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Apologética falsos profetas
Apologética falsos profetas

                                                     FALSOS PROFETAS

Sempre houve no meio do povo de Deus impostores, que falavam falsamente em nome do Senhor, isto é, aquilo que o Eterno não falara, conduzindo o povo incauto ao erro. Este assunto é tão atual como o foi nos tempos de Jeremias (Jr 14.14; 23.25; 28.15), de Jesus (Mt 7.15) e dos apóstolos (At 13.6; 20.30; 2 Pe 2.1; 1 Jo 4.1). Que o Senhor, por sua misericórdia, levante homens e mulheres aptos a defender a Igreja contra os falsos profetas desses últimos dias (Mt 24.11,24; 2 Pe 2.1.

 

 CONCEITOS

 

 Profeta. Na Bíblia, o termo profeta designa aquele que é chamado por Deus para transmitir a mensagem divina ao povo (Jr 1.5,9; Ez 2.1-7; Dt 18.18). Em outras palavras, os autênticos profetas são porta-vozes de Deus; o próprio Senhor os chama "meus profetas" (Sl 105.15; Jr 7.25). Sua responsabilidade é de grande peso (Ez 2.1-7; 3.10,11), uma vez que eles são, na verdade, "homens de Deus", conforme está dito onze vezes em 1 Reis 4. Estes servos de Deus transmitem a Sua vontade e seus desígnios, além de desvendar o futuro segundo a inspiração do Espírito Santo. Todavia, a própria Palavra de Deus nos orienta que devemos nos acautelar dos falsos profetas (Mt 7.15).

 Profecia. A profecia, tanto no Antigo como no Novo Testamento, é primeiramente declarativa e, depois, preditiva. A profecia preditiva revela-nos o plano divino em relação a Israel, a Igreja, aos gentios e a plena chegada do Reino de Deus. A maior parte das profecias, porém, é declarativa, pois é constituída de exortação, admoestação, encorajamento, promessa, advertência, julgamento, consolo. Em o Novo Testamento, a profecia é um meio divino de orientar, exortar e edificar a igreja (1 Co 14.3,4).

  1. a) Aspectos da atividade profética.A profecia pode ser vista na Bíblia como um ministério permanente recebido de Deus (2 Rs 17.13; Jr 7.25; Lc 16.16; Hb 1.1); um dom ministerial na igreja (Ef 4.11-13; 3.5); e um dom espiritual na congregação (At 2.17,18; 1 Co 12.10; 14.1-4). O "dom de profecia" é uma capacitação sobrenatural do Espírito Santo concedida para transmitir a mensagem divina.
  2. b) A profecia como dom ministerial em o Novo Testamento.A profecia como ministério profético não é uma pregação comum; é uma mensagem vinda diretamente do Espírito Santo. A pregação habitual, no entanto, é preparada antecipadamente (1 Tm 5.17). Como precisamos deste dom hoje na igreja! Ver Provérbios 29.18; Atos 15.32.

O profeta é um arauto da santidade de Deus; sua missão é expor com unção os padrões da santidade divina para o povo. O seu espírito ferve com santo zelo para anunciar a santidade de Deus e de tudo o que é dEle! O profeta de Deus faz os santos regozijarem-se no Senhor, mas também faz o ímpio estremecer e considerar o seu mau caminho. Ver Atos 24.24,50.

  1. c) O dom de profecia (1 Co 12.10; 14.3,31).A profecia é o principal dom espiritual porque edifica a congregação (1 Co 14.4). Além disso, a profecia é um "sinal" para a igreja, enquanto as línguas são um "sinal" para os infiéis (1 Co 14.22).
  2. d) A natureza da profecia.Devemos discernir a "profecia da Escritura", a qual é inerrante (2 Pe 1.20), da profecia da Igreja; esta deve ser julgada e só então acatada (1 Co 14.29). A manifestação do dom de profecia durante o culto deve ter limite. "Falem dois ou três profetas" (1 Co 14.29). Isto é, a maior parte do tempo do culto tem de ser destinada à exposição da Palavra de Deus, porque sendo esta soberana jamais poderá ser substituída pelo dom de profecia.

 

 A FALSA PROFECIA

 

Atualmente, observamos diversas pessoas correndo de igreja em igreja em busca de "profecias" e de "revelações". Tais "crentes", na verdade, querem respostas para seus problemas pessoais (2 Tm 4.3). Como já vimos em 1 Coríntios 14.3, o propósito divino da profecia é consolar, exortar e edificar. Qualquer profecia que fuja a este propósito não procede de Deus e jamais se cumprirá (Dt 18.22).

Julgando as profecias pela Palavra. A profecia na igreja necessita ser julgada (1 Co 14.29), mas quais os parâmetros para o seu julgamento? A resposta é a própria Palavra de Deus, que é nosso modelo áureo e referência plena de fé; o guia da nossa vida, do nosso culto ao Senhor, e do nosso desempenho no seu trabalho (2 Tm 3.16,17). Qualquer profecia na igreja que entre em conflito com os ensinamentos e doutrinas bíblicas não pode vir de Deus.

Os falsos mestres e profetas, como nos tempos do Antigo Testamento, enganam o povo, porque são emissários do Diabo (Jo 8.44). Todavia, a Bíblia declara: "Nenhuma mentira vem da verdade" (1 Jo 2.21). O crente fiel, que sempre ora e lê a Palavra de Deus, compara aquilo que ouve com o que está escrito na Escritura, a fim de comprovar a veracidade das profecias enunciadas na igreja.

 Julgando o falso profeta pelos frutos. Jesus Cristo nos adverte a respeito de falsos profetas que se infiltram no meio do povo de Deus. Apesar da aparênciade piedade, não passam de agentes de Satanás; sua missão: corromper a fé dos salvos e destruir a unidade da Igreja (Mt 7.15-23). Muitos deles operam sinais e prodígios (Mt 24.24), mas tudo isto fazem sob a eficácia de Satanás (2 Ts 2.9,10). Como identificá- los? Como saber se estão em nosso meio? A resposta é: conhecendo a Palavra de Deus e tendo o discernimento pelo Espírito Santo. Além disso, os seus frutos são uma irrefutável evidência de sua mentira e falsidade (Gl 5.22,23). A árvore má não pode dar frutos bons (Mt 7.16-20).

 

 ENSINOS FALSOS

 

Uma característica dos falsos mestres é ensinar o que as pessoas querem ouvir independentemente se estão erradas ou não (Jr 5.31; 1 Rs 22.12-14). Deus age de forma diferente para conosco. Ele fala, não o que gostamos de ouvir, mas o que precisamos ouvir, e corrige-nos sempre quando estamos errados porque nos ama (Hb 12.4-13).

 A busca do ser humano pela prosperidade. Desde o princípio, o ser humano luta para adquirir e acumular riquezas, geralmente, de modo ilícito. Atualmente, esta busca tornou-se uma alucinação. A crise econômica mundial, o anseio por manter-se a salvo da miséria, o incentivo da mídia por um consumismo cada vez mais exacerbado e as incertezas do amanhã, formam um ambiente ideal para o surgimento de falsas doutrinas e profecias. O povo não se satisfaz com o que o Senhor garante aos seus filhos (Mt 6.25-33; Pv 30.8,9), mas deseja riquezas que, muitas vezes, são vistas como bênçãos divinas. A Bíblia adverte-nos contra essa busca insensata pelos bens e contra os que a encorajam mediante os seus ensinos (1 Tm 6.6-11, 17-19; Sl 62.10).

 O menosprezo da glória de Cristo. Os vv.1-3 da "Leitura Bíblica em Classe" são, em primeiro plano, uma refutação ao gnosticismo, um falso credo que negava a divindade de Cristo nos primeiros séculos da Igreja. Os ensinos dos gnósticos negam o sofrimento de Jesus e o valor de seu sacrifício na cruz para expiação dos pecados e salvação dos pecadores. (1 Pe 2.21-24; Rm 5.5-9; 2 Co 5.21).

O sofrimento de Cristo na cruz e sua morte sequencial são dois elementos que comprovam a sua humanidade. Este mesmo Jesus ressuscitou em corpo glorioso e entrou onde estavam os discípulos reunidos a portas fechadas. Os discípulos que tocaram nEle após sua ressurreição viram-no ser assunto aos céus, e os anjos que ali estavam, afirmaram que o Senhor que ascendera aos céus, de lá voltará (At 1.10,11).

Hoje, muitos falsos profetas tentam afastar a Igreja do seu alvo descrito nas Escrituras, mediante a pregação de um evangelho fácil, sem renúncia, sem compromisso, sem santidade; um evangelho que apregoa apenas o apego pelos bens materiais. Assim como um marketing empresarial, tal evangelho emprega a mídia audiovisual com o objetivo de manipular as emoções do homem. 

 

Deus sempre advertiu seus servos contra os falsos profetas. Portanto, devemos estar prevenidos contra todo e qualquer ensino ou profecia que não esteja em consonância com a Palavra de Deus, sabendo que o fim desses promotores da maldade, que intentam desviar o povo de Deus, é perecer em sua própria corrupção (2 Pe 2.1-22). 

"João começa com a declaração de que existem falsos profetas, bem como profetas verdadeiros, e com a ordem aos cristãos para que façam uma distinção entre eles. Ao mesmo tempo, ele indica qual é o ponto importante em fazer essa distinção. Não é se o fenômeno sobrenatural está presente, pois o Diabo também pode realizar milagres. É uma questão de definir a fonte da inspiração do profeta. Seria Deus? Nesse caso, o profeta é verdadeiro. Se não é Deus, então ele não deve merecer crédito nem ser seguido, independentemente de quão grande seja a sua sabedoria ou de quanto impacto sua atividade provoque.

Quando João diz que muitos falsos profetas virão ao nosso mundo, não necessariamente está pensando a respeito de sua época. De fato, ele saberia que sempre houve falsos profetas e que o povo de Deus sempre teve a tarefa de distinguir entre aqueles que são de Deus e aqueles que falam da parte de si mesmos ou pelo poder do Diabo."(BOICE, J. M. As epístolas de João. RJ: CPAD, 2006, p.127).

 

A Bíblia nos declara que a intimidade do Senhor é para aqueles que o temem (Sl 25.14). Infelizmente, observamos nos últimos dias muitos homens e mulheres se autoproclamando íntimos e detentores dos segredos de Deus. Entretanto, quando atentamos para a vida deles, constatamos uma total falta de temor. Um dos termos gregos traduzido como temor (gr. Phobos) significa ter grande respeito pela majestade e santidade de Deus. Temer a Deus é ter a consciência de quem Ele é, um Deus santo e justo, que não se deixa escarnecer.

Em tempos de falsos profetas, é recomendável aos profetas temer a Deus antes de mais nada, uma vez que falar em nome Dele é algo profundamente sério. E aos membros do Corpo de Cristo, é imprescindível o discernimento. Talvez nosso maior problema hoje não seja a secularização da igreja, mas a falsa "espiritualidade", uma vez que aquela é facilmente identificada, no entanto, esta somente por intermédio do dom de discernir os espíritos.

 

 

Espíritos enganadores

 

Pelas Sagradas Escrituras, compreendemos que estamos nos últimos tempos da Igreja na Terra. Todos os sinais que precedem a Vinda de Cristo estão tendo o seu cumprimento cabal. Entre eles, a apostasia da fé promovida por Satanás e seus demônios. “Mas o Espírito expressamente diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrinas de demônios”, 1Tm 4.1. Dentro da linguagem evangélica, entendemos que Satanás tem comissionado seus demônios como “espíritos enganadores” que se intrometem no seio da igreja para enganar. Não temos que adivinhar onde estão e como operam tais espíritos, porque temos o Espírito Santo, que habita na vida da Igreja para revelar os ardis e as obras de engano. 

Na passagem citada, apóstolo Paulo reforçou o papel do Espírito Santo: “O Espírito expressamente diz...”. O contexto dessa passagem desvenda graciosamente para a Igreja “o mistério da piedade” na pessoa de Jesus Cristo e a Igreja como agente demonstrador desse mistério. Portanto, a Igreja está na Terra para sustentar essa revelação de Jesus Cristo contra os poderes do mal, porque ela é “a coluna e firmeza da verdade”.

Precisamos entender que existem dois mistérios sobrenaturais propagados por agentes humanos: o de Deus e o do Diabo. O mistério de Deus é propagado pela Igreja e o mistério do Diabo é propagado por “espíritos enganadores” influenciados por demônios. O Espírito Santo vive na Igreja de Cristo para torná-la apta a refutar as sutilezas do Diabo. 

A expressão espíritos enganadores pode ter uma referência dupla, tanto a demônios literalmente como a homens que se tornam agentes de demônios. A Bíblia os identifica como “homens maus e enganadores... enganando e sendo enganados” (2Tm 3.13; 2Jo 7 e 2Pe 2.1). Existem pessoas que se colocam a serviço de Satanás para propagar e disseminar doutrinas falsas e negar as verdades divinas. Essas pessoas tornam-se, indubitavelmente, “espíritos enganadores”.

“Últimos tempos” equivale à expressão “últimos dias” do apóstolo Pedro em sua mensagem no Dia de Pentecostes (At 2.17). A palavra de Paulo a Timóteo mostra que Satanás opera e manifesta o mistério da iniqüidade nestes últimos tempos, quando se constata a exploração do misticismo em nome do Evangelho de Cristo. “Espíritos enganadores” se intrometem no seio das igrejas e produzem falsos sinais e prodígios para impressionar as pessoas. Aqueles crentes incautos e símplices acabam se deixando levar pelo engano. A Palavra de Deus é torcida e heresias surgem de modo assustador.

Os espíritos de engano envolvem a muitas pessoas, as quais acabam se tornando instrumentos de iniqüidade sob o comando subjetivo de Satanás. Esse tipo de problema tem produzido, também, racionalismo barato e incredulidade quanto aos milagres sobrenaturais. Para deter a operação do espírito do engano, a liderança evangélica precisa ensinar mais a Palavra de Deus ao povo. A liturgia de nossos cultos está sendo sufocada por programações tão extensas e intensas que não há mais espaço para a Palavra de Deus. Somente a Palavra poderá sufocar e deter ao poder dos espíritos enganadores que se intrometem em nossas igrejas.

A palavra apostasia significa negação e abandono da fé cristã. Nos primórdios da Igreja, Paulo já percebia alguns sinais típicos do ataque sorrateiro dos espíritos de engano. O texto faz-nos entender que certas pessoas desqualificadas espiritualmente se deixariam levar por esses espíritos, tornando-se agentes do engano. Essas pessoas produziriam conceitos falsos de salvação, de santidade, de regras sociais. Algumas igrejas e lideranças acabam se desviando das prioridades divinas e aderem à práticas incoerentes com o verdadeiro cristianismo, insuflando falsos conceitos, para dominar os sentimentos e os corações das pessoas por procedimentos antibíblicos. Esses “espíritos enganadores” induzem as suas vitimas ao auto-engano, pois se escravizam a certos comportamentos que ofendem ao Espírito Santo. Nós fomos chamados à liberdade em Cristo, não à escravidão de regras de homens. Normalmente, esses espíritos enganadores enganam-se a si mesmos porque não conseguem praticar suas próprias regras e idéias. Que Deus nos guarde dos espíritos enganadores!

 

 

O falso profeta

 

Ele não vacila em usurpar a glória devida apenas ao Senhor da glória

Introdução
Quem já não se defrontou com um falso profeta? Inescrupuloso e arrogante, joga ele a igreja contra o pastor, leva os obreiros à desinteligência e, habilmente, induz os santos à apostasia. Aliás, ele não vacila em usurpar a glória devida apenas ao Senhor da glória.

Certa vez, um desses indivíduos enfrentou Jeremias. Patrocinado pelo estado e contando com a simpatia de boa parte da população, tinha aquele operário de Satanás, como objetivo, perverter os caminhos do Senhor e desviar os filhos de Israel da verdade. Refiro-me ao soberbo e atrevido Hananias. Antes de tecermos outros comentários a seu respeito, vejamos o que é o profeta.   

I. O que é o profeta


1. Definição. A palavra profeta vem do hebraico nabbi. Este vocábulo, por seu turno, origina-se do verbo dabar: dizer, falar. O profeta, por conseguinte, é o homem que fala por Deus. O vocábulo grego prophete, do qual veio a palavra portuguesa profeta, significa literalmente aquele que fala em lugar de outrem.

2. A função do profeta. Era a função precípua do profeta proclamar os desígnios e arautos de Deus, a fim de reconduzir o povo à obediência da lei divina (Ez 33.7). Nem sempre revelar o futuro era a sua principal tarefa.

3. A prova de autenticidade do profeta.
 Se o profeta predisser alguma coisa, e esta se cumprir, será ele reconhecido como autêntico mensageiro de Deus (Dt 21,22). Caso contrário, que seja alijado da comunidade dos santos. Dessa forma determinava o Deuteronômio.  


Não basta, porém, a profecia cumprir-se para o profeta ser considerado autêntico (Dt 13.1-5). Isto porque, os enganadores, inspirados pelos demônios, embora não conheçam o futuro, podem, através de ardis e estratagemas, fazer com que o óbvio pareça certeiro cumprimento profético. É por isso que temos de julgar as profecias e discernir os espíritos (1Co 14.29; 1Jo 4.1). Vejamos, pois, o caso de Hananias.
    
II. O falso profeta Ananias entra em cena

1. Quem era Hananias. Ele era do tipo que impressionava. Falava como profeta, tinha discurso de profeta e vestia-se como profeta. Além do mais, era ele mais dramático que os profetas de Deus. 
Falando somente o que o povo queria ouvir, vinha ele, genericamente, profetizando a paz. Mas, agora, eis que se apresenta com uma profecia específica e impressionante.

2. As palavras de Hananias. Foi no auge da crise espiritual e política de Judá que Hananias entra em cena, perturbando o povo e opondo-se tenazmente a Jeremias. Se este exortava Judá a aceitar o jugo babilônico, como Deus o requeria, aquele, sempre politicamente correto, induzia o povo à rebelião contra o Senhor, garantindo-lhe que, passados dois anos, seriam os cativos repatriados e os tesouros do Santo Templo, devolvidos. Sua profecia jamais se cumpriu: no teste do verdadeiro profeta, estava reprovado (Dt 18.22). 

Hipocritamente dramático, quebra os jugos de madeira que Jeremias levava aos ombros. Diante de toda aquela presepada, o que restava ao mensageiro do Senhor? Tendo os sacerdotes e os ministros do altar como espectadores, declara Jeremias: “Amém! Que assim faça o SENHOR! Que o SENHOR confirme as tuas palavras que profetizaste e torne ele a trazer os utensílios da Casa do SENHOR e todos os do cativeiro da Babilônia a este lugar” (Jr 28.6).
Hananias profetizou o que o rei queria ouvir, o que povo ansiava escutar e o que todos almejavam viesse a acontecer. 

Não foste, ó homem de Deus, chamado para brincares de pregador; convocou-te o Senhor para atuares como pregoeiro da justiça. O teu único compromisso é com a verdade. Se não quiserem ouvir-te, que te não ouçam. No entanto, todos haverão de saber que, entre si, esteve um autêntico mensageiro divino.

3. O castigo de Hananias. Hananias em tudo parecia profeta. A Palavra de Deus, todavia, não estava com ele. E por haver se insubordinado contra o Senhor, foi severamente punido: naquele mesmo ano veio a morrer segundo vaticinara Jeremias (Jr 28.1-17). Este é o destino daquele que, sem temor nem tremor, brinca com o nome de Deus, zombando-lhe da santidade. Lembra-te daquela profetiza que, em Tiatira, induzia os servos de Cristo ao adultério? (Ap 2.20) Ou do profeta Balaão que ensinou Balaque a colocar tropeços diante dos filhos de Israel? (Ap 2.14).
Tens tu o dom profético? Coloca-te à disposição de Deus. Deixa que Ele te use de acordo com as necessidades da Igreja. Jamais queiras abusar do que te não pertence. Sê humilde, reconhecendo sempre, em teu pastor, a autoridade máxima da Igreja. 

III. Cuidado com os falsos profetas

Alerta-nos o Senhor Jesus que, nos últimos dias, aparecerão muitos falsos profetas que, se possível, enganarão até os mesmos escolhidos (Mt 24.11). Por isso, temos de manter-nos alertas e vigilantes, a fim de que os lobos não nos arrebatem as ovelhas. Eis alguns cuidados que haveremos de tomar.

1. A procedência do profeta. De onde vem o pregador, o conferencista e o pretenso profeta? Busca saber se tem ele carta de recomendação; não deixes de confirmar a veracidade do documento. Cuidado com os chamados clínicos pastorais que, sob o apanágio da psicologia, se intrometem nas intimidades das ovelhas, induzindo as servas de Deus à imodéstia. Não passam os tais elementos de destruidores de lares. Toma cuidado contra os que, de igreja em igreja, levantam vultosas somas. Não permitas que o lobo te espolie a igreja.  

 2. A qualidade da mensagem. O mensageiro fala a Palavra de Deus? Ou se acha em nosso meio a instilar o engano e a apostasia? Se vier com outro evangelho, que seja considerado anátema mesmo que tenha cara de anjo (Gl 1.8).

3. A pretensão do profeta. À semelhança de  Hananias, que não temeu enfrentar o homem de Deus, muitos são os profetas e profetisas que procuram dominar o pastor, o ministério e a igreja. Não aceites tais manobras! Não te deixes dominar pelas ameaças dessa gente desocupada e orgulhosa. A Igreja é para ser governada pelos dons ministeriais e não pelos dons espirituais. Servem estes apenas como suporte ao processo de edificação do corpo de Cristo. O cajado foi entregue a ti, pastor, e não aos aventureiros que das ovelhas visam apenas a lã e a gordura.  
Quem cuida das ovelhas é o pastor. E que o profeta mantenha-se em seu lugar, e respeite o anjo da igreja como a autoridade máxima do rebanho. Neste momento, cai muito bem a recomendação de Paulo: “Se alguém cuida ser profeta ou espiritual, reconheça que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor” (1 Co 14.37).   

Conclusão
Cuidado com os falsos profetas! Não lhes permitamos que nos devorem os rebanhos. Outrossim, não podemos desprezar as verdadeiras profecias (1 Ts 5.20). Pois o Espírito Santo continua a falar através dos dons que distribui à Igreja. Equilíbrio e discernimento! Cada profecia deve ser considerada de acordo com as demandas e reivindicações da Bíblia. Nada, absolutamente nada, pode estar acima da Bíblia Sagrada – nossa única regra de fé e condut

 

Balaão e a Teologia sob demanda

Aquele que se dizia "o profeta dos olhos abertos" era, na verdade, o teólogo do olho grande e gordo

 

Balaão era um profeta sagaz e um tanto matreiro. Se fosse apenas profeta, a desgraça não seria tanta. Acontece, porém, que o filho de Beor era ainda um teólogo competente. Torcendo um artigo de fé aqui, minimizando uma proposição doutrinária mais além, ia ele enchendo as algibeiras com o ouro dos incautos. E os seus arremedos, justiça seja feita, eram capazes de convencer até os mais avisados.

Embora domiciliado em Petor, às margens do Eufrates, fazia, vez por outra, uns volteios pelo Oriente Médio, a fim de oferecer serviços e préstimos. Ontem, tanto quanto hoje, havia sempre alguém querendo amaldiçoar alguém. E, para isso, estava disposto a pagar-lhe muito bem.

Enfim, o profeta Balaão teologizava sob demanda. Assemelhava-se ao escritor que, certa vez, recebeu a incumbência de escrever um artigo sobre uma polêmica autoridade. Ao receber o dinheiro, perguntou: “A matéria é a favor ou contra?”

Suas mandingas eram bem articuladas e certeiras. Amaldiçoou Balaão alguém? Amaldiçoado está! Foi por isso que Balaque trouxe-o de tão longe e inflacionou-lhe generosamente o cachê. Afinal, o rei moabita estava caído de angústias com a aproximação dos filhos de Israel que, desde o longínquo Sinai, marchavam resolutamente às suas portas. E, pelo ritmo de seu avanço, nenhum exército seria capaz de frear-lhe a andadura. Segundo imaginava, aquela gente, de tão numerosa, lamberia todos os recursos de sua terra. E isso ele jamais haveria de admitir.

Balaque bem sabia que Balaão era venal e sem caráter. Todavia, era competente no que fazia e tinha um preço até razoável. Além de venal, pagável. Não seria difícil contratá-lo.

Já advertido pelo Senhor, o profeta, de início, mostrou alguma refração às propostas do moabita. Como bom teólogo, sabia que é impossível florescer maldições onde as bênçãos já frutificam. Por isso, todas as vezes que armava o cenário para amaldiçoar Israel, acabava por abençoá-lo. E isso começou a impacientar Balaque. Afinal, contratara-o para destruir os hebreus. Mas o feiticeiro, inexplicavelmente, estava virando-se contra o dono do feitiço.

O interessante é que Balaão possuía também um lado poeta e lírico que, elegantemente, deixa transparecer nas profecias que, por três vezes, profere sobre o futuro messiânico de Jacó. Ele sabia trabalhar tão bem as palavras, que Moisés foi inspirado a registrá-las no quarto livro do Pentateuco. Num dos trechos de seu maravilhoso e subido poema, chega a ser autobiográfico: “Então, proferiu a sua palavra e disse: Palavra de Balaão, filho de Beor, palavra do homem de olhos abertos, palavra daquele que ouve os ditos de Deus e sabe a ciência do Altíssimo; daquele que tem a visão do Todo-Poderoso e prostra-se, porém de olhos abertos: Vê-lo-ei, mas não agora; contemplá-lo-ei, mas não de perto; uma estrela procederá de Jacó, de Israel subirá um cetro que ferirá as têmporas de Moabe e destruirá todos os filhos de Sete” (Nm 24.15-17).

A ganância, contudo, veio a ter mais rimas que a poesia. Na verdade, Balaão não estava disposto a perder o ouro de Balaque; oportunidade como aquela não costuma repetir-se. Não é sempre que se tem um Êxodo pela frente, nem um povo grande e abençoado a atravessar-lhe o caminho. Além do mais, ali estava um rei aflito, e prestes a dar-lhe até metade de seus tesouros.

Balaão, segundo suas próprias palavras, era o profeta dos olhos abertos. Mas, para mim, ele era o teólogo do olho grande e gordo: estava sempre disposto a corromper e a ser corrompido. Eis porque resolveu, apesar das relutâncias iniciais, atender à demanda final de Balaque.

Já que não podia levar a maldição a Israel, poderia ao menos trazer até Israel a maldição. A equação era bem simples. Sabendo ele que Deus tem um caráter justo e santo, ensinaria Balaque a tirar proveito dessa proposição. E, para tanto, o rei moabita não precisaria escrever monografia alguma; era só explorar a pornografia que estava ao seu alcance. Mesmo porque, aquele monarca medroso e bufão nenhuma capacidade acadêmica demonstrava ter.

Sim, tudo era muito simples. Mas a receita só Balaão possuía. Para amaldiçoar Israel, Balaque só precisaria espalhar umas prostitutas cultuais pelo arraial hebreu, e o problema estaria resolvido para os moabitas. Mas, para os israelitas, estaria só começando.

Foi o que aconteceu. As desavergonhadas, introduzidas sorrateiramente no acampamento do Senhor, puseram-se a induzir os varões hebreus a se prostituírem e a comerem alimentos sacrificados aos ídolos. De repente, aquele povo separado e santo em nada diferia das nações de Canaã. O episódio, que passaria à história como o Caso de Baal-Peor, custaria muito caro aos filhos de Israel. Num só dia, o Senhor matou vinte e quatro mil homens. O fato jamais seria esquecido. Séculos depois, ainda era mencionado pelos santos profetas como advertência à comunidade hebreia.

Balaão não foi o único a fazer teologia, nem a profetizar sob demanda. Seus discípulos e seguidores, igualmente irracionais em seu amor pelo ouro de Balaque, fazem-se moucos até mesmo à voz da jumenta. Não obstante, sempre acabam por encontrar generosos púlpitos e cátedras.

Nos domínios de Acabe, eram liberalmente pagos, a fim de profetizar o que o monarca queria ouvir. Nenhum deles tinha coragem, ou disposição, de dizer que o rei estava nu. Já em Judá, no tempo de Jeremias, achavam-se arrolados na folha de pagamento do funcionalismo público. E, na Igreja Primitiva, além dos imitadores de Balaão, havia também os nicolaitas, que, de paróquia em paróquia, iam teologizando por encomenda. Com mão certeira, semeavam o pecado, a rebeldia e a dissolução entre os santos.

Jesus odiava as obras dessa gente.

Hoje, esses tais obreiros podem ser contados aos milhares. Tanto aqui, como lá fora, comportam-se como os sofistas que, na Grécia antiga, eram tidos como inteligentes e sábios. Eles andejavam por toda a parte, discorrendo sobre os mais variados e ignorados assuntos. Um deles, que não entendia nada de guerra, propôs-se certa vez a ensinar estratégia a um experimentado general. Não é o que ocorre em nossos arraiais? Às vezes, surge, não se sabe de onde, um neófito com ares doutorais e que nunca pastoreou um rebanho, dizendo como se deve tanger o redil e tocar o aprisco. Mas, na verdade, o que mais querem é a lã das pobres e desamparadas ovelhas.

Eles não são nada baratos. Exorbitam nos cachês e carregam nas exigências. Por isso, sempre pregam o que os seus contratantes querem ouvir. Sabem que, se forem verdadeiros no púlpito, poderão sair de muitos templos como mentirosos. E esse risco não querem correr. Assim, deixam de ser homens de Deus para se fazerem homens do povo. Como abismo atrai abismo, também não vêem dificuldade em sustentar a iniquidade, desde que esta encha-lhes os bolsos.

E, assim, passam a vida a produzir uma teologia ímpia, mentirosa e sofismática. Aqui, esvaziam a divindade de Cristo. Ali, tiram a autoridade da Bíblia. Mais além, negam o arrebatamento da Igreja. Ainda, não satisfeitos, espalham entre o os santos costumes exóticos e detestáveis. Terminado o culto, vão embora cheios, deixando atrás de si um rebanho vazio.

Não fomos chamados a fazer teologia sob demanda. Convocou-nos o Senhor a proclamar a sua Palavra. E, para isso, temos de ser íntegros, corajosos e jamais perder o dom do amor. Quem ama, fala a verdade, pois uma mentira, bem trabalhada teologicamente, é bastante para levar todo um rebanho ao inferno.

Graças a Deus, porque temos ainda pregadores que, embora convidados a pregar por todo o Brasil, jamais negociam com a sã doutrina. Eles não temem a Balaque, nem se curvam ao peso de seu ouro. A estes, o meu reconhecimento. São autênticos pregoeiros que, fugindo ao politicamente correto, expõem a Palavra de Deus a tempo e fora de tempo. Sua teologia não é produzida sob demanda, mas nasce de um amor sincero e sacrifical pelo Senhor Jesus e sua Igreja. Antes de oradores, orantes.

Quanto aos que imitam Balaão, demonstram possuir menos inteligência que a jumenta do profeta. Embora não tivesse qualquer formação acadêmica, o animal teve olhos para ver o anjo do Senhor e a espada pronta a desferir o golpe fatal no profeta louco e ganancioso. 

 FONTE CPAD NEWS

fonte www.avivamentonosul.com