolina sobre as responsabilidades dos pais para com os filhos. Pergunte ao seus alunos e peça-lhes para completar o quadro.
DEVERES DOS PAIS
DEVERES DOS FILHOS
introdução
Palavra Chave
Infância: Período de vida que vai do nascimento à adolescência, extremamente dinâmico e rico, no qual o crescimento se faz, simultaneamente, em todos os domínios, e que, segundo os caracteres anatômicos, fisiológicos e psíquicos, se divide em três estágios: primeira infância, de zero a três anos; segunda infância, de três a sete anos; e terceira infância, de sete anos até a puberdade.
“Instrui a criança” (Pv 22.6) é um imperativo bíblico. Os pais têm uma oportunidade única, seguidos da igreja, de ensinarem e educarem os pequeninos. A infância, a partir do nascimento, é o alicerce da vida inteira que a criança terá. Que alicerce ou base as nossas crianças dispõem para a construção do edifício da sua existência? Em duas ocasiões, Jesus dando-nos o exemplo, priorizou manifestamente o atendimento das necessidades da criança (Mc 10.14,16). Em João 21.16, Jesus, depois de haver ressuscitado, ordenou a Pedro: “Apascenta as minhas ovelhas”, isto é, “meus pequeninos” (de acordo com o original). Este pastoreio da criança, visto como prioridade, só será possível através do amor de Deus para com elas. O prévio requisito da parte de Deus para os pais é pôr as palavras dEle no coração dos filhos (Dt 11.18). O versículo 19 confirma isso. Os pais cristãos precisam não apenas conhecer a Palavra de Deus, tendo-a na mente, mas também necessitam guardá-la no coração com amor.
Deus ordenou aos pais que escrevessem a lei divina primeiro em suas casas; mas também disse: “e nas tuas portas”, isto é, nos portões das cidades. Naqueles tempos, era um local único de entrada e saída, de atos sociais e legais, e transações comerciais. A lei divina não era somente ensinada em casa — às crianças pelos pais — mas também em público, o que incluía os estrangeiros, nos portões da cidade.
Em Deuteronômio 11.21, Deus faz promessas aos pais, porém promessas sob condições evidenciadas nas palavras “para que”. São condições embutidas na obediência dos pais às instruções dadas nos versículos anteriores (vv.18-20).
III. ENSINANDO NO LAR PELA DISCIPLINA
No grandioso e celebrado texto de Provérbios 22.6, um dos sentidos no original da expressão — “instrui o menino” — é treinamento prático, metódico, seguido e crescente, como o de uma tropa militar. A palavra “disciplina” é de raiz latina e quer dizer “ensinar”. O dicionário define que disciplinar é controlar a vontade; é moldar o “eu”; é ensinar a obedecer conscientemente, para os devidos fins. O termo “discípulo” (que vem do mesmo vocábulo latino) quer dizer “aprendiz”, “aluno”. Disciplinar a criança não é primeiramente castigá-la por algum motivo, mas ensinar-lhe algo metódica e gradualmente; inclusive a cuidar da sua formação e conservação de bons hábitos. Amar os filhos sem discipliná-los é sentimentalismo aliado à ignorância dos pais e não amor real, pois quem ama sinceramente não despreza a disciplina. Por outro lado, disciplinar os filhos sem amá-los de verdade é tirania, prepotência e ignorância. Todos os pais devem estudar na Bíblia o ensino da criança pela disciplina e também a puericultura de base cristã.
No final do último livro da Lei — Deuteronômio — o ensino aos filhos é reiterado (31.12,13).
CONCLUSÃO
O dever essencial dos filhos é obedecer aos pais “no Senhor”. Não à moda dos pais, mas segundo o ensino do Senhor nas Escrituras. (Ler Efésios 6.23 e Colossenses 3.20.) Obedecer não é uma opção dos filhos; é uma ordem de Deus. Muitos filhos hoje sofrem, inclusive de maneira misteriosa e inexplicável, por ter quebrado esse preceito divino (Êx 20.12). A má sementeira da desobediência e rebeldia dos filhos trará logo mais a sua colheita de males (Gl 6.7).
Fenecer: Terminar, acabar, extinguir-se.
Hipocrisia: Impostura, fingimento, simulação, falsidade.
Ignorância: Estado de quem ignora ou desconhece alguma coisa, não tem conhecimento dela.
Instilar: Introduzir gota a gota.
Mentor: Pessoa que guia, ensina ou aconselha outra; guia, mestre, conselheiro.
Metódico: Conjunto dos meios dispostos convenientemente para alcançar um fim.
Perdurar: Durar muito; continuar a existir; permanecer, persistir, substituir.
Redundar: reverter, resultar, converter-se em.
Reverência: Respeito, marcado pelo temor, às coisas sagradas.
Vulnerável: Diz-se do lado fraco de um assunto ou de uma questão, ou do ponto pelo qual alguém pode ser atacado ou ferido.
Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD.
Subsídio Bibliológico
“A habilidade de ler é essencial ao aprendizado e um importante ingrediente para uma vida de sucesso. Desse modo, para alcançarmos a vontade de Deus e sermos bem-sucedidos precisamos obedecer-lhe através da leitura da Bíblia. Como pais cristãos, nosso principal objetivo é treinar nossos filhos e desenvolver-lhe esta capacidade.
A Bíblia nos instrui repetidamente a lê-la, enfatizando o valor da leitura: ‘Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia’ (Ap 1.3). ‘E leram o livro, na lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam que, lendo, se entendesse’ (Ne 8.8).
Várias questões vêm à tona quando discutimos a importância da leitura. Em primeiro lugar, nossos filhos estão aptos a ler bem? Será que estamos alertas para os chocantes índices de ignorância entre os adultos, resultado das inabilidades de leituras desenvolvidas na escola?
Para que nossos filhos sejam bem-sucedidos em cada área de suas vidas, eles precisam ser hábeis leitores. Apenas uma pequena porcentagem de estudantes em qualquer nível escolar americano — entre dois a quatro por cento — lê em nível ‘avançado’. Esta habilidade é vital tanto para o estudo das Escrituras, bem como para o sucesso em qualquer tipo de trabalho especializado, segurança ou informação do cidadão que deseja verdadeiramente viver uma vida de qualidade. A leitura é importante para o aprendizado, entretenimento e funções básicas de atuação social.
Você pode ajudar seu filho a tornar-se um leitor exemplar...
... A melhor maneira de os pais ajudarem seus filhos mais novos a tornarem-se leitores é lendo para eles. Você pode começar a ler para seu filho tão logo comece a falar com ele — desde o nascimento (algumas pessoas o fazem durante a gestação!). E você nunca deveria parar” (Criando os Filhos no Caminho de Deus. Kathi Hudson, CPAD).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 7: A família e a Terceira Idade
Data: 16 de Maio de 2004
“Na velhice ainda darão frutos; serão viçosos e florescentes” (Sl 92.14).
A terceira idade não deve ser vista como o fim de uma existência, mas como o início de uma nova etapa na vida do ser humano.
Segunda - Sl 71.9
A oração do idoso
Terça - Is 65.22
A velhice como promessa divina
Quarta - Rt 4.15
Velhice — tempo de recreação
Quinta - Js 8.32
É possível ter uma boa velhice
Sexta - Gn 15.15
A velhice pode ser um período de paz
Sábado - Jó 12.12
A velhice é um tempo de sabedoria
Salmos 71.1-9.
1 - Em ti, Senhor, confio; nunca seja eu confundido.
2 - Livra-me na tua justiça e faze que eu escape; inclina os teus ouvidos para mim e salva-me.
3 - Sê tu a minha habitação forte, à qual possa recorrer continuamente; deste um mandamento que me salva, pois tu és a minha rocha e a minha fortaleza.
4 - Livra-me, meu Deus, das mãos do ímpio, das mãos do homem injusto e cruel,
5 - pois tu és a minha esperança, Senhor Deus; tu és a minha confiança desde a minha mocidade.
6 - Por ti tenho sido sustentado desde o ventre; tu és aquele que me tiraste do ventre de minha mãe; o meu louvor será para ti constantemente.
7 - Sou como um prodígio para muitos, mas tu és o meu refúgio forte.
8 - Encha-se a minha boca do teu louvor e da tua glória todo o dia.
9 - Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares, quando se for acabando a minha força.
Neste domingo, estaremos trabalhando com um assunto interessante e bastante atual. O tema da Terceira Idade vem sendo amplamente tratado e discutido nas escolas, universidades, empresas, comunidades, associações e em diversos órgãos humanitários no Brasil e em várias partes do mundo. Todos estão interessados neste grupo etário que cresce vertiginosamente a cada ano. E as famílias cristãs? Como têm tratado seus idosos? 0 que têm feito para melhorar sua qualidade de vida? E a Igreja de Cristo? O que tem planejado neste sentido? Levante estes, e outros questionamentos similares em sua classe.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Deus é refúgio, fortaleza, proteção e consolo em todas as fases da nossa vida. 0 Todo-Poderoso jamais nos abandona, mesmo quando nossas forças físicas começam a falhar e os males do envelhecimento se tornam evidentes e inevitáveis.
Deus é fiel e cumpre cabalmente sua parte, auxiliando-nos em todas as épocas e circunstâncias da nossa vida. Em relação a isso não temos dúvidas! Mas... e quanto à parte humana? Temos assistido aos nossos idosos a contento? Devotamos a eles nosso respeito, admiração, cuidado e reconhecimento?
Ou os ignoramos como se fossem objetos descartáveis. Que Deus tenha misericórdia de nós!
É imprescindível que cada igreja local organize um ministério voltado exclusivamente para a Terceira Idade. Na Escola Dominical, por exemplo, deveria haver uma classe especial, uma vez que nesta faixa de idade, o processo de aprendizado é diferente das demais. Na Terceira Idade, a aprendizagem é mais centrada no próprio aluno, pois, de certa forma, esses alunos são mais independentes e auto-sugestivos. Eles costumam aprender aquilo que realmente precisam e estão interessados em saber. Ou seja, aprendem para aplicar imediatamente na vida prática. Preferem aprender através da resolução de problemas com base nas próprias experiências.
Discuta esse tópico com a turma. Tente descobrir novas possibilidades de envolver os idosos no programa geral da Escola Dominical.
introdução
Em alguns períodos da história, chegar aos 60 anos era uma façanha reservada às classes privilegiadas. Houve um tempo, em Roma, que as mulheres dificilmente conseguiam ultrapassar a terceira década de sua existência. Aliás, até o século XIX, a expectativa de vida, na Europa, não ia além dos 45 anos. Portanto, raramente se falava em menopausa e em especialidades médicas como a geriatria. Naquele tempo, pouco se falava acerca da Terceira Idade. Hoje, porém, com o significativo aumento da expectativa de vida, há que se encarar, amorosa e otimisticamente, esta fase tão importante da existência humana.
Como temos agido em relação aos nossos familiares da Terceira Idade? Nesta lição, aproveitemos a oportunidade para repensar nossas atitudes em relação aos idosos. Afinal, como todos desejamos ser bem tratados nessa fase da vida, que levemos em conta o princípio da semeadura e da colheita (Gl 6.7).
Via de regra, a Terceira Idade é a faixa etária da vida humana que começa a partir dos 60 anos. O salmista refere-se a esta fase de nossa vida: “A duração da nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos” (Sl 90.10).
Como se vê, nessa passagem, a Terceira Idade, para os judeus, começava aos 70 anos. De qualquer forma, eis um problema que requer pronta solução de uma sociedade que, contaminada pelo imediatismo, não está disposta a amparar os que a ajudaram a construí-la.
Não são poucas as limitações em decorrência da Terceira Idade: sociais, econômicas, físicas, psicológicas e até espirituais. Por isto, devem os ministérios de nossa igreja, voltados para a Terceira Idade, estar atentos a todas elas, objetivando proporcionar aos idosos uma melhor condição para se viver.
Salomão discorre sobre os problemas psicológicos enfrentados na Terceira Idade: “como também quando temerem o que está no alto, e houver espantos no caminho, e florescer a amendoeira, e o gafanhoto for um peso, e perecer o apetite; porque o homem se vai à sua eterna casa, e os pranteadores andarão rodeando pela praça” (Ec 12.5).
A família e a igreja, portanto, devem estar atentas e preparadas para ajudar os seus idosos a superar as suas limitações, porque grandes são as possibilidades encontradas na Terceira Idade.
III. AS POSSIBILIDADES DA TERCEIRA IDADE
Vejamos como poderemos aproveitar melhor nossos idosos. Podem eles atuar como:
Tanto a família quanto a igreja, tudo devem fazer para proporcionar aos idosos uma ótima qualidade de vida.
Amor e romantismo não são monopólios dos jovens; os idosos também possuem as suas expectativas e necessidades. Que haja orientação e conselho, e não impedimentos injustificáveis.
Enfim, que cada igreja faça um levantamento consciente das condições de seus idosos, tendo em vista proporcionar-lhes um modo de vida consoante às recomendações bíblicas.
CONCLUSÃO
No início desta lição, falamos que o aumento da expectativa de vida trouxe muitos problemas aos idosos; tais dificuldades requerem pronta solução. Mas a questão toda não deve residir na expectativa de vida, e sim na perspectiva que podemos, com a ajuda de Deus, proporcionar-lhes.
Portanto, voltemo-nos com mais amor e atenção à Terceira Idade, sabendo que esta é a vontade de Deus.
Abominável: detestável; execrável.
Consoante: Conforme, segundo.
Constrangido: Forçado, obrigado, contrafeito.
Demanda: Exigência; determinação.
Dependência: Edificação anexa a outra principal.
Discernimento: Faculdade de julgar as coisas clara e sensatamente; critério.
Menopausa: Término do ciclo menstrual; menostasia.
Monopólio: Tráfico, exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos.
Perspectiva: Expectativa, esperança, probabilidade.
Poder aquisitivo: Capacidade de conquista de bens e serviços de um indivíduo ou grupo.
Psicólogo: Especialista na ciência dos fenômenos psíquicos e do comportamento.
Subsídio Teológico
“O salmista estava velho e via sua vida como um ‘exemplo’, um sinal, uma prova de tudo o que Deus fez por ele (Sl 71.7,18). Lembrarmo-nos das bênçãos recebidas em nossa vida nos ajuda a enxergar a consistência da graça de Deus ao longo dos anos, incentiva-nos a confiar nEle quanto ao futuro e a falar aos outros sobre os benefícios de segui-lo.
Se olharmos para trás, reconheceremos que Deus foi a nossa ajuda constante. À medida que a força física diminui, precisamos ainda mais de Deus, e percebemos que Ele ainda é a nossa ajuda constante. Nunca devemos desesperar, mas continuar a esperar por sua ajuda. Não importa quão severas sejam as nossas limitações. A esperança nEle nos ajuda a seguir adiante e a servi-lo.
Uma pessoa nunca é idosa demais para servir a Deus, e nunca é idosa demais para orar. Embora a idade possa nos impedir de realizar certas atividades físicas, não é necessário que acabe com o nosso desejo de falar aos outros (especialmente às crianças e jovens) sobre tudo o que vimos e ouvimos Deus fazer durante nossos muitos anos de vida...
...A atitude de honrar a Deus não está limitada aos jovens, que parecem ter força e energia limitadas. Até na velhice, os crentes podem produzir frutos espirituais. Existem muitos idosos que continuam a ter uma perspectiva atual e podem transmitir-nos grandes experiências por servirem a Deus durante tanto tempo. Procure um amigo ou parente de idade avançada que possa contar-lhe a respeito de suas experiências com o Senhor e desafiá-lo a alcançar padrões mais altos em seu crescimento espiritual” (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal. CPAD, pp.783,784,798).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 8: O amor na família
Data: 23 de Maio de 2004
“As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (Ct 8.7).
A ausência de amor entre os cônjuges afeta mortalmente o casamento na sua base e leva toda a família à destruição.
Segunda - Ef 5.25
O marido tem o dever de amar sua esposa
Terça - Tt 2.4
A esposa tem o dever de amar seu marido
Quarta - Jo 13.34,35
Amor: a base da família de Deus
Quinta - 1Co 13.5
Quem ama doa-se a si mesmo
Sexta - 1Jo 3.14
Amor: a evidência da nova vida
Sábado - 1Co 13.7
O amor traz renúncia e paciência
Efésios 5.25,28: Tito 2.3-5.
Efésios 5
25 - Vós, maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja e a si mesmo se entregou por ela,
28 - Assim devem os maridos amar a sua própria mulher como a seu próprio corpo. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo.
Tito 2
3 - As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam sérias no seu viver, como convém a santas, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras no bem,
4 - para que ensinem as mulheres novas a serem prudentes, a amarem seus maridos, a amarem seus filhos,
5 - a serem moderadas, castas, boas donas de casa, sujeitas a seu marido, a fim de que a palavra de Deus não seja blasfemada.
É bastante difícil definir a palavra amor, entretanto podemos compreender um pouco melhor seu significado quando atentamos para as direções para as quais ele se volta. Phileo, o amor fraternal, relacionado à amizade; storge, sentir afeição, amor dos pais pelos filhos; eros, o amor desejo, trata-se do amor entre pessoas do sexo oposto e ágape, o amor caridade, originado em Deus. Discuta com seus alunos sobre o significado da palavra amor. De que forma podemos demonstrá-lo? Há limites para o amor?
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Para que o homem entendesse a dimensão do amor que ele deveria ter pela sua esposa, a Bíblia o compara ao amor de Cristo pela Igreja. Entretanto, a fim de facilitar a compreensão humana sobre como deveria se dar isto, o apóstolo Paulo faz uma analogia entre o amor do marido pela esposa e pelo próprio corpo. Quem ama ao seu corpo, respeita-o, honra-o, valoriza-o, protege-o e cuida dele com muito zelo. Para o homem, não é difícil amar o próprio corpo, isto é um problema tipicamente feminino, por isso que Deus lhe ordenou. O lar, os filhos e o marido necessitam da atenção da mulher, pois a sua obrigação, como esposa e mãe, é dedicar-se à família; nisto, é observado o amor. Ela deve interessar-se pelas aspirações dos filhos e do marido, encorajá-los e ser afetuosa para com eles. Somente com amor uma família pode alcançar os propósitos divinos e ser feliz, de outra maneira, será apenas mais um lugar onde as pessoas moram juntas.
Converse com sua turma sobre o texto áureo da lição de hoje: “As muitas águas não poderiam apagar esse amor nem os rios afogá-lo; ainda que alguém desse toda a fazenda de sua casa por este amor, certamente a desprezariam” (Ct 8.7). Faça as seguintes indagações aos alunos: O que este texto significou ou significa para você? Você identifica-se com este texto? Como sua compreensão deste texto mudou durante a sua vida? Que perguntas você faz ao texto? Quem ou o quê vem a sua mente quando você ouve este texto?
introdução
Deus estabeleceu o casamento para o bem-estar e felicidade dos cônjuges, o que somente será possível pelo vínculo do amor. Sem este, tal união passa a ser uma caricatura sem vida, sem conteúdo, sem realidade. Uma vez que diante de Deus é vitalícia, pela sua natureza e finalidade, essa união depende do amor para persistir por toda a vida. Duas de suas finalidades são: perpetuar a família e ser figura da união entre Cristo e sua Igreja. A lição é evidente: sem amor, a família se degrada e se embrutece, e só o amor realiza a comunhão entre Cristo e a Igreja.
A necessidade primordial dessa personalidade é a de amar e ser amado. É evidente que não estamos falando de amor no sentido popular, mas como atributo e virtude que refletem o Criador, pois “Deus é caridade e quem está em caridade está em Deus, e Deus, nele” (1Jo 4.16). Os cônjuges são os líderes da família e, portanto, com necessidades mútuas profundas, originadas em si mesmos, e oriundas também das grandes responsabilidades dos seus encargos domésticos.
A mulher, como esposa, quer ser valorizada pelo que é e por aquilo que ela proporciona ao marido como sua “adjutora” (Gn 2.18). Seu amor pelo marido manifesta-se através do respeito, da dedicação, da solicitude, das tarefas e dos cuidados no dia-a-dia; tudo pela motivação do amor, da sabedoria mencionada em Provérbios 14.1 e das responsabilidades assumidas (1Co 7.34b).
A Bíblia enfatiza este amor de forma imperativa, e sem quaisquer rodeios, para que o marido não tenha desculpa nem invente uma alternativa ou evasiva. “Vós, maridos, amai vossa mulher” (Ef 5.25). Este dever do marido está na forma imperativa. Deus sabe que só o amor puro, total, sincero e leal garante a perpetuidade e felicidade real do casamento. É até possível — por interesses, condições e situações incomuns — um casamento ser estável sem tal amor, mas neste caso é impossível que seja feliz e perpétuo. Se os dois casaram-se de fato por amor, este deverá nortear a vida do casal enquanto viver.
Outrossim, a Bíblia ensina que além de amar a esposa, o marido deve também agradá-la (1Co 7.33). Agrado não depende de normas prescritas; é algo espontâneo que flui da vontade inspirada por amizade, afeto, amor, fraternidade, retribuição. De igual modo, a mulher, além de amar o marido e obedecer-lhe, também deve agradá-lo (1Co 7.34). Amor e obediência são deveres (Rm 13.8). O agrado é um fruto que brota espontaneamente do amor, da gratidão e do contentamento.
III. QUANDO O AMOR CONJUGAL REGRIDE
A falta de amor na mulher normalmente se manifesta pela falta de respeito à autoridade do marido. A Bíblia exige dela este respeito (Ef 5.22; Cl 3.18).
A falta de amor tanto do marido quanto da esposa, se não administrada em tempo hábil, pode levar à desintegração do lar, com prejuízos espirituais, morais e sociais.
CONCLUSÃO
O que se espera do leitor é que após esta lição o seu amor conjugal desenvolva-se sobremaneira. Assim, o seu casamento e sua família estarão salvos.
Adjutora: Aquela que ajuda; ajudante.
Decepção: Malogro de uma esperança; desilusão, desengano, desapontamento.
Desintegração: Tirar ou destruir a integridade de; reduzir a fragmentos.
Em detrimento de: Em prejuízo de.
Erotismo: Relativo ao amor sexual.
Evasiva: Desculpa ardilosa; subterfúgio, escapatória.
Fraternidade: Amor ao próximo; união ou convivência como de irmãos; harmonia, paz, concórdia, fraternização.
Frustração: Estado daquele que, pela ausência de um objeto ou por um obstáculo externo ou interno, é privado da satisfação dum desejo ou duma necessidade.
Nortear: Dirigir, orientar, guiar.
Oriundo: Originário, proveniente, procedente; natural.
Personalidade: Organização constituída por todas as características cognitivas, afetivas, volitivas e físicas de um indivíduo; sua maneira habitual de ser; aquilo que o distingue de outro.
Sensualidade: Volúpia, amor aos prazeres materiais, lascívia.
Vínculo: Tudo o que ata, liga ou aperta.
Diligência: Zelo, aplicação.
Conhecidos Pelo Amor. Walter Brunelli, CPAD.
“O mandamento do amor é: ‘Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo semelhante a este é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo’ (Mt 22.37,38).
Aqui está a plataforma de toda a ética cristã. A verticalidade e a horizontalidade do amor que tem como marco zero o próprio indivíduo: ‘como a si mesmo’. Jesus não está pressupondo com isso um terceiro mandamento. O amor a si mesmo é um fato, e não um caminho a mais a ser seguido, como sugerem alguns. Isto seria, aliás, a negação da fé cristã, que nos instrui a deixarmos de lado todo o tipo de egoísmo, como: ‘Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros’ (Fp 2.4). Ser cristão é agir como João Batista: ‘Importa que ele cresça e eu diminua...’.
... O amor a si mesmo não é uma exigência escriturística. Jesus parte do pressuposto natural como verdade absoluta em cada ser humano. Usa-o como ponto de partida e também como parâmetro de amor ao próximo. Mais que isto, Jesus impõe um redirecionamento para o amor. Trata-se de uma mudança em que as intenções mais egoístas da vontade são vencidas pelo rompimento desse círculo que faz coabitar o amor sempre em torno de si mesmo.
O amor é centrífugo e não centrípeto, isto é, vai sem a pretensão de voltar. Parte do ‘eu’ para o ‘próximo’. Doa, e não espera recompensa.
Jesus vincula o amor ao próximo ao primeiro mandamento porque sabe da incapacidade humana de praticar a horizontalidade deste amor na independência da sua verticalidade. Não há como amar verdadeiramente o próximo sem amar a Deus primeiro.
Para o homem natural, as formas de amor são inevitavelmente dominadas pelos interesses do ‘eu’. Para praticar um amor altruísta, ele precisa primeiro exercer domínio sobre o amor egoísta.
A prática do ágape se dá numa ética teocêntrica. Este amor só será verdadeiro se for centralizado em Deus.
O amor ágape nos capacita a fazer uma leitura da vida com beleza e esperança. Anula as picuinhas, ignora as mesquinharias e descortina as coisas que estão diante de nós. Ágape é o amor que nos levará mais ao sacrifício do que ao bem-estar; mais a dar do que a receber. Não promete vantagens, mas o poder de um espírito rico e de um caráter marcado pelas insígnias do bem!” (Conhecidos pelo Amor. CPAD, pp.34,35).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 9: A família e os meios de comunicação
Data: 30 de Maio de 2004
“Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo” (1Jo 2.16).
A família cristã não deve portar-se de maneira passiva diante dos meios de comunicação, mas buscar sabedoria de Deus para agir de forma crítica e seletiva, levando sempre em conta as reivindicações da Palavra de Deus.
Segunda - Sl 101.3
A prevenção da família cristã diante dos meios de comunicação
Terça - 1Ts 5.21
A atitude crítica da família cristã diante dos meios de comunicação
Quarta - Js 24.15
A responsabilidade da família crista diante dos meios de comunicação
Quinta - Sl 128
A família cristã não deve ser escrava dos meios de comunicação
Sexta - 1Jo 5.21
A família cristã foge aos ídolos dos meios de comunicação
Sábado - 1Co 16.19
A família cristã deve preservar sua condição de igreja de Cristo
Salmos 128.1-6.
1 - Bem-aventurado aquele que teme ao Senhor e anda nos seus caminhos!
2 - Pois comerás do trabalho das tuas mãos, feliz serás, e te irá bem.
3 - Atua mulher será como a videira frutífera aos lados da tua casa; os teus filhos, como plantas de oliveira, à roda da tua mesa.
4 - Eis que assim será abençoado o homem que teme ao Senhor!
5 - O Senhor te abençoará desde Sião, e tu verás o bem de Jerusalém em todos os dias da tua vida.
6 - E verás os filhos de teus filhos e a paz sobre Israel.
Esse assunto exige devotamento e responsável reflexão. Faça aos seus alunos as seguintes perguntas: Quanto tempo vocês passam diante da TV ou do computador? Que tipo de programa vocês costumam assistir na televisão ou por quais sites navegam na Internet? Que atitudes deve a família cristã tomar quanto aos meios de comunicação? Controlá-los? Restringir o uso? Não utilizá-los?
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Concupiscência da carne, concupiscência dos olhos e soberba da vida são ingredientes imprescindíveis à mídia em seu esforço para atrair e persuadir milhares de pessoas ávidas por alguma diversão no pouco tempo de que dispõem.
À medida que o crente atende aos apelos sedutores desta mídia, afasta-se consequentemente de Deus. Isto reflete-se de imediato em sua conduta cristã: Já não é tão assíduo à Escola Dominical; nunca comparece aos cultos de oração; cultos de doutrina, nem pensar; vida diária com Deus não existe mais. Este crente foi vencido pelo assédio irresistível dos meios de comunicação.
Se não formos rigorosos no controle destes veículos, estaremos consentindo que eles influenciem os lares, causando prejuízos irreparáveis à vida conjugal, ao desenvolvimento dos filhos e aos valores cristãos, éticos e morais de toda a família.
Realize o seguinte teste com seus alunos: Você é escravo dos meios de comunicação.
Se a maioria das suas respostas forem sim, você é uma pessoa que exerce com determinação o autocontrole; se forem não, liberte-se desta escravidão, e peça a Deus temperança e domínio próprio.
introdução
Palavra Chave
Ocultista: Referente ao ocultismo (estudo e/ou prática de artes divinatórias e de fenômenos que parecem não poder ser explicados pelas leis naturais, como, p. ex., a astrologia, a quiromancia, a magia, a telepatia e a levitação, hermetismo, esoterismo).
Pode a sua família ser enquadrada no Salmo 128? Muitas famílias cristãs, hoje, não mais se reúnem ao “redor da mesa” para fazer o culto doméstico. Pois acham-se escravizadas aos meios de comunicação. Estes, por sua vez, ignorando e desprezando as reivindicações básicas da Palavra de Deus, vão inescrupulosamente destruindo os alicerces morais e espirituais de nossos lares, através de uma programação imoral, ocultista, consumista e comprometida com a cultura anticristã.
Que atitudes, pois, deve a família cristã tomar quanto aos meios de comunicação? É o que estudaremos neste domingo. Levando sempre em conta as demandas da Palavra de Deus, mostraremos que, com equilíbrio, bom senso e discernimento, poderemos manter nossas famílias incontaminadas diante do irresistível poder da mídia. Que o Senhor Jesus nos ajude neste propósito!
Deve a família precaver-se contra os assédios da mídia, pois estes são os seus principais ingredientes: a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida (1Jo 2.16). Tais coisas não podem fazer parte do viver cristão por contrariarem frontalmente a Palavra de Deus, que é a regra de fé e de viver do cristão.
Em todas as propagandas, principalmente as veiculadas pela televisão, deparamo-nos com estes apelos: adultério, prostituição, homossexualismo, glutonaria e bebedice, como se fossem coisas normais e legítimas. Não nos lembra tais coisas os dias de Noé? (Mt 24.38).
Não permita que a sua família seja vítima da concupiscência dos meios de comunicação. Ensine-a como escapar a estas armadilhas. O que dizer dos filmes e das novelas? E dos programas infantis que, sob aquela pretensa inocência, tem como único objetivo desconstruir a cultura cristã na alma de nossos filhos, de forma sutil e ocultista?
Os meios de comunicação arrastam-nos a necessidades irreais e imaginárias, tornando-nos frustrados quando não consumimos os bens anunciados. Cuidado! Isto pode ser fatal (Hb 13.5,6). Confiemos sempre na suficiência divina.
Sabe por que os Dez Mandamentos encerram-se com esta recomendação: “Não cobiçarás”? Porque todo pecado é precedido pela cobiça e soberba. A cobiça tem levado muitos crentes ao fracasso espiritual (1Tm 6.10).
Quem são os heróis apresentados aos nossos filhos? Homens destituídos de Deus, e que repassam a ideia de que a força bruta, bem como o uso do pensamento positivo são mais do que suficientes para resolver todos os problemas do ser humano. Além disso, zombam dos valores cristãos, afirmando explicitamente estarem estes completamente ultrapassados.
Por conseguinte, se deixarmos os nossos filhos à mercê da televisão, por exemplo, estaremos permitindo que eles se rebelem contra Deus e contra nós. E depois que apostatam, como fazê-los retornar a fé em Cristo?
Vejamos por que os meios de comunicação prejudicam a família.
III. COMO DEVEMOS USAR OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO
Não é fácil controlar os meios de comunicação, porque estes, a cada dia que passa, introduzem-se na vida do homem moderno, tornando o seu uso como que obrigatório. Todavia, como responsáveis pela santidade de nosso lar, empreguemos todos os esforços possíveis, a fim de que a nossa família não venha a sofrer devido à nossa falta de responsabilidade.
Se assistirmos a filmes e a programas imorais, com que autoridade haveremos de aconselhar nossos filhos? Se nos deixamos contaminar pelos sites impróprios da internet, de que forma poderemos recomendar-lhes a que se abstenham dessas abominações? Se temos falhado neste particular, oremos a Deus, humilhados e arrependidos, para que nos dê autocontrole e autoridade para orientarmos convenientemente nossos filhos. Imitemos ao patriarca Jó (31.1-5).
Enfim, que cada um de nós tenha a necessária sabedoria para manter a pureza e a santidade no lar que, segundo o ideal do Novo testamento, tem de funcionar como uma verdadeira igreja.
CONCLUSÃO
Como você tem lidado com os meios de comunicação? Não se deixe prender por eles nem permita que eles contaminem sua família. Como servos de Deus, não podemos deixar-nos prender por nada dessas coisas; o nosso compromisso com o Senhor Jesus é inadiável e urgente.
Se você tem falhado neste particular, arrependa-se, peça perdão e ore a Deus. Peça-lhe forças para ser um exemplo de autocontrole, moderação e seletividade. E, assim, o nome de Cristo será exaltado em sua vida e na vida de seus entes queridos.
Prostituição: Degradação, aviltamento, desonra, devassidão, desmoralização.
Publicitário: Profissional que trabalha em organizações de publicidade (arte de exercer uma ação psicológica sobre o público com fins comerciais ou políticos; propaganda).
Supérfluo: Que é demais; inútil por excesso; desnecessário.
Veicular: Transmitir, propagar, difundir.
Pureza Sexual, Robert Daniels, CPAD.
Subsídio Bibliológico
“Um pouco da mesma tecnologia usada no desenvolvimento de bombas teleguiadas está disponível para civis através de computadores pessoais. Os computadores no trabalho e em casa estão revolucionando nossa forma de vida. Desde relatórios de orçamento, edição de textos a jogos educacionais, quase todos os aspectos de nossas vidas podem ser relacionados de alguma forma às habilidades de um computador. Os computadores até mesmo falam uns com os outros através de modems. Eu posso criar um documento em meu computador e enviá-lo para outro computador a milhares de quilômetros de distância. Incrível!...
...Mesmo que essa tecnologia seja uma grande bênção, o seu uso imoral é uma maldição. Humanos pecadores, seduzidos pelo príncipe das potestades do ar e incitados pelo lucro, inundaram a Internet com pornografia. Informações úteis são fáceis de serem obtidas via computador, mas o mesmo ocorre com a estimulação sexual explícita. Isto é o sexo virtual, sexo via computador.
A pornografia costumava estar disponível apenas em grandes cidades, nos locais marcados pela ‘luz vermelha’. Como as leis contra a obscenidade abrandaram, esses negócios ligados ao sexo expandiram. Graças ao videocassete, os homens começaram a alugar filmes imorais e levá-los para suas próprias casas. Com o progresso da televisão a cabo, e tecnologia de satélite, a sujeira pode ser levada diretamente para a sala de estar. Com o progresso dos computadores modems, o pecado sexual fica cada vez mais privado e oculto do que nunca. Assim como a superior tecnologia de guerra americana esmagou os iraquianos, Satanás, ao promover a licença para cobiçar e pecar, tem usado tecnologia avançada para destruir muitos homens na privacidade dos seus lares e ambientes de trabalho. Devemos estar alertas” (Pureza Sexual, CPAD, pp.210,211).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 10: A ansiedade pelas coisas temporais
Data: 6 de junho de 2004
“Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína” (1Tm 6.9).
A ambição e a cobiça, por serem formas de auto-adoração, afastam o homem de Deus e dos seus valores, comprometendo a estabilidade da família.
Segunda - 1Tm 6.7
Os bens terrenos permanecerão aqui
Terça - 1Tm 6.8
Satisfazendo-se com o essencial
Quarta - 1Tm 6.10
As consequências do amor ao dinheiro
Quinta - Fp 4.11-13
Suportando qualquer situação
Sexta - Pv 30.8,9
Nem pobreza nem riqueza
Sábado - Mt 6.19-21
Mais vale um tesouro no céu
Mateus 8.25-34.
25 - Por isso, vos digo: não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo, mais do que a vestimenta?
26 - Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?
27 - E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à sua estatura?
28 - E, quanto ao vestuário, porque andais solícitos? Olhai para os lírios do campo, como eles crescem; não trabalham, nem fiam.
29 - E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda a sua glória, se vestiu como qualquer deles.
30 - Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
31 - Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?
32 - (Porque todas essas coisas os gentios procuram). Decerto, vosso Pai celestial bem sabe que necessitais de todas essas coisas;
33 - Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas.
34 - Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal.
Faça o seguinte teste com sua turma: Imagine-se em casa. Simultaneamente, seu bebê começa a chorar, o telefone toca e você percebe que a torneira da cozinha goteja. O que fazer então? (Neste momento, professor, dê tempo à turma para que elaborem suas respostas). O bebê representa a família; o telefone, a vida profissional; a torneira, as finanças. As respostas determinarão o que é prioritário para cada um. Quais são suas prioridades? Ao tomar uma decisão, em que você pensa primeiro? Deus está em primeiro lugar? Permita que os alunos expressem suas opiniões e conclua lembrando-lhes que Deus deve ter primazia em todas as circunstâncias.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
O que mais causa ansiedade nas pessoas é o demasiado apego aos bens materiais, à riqueza, principalmente ao dinheiro. Jesus deixou bem claro que ninguém pode, ao mesmo tempo, servir a Deus e às riquezas. Servir às riquezas é colocarmos nelas nossa esperança, segurança, fé e felicidade imaginando que somente elas são capazes de garantir nosso futuro. É óbvio que Cristo não quis dizer que é errado o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais. O que Ele realmente reprova é a preocupação angustiosa e a dedicação exclusiva às coisas terrenas que podem tornar-se ambição, cobiça e, o que é pior, falta de fé no cuidado e amor de Deus.
Faça o seguinte teste com seus alunos: Você é um consumidor compulsivo?
Se todas ou a maioria de suas respostas forem “sim”, você é um consumidor compulsivo. Se não, parabéns! Você consegue manter seu impulso consumista sob controle.
introdução
Hoje, estudaremos os malefícios causados pelo homem quando dominado pela ambição e pela cobiça, isto é, por desejos desmedidos de riquezas, posição social, fama e proeminência. Isto, normalmente, decorre da busca incessante do ter em detrimento do ser, trazendo muitas vezes males irreparáveis à família.
A ambição leva o homem a esforçar-se sem limites para obter bens, conforto e luxo. Faz com que ele quase sempre ponha o amor em segundo plano e sacrifique a dignidade de toda a família, às vezes, humilhando-a, constrangendo-a e provocando total desestrutura do lar.
É dever do cristão prover as necessidades do lar e propiciar oportunidades de crescimento para sua família, mas sem perder de vista o equilíbrio e a sensatez na aquisição daquilo que Jesus qualifica como necessário (Mt 6.25-34). Jamais podemos esquecer de que tudo que nos é dado provém das mãos do Todo-Poderoso. Portanto, a Ele seja a honra, o poder e a glória para sempre!
Os crentes ambiciosos são péssimos exemplos para os filhos, principalmente para os adolescentes, cujo caráter está em formação e que invariavelmente confrontam os valores aprendidos com as atitudes dos pais. É importante lembrar que os pais são os principais referenciais dos filhos, quer positivo, quer negativo (2Rs 15.34; 21.19-21).
Não é o dinheiro em si que está em questão, mas o amor ao dinheiro. É o desejo desenfreado de adquiri-lo que leva o homem ao pecado, visto que não se faz praticamente nada sem ele.
É importante ressaltar que o excessivo apego ao dinheiro é identificado na Bíblia como idolatria.
III. CONSEQUÊNCIAS DA AMBIÇÃO E DA COBIÇA
Chegando à Sodoma, instalou-se na cidade e se deixou influenciar pelos valores daquela sociedade pecadora. De fato, Ló enriqueceu com a posse de muitos bens (Gn 14.12; 13.5; 19.3). No entanto, estas riquezas não garantiram a segurança da sua família (Gn 19.6-13). Diante de tudo isso, Deus ainda estava interessado na preservação da família de Ló a ponto de arrancá-la daquela ímpia cidade (Gn 19.16). Todavia, sua esposa estava com o coração nos prazeres de Sodoma, disto resultando sua morte.
CONCLUSÃO
Baseado no que estudamos, concluímos que nenhum empreendimento que comprometa o bem-estar espiritual, a integridade e a estabilidade da família deve merecer qualquer atenção do homem e da mulher cristãos. O Senhor perguntou ao rico insensato: “... esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (Lc 12.20).
Alienação: Ato ou efeito de afastar-se. Condição do homem após a sua queda no Éden.
Anátema: Fórmula usada para se executar a excomunhão nas sinagogas e nas igrejas primitivas; enfatiza uma maldição mais que acentuada.
Desventura: Falta de venturas; desgraça, desdita, infortúnio, infelicidade.
Ensejar: Propiciar, proporcionar.
Essência: Aquilo que constitui a natureza das coisas; ideia principal.
Idolatria: Amor excessivo por alguma pessoa ou objeto que suplanta o amor que se deve devotar, voluntariamente, ao único e verdadeiro Deus.
Minar: Corroer pouco a pouco; consumir, arruinar.
Proeminência: Superioridade; preeminência.
Sensatez: Qualidade de sensato; bom senso; cautela, prudência.
Siclo: Unidade de peso utilizada no Oriente antigo; moeda dos hebreus, de prata pura, e que pesava seis gramas.
Sôfrego: Ávido, sequioso, ambicioso; impaciente.
Status: Conjunto de direitos e deveres que caracterizam a posição de uma pessoa em suas relações com outras.
Valores: As normas, princípios ou padrões sociais aceitos ou mantidos por indivíduo, classe, sociedade, etc.
Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD.
Subsídio Bibliológico
“Jesus disse que podemos ter apenas um mestre ou senhor. Vivemos em uma sociedade materialista, onde muitas pessoas servem ao dinheiro. Gastam toda a vida acumulando-o, mesmo sabendo que, ao morrer, não o levarão consigo. O desejo de certas pessoas pelo dinheiro e por aquilo que este pode comprar é muito superior a seu comprometimento com Deus e com os assuntos espirituais. Gastam muito tempo e energia, pensando no que têm armazenado (dinheiro e outros bens).
Não caia na armadilha materialista, ‘porque o amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males’ (1Tm 6.10). Você pode dizer honestamente que Deus, e não o dinheiro, é o seu Senhor? Um bom teste é perguntar a si mesmo quem ou o que ocupa mais seus pensamentos, seu tempo e seus esforços.
Jesus contrastou os valores celestiais com os terrenos quando explicou que a nossa vida deve ser direcionada para coisas que não desaparecerão, que não podem ser roubadas ou consumidas e que nunca se desgastam.
Não devemos ficar fascinados por nossos bens, a fim de que eles não nos possuam. Isto significa que podemos ter de fazer alguns cortes se os nossos bens se tornarem excessivamente importantes para nós. Jesus exige uma decisão que nos permita viver satisfeitos com o que temos; para tanto, devemos escolher o que é eterno e duradouro.
Por causa dos efeitos maléficos da preocupação, Jesus recomendou que não fiquemos ansiosos por causa das necessidades que Deus promete prover.
A preocupação pode: (1) prejudicar a nossa saúde; (2) reduzir nossa produtividade; (3) afetar negativamente o modo como tratamos os outros; (4) diminuir nossa confiança em Deus. Quantos destes efeitos maléficos você está experimentando? Aqui está a diferença entre a preocupação e o interesse genuíno: a preocupação nos imobiliza, mas o interesse nos leva à ação.
Buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça significa priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos estejam voltados para sua vontade, nosso caráter seja semelhante ao do Senhor, sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.
O que é realmente importante para você? Pessoas, metas, desejos e até objetos disputam lugar em nossa vida, qualquer um desses interesses pode ocupar rapidamente o lugar de Deus”. (Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, CPAD, pp.1228,1229).
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 12: A importância do culto doméstico
Data: 20 de Junho de 2004
“Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).
O culto doméstico, além de desenvolver na criança o princípio da adoração a Deus, sedimenta em nossos filhos os verdadeiros valores morais.
Segunda - 2Cr 26.4
Valores adquiridos dos pais
Terça - Dt 6.6,7
Ensinar aos filhos: responsabilidade dos pais
Quarta - Dt 11.19
Ensinando diligentemente
Quinta - 2Tm 1.5; 3.15
O culto doméstico produz sabedoria
Sexta - Pv 22.6
Culto doméstico: resistência ao pecado
Sábado - Sl 1
O culto doméstico promove estabilidade e prosperidade espirituais
Salmos 78.1-8.
1 - Escutai a minha lei, povo meu; inclinai os ouvidos às palavras da minha boca.
2 - Abrirei a boca numa parábola; proporei enigmas da antiguidade,
3 - os quais temos ouvido e sabido, e nossos pais no-los têm contado.
4 - Não os encobriremos aos seus filhos, mostrando à geração futura os louvores do Senhor, assim como a sua força e as maravilhas que fez.
5 - Porque ele estabeleceu um testemunho em Jacó, e pôs uma lei em Israel, e ordenou aos nossos pais que a fizessem conhecer a seus filhos,
6 - para que a geração vindoura a soubesse, e os filhos que nascessem se levantassem e a contassem a seus filhos;
7 - para que pusessem em Deus a sua esperança e se não esquecessem das obras de Deus, mas guardassem os seus mandamentos
8 - e não fossem como seus pais, geração contumaz e rebelde, geração que não regeu o seu coração, e cujo espírito não foi fiel para com Deus.
Na história de Noé, aprendemos três importantes lições com o patriarca:
Sigamos, pois, o exemplo de Noé como chefe de família.
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
No lar, os conceitos mais importantes da vida são ensinados e o caráter da criança é formado, por isso a importância do culto doméstico. Através deste princípio bíblico, os pais podem transmitir aos filhos os preceitos divinos a fim de que eles jamais os esqueçam. O que poderia ser melhor do que adorar a Deus e estudar a sua Palavra? Fazer isso em família. O culto doméstico é imprescindível à estabilidade espiritual desta instituição porque é o momento em que todos se reúnem para juntos louvar ao Criador da família e aprender como servi-lo. Fazendo isso, estaremos fortalecendo os laços familiares e estreitando a nossa comunhão com Deus e com nossos entes queridos.
Pergunte a sua turma se alguém possui uma experiência relacionada ao culto doméstico para contar.
Se ninguém tiver, faça as seguintes perguntas aos alunos: Qual a maior dificuldade enfrentada para realizar o culto doméstico? Por que vocês acham que este ensino vem sendo negligenciado pelas famílias com o passar dos anos? Qual o primeiro passo a ser tomado para que a família retorne a este princípio bíblico? Discuta com a sua turma a respeito dessas questões.
INTRODUÇÃO
Através de Moisés, o Senhor intima os israelitas a repassar aos seus filhos, com toda a diligência, os princípios da Palavra de Deus (Dt 6.7). Isto significa que os mais importantes conceitos da vida são formados na intimidade do lar e reforçados no culto doméstico.
Esta passagem assinala a responsabilidade que Deus confia ao sacerdote do lar. Temos por dever ensinar aos filhos os preceitos da vida espiritual e ter a percepção da vontade divina para a vida de cada membro da família, a fim de que Deus encontre lugar neles para os seus propósitos.
Moisés passou muito mais tempo sob a influência da cultura egípcia, no palácio de Faraó, do que com os seus pais. Todavia, o curto período em que estivera na casa paterna foi suficiente para que a sua fé em Deus fosse devidamente estruturada. Este exemplo é apropriado para a vida moderna. Hoje as crianças permanecem mais com os de fora do que com os pais. Por isto todo o tempo de convívio com a família deve ser sabiamente administrado pelos pais para imprimir e reforçar os valores espirituais indispensáveis à vida de seus filhos.
Apesar de suas virtudes, ele não foi diligente na formação espiritual e moral de suas filhas, permitindo-lhes conviver numa sociedade como a sodomita, que lhes deformaria o caráter e os padrões morais. Esta falta de firmeza teve como consequência a desestrutura da família e a geração de uma descendência ímpia.
Se hoje existem filhos de crentes que não reconhecem o poder e a soberania do Senhor, isto se deve à negligência dos pais em relação às Escrituras Sagradas. Deus exige que os pais cuidem da formação espiritual de seus filhos. Se não atentarmos para este dever, traremos desastrosos resultados à sua vida. Se quisermos uma igreja fiel e consciente de seus deveres, devemos cuidar que nossos filhos sejam fiéis ao Senhor e à sua Palavra. E isto deve ser feito através do exemplo e do diálogo.
III. A IMPORTÂNCIA DO CULTO DOMÉSTICO
De que maneira conseguiremos formar devidamente nossos filhos? Através do culto doméstico. Somente assim haveremos de fortalecer os laços de afeição, amizade e comunhão entre os membros de nossa família. Quando isto acontece, a própria igreja é fortalecida, pois a sua base é formada por famílias. Se este padrão for seguido, cada geração será melhor e mais forte espiritualmente do que a anterior. Muitos reclamam da frieza espiritual da igreja moderna, mas será que eles formaram filhos “fervorosos” na fé? Será que os cultos familiares são aquecidos com a presença do Espírito? (2Tm 3.14).
Paulo mostra que a vida de Timóteo achava-se alicerçada naquilo que havia aprendido. Por conseguinte, a superficialidade de alguns rebanhos deve-se a um ensino deficiente que não pode ser atribuído necessariamente àquilo que se aprende ou deixa de se aprender na igreja, mas sim no lar. O culto doméstico é a essência da formação cristã em família.
CONCLUSÃO
A falta de tempo para se refletir na Palavra de Deus, em família, é uma ameaça contra a estabilidade espiritual dos filhos e dos cônjuges. Levemos em conta que os dias atuais são mui difíceis, em virtude de seus perversos ensinos tentarem neutralizar os valores bíblicos e espirituais que devem nortear a casa e a igreja.
O mundo impõe um padrão de conduta que nada tem a ver com o do cristão. É no lar que a criança deve adquirir convicções que a tornem capaz de resistir aos valores deturpados do mundo. Portanto, muito cuidado! Se o culto doméstico e o ensino sistemático da Palavra forem negligenciados pelos pais, a família estará fadada ao fracasso, às vezes, irreversível.
Âmbito: Espaço delimitado; recinto.
Culto: Que tem cultura; instruído, ilustrado; civilizado, adiantado.
Em virtude de: Em consequência de; por causa de.
Imprimir: Fixar-se, gravar-se; infundir-se.
Iníquo: Perverso, malévolo; extremamente injusto.
Piedoso: Que tem amor e respeito às coisas de Deus; que possui devoção.
Primícias: Primeiros frutos; primeiras produções; primeiros efeitos; primeiros lucros.
Rabino: Especialista na interpretação e aplicação da Lei de Moisés. Guia espiritual da sinagoga, ou assembleia, que se reúne sob a sua liderança.
Sábio: Homem sensato, prudente, avisado.
Sinagoga: Originada na época do exílio babilônico devido a necessidade que os judeus exilados sentiam, longe do Templo, de orar e se edificarem.
Sodomita: Oriundo da cidade de Sodoma; relação sexual ilícita.
“O povo de Deus é sábio. Reúne condições de cuidar prioritariamente de sua vida espiritual, pois tem nas mãos a Bíblia, a fonte da sabedoria e das revelações divinas, que ‘o tesouro mais precioso que conquistamos’. A maioria dos crentes pratica o culto doméstico — um exercício espiritual que tantos benefícios têm trazido aos filhos de Deus, à igreja e ao mundo. Sem prolongados comentários, anotemos três das razões que justificam a importância do culto doméstico:
Título: Família Cristã — Eu e a minha casa serviremos ao Senhor
Comentarista: Eliezer de Lira e Silva
Lição 13: E serás salvo, tu e a tua casa
Data: 27 de Junho de 2004
“Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16.31).
Deus quer salvar toda a nossa casa, restaurando por completo todos os membros de nossa família.
Segunda - Gn 7.1-7
A salvação da família de Noé
Terça - Gn 45.7
A salvação da família de José
Quarta - Êx 12.23
A salvação da família israelita no Egito
Quinta - Is 6.25
A salvação da família de Raabe
Sexta - Lc 19.1-10
A salvação da família de Zaqueu
Sábado - At 16.31
A salvação da família do carcereiro
Atos 16.25-34.
25 - Perto da meia-noite, Paulo e Silas oravam e cantavam hinos a Deus, e os outros presos os escutavam.
26 - E, de repente, sobreveio um tão grande terremoto, que os alicerces do cárcere se moveram, e logo se abriram todas as portas, e foram soltas as prisões de todos.
27 - Acordando o carcereiro e vendo abertas as portas da prisão, tirou a espada e quis matar-se, cuidando que os presos já tinham fugido.
28 - Mas Paulo clamou com grande voz, dizendo: Não te faças nenhum mal, que todos aqui estamos.
29 - E, pedindo luz, saltou dentro e, todo trêmulo, se prostrou ante Paulo e Silas.
30 - E, tirando-os para fora, disse: Senhores, que é necessário que eu faça para me salvar?
31 - E eles disseram: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo, tu e a tua casa.
32 - E lhe pregaram a palavra do Senhor e a todos os que estavam em sua casa.
33 - E, tomando-os ele consigo naquela mesma hora da noite, lavou-lhes os vergões; e logo foi batizado, ele e todos os seus.
34 - Então, levando-os a sua casa, lhes pôs a mesa; e, na sua crença em Deus, alegrou-se com toda a sua casa.
A leitura diária desta semana é sobre o propósito de Deus em salvar toda a família. Analise com sua turma estes seis casos: Noé, José, Raabe, Zaqueu, a família israelita no Egito e a do carcereiro. Observe que em cada um deles Deus agiu de maneira diferente. Introduza a seguinte questão: Você está orando pela salvação de toda a sua família? Continue até alcançar esta bênção, pois, Deus certamente está agindo em teu favor. Creia nisto e não questione os métodos divinos porque a nossa mente jamais poderá alcançar os pensamentos do Todo-Poderoso (Is 55.9).
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
Ao criar o primeiro casal, Deus instituiu a família. É no convívio diário que a pessoa desenvolve o senso de companheirismo, responsabilidade, comunhão, fidelidade, amor e fraternidade.
O pai deve exercer a devida autoridade impondo limites necessários à boa conduta e procedimento de seus filhos sem, contudo, ferir-lhes o brio e a dignidade. Como recomenda Pedro “Não provoqueis a ira a vossos filhos”.
De igual modo deve ser o seu procedimento para com sua mulher, pois esta foi-lhe dada como auxiliadora. Portanto é justo que seja ouvida e tenha suas opiniões consideradas nas demandas que dizem respeito ao andamento da vida familiar.
É notório que a criança aprende por imitação. Se você almeja uma família cumpridora de seus deveres para com o reino de Deus seja o exemplo dos fiéis.
Selecione vinte perguntas dentre todos os questionários das lições. Escreva-as em tiras de papel e dobre-as. Divida a turma em dois grupos. Cada grupo escolhe uma pergunta, quem não souber a resposta pode passar a pergunta para o outro. Se ninguém souber, você deve responder. O ideal é que a maioria dos alunos participe, para que isso aconteça, ao invés do grupo eleger o aluno que vai responder, você deve escolhê-lo. Esta atividade é um método muito prático, eficaz e dinâmico de avaliar a aprendizagem da turma.
INTRODUÇÃO
Palavra Chave
Redenção: Livramento proporcionado por Cristo ao oferecer-se para morrer em nosso lugar. Com a sua morte vicária, livrou-nos das consequências eternas do pecado original.
Você pode dizer como Josué: “Eu e a minha casa serviremos”? Se a sua família ainda não foi alcançada totalmente pela salvação em Cristo Jesus, quero que saiba de algo muito importante: o plano de salvação inclui não somente a redenção do indivíduo, como também a de toda a sua família.
Nesta lição, por conseguinte, estaremos mostrando, em primeiro lugar, a importância da família nas Sagradas Escrituras; em seguida, o plano de Deus com relação à família; e por último, como agir, a fim de que toda a nossa casa venha a desfrutar da salvação em Cristo Jesus, nosso Senhor.
Ao formar Adão do pó da terra, tinha o Senhor em mente criar também a família, porque, conforme Ele mesmo o reconhece: “Não é bom que o homem esteja só; far-lhe-ei uma adjutora que esteja como diante dele” (Gn 2.18). Estava formada a família, cujas funções básicas eram: o companheirismo recreativo; a procriação; a formação, a partir dela, de um povo para Deus; e prover o ambiente através do qual viria ao mundo o Cristo de Deus.
Tendo em vista a importância da família, vem esta sendo alvo de sucessivos e impiedosos ataques de Satanás. Eis porque Deus a incluiu, amorosa e redentoramente, em seu plano de salvação.
No que tange ao plano redentor de Deus quanto à família, há duas coisas mui importantes a considerar: o compromisso divino em salvar a família e a responsabilidade individual.
No Novo Testamento, demonstrou o Senhor Jesus a mesma solicitude em salvar o indivíduo com toda a sua família. Haja vista o que aconteceu com o publicano Zaqueu. Vendo que este se havia arrependido de todos os seus pecados, afirmou o Cristo: “Hoje, veio a salvação a esta casa, pois também este é filho de Abraão. Porque o Filho do Homem veio buscar e salvar o que se havia perdido” (Lc 19.9,10). E o carcereiro de Filipos? Na vida deste gentio, cumpre-se de maneira plena o maravilhoso plano de Deus.
III. COMO A FAMÍLIA PODE SER SALVA
Você gostaria que esta promessa se cumprisse em sua família? Neste tópico, mostrar-lhe-emos como isto haverá de se tornar possível na vida de seus familiares.
CONCLUSÃO
O Senhor Jesus quer e pode salvar toda a sua família. Confie em suas promessas. Interceda por todos os seus entes queridos; jejue e, quando for preciso, também chore por eles. Não se conforme em ter os filhos, ou o cônjuge, afastados dos caminhos do Senhor. O mesmo Deus que salvou a Noé e a sua família das águas do dilúvio, continua, através do Espírito Santo, a convencer nossos familiares do pecado, da justiça e do juízo.
Carcereiro: Guarda do cárcere (lugar em que alguém fica preso).
Esmorecer: Perder o ânimo, as forças, o entusiasmo, a coragem; desanimar(-se).
Gregário: Que faz parte de grei ou rebanho; que vive em bando.
Idôneo: Conveniente, adequado.
Intervir: Tomar parte voluntariamente; meter-se de permeio, vir ou colocar-se entre, por iniciativa própria; ingerir-se.
Isento: Desobrigado, dispensado, eximido.
Mística: Máscara; aparência enganadora; disfarce.
Patriarca: Chefe de família, entre os povos antigos, especialmente os do Antigo Testamento.
Toda a Família, Orlando Boyer, CPAD.
A Segunda Década do Amor, Greg Johnson e Mike Yorkey, CPAD.
“A primeira promessa a considerar foi feita a Noé. Deus não chamou somente ao patriarca, mas também a toda a sua casa a entrar na arca; e, assim, foi salva toda a sua família. A arca serve-nos como tipo de Cristo, o único que nos salva do dilúvio de pecado que nos quer destruir. Foi pela fé (Hb 11.7) que Noé cooperou com Deus, e conseguiu o indizível gozo de ver todos os seus entes queridos seguros consigo na arca, enquanto lá fora desciam as torrentes de água, provocando a maior destruição jamais vista pelos homens. Se tivermos a mesma fé, haveremos de ver cada um dos membros de nossas famílias refugiar-se em Jesus e, assim, salvar-se do horrendo dilúvio de incredulidade, pecado, vício e crime que destrói o mundo atual.
Na vida de Abraão, Deus cumpre mais uma vez a sua vontade acerca da família. Disse o Senhor ao patriarca: ‘Porque o tenho escolhido, a fim de que ordene a seus filhos e a sua casa depois dele, que guardem o caminho de Jeová’ (Gn 18.19). Aqui, o Senhor enfatiza por que chamou a Abraão; chamou-o para que ele conhecesse sua responsabilidade para com seus filhos e sua casa. E o número daqueles que estavam a serviço do patriarca elevou-se até trezentas e dezoito almas (Gn 14.14)...
...Ao instituir a páscoa, o Senhor ordenou aos filhos de Israel: ‘Tomarão... um cordeiro para cada família’ (Êx 12.3). A páscoa é um dos tipos mais claros da salvação mediante o sangue de Cristo. E, cada família deveria imolar anualmente um cordeiro que já prefigurava o Cordeiro de Deus que haveria de tirar o pecado do mundo. Isto não quer dizer que todos os membros de nossa família serão salvos sem arrependimento e sem fé em Deus, mas que Ele se interessa em salvar toda a nossa casa.
Faraó não consentia que os ‘pequeninos’ de Israel saíssem do Egito com os pais (Êx 10.9-11). A escravatura e a amarga opressão do Egito são tipos da escravidão do pecado; Faraó tipifica Satanás, o qual não deseja que nossos filhos saiam do mundo conosco, pois sabe que voltaremos para ele se os nossos ‘pequeninos’ ficarem em seu território. O Senhor Deus, todavia, exigiu que as famílias hebreias inteiras deixassem os domínios de Faraó. Nisto, há outra prova evidente de que Deus quer salvar toda a nossa casa” (Toda a Família, CPAD, pp.14,15).
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net