Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 1: A exposição magna da fé cristã
Data: 5 de Abril de 1998
TEXTO ÁUREO
“Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé” (Rm 1.17).
VERDADE PRÁTICA
O Cristianismo poderia ser considerado mera seita do Judaísmo se não houvesse, no Novo Testamento, a Epístola de Paulo aos Romanos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.2
A doutrina das Escrituras em Romanos
Terça — Rm 1.20; 3.4
A doutrina de Deus em Romanos
Quarta — Rm 9.5
A doutrina de Cristo em Romanos
Quinta — Rm 15.13,16,19
A doutrina do Espírito Santo em Romanos
Sexta — Rm 5.12-19
A doutrina do pecado em Romanos
Sábado — Rm 3.21-26
A doutrina da expiação em Romanos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1.1-7,16,17.
1 — Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para apóstolo, separado para o evangelho de Deus,
2 — o qual antes havia prometido pelos seus profetas nas Santas Escrituras,
3 — acerca de seu Filho, que nasceu da descendência de Davi segundo a carne,
4 — declarado Filho de Deus em poder, segundo o Espírito de santificação, pela ressurreição dos mortos, Jesus Cristo, nosso Senhor,
5 — pelo qual recebemos a graça e o apostolado, para a obediência da fé entre todas as gentes pelo seu nome,
6 — entre as quais sois também vós chamados para serdes de Jesus Cristo.
7 — A todos os que estais em Roma, amados de Deus, chamados santos: Graça e paz de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
16 — Porque não me envergonho do evangelho de Cristo, pois é o poder de Deus para salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego.
17 — Porque nele se descobre a justiça de Deus de fé em fé, como está escrito: Mas o justo viverá da fé.
PONTO DE CONTATO
Neste trimestre, você poderá servir-se da riqueza infindável, que é a Epístola de Paulo aos Romanos, para promover o crescimento espiritual de seus alunos. Todos os crentes precisam compreender que, diante de Deus, são justificados mediante a obra de reconciliação efetuada por Jesus Cristo em seu favor. Agora, o crente tem nova vida segundo o Espírito e, andando em santificação, é conduzido à glorificação. Deus, o mais interessado no crescimento de sua Igreja, o usará para contagiar os seus alunos e falar-lhes ao coração promovendo, assim, um grande avivamento em sua classe. Deus o abençoe!
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A Epístola aos Romanos ocupa um lugar de alto destaque na literatura judaico-cristã e nos fundamentos doutrinários e teológicos da Igreja. Paulo escreveu aos cristãos em Roma antes de visitá-los pessoalmente. Ele se informou a respeito da igreja através de Áquila, Priscila e outros cristãos que viajavam pelo mundo mediterrâneo daquele tempo.
O apóstolo confessa no prólogo de sua carta e o confirma no epílogo da mesma, que desejava com todo o seu coração ir a Roma, mas seu intenso itinerário evangelístico não o permitiu. O plano era regressar de Corinto a Jerusalém, entregar a oferta das igrejas gentias aos cristãos em Jerusalém e empreender uma quarta viagem com destino a Espanha, fazendo escala na capital mundial, Roma. Ele realizou a quarta viagem, porém não como planejava; viajou como prisioneiro e não sabemos se depois conseguiu realizar o plano de ir a outros países da Europa ocidental.
No coração do apóstolo havia o objetivo missionário. Mas esse objetivo não o fazia ignorar os problemas doutrinários existentes na igreja em Roma. Por isso, tinha que ajudar a esclarecer as dúvidas doutrinárias. Diferentemente dos dias atuais, a Igreja no primeiro século não possuía livros doutrinários. O ensino vinha direto de seus pastores, que para tal finalidade valeram-se de epístolas.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para introduzir esta série de lições da Epístola de Paulo aos Romanos, você pode, nesta aula, destacar alguns fatos da vida do apóstolo Paulo quando ainda era fariseu e lutava contra o evangelho de Jesus Cristo. Não conte a história mas, usando a técnica de perguntas e respostas, faça com que seus alunos participem e relembrem em poucos minutos alguns fatos e a vida legalista que Paulo vivia, pensando estar agradando a Deus (Ver Gl 1.13,14). O objetivo desta dinâmica é comparar o posicionamento de Paulo, que, mesmo sendo zeloso da lei, estava condenado à perdição e, agora, quando escreve esta carta, está salvo pela justiça de Deus. Não esqueça de fazer aplicação à vida de seus alunos. Lembre-se que hoje muitos vivem no legalismo, pensando estar agradando a Deus.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Hoje, estamos iniciando uma série de estudos na Epístola de Paulo aos Romanos. Recomendamos, antes de tudo, que cada aluno e, principalmente o professor, leia no mínimo três vezes a epístola.
A Epístola de Paulo aos Romanos tem mudado muitas vidas, nações, e até os rumos da história.
Desde que foi estabelecido o Corpus Paulinum, no final do primeiro século, Romanos vem ocupando o primeiro lugar entre as epístolas de Paulo, não pela ordem cronológica, mas por sua importância. Em relação ao Judaísmo, é uma epístola apologética; em relação ao Cristianismo, é a exposição magna da fé evangélica. Entender Romanos é entender o Cristianismo.
É óbvio que a igreja em Roma era composta de judeus e gentios (Rm 2.17; 4.1; 7.1).
III. O SENHOR JESUS CRISTO NO PRÓLOGO DE ROMANOS
Em 31 de outubro de 1517, Lutero fixou, na catedral de Wittemberg, as 95 teses, dando início à Reforma Protestante, e rompendo com a Igreja Católica. Traduziu a Bíblia para a língua alemã, e levou avante a obra da Reforma. É o autor do hinoCastelo Forte, cantado hoje em muitas línguas em todo o mundo evangélico. Faleceu em 1546.
CONCLUSÃO
A justiça de Deus é a revelação fundamental do evangelho. Através de Romanos, o cristão pode compreender melhor o que Deus fez em seu favor mediante Jesus Cristo. Assim, você deve, em primeiro lugar, ler a referida epístola repetidas vezes, com oração e humildade, se possível até decorar para ruminar suas palavras no dia-a-dia. Deve procurar entender o que o apóstolo quer dizer com lei, graça, fé, justiça, carne, espírito, etc.
VOCABULÁRIO
Legalismo: Obediência formal e exterior à Lei de Moisés sem se atentar ao seu espírito, significado e propósito. Os legalistas, geralmente, são levados a desprezar a graça de Cristo.
Vindicação: Ato ou efeito de vindicar, reclamação.
Apologético: Que encerra apologia — discurso para justificar, defender ou louvar.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Histórico
O fato de Paulo ter enviado uma epístola à igreja em Roma ajuda a derrubar a tradição católica que afirma ser o apóstolo Pedro o seu fundador. A razão é que, quando Paulo escreveu a epístola aos Romanos, Pedro não se achava em Roma. Se Pedro lá estivesse, de alguma forma, haveria referência de Paulo ao apostolado naquela cidade, bem como ao pastorado de qualquer outro cristão que exercesse liderança espiritual na igreja de Roma.
Subsídio Teológico
Alguns termos difíceis desta lição são respondidos por F. F. Bruce em seu comentário sobre a Epístola aos Romanos: “‘demonstrado Filho de Deus’. A palavra traduzida por ‘demonstrado’ (horizõ) tem a mais completa força do termo ‘nomeado’ ou ‘constituído’ (usa-se em At 10.42; 17.31) referindo-se a nomeação de Cristo como Juiz de todos. Paulo não quer dizer que Jesus se tomou o Filho de Deus pela ressurreição, mas, sim, que Aquele que durante Sua vida terrena ‘foi o Filho de Deus em fraqueza e humildade’, pela ressurreição tomou-se ‘o Filho de Deus em poder’.
Semelhantemente, Pedro, no dia de Pentecostes, concluiu sua proclamação da ressurreição e exaltação de Cristo com as palavras: ‘Esteja absolutamente certa, pois, toda a casa de Israel de que este Jesus que vós crucificastes, Deus o fez Senhor e Cristo’ (At 2.36). A expressão ‘poderosamente’, literalmente com poder (en dunamei), aparece também em Marcos 9.1, onde a vinda do reino de Deus ‘com poder’ é provavelmente a sequência direta da morte e vindicação de Jesus.
‘Nele se descobre a justiça de Deus’. Notável antecipação deste duplo sentido da ‘justiça de Deus’ — (a) Sua justiça pessoal (b) a justiça com a qual Ele justifica os pecadores a partir da fé — aparece na literatura de Qumran. ‘Sua justiça apaga o meu pecado. ...se tropeço devido à iniquidade da carne, o meu julgamento está na justiça de Deus que estará firme para sempre. ...por Sua misericórdia Ele fez que eu me aproximasse e por Sua amável bondade traz para perto dele o meu julgamento. Por Sua justiça verdadeira me julga, e por Sua abundante bondade faz expiação de todas as minhas iniquidades. Por Sua justiça me limpa da impureza que mancha os mortais e do pecado dos filhos dos homens — para que eu louve a Deus por Sua justiça e ao Altíssimo por Sua glória’” (Romanos, Introdução e Comentário. F. F. Bruce).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 2: A depravação dos gentios
Data: 12 de Abril de 1998
TEXTO ÁUREO
“Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).
VERDADE PRÁTICA
Apesar da pecaminosidade humana, todos podem ser alcançados pela fé em Cristo Jesus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mc 7.21-23
O que contamina o homem vem de seu próprio interior
Terça — 1Co 6.9,10; 2Co 12.20
Lista de pecados de Corinto
Quarta — Gl 5.19-21
Lista de pecados da Galácia
Quinta — Ef 5.3-6
Devemos nos afastar do pecado
Sexta — Cl 3.5,8,9
Devemos estar revestidos do novo homem
Sábado — 2Tm 3.2-5
Pecados dos últimos dias
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 1.18-32.
18 — Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens que detêm a verdade em injustiça;
19 — porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
20 — Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder como a sua divindade, se entendem e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis;
21 — porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; antes, em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
22 — Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos.
23 — E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.
24 — Pelo que também Deus os entregou às concupiscências do seu coração, à imundícia, para desonrarem seu corpo entre si;
25 — pois mudaram a verdade de Deus em mentira e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém!
26 — Pelo que Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza.
27 — E, semelhantemente, também os varões, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, varão com varão, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro.
28 — E, como eles se não importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm;
29 — estando cheios de toda a iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade;
30 — sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe;
31 — néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia;
32 — os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.
PONTO DE CONTATO
Você tem identificado as maravilhas de Deus manifestas na criação? Já percebeu o que Deus tem feito em sua vida por causa da salvação? Veja se consegue enumerar as principais experiências de seu relacionamento com Deus e esteja pronto para compartilhar com seus alunos durante a aula. Por certo eles poderão fazer o mesmo, e receberão as bênçãos que estão reservadas para eles no plano eterno de Deus.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Estudaremos nesta lição a consequência da escolha errada feita pelos homens, prefigurados aqui pelos gentios que representam a humanidade amada por Deus, porém, decaída e entregue a si mesma para sua própria condenação. Como consequência desta situação, Deus derrama sua ira sobre o homem, que passa a colher os amargos frutos de seu próprio plantio. Paulo começa, então, pelos gentios a mostrar que toda a humanidade está sujeita ao pecado e, portanto, sob a ira de Deus.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para facilitar o entendimento desta lição use a técnica de audiovisual, desenhando numa folha de papel ofício branca, um pequeno ponto preto no centro. Pergunte à classe o que estão vendo. Com certeza dirão um ponto preto. O seu objetivo será demonstrar que vemos sempre o que é sujo, feio e mau feito, mesmo sendo pequeno, esquecendo-nos do belo que está a nossa volta, que é imensamente maior. As obras de Deus são grandiosas, visíveis e, às vezes, não as percebemos. Se, contudo, escolhermos ter conhecimento de Deus e procurar obedecer-lhe, seremos diferentes neste mundo. Não nos contaminaremos com o que é mundano, mas, seremos limpos, justos e puros. Assim agradaremos a Deus e viveremos as consequências desta comunhão.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O estudo de hoje é sobre a condição dos gentios diante de Deus. Nesse texto, eles representam a raça humana. O apóstolo discorre sobre o assunto, mostrando a pecaminosidade humana e realçando a justiça divina.
As migrações humanas partiram de Babilônia para todos os quadrantes da terra, levando consigo suas crenças e divindades. Babilônia é, pois, o berço da idolatria.
As coisas invisíveis de Deus são claramente vistas como recursos que Ele proveu para que o homem reconheça a existência do Criador: “para que eles fiquem inescusáveis” (v.20). Por isso, ninguém pode alegar ignorância. O mais obtuso dentre os homens é capaz de reconhecer a existência de Deus, considerando as coisas que Ele criou.
Sim, o homem caiu na idolatria ao recusar-se a tributar honra, glória e graças ao Criador.
A expressão seus discursos denota a alta confiança dos homens em seus raciocínios e argumentos artificiais, misturando discurso filosófico com iluminação espiritual, como o fazem hoje os adeptos da Nova Era e das demais seitas. Por causa desse orgulho, seu coração obscureceu-se, ficando destituído de entendimento espiritual e mergulhado em trevas medonhas.
Essa loucura levou-os à idolatria. O v.23 é uma citação do Salmo 106.20. Assim como os hebreus cultuaram a um bezerro em lugar de Deus, dando ao animal a glória que pertence exclusivamente a Deus, da mesma maneira fizeram os gentios.
III. A IMORALIDADE
Nos vv.29-31, do capítulo 1, o apóstolo apresenta a mais longa lista de pecados encontrada em todas as suas epístolas. A depravação dos gentios é a fotografia da humanidade corrupta, sem Deus. Esses pecados são inerentes à natureza pecaminosa do homem (Mc 7.21-23). Nos versículos já citados (29-31) acha-se uma lista de 22 pecados, encabeçada pela palavra “iniquidade”, retratando a presente sociedade incrédula e distanciada de Deus.
CONCLUSÃO
O quadro funesto e aterrorizador em que se encontra o homem é mostrado nesta lição pelo apóstolo. Isso serve também para mostrar de onde viemos e, dessa forma, conscientizar cada crente da graça e da bondade de Deus. Sejamos agradecidos a Ele por sua provisão quanto à nossa completa e eterna redenção em Cristo Jesus.
VOCABULÁRIO
Contemporâneo: Que é do mesmo tempo, que vive na mesma época.
Depravação: Ato ou efeito de depravar (-se); perversão, corrução; degeneração mórbida.
Detrator: Aquele que difama, infama; detrata.
Inescusáveis: Que não se pode escusar ou dispensar; indesculpável.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Antes de Paulo desenvolver mais o modo pelo qual a forma de justiça de Deus é exposta no Evangelho, ele mostra por que é tão urgentemente necessário que se conheça o meio de ficar certo para com Deus. Como as coisas são, os homens estão ‘no errado’ para com Deus, e Sua ira se revela contra eles. Na vida há uma lei moral segundo a qual os homens são deixados entregues às consequências do curso de ação que eles mesmos escolheram livremente. E a menos que essa tendência seja invertida pela graça divina, a situação deles irá de mal a pior. Três vezes aí ocorrem as palavra de condenação: ‘Por isso Deus os entregou...’ (vv.24,26,28).
O objetivo de Paulo é demonstrar que a humanidade toda está moralmente arruinada, incapaz de conseguir um veredito favorável no tribunal do juízo de Deus, em desesperada necessidade de Sua misericórdia e perdão.
Ele começa tratando de uma área da vida humana cuja falência moral era objeto de acordo geral entre os moralistas da época — a grande massa do paganismo contemporâneo de Paulo. O quadro que desenha é feio deveras. Não porém mais feio do que o quadro que disso vemos na literatura pagã contemporânea. Qual é a causa, pergunta ele, desta pavorosa condição que se desenvolveu no mundo? Donde vêm estas vergonhosas perversões, esta encarniçada inimizade entre homem e homem? Tudo surge, diz ele, de ideias errôneas a respeito de Deus. E essas ideias errôneas não surgiram inocentemente. O conhecimento do Deus verdadeiro era acessível aos homens, mas eles fecharam suas mentes para ele. Em vez de apreciarem a glória do Criador ao contemplarem o universo que Ele criou, davam a coisas criadas aquela glória que pertencia somente a Deus” (Romanos, Introdução e Comentário. F. F. Bruce).
Subsídio Devocional
O problema humano não é a ignorância, mas a oposição a Deus. O problema não é que o homem não conheça a Deus, mas sim, que, tendo conhecido, decidiu não glorificá-lo. “Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” (Rm 1.22). O apóstolo Paulo assegura, por sua declaração, que Deus sempre tem oferecido evidência de sua verdade “desde a criação do mundo”. No entanto, este não é o ponto que interessa ao apóstolo. Na verdade, o que Paulo estabeleceu é que Deus tem revelado sua verdade mas o homem sempre se opôs a ela. Então, Paulo declara categoricamente que os homens, apesar de haver “conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças” (Rm 1.21). Só há uma esperança para os homens: voltarem-se para Deus e à sua verdade. Quando o homem busca estabelecer sua própria verdade independente de Deus, o resultado inevitável é a degradação, a destruição da maravilhosa criação de Deus, projetada por Ele para viver em glória, mas condenada à morte e à corrupção por causa do pecado.
Subsídio Bibliológico
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal destaca no texto sagrado a ira divina em três tempos: “No passado, a ira de Deus e seu ódio ao pecado revelou-se através do dilúvio (Gn 6-8), da fome e da peste (Ez 6.11ss). do abrasamento da terra (Dt 29.22,23), da dispersão do seu povo (Lm 4.16) e de incêndio através da terra (Is 9.18,19).
No presente, a ira de Deus é vista quando Ele entrega os ímpios à imundícia e às vis paixões e leva à ruína e à morte todos quantos persistem em lhe desobedecer (Rm 1.18-3.18; Ez 18.4; Ef 2.3).
No futuro, a ira de Deus incluirá a Grande Tribulação para os ímpios deste mundo (Mt 24.21; Ap 6-19) e um dia vindouro de juízo para todos os povos e nações (Ez 7.19; Dn 8.19) — ‘dia de alvoroço e de desolação, dia de trevas e de escuridão’ (Sf 1.15), um dia de prestação de contas para os iníquos (Rm 2.5; Mt 3.7; Lc 3.17; Ef 5.6; Cl 3.6; Ap 11.18; 14.8-10; 19.15). Por fim, Deus manifestará sua ira mediante o castigo eterno sobre os que não se arrependerem”.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 3: O fracasso espiritual dos judeus
Data: 19 de Abril de 1998
TEXTO ÁUREO
“Pois que? Somos nós mais excelentes? De maneira nenhuma! Pois já dantes demonstramos que, tanto judeus como gregos, todos estão debaixo do pecado” (Rm 3.9).
VERDADE PRÁTICA
Não obstante serem o povo eleito de Deus, os judeus rejeitaram a graça que fora anunciada na lei e nos profetas.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Rm 3.1-4
A incredulidade dos judeus não anula a fidelidade de Deus
Terça — Rm 11.28
Os judeus tornaram-se inimigos do evangelho por causa dos gentios
Quarta — 1Ts 2.14-16
Os judeus não agradam a Deus e são contrários a todos os homens
Quinta — Jr 30.11
A eleição de Israel não isenta os judeus do castigo divino
Sexta — Gn 12.1-4
O antissemitismo é condenado pela Palavra de Deus
Sábado — Hb 6.13-18
A eleição de Israel é uma determinação divina e por isso é imutável
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 2.1-16.
1 — Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo.
2 — E bem sabemos que o juízo de Deus é segundo a verdade sobre os que tais coisas fazem.
3 — E tu, ó homem, que julgas os que fazem tais coisas, cuidas que, fazendo-as tu, escaparás ao juízo de Deus?
4 — Ou desprezas tu as riquezas da sua benignidade, e paciência, e longanimidade, ignorando que a benignidade de Deus te leva ao arrependimento?
5 — Mas, segundo a tua dureza e teu coração impenitente, entesouras ira para ti no dia da ira e da manifestação do juízo de Deus,
6 — o qual recompensará cada um segundo as suas obras,
7 — a saber: A vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, e honra, e incorrupção;
8 — mas indignação e ira aos que são contenciosos e desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade;
9 — tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, primeiramente do judeu e também do grego;
10 — glória, porém, e honra e paz a qualquer que faz o bem, primeiramente ao judeu e também ao grego;
11 — porque, para com Deus, não há acepção de pessoas.
12 — Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados.
13 — Porque os que ouvem a lei não são justos diante de Deus, mas os que praticam a lei hão de ser justificados.
14 — Porque, quando os gentios, que não têm lei, fazem naturalmente as coisas que são da lei, não tendo eles lei, para si mesmos são lei,
15 — os quais mostram a obra da lei escrita no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos, quer acusando-os, quer defendendo-os,
16 — no dia em que Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo, segundo o meu evangelho.
PONTO DE CONTATO
Estamos na terceira lição da Epístola de Paulo aos Romanos. Você já tem percebido algumas mudanças na vida de seus alunos em função das lições anteriores? Não?
Então ore, jejue e continue se preparando para que o seu trabalho seja, realmente, eficaz.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Os judeus se achavam superiores e com direito de julgar a todos por serem descendentes de Abraão e detentores da lei. Mas, neste capítulo o apóstolo discorre sobre a incoerência deles, mostrando-lhes que são inescusáveis por conhecerem a lei e não praticá-la. Vemos a imparcialidade do julgamento divino, quando coloca a todos sob a condenação do pecado, tanto judeus como gentios, para que aceitem a justiça de Deus pela fé em Cristo Jesus.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Comece a lição de maneira gostosa e descontraída. Um ambiente alegre pode aumentar muito o índice de aprendizagem. Nesta lição você pode usar uma parábola para introduzir o assunto. Podemos pedir que um dos alunos leia Lc 7.40-43.
Depois da leitura pergunte-lhes: A quem Deus cobrará mais? A resposta deverá ser: a quem Ele der mais. Neste ponto deveremos aproveitar para fazer correlação com a nossa aula, explicando-lhes que os judeus eram detentores da lei. Então, Deus os havia dado muito, mas também cobraria muito deles, e não os constituía juízes dos povos. Porém, deveriam exercer misericórdia para com os que desconheciam ou conheciam pouco a vontade de Deus. Não esqueça de fazer aplicação para a igreja de hoje, mostrando-lhes que, semelhantemente ao recebermos a missão de levar o evangelho ao mundo, somos responsáveis diante de Deus pela salvação dos homens.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Na lição passada, estudamos a depravação generalizada dos gentios denunciada pelo apóstolo Paulo. Mas qual a situação dos judeus? Embora reprovassem o pecado dos gentios, continuaram indesculpáveis diante de Deus.
Não confundir, portanto, a doutrina paulina da salvação pela fé. O apóstolo não está ensinando a salvação pelas obras, mas salientando a imparcialidade do julgamento divino sobre gentios e judeus. Caso contrário, o apóstolo estaria numa contradição insuperável (Rm 1.17; Gl 3.11; Ef 2.8,9; Tt 3.5). Devemos entender “vida eterna aos que, com perseverança em fazer bem, procuram glória, honra e incorrupção” (v.7) como resultado da vida cristã — fruto do Espírito (Gl 5.22).
III. O JUDEU
No Novo Testamento, o termo “judeus” indica todo o povo de Israel que tem Abraão como pai (Jo 8.56,57).
Paulo conhecia profundamente o Judaísmo. Jesus disse que não se pode costurar remendo novo em vestido velho, nem colocar vinho novo em odres velhos (Mt 9.16,17; Mc 2.21,22). Na visão do apóstolo, o judeu precisava despir-se do velho homem, e aceitar a justiça de Deus pela fé em Cristo. Os judeus rejeitaram essa provisão divina para a salvação, por isso Paulo critica a hipocrisia dos judeus.
Os judeus incrédulos serão condenados pela própria lei, pois foram agraciados por Deus pela lei escrita — a luz maior. Os gentios, por outro lado, terão um julgamento proporcional à luz natural — luz menor. Como não tiveram acesso à lei, serão julgados pela luz de sua consciência.
CONCLUSÃO
Os judeus servem de aviso para todos nós. Muitas vezes nos orgulhamos por motivos infundados (por exemplo: orgulharmo-nos do pentecostalismo), quando deveríamos cuidar sempre da obra da evangelização e de buscarmos o poder do Espírito Santo, e, assim, não corremos o risco de perder as bênçãos de Deus.
VOCABULÁRIO
Estultícia: Qualidade ou procedimento de estulto; tolo, néscio, imbecil, insensato, inepto; estúpido.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
O v.11 diz: “porque, para com Deus, não há acepção de pessoas”. O julgamento divino para com os homens é de acordo com a sua resposta à revelação divina. A verdade de Deus se manifesta em diferentes maneiras. No entanto, esta diferença não causa nenhuma mudança na justiça de Deus. O que interessa é que Deus manifesta a sua verdade aos homens e Ele espera deles uma resposta positiva: aceitar a verdade, obedecer a Deus. glorificá-Lo é dar-Lhe graças.
O v.13 emprega dois verbos chaves para a compreensão do ensino de Paulo quanto à relação judeu — lei: ouvir e praticar. A justiça de Deus não era para os que apenas escutaram a lei, mas para os que se arrependeram (“praticam”). Praticar significa dar resposta com fé à oferta divina de justificação. E impossível para todos os homens, tanto judeus quanto os gentios, cumprirem integralmente a lei, mas crer em Deus que c capaz de conceder a justificação é possível. Por isso. Deus não faz acepção de pessoas. Ele justifica os que são “praticantes”, seja dentro (judeus) ou fora (gentios) da lei. Praticantes da lei, aqui, não é praticar os ritos e sinais externos, mas viver a verdade revelada na lei — “mostram a obra da lei no seu coração, testificando juntamente a sua consciência e os seus pensamentos...” (v.15).
Subsídio Doutrinário
“‘Portanto és indesculpável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas’.
Quando o apóstolo Paulo fez esta declaração, estava na verdade, acusando os judeus que se consideravam inculpáveis. Paulo coloca o judeu e o gentio na mesma condição espiritual diante de Deus: Culpados! O escritor condena os moralistas que julgavam os erros dos gentios, pois julgavam erros que eram cometidos por eles mesmos. Os judeus julgavam que pelo fato de Deus ter mostrado graça e favor especial à sua raça, os livraria da condenação. Imaginavam que, pelo simples fato de serem israelitas de sangue, estariam salvos. Entretanto, era um conceito comodista e falso. Lucas escreveu a mensagem de João Batista que colocava cada judeu na mesma condição dos demais seres humanos. Se não se arrependessem, de nada valeria serem filhos de Abraão, pois dizia: ‘Porque eu os afirmo que mesmo destas pedras Deus pode Suscitar filhos a Abraão’ — (Lc 3.3-9) (Compare João 8.31-47: Romanos 9.1-13).
Entendemos então que, diante de Deus, tanto judeus como gentios são pecadores e estão debaixo da ira divina. São dois tipos de pecadores, que se protegem atrás de sua ‘própria moralidade’ para se justificarem diante de Deus. O judeu justificava-se na sua ‘religião’ e o gentio na sua moralidade. Porém, a Bíblia responde a ambos e diz: ‘O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará’ (Pv 28.13). ‘És indesculpável quando julgas, ó homem’ (2.1). Esta expressão anula a pretensão do pecador de querer julgar. Na verdade, ele não está em condições de julgar, porque Deus é quem julga. Ele é o Supremo Juiz! Quando Ele sentencia, não há apelação, pois seu julgamento é justo e nele não há possibilidade de erro” (Carta aos Romanos, CPAD).
Subsídio Devocional
Jesus disse em Mt 5.20: “Se a vossa justiça não exceder a dos escribas e fariseus, de modo nenhum entrareis no Reino dos Céus”. O que Jesus pretendia dizer com essas palavras é respondido em Mt 5.21-48. A verdade é que o pecado está no coração dos homens e que as suas intenções são más. A natureza humana é má, ainda que o homem não cometa o ato de pecado. Esta verdade pode ser exemplificada na vida dos próprios judeus. Eles não matavam, mas muitas vezes estavam cheios de ódio; não cometiam adultério, mas permitiam que um homem olhasse para uma mulher com desejos lascivos; exigiam justiça (“olho por olho”), mas não se dispunham a perdoar uns aos outros; amavam aos que os amavam, mas odiavam os inimigos. Que nenhum crente tenha o mesmo pensamento que os judeus, principalmente, os escribas e fariseus — achavam que a sua religiosidade exterior os tomariam salvos diante de Deus. Mas tinham coração cheio de ira, de lascívia, de mentira, de vingança, e de preconceito.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 4: A experiência de Abraão, nosso pai na fé
Data: 26 de Abril de 1998
TEXTO ÁUREO
“E creu ele no Senhor, e foi-lhe imputado isto por justiça” (Gn 15.6).
VERDADE PRÁTICA
A justificação pela fé não é um mero perdão: é o processo pelo qual Deus declara o homem justo, como se este jamais tivesse cometido qualquer pecado.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Is 41.8
Abraão, amigo de Deus
Terça — Gn 26.5
Abraão obedeceu à Palavra de Deus
Quarta — Jo 8.53-56
Abraão, pai dos judeus
Quinta — Gl 3.7
Abraão, pai dos cristãos
Sexta — Gn 21.13,18
Abraão, pai dos árabes
Sábado — Hb 11.8-16
Deus não se envergonha de ser chamado “Deus de Abraão”
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 4.1-16.
1 — Que diremos, pois, ter alcançado Abraão, nosso pai segundo a carne?
2 — Porque, se Abraão foi justificado pelas obras, tem de que se gloriar, mas não diante de Deus.
3 — Pois, que diz a Escritura? Creu Abraão em Deus, e isso lhe foi imputado como justiça.
4 — Ora, àquele que faz qualquer obra, não lhe é imputado o galardão segundo a graça, mas segundo a dívida.
5 — Mas, àquele que não pratica, porém crê naquele que justifica o ímpio, a sua fé lhe é imputada como justiça.
6 — Assim também Davi declara bem-aventurado o homem a quem Deus imputa a justiça sem as obras, dizendo:
7 — Bem-aventurados aqueles cujas maldades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos.
8 — Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputa o pecado.
9 — Vem, pois, esta bem-aventurança sobre a circuncisão somente ou também sobre a incircuncisão? Porque dizemos que a fé foi imputada como justiça a Abraão.
10 — Como lhe foi, pois, imputada? Estando na circuncisão ou na incircuncisão? Não na circuncisão, mas na incircuncisão.
11 — E recebeu o sinal da circuncisão, selo da justiça da fé, quando estava na incircuncisão, para que fosse pai de todos os que creem (estando eles também na incircuncisão, a fim de que também a justiça lhes seja imputada),
12 — e fosse pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de Abraão, nosso pai, que tivera na incircuncisão.
13 — Porque a promessa de que havia de ser herdeiro do mundo não foi feita pela lei a Abraão ou à sua posteridade, mas pela justiça da fé.
14 — Pois, se os que são da lei são herdeiros, logo a fé é vã e a promessa é aniquilada.
15 — Porque a lei opera a ira; porque onde não há lei também não há transgressão.
16 — Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós.
PONTO DE CONTATO
Você está preocupado com a sua classe? Parabéns! O professor deve ministrar a lição sempre buscando a Deus para que Ele produza a Sua vontade na vida de seus alunos. Sua Palavra é poderosa, por si só, para fazê-lo. Contudo, muitas vezes não vemos mudanças. Então, deveremos repensar o trabalho que estamos realizando, as técnicas utilizadas em nossa aula, e pedir a Deus que nos ajude a promover mudanças, continuando em oração pela classe na busca de melhores frutos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Nesta lição estudaremos a doutrina da justificação pela fé, usando como base a experiência de Abraão, nosso pai na fé. Na justificação Deus não nos livra do pecado e sim da condenação do pecado. Ele mesmo proveu a justificação através de Cristo Jesus. Não o fez por nosso merecimento, mas por graça. Se provesse livramento da condenação por nosso merecimento, seria por dívida, e isto não seria justificação.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para estudarmos esta lição de maneira interativa e dinâmica poderemos lançar mão da técnica de pequenos grupos de estudo, caso sua classe disponha de sala ou tenha espaço para movimentação de alunos.
Divida a classe em vários grupos, propondo os seguintes temas para serem discutidos, em 5 minutos.
Após o tempo dado para reflexão os grupos deverão apresentar, sucintamente, a sua conclusão.
O professor poderá pedir a apresentação dos grupos no início da aula ou durante o desenvolvimento da lição, de acordo com a necessidade, fazendo a complementação do assunto, pessoalmente, ou usando a técnica de perguntas e respostas, buscando a participação de todos para a conclusão de cada tema.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O tema da Epístola aos Romanos: “O justo viverá da fé” (Rm 1.17) é demonstrado no capítulo 4 dessa epístola. Hoje, vamos estudar os elementos usados pelo apóstolo Paulo como sustentação dessa doutrina.
Myer Pearlman definiu assim a justificação: “É um ato da livre graça de Deus pelo qual ele perdoa todos os nossos pecados e nos aceita como justos aos seus olhos somente por ser imputada a justiça de Cristo, que se recebe pela fé”.
Essa fé em Deus foi-lhe imputada como justiça. Todo o capítulo 4 de Romanos gira em torno de Gênesis 15.6: “E creu ele no SENHOR, e foi-lhe imputado isto por justiça”. O apóstolo está mostrando que Abraão foi justificado diante de Deus pela fé e não pelas obras.
III. O REI DAVI
Cabe aqui uma observação: Não confundir “pecados cobertos” com “pecados encobertos”. Esta última expressão diz respeito a pecados escondidos, que, na dispensação da graça, no caso dos fiéis, é necessário confessá-los para se obter vitória (Pv 28.13).
Os judeus daqueles dias achavam que Paulo estava destruindo os costumes de seus antepassados, e não se contentaram com isso. Eles também achavam que o apóstolo estava-lhes roubando Abraão como o patriarca da nação israelita. Até mesmo no seio da Igreja, Paulo enfrentava perseguição dos judeus e oposição dos judeus cristãos (2Co 11.24-26). A fúria dos judeus chegava a ponto de perseguirem a Paulo de cidade em cidade, até o prenderem (At 21.20-22,28).
O mesmo se pode dizer com respeito ao batismo. O cristão é batizado porque já é salvo, e não para ser salvo. O batismo serve como selo daquilo que já possuímos — a salvação pela fé em Jesus. Se acrescentarmos qualquer coisa à fé, como condição para se obter a salvação, voltaremos ao legalismo. Por isso pregamos que o batismo não é salvação.
CONCLUSÃO
Se o homem é salvo pelas obras, como ensinam o Judaísmo, o Catolicismo e as seitas, ele não tem de agradecer a Deus. O homem estaria recebendo o salário condizente aos seus feitos. A salvação, portanto, é um ato soberano da graça de Deus (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.5), e não dos méritos humanos (Is 64.6).
VOCABULÁRIO
Forense: Respeitante ao foro judicial.
Aleatório: Dependente de fatores incertos, sujeitos ao acaso; casual, fortuito, acidental.
Ad hominem: Argumento com que se procura confundir o adversário, opondo-lhe seus próprios atos ou palavras.
Enfeixar: Atarem feixe, ajuntar, juntar, reunir.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Paulo já tinha dito que esta ‘justiça de Deus à parte da lei’ é credenciada pela lei e os profetas — pelo Velho Testamento.
É preciso demonstrá-lo agora, e Paulo se dispõe a fazê-lo baseando-se principalmente na história de Abraão, com uma olhada de relance na experiência de Davi.
De todos os justos de que fala o Velho Testamento, ninguém pôde sobrepujar Abraão — ‘Abraão, meu amigo’, como lhe chama Deus em Isaías 41.8. O testemunho de Deus em favor de Abraão está registrado em Gênesis 26.5: ‘Abraão obedeceu à minha palavra, e guardou os meus mandamentos, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis’. Então, que dizer de Abraão? Se são as obras praticadas pelo homem que o justificam diante de Deus, Abraão teria melhor possibilidade do que a maioria — e poderia candidatar-se a obter algum crédito por isso. Mas não é esse o meio divino. O meio divino está claramente indicado no registro de Gênesis 15.6 quando a promessa divina alcançou Abraão, a despeito da extrema impossibilidade do seu cumprimento por todas as considerações naturais, ‘ele creu no Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça’. Paulo já tinha usado esta afirmação como base de um argumento ad hominem às igrejas da Galácia, quando se dispunham a abandonar o princípio da fé pelo das obras da lei. Agora ele a emprega como texto de uma exposição mais sistemática do princípio da fé.
O fato de Deus aceitar a Abraão evidentemente não se baseava em suas obras, por boas que fossem. O argumento de Paulo não é apenas textual e verbal, dependendo de uma escolha de Gênesis 15.6 em preferência a outros textos daqueles de Gênesis que podiam ter apontado por outra direção. Pois as boas obras praticadas por Abraão, suas obediências aos mandamentos divinos eram fruto de sua incontestável fé em Deus. Se não tivesse crido primeiro nas promessas de Deus, nunca teria conduzido sua vida daí em diante à luz daquilo que sabia da vontade de Deus. Não. Quando Deus fez uma promessa a Abraão (cujo cumprimento, casualmente, enfeixava o Evangelho todo), ele simplesmente tomou Deus ao pé da letra, e agiu de acordo.
Agora, note a diferença, prossegue Paulo. Quando alguém trabalha por alguma recompensa, essa recompensa lhe cabe. Quando simplesmente põe sua confiança em Deus, é por pura graça que sua fé lhe é imputada para justiça” (Romanos, Introdução e Comentário. F. F. Bruce).
Subsídio Doutrinário
“A expiação de Cristo sobre a cruz importou em satisfação, pois atendeu as reivindicações da lei e da justiça de Deus. Ela proveu-nos um ponto de apoio para que Deus nos olhasse como fôramos justos, e de fato agora o somos: ‘A justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo para todos e sobre todos os que creem: porque não há diferença. Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus, ao qual Deus propôs para propiciação pela fé no seu sangue, [a seu Filho como um sacrifício expiatório. No grego, hilasterion, ‘expiatório’, significa ‘cobriam o propiciatório’. Hb 9.5. Deus o fez] para demonstrar a sua justiça pela remissão dos pecados dantes cometidos, sob a paciência de Deus’ (Rm 3.22-25). Ele não leva em conta o tempo da ignorância. Torna-se Ele, assim, justificador daqueles que têm fé em Jesus. Noutras palavras: os sacrifícios do Antigo Testamento demonstravam a profunda paciência de Deus, mas não lhe satisfaziam plenamente a justiça, pois a morte de um animal não pode substituir adequadamente o ser humano. Foi mister o sangue de Jesus para que fosse provido um sacrifício suficiente tanto para os santos do Antigo Testamento quanto para os que, agora, confiam em Jesus, mostrando que Deus é verdadeiramente justo” (Doutrinas Bíblicas. CPAD).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 5: Privilégios dos justificados pela fé
Data: 3 de Maio de 1998
TEXTO ÁUREO
“Porque todas quantas promessas há de Deus são nele sim; e por ele o Amém, para glória de Deus, por nós” (2Co 1.20).
VERDADE PRÁTICA
A justificação pela fé é o começo de uma nova vida, trazendo paz, graça, glória e absolvição da ira futura.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Fp 4.7
A paz de Deus excede todo o entendimento
Terça — Ef 2.18
Por Jesus temos acesso ao Pai
Quarta — Mt 11.28-30
Em Jesus, encontramos descanso para nossas almas
Quinta — Mt 5.11,12
Somos participantes dos sofrimentos de Cristo
Sexta — 1Pe 4.12-16
Se padecemos como cristãos, devemos glorificar a Deus
Sábado — 1Jo 4.19
Deus nos amou primeiro
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 5.1-11.
1 — Sendo, pois, justificados pela fé, temos paz com Deus por nosso Senhor Jesus Cristo;
2 — pelo qual também temos entrada pela fé a esta graça, na qual estamos firmes; e nos gloriamos na esperança da glória de Deus.
3 — E não somente isto, mas também nos gloriamos nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a paciência;
4 — e a paciência, a experiência; e a experiência, a esperança.
5 — E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
6 — Porque Cristo, estando nós ainda fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios.
7 — Porque apenas alguém morrerá por um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer.
8 — Mas Deus prova o seu amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.
9 — Logo, muito mais agora, sendo justificados pelo seu sangue, seremos por ele salvos da ira.
10 — Porque, se nós, sendo inimigos, fomos reconciliados com Deus pela morte de seu Filho, muito mais, estando já reconciliados, seremos salvos pela sua vida.
11 — E não somente isto, mas também nos gloriamos em Deus por nosso Senhor Jesus Cristo, pelo qual agora alcançamos a reconciliação.
PONTO DE CONTATO
Como está a motivação dos seus alunos pelo estudo da Epístola aos Romanos? Você tem percebido interesse e animação durante as aulas? Que bom! Mas, não se acomode, continue buscando melhorias para a sua classe, com oração, leitura da Bíblia, livros teológicos e didáticos, buscando material auxiliar para enriquecer as suas aulas e tornando-as mais agradáveis e proveitosas. Dessa maneira você irá promover uma maior aprendizagem destes temas tão importantes para a edificação espiritual de seus alunos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Nesta lição estaremos estudando os frutos da justificação pela fé, sua fonte, seus beneficiários e os seus resultados na vida dos cristãos.
Veremos, também, a maneira objetiva e subjetiva do amor de Deus derramado pelos pecadores e a mudança de posição destes, diante de Deus, por causa da Sua graça.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Procure fazer com que seus alunos se sintam valorizados, como pessoa, mostrando-lhes que são importantes para Deus. Todos têm valor inestimável. Demonstre isto promovendo a participação de todos e aproveitando, na medida do possível, a colaboração de cada um. Nesta lição, por exemplo, você poderá distribuir algumas questões escritas num papel para que respondam durante a aula:
Pode-se fazer outras questões de acordo com o número de alunos.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Depois de demonstrar, com base no Antigo Testamento, a doutrina da justificação pela fé, Paulo, agora, começa a enumerar as bênçãos provenientes dessa doutrina. Em Romanos 4.25, o apóstolo declara que Jesus ressuscitou para a nossa justificação. Isso serve como ponto de partida para o capítulo 5, que é o estudo de hoje.
Essas tribulações não são apenas dores, enfermidades, depressões, tristezas nem aflições; são também as pressões deste mundo hostil que crucificou o nosso Senhor Jesus Cristo (At 14.22). Jesus disse que no mundo teríamos aflição, mas que ficássemos seguros, pois Ele venceu o mundo (Jo 16.33).
O referido vocábulo significa: “paciência, perseverança, firmeza, fortaleza”. É a virtude de alguém sofrer com resignação. Se não existisse sofrimento não existiria paciência. Estejamos certos de que o bem proveniente da paciência é maior que os males das tribulações.
III. A MORTE DE CRISTO PELOS PECADORES
Nada no mundo pode roubar a convicção da vida eterna, pois o Espírito Santo de Deus “testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus” (Rm 8.16). E algo que Deus colocou em nós, e está dentro de nós. Esse amor de Deus inunda todo o nosso ser de esperança e de júbilo. Essa prova, porém, não serve para os outros, mas só para quem tem essa comunhão com Deus.
Éramos inimigos de Deus; ultrajávamos o seu santo nome com palavras e ações. Que interesse Deus poderia ter por nós? Paulo diz: “pois poderá ser que pelo bom alguém ouse morrer” (v.7). Ora, se Deus se interessou por nós quando ainda éramos seus inimigos, quanto mais agora que estamos reconciliados com Ele. A morte de Jesus é a prova objetiva e externa do amor de Deus por nós (Jo 3.16).
CONCLUSÃO
Agora, sabemos e sentimos que estamos reconciliados com Deus por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por isso, desfrutamos desses benefícios e privilégios. Quem ainda não tem essa esperança nem está usufruindo das bênçãos mencionadas nessa lição, precisa urgentemente crer na graça de Deus, aceitando a Jesus como o seu Salvador pessoal.
VOCABULÁRIO
Inefável: Que não se pode exprimir por palavras; indizível.
Masoquista: Que se deleita com o próprio sofrimento.
Hostil: Contrário, adverso, inimigo, agressivo.
Ultrajar: Ofender a dignidade de; difamar, injuriar, insultar, afrontar.
Inaudito: Que nunca se ouviu dizer; de que não há exemplo; extraordinário.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A justificação é o anúncio extraordinário de que o pecador já está plenamente justificado. Aos olhos de Deus, seus pecados já não existem mais, pois ‘quanto está longe o Oriente do Ocidente, assim afasta de nós as nossas transgressões’ (Sl 103.12). Miqueias expressa lindamente esse benefício da graça: ‘Quem, ó Deus, é semelhante a ti. que perdoas a iniquidade, e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade. Tomará a apiedar-se de nós; subjugará as nossas iniquidades, e lançará todos os nossos pecados nas profundezas do mar’ (Mq 7.18.19).
Três bênçãos específicas fluem da justificação. A primeira é a redenção dos pecados, cuja pena é a morte — espiritual e física (Gn 2.16.17; Rm 5.12-14; 6.23). Essa penalidade foi removida pela morte de Cristo, o qual suportou o castigo que nos estava reservado (Is 53.5,6; 1Pe 2.24). A justificação implica também a restauração do favor divino. Além de havermos incorrido na penalidade requerida pelas nossas transgressões, havíamos também perdido o favor divino, pois Deus não tem comunhão com o pecado (Jo 3.36; Rm 1.18). No entanto, através da fé em Cristo, fomos restaurados à comunhão com o Pai Celeste (Gl 3.26 e 1Jo 1.3). Finalmente, a justificação traz consigo a imputação da retidão. Assim como a pena pelo pecado fora ‘debitada em nossa conta’, a retidão de Cristo, no ato da justificação, é creditada em nossa conta (Fp 3.9; Gn 15.6). Fomos envolvidos com a pureza de Cristo. Ele tornou-se nossa veste nupcial (Mt 22.11,12)” (Doutrinas Bíblicas. CPAD).
Subsídio Doutrinário
“Mais uma vez é mediante Jesus Cristo que obtivemos igualmente acesso pela fé, a esta graça, na qual estamos firmes.
Esse segundo benefício da justificação nos introduz à presença de Deus diante do trono da graça, para usufruir de todas as bênçãos a que temos direito como justificados em Cristo. Somos colocados em uma nova posição, visto que já alcançamos a ‘paz com Deus’. Temos agora uma nova posição em Cristo e isto resulta na possibilidade de termos acesso à graça de Deus.
Esse acesso a Deus nos torna filhos de Deus, e a posição de ‘filhos’ em adoção por Jesus Cristo é o passaporte para entrarmos na presença do Pai Todo-Poderoso. Esse acesso significa comunhão mais perene e pessoal com Deus. A palavra acesso no grego é ‘prosagoge’ que dá a ideia de ‘aproximação, introdução’. A palavra introdução dá ideia neste texto de apresentação. Por Jesus Cristo somos apresentados a Deus Pai, sem qualquer outro protocolo. A fé em Jesus é o meio de entrarmos na presença de Deus. Não é um ‘acesso a Deus’ semelhante a alguém que busca entrar ou ter acesso à presença de uma autoridade secular. Não se trata de um acesso mecânico, seco e formal. Para com Deus, o acesso resulta de uma reconciliação feita anteriormente por Jesus Cristo, e que agora, esse ‘acesso à graça’ é espontâneo, sem protocolo, sem impedimentos. É um acesso que significa intimidade com Ele” (Carta aos Romanos, CPAD).
Subsídio Devocional
O cristão não deve encarar o sofrimento da mesma maneira que um não crente. Com as tribulações o caráter cristão alcança aprofundamento e aprimoramento.
Justificado por Deus, o cristão está num processo de transformação de acordo com a imagem de Jesus Cristo. O agente dessa transformação é o Espírito Santo. A tribulação dá a oportunidade para o Espírito Santo operar no cristão essa obra. Imagine se a vida só nos reservasse o sucesso e a alegria, nosso progresso espiritual seria mínimo. Não queremos dizer que o cristão deve viver num conformismo que beira ao masoquismo. Mas que, o sofrimento, inerente à natureza humana, Deus o usa para produzir magníficos resultados no cristão.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 6: A eficácia da graça de Deus
Data: 10 de Maio de 1998
TEXTO ÁUREO
“Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus” (Cl 3.1).
VERDADE PRÁTICA
Não devemos abusar da infinita bondade de Deus mediante a desculpa de que, quanto maior o pecado, maior será a graça divina.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Ts 4.2-7
Nossa santificação é a vontade de Deus
Terça — Ef 2.8-10
Praticamos as boas obras porque somos salvos e não para sermos salvos
Quarta — 1Pe 1.14-16
Devemos viver em santidade porque Deus é santo
Quinta — Gl 2.20
Estamos crucificados com Cristo, pois vivemos para Ele
Sexta — Hb 12.14
Sem a santificação ninguém verá a Deus
Sábado — 1Pe 2.11-16
Como deve ser a conduta cristã na sociedade
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 6.1-14.
1 — Que diremos, pois? Permaneceremos no pecado, para que a graça seja mais abundante?
2 — De modo nenhum! Nós, que estamos mortos para o pecado, como viveremos ainda nele?
3 — Ou não sabeis que todos quantos fomos batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte?
4 — De sorte que fomos sepultados com ele pelo batismo na morte; para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida.
5 — Porque, se fomos plantados juntamente com ele na semelhança da sua morte, também o seremos na da sua ressurreição;
6 — sabendo isto: que o nosso velho homem foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, a fim de que não sirvamos mais ao pecado.
7 — Porque aquele que está morto está justificado do pecado.
8 — Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele viveremos;
9 — sabendo que, havendo Cristo ressuscitado dos mortos, já não morre; a morte não mais terá domínio sobre ele.
10 — Pois, quanto a ter morrido, de uma vez morreu para o pecado; mas, quanto a viver, vive para Deus.
11 — Assim também vós considerai-vos como mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus, nosso Senhor.
12 — Não reine, portanto, o pecado em vosso corpo mortal, para lhe obedecerdes em suas concupiscências;
13 — nem tampouco apresenteis os vossos membros ao pecado por instrumentos de iniquidade; mas apresentai-vos a Deus, como vivos dentre mortos, e os vossos membros a Deus, como instrumentos de justiça.
14 — Porque o pecado não terá domínio sobre vós, pois não estais debaixo da lei, mas debaixo da graça.
PONTO DE CONTATO
Professor, grande é o seu privilégio de estar junto a uma classe ensinando a Palavra de Deus. A palavra “educar” é derivada do latim educare que significa “conduzir para fora”. Logo, podemos afirmar que o seu trabalho como professor é conduzir para fora o potencial inato do seu aluno. Esta definição de educação também revela-nos, de forma implícita, que o professor não é exatamente quem ensina o educando, mas sim, quem o orienta em sua aprendizagem. Portanto, ao trabalhar este tema, você o levará a descobrir as bênçãos que Deus lhe reservou conduzindo-o a uma vida vitoriosa.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
No capítulo anterior o apóstolo discorre sobre a justificação e a graça encontrada em Cristo Jesus. No capítulo estudado nesta lição, o apóstolo continua o assunto falando agora da eficácia da graça provida por Deus, através de Jesus Cristo. Expõe ao povo sobre a nulidade de viver nos rudimentos da velha doutrina, e desafia-o a viver uma nova vida para Deus, ofertando seus membros como instrumentos de justiça.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
O professor da Escola Bíblica Dominical precisa ser sempre exemplo para seus alunos. Seja amigo, fiel, disciplinado, ordeiro, grato, etc. Nesta lição o apóstolo concita-nos a vivermos para Deus porque fomos salvos pela Sua graça. Então, a nossa atitude precisa ser de gratidão por tudo o que Ele fez e faz.
Sugerimos ao professor que leia com a classe o versículo 13 e pergunte quais são os membros, a que se refere este versículo e que devem ser apresentados a Deus. Após discorrerem sobre o assunto, pergunte-lhes como apresentar estes membros a Deus, e por que fazê-lo? Deixe que cada um participe. Se, você professor, perceber que estão levando muito tempo na condução do assunto, interfira com bastante carinho e tato para não desanimá-los. Inicie a lição nesse clima amistoso e interativo.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Até aqui temos visto que o homem é salvo pela graça de Deus, sem as obras da lei. O capítulo 6 de Romanos mostra que a vida cristã requer santidade e um coração puro.
A graça não significa que o cristão esteja isento de suas responsabilidades diante de Deus, da Igreja e da sociedade. Há incompatibilidade entre o cristão e o pecado. Esse é o tema desta lição.
Depois de haver demonstrado que a salvação dos gentios e judeus dá-se unicamente pela fé, por meio de Jesus Cristo, agora surge uma dificuldade gerada por uma interpretação errônea.
Essa carta representa o que Paulo vivia. Ele respirava essas coisas. São frutos de muitos anos de experiências com Deus. Ele pregava essa doutrina em todas as igrejas (At 21.21). E, inspirado pelo Espírito Santo, escreveu essas mesmas coisas aos romanos.
Paulo esclarece que isso não significa que devamos pecar e continuar a pecar para recebermos mais graça. Essas perguntas são o ponto de partida para esclarecer a necessidade de santificação dos crentes, para que ninguém venha confundir a graça de Deus com abuso da liberdade cristã.
Por causa da transgressão de Adão, todos os homens tomaram-se pecadores, e por isso a morte passou a todos os homens. Mas em virtude da justiça de Cristo, Deus coloca gratuitamente, pela fé em Jesus, a salvação à disposição de toda a raça humana.
III. MORTO PARA O PECADO
Morto para o pecado não significa que o pecado, no cristão, tenha sido zerado. Isso seria perfeição absoluta. Vejamos o que Paulo ensina a respeito.
Isso significa que o novo nascimento é o divisor de águas entre o velho homem e a nova vida em Cristo. Não temos mais nada com o mundo; agora vivemos para Cristo (Cl 3.3-5). Como pode alguém estar morto para o pecado e, ao mesmo tempo, continuar a viver nele? Não é possível o cristão viver do mesmo modo que vivia antes de conhecer Jesus.
A palavra grega para “desfeito” tem o sentido de “vencido, dominado” e não destruído. A expressão: “A fim de que não sirvamos mais ao pecado”, assinala o propósito de tudo isso. Ou seja: devemos servir unicamente a Cristo, que é o nosso Senhor.
CONCLUSÃO
Ainda hoje há quem interprete erroneamente a doutrina bíblica “pela graça e pela fé somente” da sola gracia, sola fide. Essa doutrina, porém, mostra que não somos servos da lei, mas servos voluntários de Cristo.
Somos livres do pecado para servir à justiça de Deus (Rm 6.18). A salvação pela graça não nos exime de compromissos com Deus, com a Palavra e com a Igreja. Devemos ter muito cuidado, pois o abuso da liberdade cristã leva o cristão à libertinagem.
VOCABULÁRIO
Libertinagem: Devassidão, desregramento, licenciosidade, crápula.
Fraseologia: Construção de frase peculiar a uma língua, ou a um escritor.
Nulidade: Estado ou qualidade de nulo; que não é válido, que não tem valor.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Doutrinário
“No AT Deus revelou-se como o Deus da graça e misericórdia, demonstrando amor para com o seu povo, não porque esse merecesse, mas por causa da fidelidade de Deus à sua promessa feita a Abraão, Isaque e Jacó. Os escritores bíblicos dão prosseguimento ao tema da graça como sendo a presença e o amor de Deus em Cristo Jesus, transmitidos aos crentes pelo Espírito Santo, e que lhes outorga misericórdia, perdão, querer e poder para fazer a vontade de Deus (Jo 3.16; 1Co 15.10; Fp 2.13; 1Tm 1.15.16). Toda atividade da vida cristã, desde o seu início até o fim, depende desta graça divina.
(1) Deus concede uma medida da sua graça como dádiva aos incrédulos (1Co 1.4; 15.10). a fim de poderem crer no Senhor Jesus Cristo (Ef 2.8,9; Tt 2.11; 3.4).
(2) Deus concede graça ao crente para que seja ‘liberto do pecado’ (Rm 6.20,22), para que nele opere ‘tanto o querer como o efetuar, segundo a sua boa vontade’ (Fp 2.13; cf. Tt 2.11,12), para orar (Zc 12.10), para crescer em Cristo (2Pe 3.18) e para testemunhar de Cristo (At 4.33; 11.23).
(3) Devemos diligentemente desejar e buscar a graça de Deus (Hb 4.16). Alguns dos meios pelos quais o crente recebe a graça de Deus são: estudar as Escrituras Sagradas e obedecer aos seus preceitos (Jo 15.1-11; 20.31; 2Tm 3.15), ouvir a proclamação do evangelho (Lc 24.47; At 1.8; Rm 1.16; 1Co 1.17,18), orar (Hb4.16; Jd v.20), jejuar (cf. Mt 4.2; 6.16), adorar a Cristo (Cl 3.16); estar continuamente cheio do Espírito Santo (cf. Ef 5.18) e participar da Ceia do Senhor (cf. At 2.42).
(4) A graça de Deus pode ser resistida (Hb 12.15), recebida em vão (2Co 6.1), apagada (1Ts 5.19), anulada (Gl 2.21) e abandonada pelo crente (Gl 5.4)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Subsídio Teológico
“As palavras mais frequentemente usadas no Antigo Testamento para transmitir a ideia de graça são chanan (‘demonstrar favor’ ou ‘ser gracioso’) e suas formas derivadas (especialmente chên) e chesedh (‘bondade fiel’ ou ‘amor infalível’). A primeira refere-se usualmente ao favor de livrar o seu povo dos inimigos (2Rs 13.23; Sl 6.2,7) ou aos rogos pelo perdão de pecados (Sl 41.4; 51.1). Isaías revela que o Senhor anseia por ser gracioso com o seu povo (Is 30.18). Mas a salvação pessoal não é o assunto de nenhum desses textos. O substantivo chên aparece principalmente na frase ‘achar favor aos olhos de alguém’ (dos homens: Gn 30.27; 1Sm 20.29; de Deus: Ex 34.9; 2Sm 15.25). Chesedh contém sempre um elemento de lealdade às alianças e promessas, expresso espontaneamente em atos de misericórdia e amor. No Antigo Testamento, a ênfase recai sobre o favor demonstrado ao povo da aliança, embora as demais nações também estejam incluídas.
No Novo Testamento, a ‘graça’, como o dom imerecido mediante o qual as pessoas são salvas, aparece primariamente nos escritos de Paulo. E um ‘conceito central que expressa mais claramente seu modo de entender o evento da salvação... demonstrando livre graça imerecida. O elemento da liberdade.... é essencial’. Paulo enfatiza a ação de Deus, e não a sua natureza. ‘Ele não fala do Deus gracioso; fala da graça concretizada na cruz de Cristo’. Em Efésios 1.7, Paulo afirma: ‘Em quem temos a redenção pelo seu sangue, a remissão das ofensas, segundo as riquezas da sua graça’, pois ‘pela graça sois salvos’ (Ef 2.5,8)” (Teologia Sistemática. CPAD).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 7: A liberdade cristã
Data: 17 de Maio de 1998
TEXTO ÁUREO
“Havendo riscado a cédula que era contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, e a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz” (Cl 2.14).
VERDADE PRÁTICA
O cristão é servo do Senhor Jesus Cristo é, como tal, não pode ser servo da lei, pois acha-se livre dela.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Tg 2.10
Se alguém tropeçar em um só mandamento é culpado de todos
Terça — Gl 5.1
Cristo nos libertou da servidão
Quarta — 2Co 3.9
O ministério da condenação
Quinta — Gl 3.19
A lei foi ordenada por causa das transgressões
Sexta — Mt 6.24
Ninguém pode servir a dois senhores
Sábado — Jr 31.31-33
A promessa do Novo Concerto
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 7.1-12.
1 — Não sabeis vós, irmãos (pois que falo aos que sabem a lei), que a lei tem domínio sobre o homem por todo o tempo que vive?
2 — Porque a mulher que está sujeita ao marido, enquanto ele viver, está-lhe ligada pela lei; mas, morto o marido, está livre da lei do marido.
3 — De sorte que, vivendo o marido, será chamada adúltera se for doutro marido; mas, morto o marido, livre está da lei e assim não será adúltera se for doutro marido.
4 — Assim, meus irmãos, também vós estais mortos para a lei pelo corpo de Cristo, para que sejais doutro, daquele que ressuscitou de entre os mortos, a fim de que demos fruto para Deus.
5 — Porque, quando estávamos na carne, as paixões dos pecados, que são pela lei, operavam em nossos membros para darem fruto para a morte.
6 — Mas, agora, estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos; para que sirvamos em novidade de espírito, e não na velhice da letra.
7 — Que diremos, pois? É a lei pecado? De modo nenhum! Mas eu não conheci o pecado senão peia lei; porque eu não conheceria a concupiscência, se a lei não dissesse: Não cobiçarás.
8 — Mas o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, despertou em mim toda a concupiscência: porquanto, sem a lei, estava morto o pecado.
9 — E eu, nalgum tempo, vivia sem lei, mas, vindo o mandamento, reviveu o pecado, e eu morri;
10 — e o mandamento que era para vida, achei eu que me era para morte.
11 — Porque o pecado, tomando ocasião pelo mandamento, me enganou e, por ele, me matou.
12 — Assim, a lei é santa; e o mandamento, santo, justo e bom.
PONTO DE CONTATO
A Bíblia diz em Provérbios 11.14, que não havendo sábia direção, o povo cai. Isto está relacionado também com o professor. Você é um líder. Seu exemplo e motivação conduzirão a sua classe ao sucesso ao fracasso. Portanto, não culpe seus alunos por aparentes fracassos, ou desinteresse. Ore, jejue, planeje, trabalhe, estude métodos e técnicas buscando resolver as dificuldades de sua classe. Deus que é fiel e verdadeiro cumprirá a Sua promessa feita em Gálatas 6.7 “tudo o que o homem semear também ceifará”.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
No capítulo anterior, o apóstolo Paulo tratou sobre a libertação do poder do pecado. Agora, no capítulo 7, ele trata sobre a libertação do poder da lei. Para explicar eficazmente essa libertação, o apóstolo usa a ilustração do matrimônio, a fim de mostrar até que ponto um cônjuge está ligado ao outro mediante a lei do matrimônio.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
O aluno, apesar de estar na posição de aprendiz, pode ser um grande colaborador para o seu professor e trazer enriquecimento para a aula. Cada pessoa tem a sua cosmovisão, ou seja, maneira própria de ver o mundo, que precisa ser respeitada, mesmo que seja contrária a posição do grupo. Contudo, o aluno pode perceber na lição aspectos diferentes dos alcançados pelo professor. Neste caso, um professor sábio aproveitará a oportunidade, trabalhando a motivação da classe, valorizando a contribuição, sem contudo, fugir aos objetivos propostos. Nesta lição você poderá incentivar a participação dos alunos ministrando a lição com perguntas. Por exemplo: Quais as especulações rabínicas sobre a lei? Ou, Como ficou reduzida a Lei de Moisés? Todos os outros tópicos da lição poderão ser usados como perguntas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
O capítulo 7 de Romanos surpreende tanto cristãos como judeus. Estudamos, na lição passada, a necessidade da libertação do pecado, o que é perfeitamente compreensível. Agora vamos estudar a libertação da lei. O que é a lei afinal? Por que precisamos estar libertos dela? O que o apóstolo quer dizer com tudo isso? São esses os pontos da lição de hoje.
Muitos rabinos resolveram buscar a perfeição na observância dos preceitos da lei. O mais excelente desses mestres só conseguiu observar 230 dos 248 preceitos positivos. Só Jesus cumpriu integral e perfeitamente a lei.
Como querem, pois, os judeus e outros como os adventistas do sétimo dia a justificação pelas obras da lei?
Por essa razão, ela não poderá ser de outro homem enquanto o marido viver. Se isso vier a acontecer, ela tornar-se-á adúltera: “Será considerada adúltera se, vivendo o marido, unir-se com outro homem” (v.3). Morrendo o marido, contudo, ela estará livre para contrair novas núpcias.
Nós já morremos com Cristo, por isso estamos livres da lei (Gl 5.1). Na lição passada, estudamos que morremos com Cristo, sendo “sepultados com ele no batismo na morte” (Rm 6.4).
Como Cristo já satisfez todas as exigências da lei, não estamos mais sob a tutela da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).
III. A TRÍPLICE FUNÇÃO DA LEI
Todavia, temos de perguntar: A lei não veio de Deus através de Moisés? (Jo 1.17) Ela não condena o pecado? Por que essa alegria?
Antes que se levante conceitos errôneos sobre a visão paulina da lei, o apóstolo pergunta: “É a lei pecado?”. A resposta é dada imediatamente: “De modo nenhum!”. Então, ele começa a segunda seção do capítulo 7, que vai até ao v.12, justificando a sua resposta.
Por conseguinte, Paulo atribui a lei uma função terapêutica. Ou seja: a lei serviu para mostrar a causa do pecado e o remédio para curá-lo. Esse remédio, logicamente, não é a lei, mas o sangue de Jesus (Rm 3.24-26).
Neste sentido comentou o Dr. F. F. Bruce: “O vilão da peça é o pecado. O pecado agarrou a oportunidade que teve quando a lei me mostrou o que era certo e o que era errado, sem me dar poder para fazer o primeiro e evitar o último”. A lei não proveu condições para o homem ser salvo.
CONCLUSÃO
Estávamos casados com o nosso primeiro marido: a lei. O apóstolo, porém, trouxe-nos uma notícia do céu: o nosso contrato de casamento fora dissolvido, pois morremos com Cristo (v.4). A lei não tem mais domínio sobre nós. Estamos livres dela para servir, na liberdade do Espírito, a outro Senhor — aquEle que morreu por nós. Que cada crente reconheça essa liberdade a fim de produzir frutos para Deus!
VOCABULÁRIO
Analogia: Ponto de semelhança entre coisas diferentes. Semelhança, similitude, parecença.
Holofote: Projetor de grande intensidade cuja luz ilumina os objetos à distância.
Terapêutica: Parte da medicina que estuda e põe em prática os meios adequados para aliviar ou curar os doentes; terapia.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“A palavra traduzida ‘lei’ (gr. nomos; hb. torah) significa ‘ensino’ ou ‘instrução’. O termo lei pode referir-se aos Dez Mandamentos, ao Pentateuco ou a qualquer mandamento no AT. O uso por Paulo da palavra ‘lei’ pode incluir o sistema sacrificial do concerto mosaico. A respeito dessa lei. Paulo declara várias coisas:
(1) Ela foi dada por Deus ‘por causa das transgressões’, i.é., a fim de demonstrar que o pecado é a violação da vontade de Deus, e despertar os homens a verem sua necessidade de misericórdia, graça e salvação de Deus em Cristo (v.24; cf. Rm 5.20; 8.2).
(2) Embora o mandamento fosse santo, bom e justo (Rm 7.12), era inadequado, porque não conseguia transmitir vida espiritual nem força moral (3.21; Rm 8.3; Hb 7.18.19).
(3) A lei funcionou como ‘aio’ ou tutor do povo de Deus até que viesse a salvação pela fé em Cristo (vv.22-26). Nessa função, a lei revelou a vontade de Deus para o comportamento do seu povo (Êx 19.4-6; 20.1-17; 21.1—24.8), proveu sacrifícios de sangue para cobrir os pecados do seu povo (ver Lv 1.5; 16.33) e apontou para a morte expiatória de Cristo (Hb 9.14; 10.12-14).
(4) A lei foi dada para nos conduzir a Cristo a fim de sermos justificados pela fé (v.24). Mas agora que Cristo já veio, finda está a função da lei como supervisora (v.25). Por isso, já não se deve buscar a salvação através das provisões do antigo concerto, nem pela obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A salvação, agora, tem lugar de conformidade com as provisões no novo concerto, a saber, a morte expiatória de Cristo, a Sua ressurreição gloriosa e o privilégio subsequente de pertencer a Cristo (vv.27-29)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Subsídio Devocional
No livro Carta aos Romanos, CPAD, o pastor Elienai Cabral oferece um comentário esclarecedor a respeito da analogia do casamento usada por Paulo nos versículos 1 a 6:
“‘Assim, meus irmãos, também vós’ (v.4). Paulo faz a aplicação da ilustração do matrimônio aos crentes em Cristo. Num sentido espiritual, o crente está morto para a lei do pecado, estando livre para pertencer a outro. — A quem pertence o crente, uma vez que está livre do poder da lei? — Pertence a Cristo! Aprendemos aqui, conforme a ilustração, que a mulher casada está sob o domínio da lei do matrimônio enquanto o marido estiver vivo. Porém, a morte encerra esse domínio e a mulher fica livre para casar-se outra vez. Entende-se, então, que a mulher casada está sujeita à lei do matrimônio durante o curso da existência do marido, ‘mas se morrer o marido, está livre da lei’ (7.3). Paulo fala especialmente a alguns judeus cristãos que tinham dificuldades de se desvencilharem das ‘amarras da lei’. Imaginavam-se presos a ela, porque nasceram sob a tutela da lei. Paulo ensina que, uma vez que Cristo morreu por todos, sua morte os libertou do poder da lei, ficando livres para um novo modo de vida”.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 8: A liberdade sob a lei do Espírito
Data: 24 de Maio de 1998
TEXTO ÁUREO
“Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
VERDADE PRÁTICA
A atividade do Espírito Santo na vida do crente não é uma mera ação. E um ministério que nos fortalece como filhos de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Mt 28.19
O Espírito Santo é a terceira Pessoa da Trindade
Terça — Jo 14.17
O Espírito Santo habita nos fiéis
Quarta — Tt 3.5
O Espírito Santo regenera o pecador
Quinta — 1Co 3.16,17
Somos o templo do Espírito Santo
Sexta — 1Co 6.11
O Espírito Santo lava, justifica e santifica o homem
Sábado — Gl 5.18
Somos guiados pelo Espírito Santo porque não estamos debaixo da lei
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 8.1-14.
1 — Portanto, agora, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito.
2 — Porque a lei do Espírito de vida, em Cristo Jesus, me livrou da lei do pecado e da morte.
3 — Porquanto, o que era impossível à lei, visto como estava enferma pela carne, Deus, enviando o seu Filho em semelhança da carne do pecado, pelo pecado condenou o pecado na carne,
4 — para que a justiça da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne, mas segundo o Espírito.
5 — Porque os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o Espírito, para as coisas do Espírito.
6 — Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do Espírito é vida e paz.
7 — Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus, pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser.
8 — Portanto, os que estão na carne não podem agradar a Deus.
9 — Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele.
10 — E, se Cristo está em vós, o corpo, na verdade, está morto por causa do pecado, mas o espírito vive por causa da justiça.
11 — E, se o Espírito daquele que dos mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dos mortos ressuscitou a Cristo também vivificará o vosso corpo mortal, pelo seu Espírito que em vós habita.
12 — De maneira que, irmãos, somos devedores, não à carne para viver segundo a carne.
13 — Porque, se viverdes segundo a carne, morrereis; mas, se pelo espírito mortificardes as obras do corpo, vivereis.
14 — Porque todos os que são guiados pelo Espírito de Deus, esses são filhos de Deus.
PONTO DE CONTATO
A definição humana de liberdade, segundo Aurélio, é: “Faculdade de cada um decidir ou agir segundo a própria determinação. Estado ou condição de homem livre”. Seguindo este raciocínio, as pessoas tendem a pensar que liberdade é simplesmente poder fazer na vida tudo o que desejam. Mas, a Palavra de Deus ensina que não se pode ser livre “andando segundo a carne”, pois a carne escraviza. Por outro lado, quem anda segundo o Espírito é, de fato, livre. Pode. assim, servir a Deus livremente, pois “os que são segundo o Espírito inclinam-se para as coisas do Espírito”.
Desta forma, esta lição explica a liberdade debaixo da lei do Espírito, a qual mostra-nos que embora submissos à lei de Cristo. Ele não nos trata como escravos, mas como filhos amados. Recebemos o Espírito Santo e por meio dEle somos guiados.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Estamos dando continuidade ao assunto anterior que pauta sobre a liberdade cristã e a lei. Porém, nesta lição, encontramos uma nova lei, a do Espírito de vida, um novo princípio que veio quebrar a lei outrora existente, a do pecado e da morte.
Estaremos, agora, estudando sobre a submissão do cristão à lei de Cristo, que é a lei do Espírito de vida, e os seus resultados.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Quem procura, acha. Com esta expressão popular poderemos dar introdução a uma reflexão bastante interessante e de resultados eficazes.
É de se esperar que uma pessoa ao descobrir algo de bom queira praticá-lo. Contudo, só pode fazê-lo quando já o conhece.
Uma pessoa normal e consciente jamais procura ou busca algo sem conhecê-lo, não anda sem destino ou trabalha sem finalidade. Então para obter a liberdade do Espírito precisamos saber exatamente o que é, como consegui-la e como se manifesta na vida do cristão.
Para isto o professor deve, antes de iniciar a aula, investigar o tema junto aos alunos, com o objetivo de conduzi-los a uma reflexão numa busca consciente.
Usando a técnica de perguntas e respostas poderemos fazer o seguinte questionamento:
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Desde o capítulo 5 até aqui, o Espírito Santo foi mencionado apenas uma vez (5.5). O capítulo 8, porém, mostra que a vida cristã é abundante no Espírito, como bênção da justificação pela fé. Este é o ministério do Espírito, que vamos estudar hoje.
Somos absolutamente impotentes, e necessitamos da libertação do pecado e do “eu”. Mas isso só é possível em Jesus Cristo, nosso Senhor. Por isso, o Espírito Santo não aparece nessa passagem, e o nome de Jesus só aparece no v.25, que é o versículo de transição para o capítulo 8, e que inicia com “portanto”.
A lei diz: “faça e viva”, entretanto, a graça diz: “viva e faça”. Fazemos a vontade de Deus com a ajuda e a direção do Espírito Santo para a nossa santificação.
III. A INCLINAÇÃO DA CARNE E A INCLINAÇÃO DO ESPÍRITO
O homem é aquilo que imagina a sua alma (Pv 23.7). E Jesus afirmou que o homem fala daquilo que o seu coração estiver cheio (Lc 6.45).
O pensamento do homem norteia o seu comportamento. Se a mente é carnal, seu comportamento é carnal, resultando em morte; se a mente é espiritual, seu comportamento é espiritual, resultando em vida e paz.
Agora, somos devedores ao Espírito, que nos deu vida, e não à carne, que resulta em morte (vv.12,13).
CONCLUSÃO
Os muçulmanos prostram-se diante de Alá (Deus em árabe) como escravos e não como filhos. Os judeus não ousam dirigir-se a Deus como Pai apesar de Deus chamar Israel de filho (Os 11.1). No entanto, podemos dirigir-nos a Deus, clamando: Aba Pai. Quão grande é o nosso privilégio!
VOCABULÁRIO
Introspectivo: Relativo ou pertencente à introspecção; observação da vida interior pelo próprio sujeito; exame que alguém faz dos próprios pensamentos e sentimentos.
Impotente: Que não pode; fraco, débil.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Doutrinário
“Paulo descreve duas classes de pessoas: as que vivem segundo a carne e as que vivem segundo o Espírito.
(1) Viver ‘segundo a carne’ (‘carne’, aqui, é o elemento pecaminoso da natureza humana) é desejar e satisfazer os desejos corrompidos da natureza humana pecaminosa; ter prazer e ocupar-se com eles. Trata-se não somente da fornicação, do adultério, do ódio, da ambição egoísta, de crises de raiva, etc. (ver Gl 5.19,21), mas também da obscenidade, de ser viciado em pornografia e em drogas, do prazer mental e emocional em cenas de sexo, em peças teatrais, livros, vídeo, cinema e assim por diante.
(2) Viver ‘segundo o Espírito’ é buscar a orientação e a capacitação do Espírito Santo e submeter-nos a elas e concentrar nossa atenção nas coisas de Deus. É estar sempre consciente de que estamos na presença de Deus, e nEle confiarmos para que nos assista e nos conceda a graça de que carecemos para que a sua vontade se realize em nós e através de nós.
(3) É impossível obedecer à carne e ao Espírito ao mesmo tempo (vv.7,8; Gl 5.17,18). Se alguém deixa de resistir, pelo poder do Espírito Santo, a seus desejos pecaminosos e, pelo contrário, passa a viver segundo a carne (v.13), toma-se inimigo de Deus (8.7; Tg 4.4), e a morte espiritual e eterna o aguarda (v.13). Aqueles cujo amor e solicitude estão prioritariamente fixados nas coisas de Deus, podem esperar a vida eterna e a comunhão com Ele (vv.10,11,15,16)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Subsídio Teológico
Adoção de filhos é uma das grandes doutrinas da fé cristã. Ela nada tem com filiação, e sim com posição. A expressão deriva de dois termos gregos: “huios” = filho, e “thesis” = posição. A adoção quase não era usada entre os judeus. Os casos mencionados na Bíblia ocorreram fora do ambiente cultural de Israel, como o caso de Moisés (no Egito), Êx 2.10 e At 7.21. O caso de Ester (na Pérsia), Et 2.7,15. O mundo greco-romano onde foi escrito o Novo Testamento, sim, este praticava a adoção de filhos. O termo “huiothesia” é de origem romana, adotado pelos gregos. Paulo, inspirado pelo Espírito Santo o emprega cinco vezes: Rm 8.15,23; 9.4; Gl 4.5; Ef 1.5.
Em nossa cultura, adota-se quem não é filho, mas no caso da Bíblia a adoção espiritual é para quem já é filho de Deus. A Bíblia é clara: “adoção de filhos” (Rm 8.15; Gl 4.5). Deus não adota um crente como filho; este é gerado como tal, pelo Espírito Santo, na regeneração. Na adoção, recebemos a posição de filhos adultos e herdeiros, espiritualmente falando. “Adoção de filhos” não é nossa colocação na família de Deus; isto se dá no novo nascimento. Na adoção, o crente já como filho é elevado à posição de filho adulto e herdeiro da família. Na regeneração há mudança de natureza, pela filiação; na adoção, há mudança de posição.
Lembremo-nos: Deus só adota a quem já é seu filho!
A nossa adoção de filhos de Deus tem ainda um aspecto a cumprir-se no futuro: Rm 8.23 — é a nossa ressurreição ou transformação do nosso corpo, quando então seremos conformados com Jesus Cristo (1Jo 3.2).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 9: Problema da rejeição de Israel
Data: 31 de Maio de 1998
TEXTO ÁUREO
“E, se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição, a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” (Rm 11.12).
VERDADE PRÁTICA
Embora a Igreja se encontre numa posição espiritual superior a Israel, nem por isso os judeus deixam de ser povo de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Gn 28.14-16
Deus escolheu Israel para abençoar todas as famílias da terra
Terça — Êx 19.4-6
Deus fez de Israel sua propriedade peculiar
Quarta — Zc 2.8-12
Israel é a menina dos olhos de Deus
Quinta — Rm 9.30-33
Israel tropeçou na Pedra da Esquina
Sexta — Zc 12.10
Israel se converterá ao Senhor Jesus nos últimos dias
Sábado — Hb 6.13-18
A promessa da eleição de Israel é irrevogável
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 9.4,5; 11.1,25-32.
Romanos 9
4 — ...são israelitas, dos quais é a adoção de filhos, e a glória, e os concertos, e a lei, e o culto, e as promessas;
5 — dos quais são os pais, e dos quais é Cristo, segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém!
Romanos 11
1 — Digo, pois: Porventura, rejeitou Deus o seu povo? De modo nenhum! Porque também eu sou israelita, da descendência de Abraão, da tribo de Benjamim.
25 — Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
26 — E, assim, todo o Israel será salvo, como está escrito: De Sião virá o Libertador, e desviará de Jacó as impiedades.
27 — E este será o meu concerto com eles, quando eu tirar os seus pecados.
28 — Assim que, quanto ao evangelho, são inimigos por causa de vós; mas, quanto à eleição, amados por causa dos pais.
29 — Porque os dons e a vocação de Deus são sem arrependimento.
30 — Porque assim como vós também, antigamente, fostes desobedientes a Deus, mas, agora, alcançastes misericórdia pela desobediência deles,
31 — assim também estes, agora, foram desobedientes, para também alcançarem misericórdia pela misericórdia a vós demonstrada.
32 — Porque Deus encerrou a todos debaixo da desobediência, para com todos usar de misericórdia.
PONTO DE CONTATO
Nesta lição vamos estudar sobre a eleição do povo de Israel. Um tema fundamental para entendermos o propósito de Deus para Israel e sua situação espiritual na atualidade. Trabalhe com sua classe de tal forma que possa se situar nesse contexto histórico-teológico e alegrar-se com a misericórdia divina para com os não-judeus, concedendo-lhes a salvação.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Contrariando a opinião dos judeus, que, como “povo escolhido” de Deus não se consideravam necessitados da salvação, o apóstolo Paulo explica no capítulo 9 a verdadeira situação espiritual do povo de Israel diante de Deus.
Eles criam que, sendo filhos de Abraão, automaticamente tinham direito a todas as bênçãos da aliança de Deus com Abraão e, por conseguinte, a justificação e a glorificação eram direitos exclusivos dos judeus mediante o seu nascimento natural.
Mas, foi Israel quem rejeitou o Salvador, pelo seu endurecimento espiritual. Assim como os gentios. Deus colocou os judeus em situação de desobediência para usar de misericórdia com todos.
Haverá um dia, então, que Israel embora povo eleito, se voltará para Deus e todos os seus pecados serão tirados.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Podemos introduzir esta aula com uma interessante ilustração.
Na Epístola aos Romanos, o apóstolo Paulo compara Deus a um agricultor que cuida de árvores frutíferas.
A oliveira era uma árvore muito importante para os romanos. Seu fruto tinha várias utilidades. Era usado na salada e, depois de esmagada, a azeitona dava o azeite usado na comida.
Esta imagem é aplicada em Romanos para falar dos judeus, povo especial de Deus, que era a oliveira. Porém, não estavam dando bons frutos. Como num enxerto em árvores frutíferas, o agricultor podou muitos dos ramos e indo ao bosque cortou galhos da oliveira brava, e colocou no lugar dos ramos que havia cortado. Colocou uma casca e amarrou com um barbante. Logo, os novos galhos brotaram e deram bons frutos.
Você poderá tornar a sua aula mais educativa se de alguma maneira, conseguir que seus alunos conheçam a técnica do enxerto.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Os três capítulos de Romanos que tratam da situação de Israel podem ser divididos em três partes: análise da eleição de Israel no passado (9.6-29); a rejeição do Messias por Israel (9.30-10.21); e Israel ocupa o segundo plano até que a plenitude dos gentios se complete (11.1-36).
O apóstolo Paulo pergunta aos irmãos de Roma: “Qual é logo a vantagem do judeu? Ou qual a utilidade da circuncisão? Muita, em toda a maneira, porque, primeiramente, as palavras de Deus lhes foram confiadas” (Rm 3.1,2). Então, através de Israel, Deus entregou a Bíblia ao mundo.
A primeira diáspora ocorreu nos dias de Nabucodonosor, rei de Babilônia (2Rs 24.10-16). A segunda diáspora dos judeus, veio com a destruição de Jerusalém, em 70 d.C, e deu-se por causa de sua incredulidade — rejeitaram o seu Messias (Lc 21.24; 23.28-31).
III. O VERDADEIRO ISRAEL
A promessa de Deus não foi quebrada, mas os judeus é que recusaram a promessa. Somos como zambujeiros enxertados no lugar deles, e, assim, participamos da raiz e da seiva da oliveira (11.15-19).
Quando o espírito de graça e de súplica vier sobre os judeus, aí ocorrerá a restauração espiritual (Zc 12.10; Ez 37.23-28). A partir de então os judeus não mais rejeitarão o seu Messias.
Então, por causa da promessa que Deus fez aos pais Abraão, Isaque e Jacó, Israel continuará sendo o povo escolhido (Hb 6.13-18).
CONCLUSÃO
Israel é o relógio de Deus na terra. Jesus disse: “Olhai para a figueira (Israel), e para todas as árvores; quando já têm rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão” (Lc 21.29-30).
A figueira é Israel. Pelas palavras de Jesus, conscientizamo-nos de quão próximo está “o verão”, pois a figueira está brotando. A restauração nacional já ocorreu, falta apenas chegar o verão para a restauração espiritual.
VOCABULÁRIO
Iminente: Que ameaça acontecer breve; que está em via de efetivação imediata.
Diáspora: A dispersão dos judeus, no decorrer dos séculos.
Oráculo: Palavra, sentença ou decisão inspirada, infalível, ou que tem grande autoridade.
Arcanos: Segredos, mistérios.
Proscrito: Aquele que foi desterrado; emigrado.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
A respeito dos três elementos distintos no exame que Paulo fez de Israel no plano divino da salvação, a Bíblia de Estudo Pentecostal traz comentário tratando-os na seguinte perspectiva:
“(1) Esse exame de condição de Israel não se refere à vida ou morte eterna de indivíduos após a morte”. Pelo contrário, Paulo está tratando do modo como Deus lida com nações e povos do ponto de vista histórico, i.é., do seu direito de usar povos e nações conforme Ele quer. Por exemplo, sua escolha de Jacó em lugar de seu irmão Esaú (9.11) teve como propósito fundar e usar as nações de Israel e de Edom, oriundas dos dois. Nada tinha que ver com seu destino eterno, i.é., quanto à sua salvação ou condenação como indivíduos. Uma coisa é certa: Deus tem o direito de chamar as pessoas e nações que Ele quiser, e determinar-lhes responsabilidades a cumprir.
(2) Paulo expressa sua constante solicitude e intensa tristeza pela nação judaica (9.1-3). O próprio fato que Paulo ora para que seus compatriotas sejam salvos, revela que ele não admitia o ensino teológico da predestinação, afirmando que todas as pessoas já nascem predestinadas, ou para o céu, ou para o inferno. Pelo contrário, o sincero desejo e oração de Paulo reflete a vontade de Deus para o povo judaico (cf. 10.21). No NT não se encontra o ensino de que determinadas pessoas foram predestinadas ao inferno antes de nascer.
(3) O mais relevante neste assunto é o tema da fé. O estado espiritual de perdido, da maioria dos israelitas, não fora determinado por um decreto arbitrário de Deus, mas, resultado da sua própria recusa de se submeterem ao plano divino da salvação mediante a fé em Cristo (9.33; 10.3; 11.20). Inúmeros gentios, porém, aceitaram o caminho de Deus, que é o da fé, e alcançaram a justiça mediante a fé. Obedeceram a Deus pela fé e se tornaram ‘filhos do Deus vivo’ (9.25,26). Esse fato ressalta a importância da obediência mediante a fé (1.5; 16.26) no tocante à chamada e eleição da parte de Deus.
(4) A oportunidade de salvação está perante a nação de Israel, se ela largar sua incredulidade (11.23). Semelhantemente, os crentes gentios que agora são parte da Igreja de Deus são advertidos de que também correm o mesmo risco de serem cortados da salvação (11.13-22). Eles devem sempre perseverar na fé com temor. A advertência aos crentes gentios em 11.20-23, pelo fato da falha de Israel, é tão válida hoje quando o foi no dia em que Paulo a escreveu.
(5) As Escrituras estão repletas de promessas de uma futura restauração de Israel ao aceitarem o Messias. Tal restauração terá lugar ao findar-se a Grande Tribulação, na iminência da volta pessoal de Cristo” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 10: Vivendo uma vida de consagração
Data: 7 de junho de 1998
TEXTO ÁUREO
“Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele” (1Jo 2.15).
VERDADE PRÁTICA
Consagração é exclusividade para Deus e submissão diária a Ele da parte do crente; essa é a vontade de Deus.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — 1Jo 5.19
O mundo jaz no maligno
Terça — Gl 1.4
O presente sistema humano e secular é mau
Quarta — Fp 2.5
Devemos conformar nossa mente à vontade de Deus
Quinta — Sl 119.11
O nosso padrão é a Palavra de Deus
Sexta — Sl 119.104
Devemos aborrecer tudo o que é mau
Sábado — 2Co 4.4
Satanás cegou o entendimento dos incrédulos
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 12.1,2,9-21.
1 — Rogo-vos, pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis o vosso corpo em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
2 — E não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
9 — O amor seja não fingido. Aborrecei o mal e apegai-vos ao bem.
10 — Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
11 — Não sejais vagarosos no cuidado; sede fervorosos no espírito, servindo ao Senhor;
12 — alegrai-vos na esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração;
13 — comunicai com os santos nas suas necessidades, segui a hospitalidade.
14 — Abençoai aos que vos perseguem; abençoai e não amaldiçoeis.
15 — Alegrai-vos com os que se alegram e chorai com os que choram.
16 — Sede unânimes entre vós; não ambicioneis coisas altas, mas acomodai-vos às humildes; não sejais sábios em vós mesmos.
17 — A ninguém torneis mal por mal; procurais as coisas honestas perante todos os homens.
18 — Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens.
19 — Não vos vingueis a vós mesmos, amados, mas dai lugar à ira, porque está escrito: Minha é a vingança; eu recompensarei, diz o Senhor.
20 — Portanto, se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer; se tiver sede, dá-lhe de beber; porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça.
21 — Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem.
PONTO DE CONTATO
Você tem observado seus alunos? Será que estão vivendo de conformidade com a vontade de Deus? Você tem percebido sinais de mudança em suas vidas como resultado do que estão aprendendo na Escola Bíblica Dominical?
O apóstolo Paulo escreveu a igreja de Roma sobre consagração, possivelmente pelo fato de estar preocupado com o padrão de vida espiritual dos membros daquela igreja. Em 1 Coríntios 11.1o apóstolo nos desafia a sermos seus imitadores. Portanto, devemos ajudar os nossos alunos a viverem uma vida íntegra e fiel, diante de Deus e dos homens.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Viver uma vida de consagração é muito mais que ir a reuniões de consagração. Nesta lição estaremos estudando a consagração pessoal. Ou seja: cada pessoa deve fazer sua entrega, dedicação ao Senhor de tudo o que é, de tudo que faz, de tudo que tem, em todos os momentos de sua vida. Deve buscar de Deus transformação para não agir de conformidade com o mundo, e mostrar com suas atitudes que seu viver está de acordo com Aquele a quem se dedica.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para introduzir esta aula poderemos levar os nossos alunos a refletirem sobre “renovação do entendimento”, conforme apresentado no versículo 2. Sugerimos que discutam o tema, porém, usando o versículo 16 de 1 Coríntios 2, com o seguinte questionamento: O que é ter a mente de Cristo? Dê alguns minutos para discutirem sobre o assunto e depois complemente a exposição apresentada pela classe, utilizando a ajuda da Bíblia de Estudo Pentecostal: “Ter a mente de Cristo significa conhecer sua vontade e seu plano e propósito redentor. Significa avaliar e considerar as coisas, da mesma maneira que Deus as vê, atribuir-lhes a importância que Deus lhes atribui, amar o que Ele ama e detestar o que Ele detesta”.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Depois da parte teológica na Epístola aos Romanos, o apóstolo começa a parte prática. E um apelo apostólico a fim de que os cristãos vivam uma vida de consagração a Deus. É o que Deus espera de todos os que desfrutam das bênçãos mencionadas pelo apóstolo na primeira parte de Romanos.
III. O AMOR FRATERNAL
CONCLUSÃO
Vida consagrada envolve todo o nosso ser e em todos os aspectos da vida. É uma entrega total ao Senhor que nos leva a estarmos cada vez mais próximos dEle e, consequentemente, vivermos em amor com os nossos irmãos em Cristo. Assim, teremos poder e graça para vencermos o mundo. E mais do que isso, com o nosso testemunho de fidelidade ao Senhor, conquistarmos os não-crentes para Cristo.
VOCABULÁRIO
Litigioso: Que envolve litígio; questão judicial; pleito, demanda, pendência.
Eutanásia: Prática, sem amparo legal, pela qual se busca abreviar, sem dor ou sofrimento, a vida de um doente reconhecidamente incurável.
Obsoleto: Que caiu em desuso; arcaico.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Doutrinário
“As palavras hebraicas e gregas para ‘santificação’, ‘santo’, ‘dedicação’, ‘consagração’ e ‘santidade’ estão todas relacionadas à ideia de separação. De fato, o conceito central do termo ‘santificação’ é separação. Assim, santificar-se é separar-se do pecado a fim de separar-se para Deus e para a adoração e serviço reverentes e jubilosos. Rica tipologia, temos no sacerdócio levítico do Antigo Testamento, bem como nas cerimônias associadas ao Tabernáculo e, mais tarde, ao Templo. Tudo o que era oferecido a Deus deveria ser separado de modo especial, enfatizando a santidade daquEle que recebia a adoração. Essa dedicação positiva a Deus é sempre a ênfase principal. Para exemplificar, os vasos santos usados no Tabernáculo e no Templo eram separados do liso comum, ordinário. Não podiam ser usados noutro lugar. Porém, não era isso que os tornava santos. Só se tornavam santos ao serem levados ao Tabernáculo, ou ao Templo, e usados na adoração ao Senhor”.
(Doutrinas Bíblicas: Uma perspectiva Pentecostal. CPAD)
Subsídio Teológico
O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal explica que as expressões “exorta”, “reparte”, “preside”, “exercita”, e “misericórdia”, tratam-se dos dons espirituais:
“(1) Exortar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus. para o crente proclamar a Palavra de Deus de tal maneira que ela atinja o coração, a consciência e a vontade dos ouvintes, estimule a fé e produza nas pessoas uma dedicação mais profunda a Cristo e uma separação mais completa do mundo (ver At 11.23; 14.22: 15.30-32; 16.40; 1Co 14.3; 1Ts 5.14-22; Hb 10.24,25)”.
“(2) Repartir é a disposição, capacidade e poder, dados por Deus a quem tem recursos além das necessidades básicas da vida, para contribuir livremente com seus bens pessoais, para suprir necessidade da obra ou do povo de Deus (2Co 8.1-8; Ef4.28)”.
“(3) Presidir ou liderar é a disposição, capacidade e poder dados por Deus, para o obreiro pastorear, conduzir e administrar as várias atividades da igreja, visando ao bem espiritual de todos (Ef 4.11,12; 1Tm 3.1-7; Hb 13.7,17,24)”.
“(4) Misericórdia é a disposição, capacidade e poder dados por Deus para o crente ajudar e consolar os necessitados ou aflitos (cf. Ef 2.4)”.
Subsídio Devocional
Tendo em vista o significado do sacrifício para o viver diário do cristão, F.F. Bruce comenta o seguinte em Romanos, Introdução e Comentário: “Em vista de tudo quanto Deus fez por Seu povo em Cristo, como Seu povo deve viver? Deve apresentar-se a Deus como ‘sacrifício vivo’, consagrado a Ele. Os sacrifícios de animais, oferecidos numa época anterior tomam-se obsoletos graças à oferta que Cristo fez de Si mesmo. Mas sempre há lugar para o serviço divino prestado por corações obedientes. Em vez de viverem pelos padrões de um mundo em desacordo com Deus, os crentes são exortados a deixar que a renovação das suas mentes, pelo poder do Espírito, transforme as suas vidas harmonizando-as com a vontade de Deus”.
Lições Bíblicas CPAD
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 11: O cristão e o Estado
Data: 14 de junho de 1998
TEXTO ÁUREO
“Dai, pois, a César o que é de César e a Deus, o que é de Deus” (Mt 22.21).
VERDADE PRÁTICA
Deus delegou poder às autoridades para administrar o Estado, manter a ordem pública para o bem-estar social e garantir o direito de seus cidadãos.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Dt 17.14-20
Os deveres de um rei
Terça — Tt 3.1,2
O cristão não deve difamar o governo
Quarta — Is 10.1,2
Aviso de Deus aos parlamentares
Quinta — Fp 3.20
O crente é cidadão do céu
Sexta — At 22.25-28
A cidadania do céu não anula a cidadania terrestre
Sábado — 1Pe 2.13,14
A obediência às autoridades
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 13.1-7.
1 — Toda alma esteja sujeita às autoridades superiores; porque não há autoridade que não venha de Deus; e as autoridades que há foram ordenadas por Deus.
2 — Por isso, quem resiste à autoridade resiste à ordenação de Deus; e os que resistem trarão sobre si mesmos a condenação.
3 — Porque os magistrados não são terror para as boas obras, mas para as más. Queres tu, pois, não temer a autoridade? Faze o bem e terás louvor dela.
4 — Porque ela é ministro de Deus para teu bem. Mas, se fizeres o mal, teme, pois não traz debalde a espada; porque é ministro de Deus e vingador para castigar o que faz o mal.
5 — Portanto, é necessário que lhe estejais sujeitos, não somente pelo castigo, mas também pela consciência.
6 — Por esta razão também pagais tributos, porque são ministros de Deus, atendendo sempre a isto mesmo.
7 — Portanto, dai a cada um o que deveis: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.
PONTO DE CONTATO
Você sabe o que é ser patriota? É a pessoa que ama a pátria e procura servi-la. O patriotismo é, normalmente, fruto de uma boa educação. Contudo, um crente submisso a Deus, mesmo que não tenha tido uma boa formação, intercede pelo seu povo, obedece às autoridades e é fiel aos compromissos para com a sua pátria. Você, professor, pode ajudar seus alunos a assumirem atitudes corretas para com a sua nação.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
Esta lição define com clareza os papéis estabelecidos por Deus para Seus Filhos no exercício da cidadania. Estudaremos as atitudes de Jesus e Seus discípulos diante dos deveres para com o Estado e às autoridades constituídas. Estas autoridades foram estabelecidas por Deus para o bem, para a ordem e o cumprimento da lei. Portanto, seguindo o exemplo do Mestre, o cristão deve submeter-se às autoridades conscientemente.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Cada lição deste trimestre oferece uma oportunidade preciosa para corrigirmos atitudes e valores errados que nossos alunos trazem na bagagem de sua educação ao longo de suas vidas. Sugerimos que aproveite esta ocasião para ajudá-los a se posicionarem no exercício da cidadania.
Para esta aula você pode dividir a classe em três grupos, pedindo-lhes que estudem os versículos 8, 9 e 10 de Romanos 13. Dê-lhes alguns minutos para estudo do texto. Peça que cada grupo apresente relato da pesquisa feita a um desses versículos.
Complete a reflexão dos grupos, explorando ao máximo os versículos estudados. E, usando a técnica de perguntas e respostas, incentive a participação de todos procurando averiguar as ideias preconcebidas.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Ser cristão não nos exime de nossos deveres cívicos. A Igreja na condição de segmento da sociedade deve ser submissa ao Estado. A Epístola aos Romanos discorre sobre os cristãos quanto ao seu relacionamento com Estado. É sobre isso que vamos estudar hoje, na apropriada seção da Epístola.
III. O SERVIÇO MILITAR
O cristão tem o dever de cuidar do bem-estar de todos, e isso inclui o princípio bíblico de amar ao próximo. Não reconhecer as normas baixadas pelo Estado com o propósito de preservar a ordem e o bem-estar da sociedade é uma rebeldia contra os governantes diametralmente contrária a Deus, pois a autoridade “é ministro de Deus para o teu bem” (Rm 13.4).
CONCLUSÃO
Vivemos num país democrático. Demos graças a Deus por isso. Oremos com perseverança pelas nossas autoridades. É melhor um governo imperfeito do que governo nenhum, onde prevalece o poder absoluto, arbitrário, perverso e desumano. Também, diante de leis perversas não devemos ser omissos. Ver Is 10.1,2; Tg 5.4-6.
VOCABULÁRIO
Cidadania: Qualidade ou estado de cidadão — indivíduo no gozo dos direitos civis e políticos de um Estado, ou no desempenho de seus deveres para com este.
Cívico: Relativo aos cidadãos como membros do Estado.
Hierarquia: Ordem e subordinação dos poderes eclesiásticos, civis e militares; graduação da autoridade, correspondente às várias categorias de funcionários públicos; classe.
Monopólio: Exploração, posse, direito ou privilégio exclusivos.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Deus ordena que o cristão obedeça ao estado, porque este, como instituição, é ordenado e estabelecido por Deus. Deus instituiu o governo porque, neste mundo caído, precisamos de leis para nos proteger do caos e da desordem como consequências naturais do pecado.
(1) O governo civil, assim como tudo mais na vida, está sujeito à lei de Deus.
(2) Deus estabeleceu o estado para ser um agente da justiça, para refrear o mal mediante o castigo do malfeitor e a proteção dos elementos bons da sociedade (vv.3,4; 1Pe 2.13.17).
(3) Paulo descreve o governo, tal qual ele deve ser. Quando o governo deixar de exercer a sua devida função, eleja não é ordenado por Deus, nem está cumprindo com o seu propósito. Quando, por exemplo, o estado exige algo contrário à Palavra de Deus, o cristão deve obedecei a Deus, mais do que aos homens (At 5.29, cf. Dn 3.16-18; 6.6-10).
(4) É dever de todos os crentes, orar em favor das autoridades legalmente constituídas (1Tm 2.1.2)” (Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD).
Subsídio Doutrinário
“A respeito da relação entre Igreja e Estado mencionada no texto de Rm 13.1-7, o pastor Elienai Cabral, no livro Carta aos Romanos, CPAD, afirma que cada qual tem a sua missão distinta, mas são interligados pelos objetivos. Prossegue: ‘O serviço cristão nesta esfera alcança toda a sociedade, e o crente deve ter um comportamento à altura dos verdadeiros ideais do cristianismo’.
13.1. ‘Toda alma esteja sujeita às potestades superiores’. O apóstolo recomenda a submissão à autoridade constituída. A seguir, o texto declara a razão por que devemos nos submeter às autoridades: ‘Porque não há potestade que não venha de Deus; e as potestades que há foram ordenadas por Deus’. A palavra ‘potestade’ refere-se a ‘autoridade, ou poder delegado’. Nesta parte do versículo, Paulo declara que toda a autoridade vem de Deus.
13.2. Neste versículo, o resistir às autoridades significa resistir a Deus, por isso estamos legalmente obrigados a reconhecer e a obedecer às autoridades constituídas. Resistir à autoridade é opor-se à lei divina, pois Deus mesmo reconhece a lei civil. Quebrar a lei ou transgredi-la implica em consequências negativas, isto é, em condenação, não só da parte das autoridades civis, mas também da parte de Deus.
13.3,5. ‘Porque os magistrados não são terror para as boas obras’. Quando alguém pratica o bem não tem o que temer. Note que Paulo declara que a autoridade civil é ministro de Deus (v.4), por isso, o crente deve orar a Deus pelas autoridades constituídas e submeter-se a elas (v.5). Devemos nos submeter às autoridades por dever de consciência. O crente obedece, não por medo de ser punido, mas porque sua consciência lhe mostra o que deve fazer.
13.6,7. Nossa responsabilidade para com as autoridades. Não só devemos acatá-las e obedecer-lhes na ‘letra da lei’, mas devemos cumprir os seus regulamentos. Paulo declara que, por razão de consciência, devemos também 'pagar tributos'. Esses tributos são os impostos que sustentam os governos. No versículo 7 diz: ‘Dai a cada um o que deveis’. Esse é um dever de todo o crente. Se for tributo, dê-se a quem se deve dar tributo. Se o temor, dê-se a quem se deve temor, isto é, respeito e reverência. Se é honra, dê-se honra a quem se deve honra”.
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 12: A tolerância para com os fracos na fé
Data: 21 de Junho de 1998
TEXTO ÁUREO
“Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; soltai, e soltar-vos-ão” (Lc 6.37).
VERDADE PRÁTICA
Não existe pecado que os cristãos mais “ardorosos” sejam mais inclinados a cometer do que o de criticar os outros.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Pv 6.16-19
Qual a sétima coisa que Deus abomina?
Terça — Mt 7.1-5
O Senhor Jesus condena o julgamento temerário do próximo
Quarta — Jo 7.24
Não julgueis segundo a aparência
Quinta — 1Co 4.3-5
Quem nos julga é o Senhor
Sexta — Rm 2.1-3
Deus condena quem julga os outros e comete os mesmos pecados deles
Sábado — Tg 1.26,27
Quem cuida ser religioso e não refreia a sua língua a religião desse é vã
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 14.1-12.
1 — Ora, quanto ao que está enfermo na fé, recebei-o, não em contendas sobre dúvidas.
2 — Porque um crê que de tudo se pode comer, e outro, que é fraco, come legumes.
3 — O que come não despreze o que não come; e o que não come não julgue o que come; porque Deus o recebeu por seu.
4 — Quem és tu que julgas o servo alheio? Para seu próprio senhor ele está em pé ou cai; mas estará firme, porque poderoso é Deus para o firmar.
5 — Um faz diferença entre dia e dia, mas outro julga iguais todos os dias. Cada um esteja inteiramente seguro em seu próprio ânimo.
6 — Aquele que faz caso do dia, para o Senhor o faz. O que come para o Senhor come, porque dá graças a Deus; e o que não come para o Senhor não come e dá graças a Deus.
7 — Porque nenhum de nós vive para si e nenhum morre para si.
8 — Porque, se vivemos, para o Senhor vivemos; se morremos, para o Senhor morremos. De sorte que, ou vivamos ou morramos, somos do Senhor.
9 — Foi para isto que morreu Cristo e tornou a viver; para ser Senhor tanto dos mortos como dos vivos.
10 — Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo.
11 — Porque está escrito: Pela minha vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante mim, e toda língua confessará a Deus.
12 — De maneira que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus.
PONTO DE CONTATO
Você é tolerante? E os seus alunos, será que são tolerantes? Ser tolerante é admitir e respeitar opiniões contrárias à sua. Será que seus alunos respeitam as diferenças existentes no seu meio? Ajude-os a refletir sobre o assunto. Por mais que o grupo seja unido, coeso, sempre haverá diferenças. Estas precisam ser vistas com amor. carinho e respeito. Pois, em última instância, cada pessoa é livre para tomar as suas decisões e viver como bem lhe aprouver. Nem Deus lhe tira esse direito. Embora, isso não signifique dizer que os homens são isentos de responsabilidades e compromissos.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A Igreja de Cristo é constituída de diferentes pessoas. São cristãos que têm valores e formações distintas e com qualificações diversificadas. Não obstante estarem unidos numa só fé, continuam sendo diferentes, pois são únicos. Nesta lição estaremos estudando a vontade de Deus para sua Igreja com relação a valores terrenos, pessoais e como tratar com estas diferenças de maneira pacífica e cristã.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Sugerimos para esta lição o uso da técnica de perguntas e respostas para avaliar o conhecimento prévio da classe com relação a julgamento. O nosso objetivo final é levá-los a serem tolerantes com os fracos. Contudo, se forem juízes de seus irmãos não conseguirão ser tolerantes como Deus deseja. Pergunte se sabem conceituar a palavra julgar. Ouça-os e depois dê o resultado de acordo com o dicionário Aurélio: “Decidir como juiz ou árbitro: julgar uma pendência”. Leve-os a arrazoar sobre a atitude de serem árbitros de alguém. Será que temos este direito? E Jesus como agiria em nosso lugar? Como Ele agiu no caso da mulher adúltera? Se Ele teve uma atitude de perdão para com uma pecadora, como devemos agir com os nossos irmãos em Cristo?
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
Estudamos na primeira parte da Epístola aos Romanos a teologia paulina da justificação pela fé, sem as obras da lei, centrada em 1.17; 3.28. Nas duas últimas lições estudamos a parte prática, começando com a consagração a Deus e depois o nosso compromisso com o Estado. De 14.1 a 15.6 o apóstolo discorre sobre a tolerância — o cristão não deve julgar e nem criticar o outro. É o tema que vamos estudar hoje.
III. A QUESTÃO DOS DIAS
Provavelmente, a expressão “um faz diferença entre dia e dia” (v.5) trata-se dos dias especiais de festa segundo as leis cerimoniais do Antigo Testamento. O comentário da é do parecer que alguns cristãos, mormente os judeus cristãos, ainda consideravam que os dias sagrados do Antigo Testamento continuavam válidos, ao passo que muitos outros os tinham como dias comuns.
CONCLUSÃO
Na Igreja atual existe também os mesmos problemas, de maneira ainda mais dilatada, pois as práticas sociais vão aumentando a cada dia que se passa. A melhor solução é olhar para Jesus, Autor e Consumador da fé (Hb 12.1,2) e não à vida alheia. Seu dever é orar por aquele que, por causa de certas práticas, você considera fora da Palavra de Deus, e não criticá-lo, pois em cada crente o desenvolvimento da sua consciência depende do conteúdo bíblico doutrinário nela entesourado e da maturidade espiritual desse crente.
VOCABULÁRIO
Modus vivendi: Do latim, maneira de viver.
Escrupuloso: Cuidadoso, zeloso, rigoroso, meticuloso.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Doutrinário
“O dever do crente sadio para com o ‘enfermo na fé’, é o que trata o apóstolo Paulo. Da mesma forma que hoje nos deparamos com os crentes fracos na fé, que facilmente se ofendem e se escandalizam, também, havia isso entre os crentes em Roma. Era um grupo de crentes, não muito grande, mas que merecia a atenção do grande apóstolo.
14.1. Esses crentes são tratados como ‘enfermos’ na fé, por isso, devem merecer o nosso amor complacente para com as suas fraquezas. Há coisas em que a consciência dos homens diverge e não convém discutir, nem querer provar o contrário. Pelo fato de serem ‘enfermos na fé’ não devem ser rejeitados no meio da igreja, mas Paulo diz: ‘Recebei-os’. Disputar com eles seus preconceitos não vale a pena, não traz benefício a ninguém. A verdade é que dentro da igreja existiam dois grupos bem distintos: os mais abertos e liberais e os extremistas, ou excessivamente escrupulosos.
14.2,3,4. Neste texto o fraco deve ser recebido com amor porque Deus o recebeu (v.3), e é ‘servo do Senhor’ e não servo dos nossos preconceitos e interesses. Diz Paulo: ‘Para seu próprio Senhor está em pé ou cai’ (v.4), isto significa que não temos o direito de julgar os outros, não importa o estado da pessoa, se está em pé ou caído, o julgamento é do Senhor.
14.5,6. A divergência de consciência quanto aos hábitos e costumes existe. Essas questões devem ser tratadas de acordo com a relação com Deus. A questão de certo e errado tem sido uma barreira para muitos, mas isto não nos compete julgar, antes devemos nos basear, para esse julgamento, na responsabilidade pessoal de cada um.
14.7-9. Nestes versículos está a solução apontada. Todos são do Senhor e vivem para o Senhor. Portanto, fracos ou fortes, todos estamos ‘em Cristo’” (Carta aos Romanos, CPAD).
Subsídio Teológico
O Dicionário Teológico, CPAD, traz uma definição clara de consciência com aplicação aos cristãos e que se encaixa ao que o apóstolo quis dizer no v.5: “Do latim, conscientia, senso íntimo. Voz secreta que temos na alma que aprova ou reprova nossos atos. E alimentada pelo direito natural que o Todo-Poderoso incutiu em cada ser humano. Se a consciência não for devidamente educada, fatalmente será induzida a esquecer-se dos reclamos divinos. Eis a melhor forma de se educá-la: instrui-la na Palavra Deus”.
Jovens e Adultos
2º Trimestre de 1998
Título: Romanos — O Evangelho da justiça de Deus
Comentarista: Esequias Soares da Silva
Lição 13: As obras sociais na igreja
Data: 28 de Junho de 1998
TEXTO ÁUREO
“E não vos esqueçais da beneficência e comunicação, porque, com tais sacrifícios, Deus se agrada” (Hb 13.16).
VERDADE PRÁTICA
A prática da filantropia ou serviço social deve estar baseada no amor, na prática do bem e na mútua cooperação.
LEITURA DIÁRIA
Segunda — Pv 11.26
Quem retém o trigo o povo amaldiçoa
Terça — Pv 14.34
A justiça exalta as nações
Quarta — Pv 19.17
Quem dá ao pobre empresta a Deus
Quinta — Mt 25.35-40
Jesus prometeu retribuir aos que fizerem algo pelos seus pequeninos
Sexta — 2Co 8.9
Jesus se fez pobre para nos enriquecer
Sábado — 2Co 8.14
Deus multiplica o que é dado aos pobres
LEITURA BÍBLICA EM CLASSE
Romanos 15.22-29
22 — Pelo que também muitas vezes tenho sido impedido de ir ter convosco.
23 — Mas, agora, que não tenho mais demora nestes sítios, e tendo já há muitos anos grande desejo de ir ter convosco,
24 — quando partir para Espanha, irei ter convosco; pois espero que, de passagem, vos verei e que para lá seja encaminhado por vós, depois de ter gozado um pouco da vossa companhia.
25 — Mas, agora vou a Jerusalém para ministrar aos santos.
26 — Porque pareceu bem à Macedônia e à Acaia fazerem uma coleta para os pobres dentre os santos que estão em Jerusalém.
27 — Isto lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes dos seus bens espirituais, devem também ministrar-lhes os temporais.
28 — Assim que, concluído isto, e havendo-lhes consignado este fruto, de lá, passando por vós, irei à Espanha.
29 — E bem sei que, indo ter convosco, chegarei com a plenitude da bênção do evangelho de Cristo.
PONTO DE CONTATO
Quais são as necessidades dos seus alunos? Será que necessitam apenas ouvir a Palavra de Deus e receber edificação espiritual? Na verdade, não. Seus alunos têm outras necessidades e você, professor, deve buscar atendê-las, pois, também, há edificação quando se satisfaz uma necessidade material, pois demonstramos o amor de Deus em nossos corações. Se a assistência social assim ocorrer, não haverá dificuldades para aplicar valores espirituais às vidas dos seus alunos. Você estará abrindo caminho para que recebam também os bens espirituais que deseja transmitir-lhes.
OBJETIVOS
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a:
SÍNTESE TEXTUAL
A Igreja de Cristo tem trabalhado com grande afinco e denodo na tarefa de evangelização dos perdidos. Não obstante a Igreja prosseguir na sua tarefa principal, depara-se com o enorme desafio de atuar no ministério de compartilhamento com os menos favorecidos. Nesta lição estaremos estudando o plano, as bênçãos e o galardão de Deus para a igreja que exercita misericórdia para com os necessitados.
ORIENTAÇÃO DIDÁTICA
Para introduzirmos esta lição poderemos pedir à classe que participe comentando sobre os textos das leituras diárias. Poderemos dividir a classe em seis partes. Cada grupo fará uma análise rápida de uma das leituras diárias e, poderá ainda comentá-la no momento determinado pelo professor. O comentário do texto lido poderá enriquecer a aula, tornando-a interativa e dinâmica. Fazendo isto, você estará lançando mão do que consta nas Leis do ensino e da aprendizagem, apresentadas no Manual da Escola Dominical, CPAD, as quais dizem que o aluno normal aprende quando: motivado: gosta; necessita; vê fazer; faz; há métodos certos de ensino; investiga; é interessado; crê, confia; ora; e recebe atenção pessoal.
COMENTÁRIO
INTRODUÇÃO
A parte prática da Epístola aos Romanos mostra que Deus tem interesse no bem-estar social do ser humano. Isso pode ser encontrado em toda a Bíblia. As atividades sociais devem acompanhar o trabalho de evangelização.
III. A FILANTROPIA NA BÍBLIA
CONCLUSÃO
A generosidade cristã não deve se restringir apenas aos trabalhos filantrópicos. Deve ser extensivo ao trabalho de Deus, nos dízimos e nas ofertas, para a expansão do reino de Deus. O ex primeiro ministro de Israel, Ben Gurion, disse certa vez que Israel vive dos missim e nissim, jogo de palavras hebraicas que significa: “impostos e milagres”. A obra de Deus se faz com recursos financeiros — dízimos e ofertas —, e com os milagres. A igreja de Filipos tinha essa visão e não se esqueceu do apóstolo Paulo. O apóstolo ficou deveras agradecido aos filipenses pela lembrança e pela ajuda (Fp 4.14-19).
VOCABULÁRIO
Filantrópico: Relativo à filantropia, ou inspirado nela — amor à humanidade; humanitarismo.
Interativo: Relativo a ou em que há interação; ação que se exerce mutuamente entre duas ou mais coisas, ou duas ou mais pessoas; ação recíproca.
Salvífico: Que traz ou produz salvação.
QUESTIONÁRIO
AUXÍLIOS SUPLEMENTARES
Subsídio Teológico
“Eu não conheço qualquer outra declaração de nossa dupla responsabilidade cristã, social e evangelística, melhor do que aquela feita pelo Dr. W. A. Visser: ‘Eu creio’, disse ele, ‘que com respeito à grande tensão entre a interpretação vertical do Evangelho como essencialmente preocupada com ao ato da salvação de Deus na vida dos indivíduos e a interpretação horizontal disto, como principalmente preocupada com as relações humanas no mundo, devo fugir daquele movimento oscilatório mais do que primitivo de ir de um extremo para o outro. Um cristianismo que tem perdido sua dimensão vertical tem perdido seu sal e é, não somente insípido em si mesmo, mas sem qualquer valor para o mundo’.
Mas um cristianismo que usaria a preocupação vertical como um meio para escapar de sua responsabilidade pela vida comum do homem é uma negação do amor de Deus pelo mundo, manifestado em Cristo. Deve tornar-se claro que membros de igreja que de fato negam suas responsabilidades com o necessitado em qualquer parte do mundo são tão culpados de heresia, quanto todos os que negam este ou aquele artigo de Fé” (Cristianismo Equilibrado. CPAD).
Subsídio Doutrinário
“(1) A verdadeira fé salvífica é tão vital que não poderá deixar de se expressar por ações, e pela devoção a Jesus Cristo. As obras sem a fé são mortas. A fé verdadeira sempre se manifesta em obediência para com Deus e em atos compassivos para com os necessitados.
(2) Tiago objetiva seus ensinos contra os que na igreja professavam fé em Cristo e na expiação pelo seu sangue, crendo que isso por si só bastava para a salvação. Eles também achavam que não era essencial no relacionamento com Cristo obedecer-lhe como Senhor. Tiago diz que semelhante fé é morta e que não resultará em salvação, nem em qualquer outra coisa boa (Tg 2.14-16,20-24). O único tipo de fé que salva é ‘a fé que opera por caridade’ (Gl 5.6)” (Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD).
Subsídio Devocional
Se alguém disser: “Amo a Deus!” e, no entanto, não se comover ante os sofrimentos do próximo, contribuindo materialmente para aliviá-los, na medida de suas possibilidades, será um mentiroso. Pois o amor de Deus requer que compartilhemos de nossos bens com os irmãos necessitados. O comentário da Bíblia de Estudo Pentecostal, CPAD, ressalta o seguinte: “O amor se expressa pela ajuda sincera aos necessitados, compartilhando com eles nossos bens terrestres” (ver Tg 2.14-17). Recusar a doar parte do nosso alimento, das nossas roupas, ou do nosso dinheiro para ajudar os necessitados, é fechar-lhes o nosso coração (ver Dt 15.7-11). Por amor devemos também contribuir com nosso dinheiro para ajudar a propagar o evangelho aos que ainda não o ouviram.
fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net