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Etica cristã (4) etica nas cartas de Paulo
Etica cristã (4) etica nas cartas de Paulo

        TEXTO 1 – A ÉTICA NAS EPÍSTOLAS DE PAULO

 

As Epístolas do apóstolo Paulo estão agrupadas no Novo Testamento, da seguinte maneira e ordem:

 

- Romanos, I e II Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, I e II Tessalonicenses, I e II Timóteo, Tito e Filemom.

 

Em cada uma destas Epístolas, Paulo, o maior dos apóstolos, dá um ensino específico como norma de vida aos crentes da sua e da nossa época. Dada a preciosidade desses ensinos, vale a pena estuda-los, ainda que resumidamente.

 

A Epístola aos Romanos - Através da sua epístola aos Romanos, Paulo dá uma resposta completa, lógica e inspirada à pergunta dos séculos: “Como pode o homem ser justo para com Deus?” (Jó 9.2).

 

Chamada de a “catedral da doutrina cristã”, o ensino de Romanos está resumido da seguinte maneira: a justificação dos pecadores, a santificação dos justificados e a glorificação dos santificados, pela fé e pelo poder de Deus.

 

A Epístola de I Coríntios - I Coríntios foi escrita com o propósito de corrigir desordens que haviam na Igreja de Corinto e de estabelecer entre os fiéis um modelo de conduta cristã com relação à Igreja, o lar e o mundo. Nesta epístola de cunho muito especial, Paulo corrige as seguintes desordens: Divisõesimoralidadesdisputas entre os crentesdesordens durante a ceia do Senhordesordens durante o culto público.

 

Ao mesmo tempo responde as perguntas acerca do matrimônio, concernente ao comer carne oferecida aos ídolos, e concernente aos dons do Espírito Santo. Ela destaca ainda a essência da autoridade apostólica de Pauloa necessidade de ordem na Igreja, e finalmente uma bela apologia quanto à ressurreição dos mortos.

 

A Epístola de II Coríntios - Em II Coríntios, Paulo consola os membros arrependidos da Igreja de Corinto, em face da leitura da primeira epístola, enquanto exorta uma minoria rebelde, e admoesta contra os falsos mestres. Como disse certo comentador, é quase impossível analisar esta carta, que é menos sistemático de todos os escritos de Paulo. Assemelha-se a um rio africano. Às vezes corre calmamente e espera-se dele um comportamento satisfatório, mas repentinamente aparece uma grande catarata com sua agitação terrível. Nesse ponto estremecem as profundezas do seu coração.

 

A Epístola aos Gálatas - A resolução do Concílio de Jerusalém (At 15) contra os judaizantes que ensinavam a insuficiência do Evangelho da graça, lhes pareceu de pouca importância. Eles ensinavam que os gentios crentes deveriam guardar a Lei de Moisés para a salvação. Por isto Paulo escreveu a sua carta aos Gálatas. Nela, ele resiste à influência dos mestres judaizantes que estavam procurando destruir a sua autoridade e reputação,refuta os ensinos de que a obediência à Lei misturada com a fé é necessária à salvação;expõe claramente que o crente não é aperfeiçoado por guardar a Lei; e finalmente ele procura nesta celebre carta restaurar os gálatas que haviam caído da graça.

 

A Epístola aos Efésios - Chamada a “Epístola do terceiro céu”, Efésios supera as demais epístolas de Paulo, em profundezas de revelações que não se pode tomar pé. No decorrer desta Epístola, Paulo faz uma grande exposição da doutrina na qual sua pregação se fundamenta, a saber: a unidade de todo universo em Cristo, a unidade do judeu e gentio em Seu corpo, a Igreja e o propósito de Deus através dela como um corpo, para o tempo presente e para a eternidade.

 

Mas, o tema dominante desta famosa epístola de Paulo é o seguinte: a Igreja é escolhida, redimida e unida com Cristo, de sorte que ela deve andar em unidade, em novidade de vida, na força do Senhor e revestida da armadura de Deus.

 

RESUMO DAS EPÍSTOLAS DE PAULO - Destas cinco Epístolas de Paulo até aqui abordadas, podemos aprender pelo menos cinco verdades, que, aplicadas à nossa vida diária, poderá fazê-la mais abundante em Deus:

 

  1. Na epistola aos Romanos aprendemos que assim como Israel foi temporariamente afastado do centro do plano de Deus, por não perseverar em andar de acordo com o pacto feito por Deus com Abraão, assim também nós, poderemos ser cortados do tronco onde fomos enxertados, se não perseverarmos em andar de acordo com a vocação divina que nos foi dada no princípio da nossa fé.

 

  1. Em I Coríntios aprendemos que nunca há problema sem solução, nem erro sem correção quando a Palavra de Deus e a disciplina encontram lugar para operar.

 

  1. Em II Coríntios aprendemos que devemos não só exortar o nosso irmão, mas também consolá-lo, sarando possíveis feridas que lhes fizemos no coração.

 

  1. Na epístola aos Gálatas aprendemos que devemos evitar começar a nossa jornada no Espírito e aperfeiçoá-la através da observância da Lei e de preceitos humanos.
  2. Através da epístola ao Efésios, podemos aprender que a despeito do nosso estado de humilhação aqui, de fato estamos sentados nas regiões celestiais com Cristo.

 

A Epístola aos Filipenses - A Epístola aos Filipenses foi chamada “o mais doce dos escritos de Paulo” e “a mais formosa de todas as cartas de Paulo, onde em cada frase exprime um amor mais terno do que o de uma mulher”.

 

Esta carta trata do regozijo de Paulo, apesar de preso em Roma, do seu entusiasmo, apesar daqueles que no espírito de partidarismo estão pregando o Evangelho por motivos falsos, do seu gozo apesar da perspectiva de morte. Ainda nesta carta, Paulo registra três exemplos de abnegação:

 

  1. O exemplo de Cristo que embora sendo Deus, se esvaziou de seu poder e se humilhou até à morte de cruz (Fp 2.5-16);
  2. O exemplo de Timóteo;
  3. O exemplo de Epafrodito.

 

Conclui Paulo a sua Epístola ao Filipenses com quatro admoestações:

 

  1. Contra o legalismo;                                            2. Quanto à unidade da doutrina;
  2. Contra a ilegalidade;                                          4. Quanto à santidade.

 

A Epístola aos Colossenses - A razão porque Paulo escreveu esta carta foi para combater doutrinas errôneas que se infiltraram na Igreja de Colossos, principalmente o Gnosticismo, considerado o maior perigo para a doutrina da Igreja dos primeiros séculos. Os Gnósticos se gabavam de possuírem uma sabedoria muito mais profunda do que aquela revelada nas Escrituras, uma sabedoria que só um pequeno grupo de favorecidos possuía. Os Gnósticosensinavam entre outras coisas, que a matéria em si era essencialmente má, razão porque Deus Santo não a poderia ter criado. Os anjos, diziam eles, eram os criadores da matéria. Um Deus Puro não tinha comunicação direta com o homem pecador, mas comunicava-se com ele por intermédio de anjos intermediários que formavam quase uma escada da terra ao céu.

 

Em face deste perigo, Paulo admoesta a Igreja de Colossos a evitar esses falsos filósofos e seus falsos ensinos (Cl 2.4-7), porque em Cristo está a plenitude da revelação divina. Além de condenar o (1) Gnosticismo, nesta sua carta Paulo condena ainda (2) o legalismo, mostrando a verdadeira posição do crente com relação ao rito da circuncisão, à lei moral e à lei cerimonial. Condena mais o falso  misticismo e (3) o ascetismo, segundo o qual o corpo tem que ser mortificado como forma de se alcançar à santidade.

 

(1) -  O GNOSTICISMO – Esse falso ensino, disseminava que a matéria era inerentemente má, e que por isso a idéia da encarnação do Verbo não passava de uma mentira criada pelos cristãos, pois Jesus sendo Deus, como poderia habitar num corpo fadado a corrupção. Diante de tudo isto, Paulo chama os Colossenses a acreditarem que em Jesus habitava corporalmente toda a plenitude da Divindade.

 

Cl 2:9-10 – “porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade.

Também, nele, estais aperfeiçoados. Ele é o cabeça de todo principado e potestade”

Jo 1:14 – “E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.”

 

     2 – O LEGALISMO – Esta falsa modalidade religiosa, tinha como objetivo sufocar o crescimento do cristianismo, através da disseminação de argumentos que somente a circuncisão física já era o suficiente para fazer do homem propriedade de Deus, e também, que para ser aceito por Deus como parte integrante do seu povo, o judeu convertido a Cristo, precisava também guardar a tradição dos homens. Diante de tudo isso, Paulo anunciou que segundo a revelação de Cristo, a circuncisão que agora ingressava o homem na família de Deus não era mais a circuncisão do prepúcio, mas a obra espiritual realizada no coração do homem, e que em Cristo, nós não podemos ser julgados por causa de costumes, pois a liberdade cristã é condicionada a sua comunhão com Cristo.

 

Cl 2:11-12 – “Nele, também fostes circuncidados, não por intermédio de mãos, mas no despojamento do corpo da carne, que é a circuncisão de Cristo, tendo sido sepultados, juntamente com ele, no batismo, no qual igualmente fostes ressuscitados mediante a fé no poder de Deus que o ressuscitou dentre os mortos.”

Cl 2:16-17 – “Ninguém, pois, vos julgue por causa de comida e bebida, ou dia de festa, ou lua nova, ou sábados, porque tudo isso tem sido sombra das coisas que haviam de vir; porém o corpo é de Cristo.”

Gl 5:13 – “Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade; porém não useis da liberdade para dar ocasião à carne; sede, antes, servos uns dos outros, pelo amor.”

 

(3) – O ASCETISMO – Esta outra doutrina falsa, ensinava que a mortificação da carne somente se dava através da renúncia total aos confortos físicos. Para isso, existiam as proibições contra certos alimentos e também com relação a determinados confortos que o homem deveria abrir mãos para alcançar a santidade. Por isso, Paulo sabendo que isto também causava transtornos entre os crentes de Colossos, ele imediatamente falou que estas restrições ainda que transparecessem humildade e piedade para seus praticantes, não poderia efetivamente mortificar os atos da carne, pois o verdadeiro cristão precisa morrer para o pecado e viver para Deus.

 

Cl 2:20-23 – “ Se morrestes com Cristo para os rudimentos do mundo, por que, como se vivêsseis no mundo, vos sujeitais a ordenanças: 21 não manuseies isto, não proves aquilo, não toques aquiloutro, 22 segundo os preceitos e doutrinas dos homens? Pois que todas estas coisas, com o uso, se destroem. 23 Tais coisas, com efeito, têm aparência de sabedoria, como culto de si mesmo, e de falsa humildade, e de rigor ascético; todavia, não têm valor algum contra a sensualidade.”

 

A Epístola de I Tessalonicenses - O tema supremo da primeira Epístola de Paulo à Igreja em Tessalônica, é a segunda vinda de Cristo. De fato, cada capítulo da mesma termina com uma referência a esse evento. Paulo trata desta verdade, mais em seu aspecto prático do que doutrinário.Noutras palavras, esta epístola foi escrita com os seguintes propósitos:

 

  1. Consolar os crentes durante a perseguição (ITs 3.1-5);
  2. Consolá-los acerca de alguns de seus mortos que morreram no exercício da fé (ITs 4.13);
  3. Despertar alguns que, na expectativa da próxima vinda do Senhor, haviam caído no erro de supor que não fosse necessário trabalhar mais (ITs 4.11-12).

 

  

A Epístola de II Tessalonicenses - A segunda Epístola aos Tessalonicenses vem como um complemento à primeira, e expõe com detalhes alguns dos acontecimentos que estarão relacionados com a vinda de Cristo, e que relação terá ela com os crentes perseguidos, os pecadores que não se arrependerem e a uma Igreja apóstata. Esta carta foi escrita com tríplice propósito:

 

  1. Consolar os crentes durante um novo surto de perseguições (IITs 1.4);
  2. Corrigir uma falsa doutrina de que o dia do Senhor já tinha vindo (ITs 2.1);
  3. Censurar aqueles que se comportavam de forma desordenada.

 

RESUMINDO: Após esta resumida análise, destas quatro epístolas do apóstolo Paulo, chegamos à conclusão de quão preciosos são os ensinamentos que delas podemos extrair, ensinos que postos em prática, nos farão conhecer melhor qual seja à vontade de Deus para com as nossa vidas.

 

  1. Na Epístola aos Filipenses aprendemos que se Cristo sendo Deus, humilhou-se assumindo forma de servo, de igual modo nós também devemos seguir o seu exemplo, nos fazendo servos seus e dos homens também.
  2. Na Epístola aos Colossenses aprendemos a necessidade de vigilância contra a penetração de falsos mestres e falsos ensinos no seio da Igreja do Senhor.
  3. Na primeira Epístola aos Tessalonicenses aprendemos a doutrina da esperança e da necessidade de negociarmos espiritualmente até que Ele volte.
  4. Na segunda Epístola aos Tessalonicenses aprendemos acerca da ordem dos acontecimentos que precederão e sucederão à volta do Senhor, e sobre a necessidade de vivermos uma vida santa, se é que queremos subir com Ele na sua vinda.

 

A Epístola a I Timóteo - A primeira epístola a Timóteo é a primeira das chamadas “Epístolas Pastorais”. As demais são II Timóteo e Tito. São assim chamadas por serem dirigidas a ministros com o propósito de instruí-los no governo da Igreja. Esta carta foi escrita principalmente para instruir Timóteo nos deveres do seu cargo, para anima-lo e para admoestá-lo contra os falsos mestres. A epístola em si mesma é um tratado inigualável quanto à sã doutrina, à oração em público, às qualidades indispensáveis ao ministro do Evangelho, como combater doutrinas falsas, instruções pastorais e exortações finais.

 

A Epístola a II Timóteo - A segunda carta de Paulo a Timóteo é um desdobramento da primeira. Lealdade ao Senhor e à verdade, em face à perseguição e a apostasia, é sugerido como tema desta epístola. Foi escrita pelas seguintes razões: pedir a presença de Timóteo em Roma, onde Paulo se encontrava encarcerado; para admoestá-lo contra os falsos mestres; para anima-lo em seus deveres; para fortalecê-lo face às perseguições vindouras.

 

A Epístola a Tito - Acerca desta epístola disse Martinho Lutero: Esta é uma epístola curta, mas é um resumo da doutrina cristã, e, constituída de tal maneira que contém todo o necessário para um conhecimento da vida cristã. O tema desta epístola pode ser definido d seguinte maneira: a organização duma verdadeira Igreja de Cristo; e um apelo à Igreja para ser fiel a Cristo.

 

Em síntese esta epístola foi escrita com o propósito de instruir Tito acerca da organização da Igreja em Creta, e para dirigi-lo quanto à maneira de tratar o povo.

 

 

A Epístola a Filemom - A epístola de Paulo a Filemom é a única carta do apóstolo destinada a uma pessoa; a única desse tipo que foi conservada e incorporada às Escrituras Sagradas. Pela forma amistosa com que Paulo a escreve, ela é conhecida como a epístola da cortesia. Diretamente ela não contém muito de doutrina cristã. Seu valor principal acha-se na descrição da prática externa da aplicação da doutrina cristã na vida diária e do cristianismo prático em relação aos problemas do dia-a-dia do crente. A carta é do tipo carta de recomendação, escrita por Paulo, destinada a seu irmão e amigo Filemom, a respeito de Onésimo. Por causas desconhecidas, (talvez furto), Onésimo foge do seu amo, Filemom, e chega a Roma.

 

Aí, ouve a pregação de Paulo e se converte à fé cristã. Como a conversão requer o ato de restituição, Onésimo é admoestado a voltar a seu antigo amo, razão porque Paulo escreve esta epístola a Filemom, recomendando-o, como irmão em Cristo.

 

O piedoso escritor Myer Pearlman, fez valiosas observações sobre esta epístola que abordamos a seguir:

 

  1. O seu valor pessoalencontra-se no fato de nos proporcionar conhecimento do caráter de Paulo, revelando o seu amor, humildade, cortesia, altruísmo e tato.
  2. Seu valor providencial. Aprendemos por ela que Deus pode estar presente conosco e nos ajudar nas circunstâncias mais adversas da vida (Fm 15).
  3. Seu valor prático. Somos animados a buscar e redimir o mais baixo e degradado pecador. Onésimo não tinha nada que o recomendasse, porque era um escravo fugitivo, e pior ainda, um escravo da Frigia, uma região notória pelo vício e grosseria de seus habitantes. Mas Paulo ganhou-o para Cristo.
  4. Seu valor social. A epístola demonstra a relação entre o cristianismo e a escravidão. Na época de Paulo, havia cerca de seis milhões de escravos no império romano e a sua situação em geral, era de miséria. Porém, Onésimo, ainda que escravo, agora convertido, é posto em pé de igualdade com Filemom, seu amo, segundo o conceito de Paulo.
  5. Seu valor espiritual. Proporciona-nos alguns símbolos notáveis da nossa salvação. Os seguintes acontecimentos sugerem ao aluno tais símbolos: Onésimo abandonando o seu amo; Paulo encontra-o; Paulo intercedendo em seu favor; a identificação de Paulo com o escravo; Paulo se oferecendo para pagar a dívida; a recepção de Onésimo por Filemom por causa de Paulo; a restauração do escravo ao favor do seu amo.

 

RESUMINDO- Do estudo, cuidadoso, destas últimas quatro epístolas de Paulo podemos auferir os mais elevados lucros espirituais, lucros que aplicados à nossa vida, implicarão em grande lucro para a mesma e para a Igreja do Senhor Jesus Cristo da qual somos membros.

 

  1. Na primeira epístola a Timóteo aprendemos quanto à necessidade de mantermos íntegros o ministério que Deus nos tem confiado, de sorte que sejamos obreiros aprovados.
  2. Na segunda epístola a Timóteo aprendemos que é possível viver uma vida leal ao Senhor e à verdade, e ainda assim sofrer a oposição da apostasia dos falsos mestres.
  3. Na epístola a Tito aprendemos como organizar uma Igreja sobre Jesus Cristo, o fundamento inabalável, e como cooperar para que ela se mantenha fiel à Cristo.
  4. Na epístola a Filemom aprendemos que todos os salvos são um em Cristo, independentemente da classe social à qual pertençam.

 

  

TEXTO 4 – A ética nas epístolas aos Hebreus e de Tiago

 

A Epístola aos Hebreus - A epístola aos Hebreus se constitui uma espécie de espinha dorçal das demais epístolas. Ela é qual divisor entre as epístolas de Paulo (Romanos a Filemom), e as epistolas gerais (Tiago a Judas). Como o nome indica, foi escrita, particularmente aos judeus crentes, embora tenha um valor permanente e uma aplicaçãocontínua para todos os crentes, em todas as épocas. A leitura dessa epístola revela o fato de que a maior parte dos hebreus cristãos, à qual se dirige o autor, estava em perigo de afastar-se e apostatar da fé. Comparado com a nação inteira, era um pequeno grupo de pouca expressão, considerados pelos seus patrícios como traidores e objetos de suspeita e ódio. Sentiam o seu isolamento, separados do resto da nação. Por isto estavam sob constantes ameaças e perseguições. Face à perspectiva de iminente perseguição, sentiram-se desanimados e quase a desfalecer na fé. Por isso tiveram o seu crescimento espiritual impedido (5.11-14); outros estavam negligenciando o culto (10.24-25); enquanto que outros tinham as suas mentes voltadas para o t e m p l o e m em Jerusalém para os sacrifícios edemais cerimônias pomposas que ali eram oferecidos. Estavam em perigo de abandonar o cristianismo e se voltarpara o judaísmo.

 

Mas, com o propósito de impedir esta tragédia espiritual, o autor da epístola (cujo nome ignoramos) foi levado a escrever esse brado de alerta, começando por mostrar a superioridade do sacerdócio de Cristo, os resultados eternos de se viver uma vida de fé, ainda, que, sob a oposição e perseguição, e ainda o fato inesquecível de que mesmo o filho mais querido de Deus não é poupado da Sua disciplina, pois Deus castiga àquele a quem ama.

 

A epistola de Tiago - A epístola de Tiago é a primeira das "epístolas universais", assim chamadas porque de certa forma se dirigem a todos os crentes, de todas as épocas e em todos os lugares. Dado às suas declarações francas e concisas de verdades morais, pode serchamada o "Provérbios" do Novo Testamento.

 

Diferente das demais epístolas até aqui abordadas, a epístola de Tiago contém poucas instruções doutrinárias, pois o seu principal propósito é pôr em destaque o aspecto religioso da verdade. Os dois principais pontos desta epístola são a fé e as obras. De acordo com o que Tiago explica, a fé que não produz santidade de vida é coisa morta, meramente um consentimento a uma doutrina, que não vai além do intelecto. Tiago salienta ainda a necessidade duma fé viva e eficaz como meio de alcançar a perfeição cristã. Diante da preciosidade do ensino prático da epístola de Tia­go, escreveu certo comentador:

 

Há aqueles que falam da santidade e são hipócritas; aqueles que professam o amor perfeito, mas que não vivem em paz com os irmãos; aqueles que ostentam muita fraseologia religiosa, mas fracassam na filantropia prática. Esta epístola foi escrita para eles. Talvez não lhes dê muito consolo, mas deve ser-lhes muito útil. O misticismo que se contente com sistemas e frases religiosas, mas negligencia o sacrifício real e o serviço devoto, encontrará aqui o seu antídoto. O antinomianismo que professa grande confiança na livre graça, mas que não reconhece a necessidade duma vida pura correspondente, deve estudar a sabedoria prática desta epístola. Os quietistas que se contentam em sentar-se e cantar para conseguir a felicidade eterna, devem ler esta epístola até sentirem a sua inspiração a fim de apresentarem ativamente as boas obras. Todos aqueles que são fortes na teoria e fracos na prática, devem mergulhar no espírito de Tiago; e como há gente desse gênero em cada comunidade em todas as épocas, a mensagem da epístola nunca envelhecerá.   (Através da Bíblia Livro por Livro, págs 324/325).

 

Em resumo - Através destas duas epístolas aprendemos lições do mais alto quilate, dentre as quais, duas:

 

  1. Em Hebreus aprendemos o segredo da perseverança de seguir a Cristo a despeito da oposição dos inimigos e até mesmo os da nossa família.
  2. Em Tiago aprendemos que o cristianismo autêntico se evidencia não apenas por fé ou por obras, mas por fé e por obras.

 

TEXTO 5 – A ética nas epístolas de I Pedro a Judas - As epístolas, desde I Pedro à epístola de Judas, inclusive a epístola de Tiago, já estudada no texto anterior, como já frisamos, formam o grupo das “Epístolas Gerais”. A análise delas se reveste de singular importância pelo papel que elas exercem no seio da comunidade cristã dos primeiros séculos, como código de ética da Igreja.

 

A Epístola de I Pedro - A primeira epístola do apóstolo Pedro se constitui prova irrefutável da maturidade alcançada pelo apóstolo face à missão que o Senhor lhe dera, mostrada emLc 22.32 “... tu, pois, quando te converteres, fortalece os teus irmãos”. A epístola é destinada aos crentes que estavam passando por tempos de provação e de sofrimento; e foi escrita com o propósito de animá-los e de assegurar-lhes de que tudo quanto necessitavam para triunfar, havia sido provido na graça de Deus (5.10). Por isso o tema desta epístola pode ser resumido da seguinte maneira: a suficiência da graça divina e a sua aplicação prática com relação à vida cristã e para suportar a prova e o sofrimento.

 

A Epístola de II Pedro - Enquanto a primeira epístola do apóstolo Pedro trata dum perigo que vem de fora (a perseguição), a segunda trata dum perigo que estava dentro da Igreja, (a falsa doutrina). Uma vez detectado este problema, Pedro apressou-se em escrever esta epístola como meio de denunciar os falsos mestres e de ajudar os crentes a enfrentar a oposição daqueles. Em síntese, esta epístola ensina que o conhecimento completo de Cristo é uma fortaleza constante contra a falsa doutrina e uma vida impura.

 

A Epístola de I João - A primeira epístola do apóstolo João é um belo exemplo duma carta afetuosa dum pai espiritual a seus filhos na fé, na qual ele os exorta a cultivar a piedade prática que produz a união perfeita com Deus, e a evitar esta forma de religião em que a vida não corresponde à profissão.

 

A freqüente repetição da palavra amor e a da expressão filhinhos meus, faz com que a sua epístola tenha uma atmosfera de ternura. O tema desta epístola poderia ser condensado nas seguintes palavras: Os fundamentos da segurança cristã e da comunhão com o Pai.

A Epístola de II e III João - Enquanto que a primeira carta de João se destina à família cristã em geral, prevenindo-a contra a falsa doutrina e exortando-a à piedade prática, a segunda carta é dirigida a um membro em particular dessa mesma família, escrita com o propósito de instruí-lo quanto à atitude correta para com os falsos mestres. João a escreve num tom tão forte que o tema da mesma pode ser dado nas seguintes palavras: é dever do crente obedecer à verdade e evitar comunhão com os seus inimigos.

 

Já a terceira epístola de João dá uma idéia de certas condições para elogiar Gaio por ter recebido em sua casa alguns missionários itinerantes que foram menosprezados por Diótrefes, pastor da Igreja, e para denunciar a falta de hospitalidade e tirania deste.

 

A Epístola de Judas - A epístola de Judas, como outras das epístolas universais, também condena a apostasia na Igreja, e desmascara os líderes que a promoviam. Foi à presença desses homens na Igreja e as suas atividades em propagar as suas doutrinas, que fez Judas escrever esta epístola, cujo tema é: o dever que têm os cristãos de guardarem-se sem mancha, e de lutarem sinceramente pela fé, no meio da apostasia.

 

Em resumo - Por fim, destas epístolas estudadas, aprendemos o mais salutar ensino, útil à nossa educação e firmeza nos caminhos do Senhor. Por exemplo:

  1. Na primeira epístola de Pedro aprendemos que a graça divina é suficiente, para nos fazer aptos a suportar a prova e o sofrimento pela causa de Cristo.
  2. Na segunda epístola de Pedro aprendemos sobre a necessidade de ter conosco o conhecimento de Cristo como forma de nos manter fortes contra as doutrinas falsas e uma vida impura.
  3. Na primeira epístola de João aprendemos o segredo duma vida de amor a Deus e ao próximo, no entanto evitando aqueles que ensinam heresias e prejudicam a Igreja do Senhor.
  4. Na segunda e terceira epístolas de João aprendemos como viver uma vida de piedade, como evitar os falsos mestres, e acerca do valor da hospitalidade a favor daqueles que militam na causa de Cristo.
  5. Na epístola de Judas aprendemos a evitar os falsos mestres e a lutar pela fé uma vez dada aos santos.

 

Lição 5 - Ética na Família - Nesta e na lição seguinte abordaremos a ética na família, tratando de temas, os mais variados como sejam: a vida do solteiro, problemas conjugais e problemas com os filhos. Quando Deus criou o ser humano, dotou-o de mecanismos especiais que mantém a atração entre os sexos. Trata-se dum conjunto de sentimentos e emoções, inclusive o sexo propriamente dito que leva o rapaz a sentir forte atração por uma garota, e vice-versa. Desse cortejo, surge o namoro, logo após o noivado e segue-se o casamento.

fonte mjcp.com

fonte www.avivamentonosul21.comunidades.net