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armagedom a juizo de Deus sobre as nações
armagedom a juizo de Deus sobre as nações

 

O juízo messiânico de Armagedom (Ap 19.11-21)

 Ap:19.11 

O nome Fiel e Verdadeiro (11) recorda Ap 3.14. O resto do versículo parece ter em vista Is 11.3-5. Cristo tem muitos diademas (12) porque Ele é REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES (16); cfr. 1Macabeus 11.13. O seu nome desconhecido (12) faz lembrar o nome secreto que Ele dará aos Seus depois deste evento (Ap 2.17 e especialmente Ap 3.12). Em vista destas últimas duas referências, não é provável que todos os seres criados sejam excluídos de saber o Seu nome (como crê Swete). Bousset sugere que o fato do seu sigilismopode ser ligado à crença popular que poder se prende ao conhecimento de um nome. Se o nome de Cristo leva consigo poder sobre toda a criação, então, atualmente, Ele é o único dono desse poder, só Ele sabe do Seu nome; mas quando Ele tiver conquistado os Seus inimigos na Sua vinda, Ele compartilhará a Sua autoridade com os Seus fiéis e, portanto, também o Seu nome. O fundo deste, conceito é reconhecidamente não-cristão, como João plenamente reconheceria; mas o sentido espiritual que ele pretende dar por esta interpretação acha reconhecimento através do Novo Testamento. É possível, portanto, que este seja o sentido. A veste do Senhor salpicada de sangue tem por finalidade lembrar o leitor Is 63.1-6. Cristo é o vindimador celeste. Se a interpretação de Bousset de vers. 12 está correta, a identificação do Messias com a Palavra de Deus (13) não revela o segredo do nome desconhecido. A sua menção aqui alude, talvez, ao poder criador do Senhor, evocando para nós as associações do Velho Testamento da "Palavra" (cfr. também SabedoriaAp 18.15).

 

Ap:19.14 

Os exércitos no céu (14) certamente incluem companhias angélicas (cfr. Ap 12.7; Ap 14.14-20) e provavelmente santos ressurretos também (ver Ap 17.14 e Ap 2.27), se bem que a conquista dos santos, que se refere em Ap 17.14, pode ser apenas a sua vitória espiritual sobre a besta. De qualquer maneira, a conquista é conseguida principalmente, não pelas hostes seguidoras, mas pelo Cordeiro (cfr. vers. 15,21). Em vista de Ap 15.4; Ap 20.3, que sugerem a existência de nações no início do milênio, parece que só aqueles povos hostis a Cristo estão em mente nos vers. 15 e 19-21. Para a linguagem figurada que se emprega, comparar Ap 1.16; Is 11.4; Sl 2.9; Is 63.1-6.

 

Ap:19.16 

Swete pensa que o terceiro nome de Cristo (16) está "exposto na sua veste, onde cai sobre a coxa". Desde, contudo, que alguns manuscritos omitem a frase no seu vestido e enquanto outros omitem simplesmente e, é possível que estas palavras sejam uma nota marginal inserida para explicar o texto, e para mostrar como o nome podia ser visto na coxa do Senhor. Charles elucida da seguinte maneira: "O Vidente vê na visão o guerreiro divino e os seus cavaleiros celestiais não hesitando, mas precipitando-se para baixo desde os céus e para a frente contra os exércitos cerrados da besta, do falso profeta e dos reis da terra, e, como eles prosseguem, as suas vestes ondeiam após si, e assim na coxa do líder revela-se o nome: "Rei dos reis e Senhor dos senhores". O convite do anjo às aves de rapina (17) é tirado da visão de Ezequiel, da conquista de Gogue e Magogue (Ez 29.17-20). Deve ser observado, contudo, que o real assalto de Gogue e Magogue não toma lugar até ao fim do milênio (Ap 20.7-9); isto concorda com a visão de Ezequiel que coloca o último ataque do mal depois do estabelecimento do reino messiânico. O retrato de uma festa para as aves de rapina, à alvorada do reino, pode ser uma alusão satírica à bem conhecida comparação do reino de Deus com um grande banquete; ver Is 25.6; Lc 14.15; Lc 22.30. Nenhuma descrição nos vers. 19-21 é dada da batalha, somente a disposição das hostes rivais. Não há evidentemente nenhuma luta verdadeira; o anticristo e o seu profeta são lançados vivos no ardente lago de fogo e de enxofre (20), que arde com enxofre, e os seus exércitos mortos com a espada de Cristo (21). O lago de fogo, enquanto tendo finalmente um sentido semelhante à Geena (Vale deHinom, ver Jr 7.31), é uma representação do inferno desenvolvida do conceito do abismo. Em 1Enoque 18.4 diz-se, "Eu vi lá algo semelhante a uma nuvem invisível; pois, em razão da sua profundidade, eu não podia ver além, e vi uma chama de fogo resplandecente... e eu perguntei a um dos santos anjos que estava comigo e lhe disse, "Que é esta coisa resplandecente? pois não é um céu, mas somente a chama de um fogo resplandecente, e a voz de choro e lágrimas e lamentação e de dor excruciante". E ele me disse, "Este lugar que tu vês, aqui são lançados os espíritos de pecadores e blasfemadores, e daqueles que obram a iniquidade". Se João usa símbolos tirados deste círculo de ideias, é claro que ele não pode significar o aniquilamento daqueles que se lançam no lago; cfr. também Ap 20.10. A destruição dos exércitos do anticristo pela espada que sai da boca de Cristo deve ser interpretada por Ap 14.14-20, isto é, totalmente judicial; cfr. Is 11.4. Consequentemente, tal interpretação, como a de Swete, que faz a matança ser o aniquilamento da inimizade contra Deus no homem (Ef 2.16), e a "espada" ser a palavra de Deus, que salva ao homem (cfr. Hb 4.12), de maneira que Armagedom é, na realidade, a conversão das nações, será mal recebida. O juízo aqui descrito parece acarretar a destruição física daqueles que são envolvidos, sendo seus espíritos presumivelmente despachados ao Hades.

 

O REINO CONSUMADO Ap 20.1-22.5 

Agora que os juízos de Deus, descritos sob a figura de selos, taças e trombetas, têm sido completados (Ap 15.1) e a cidade anticristã, o imperador e o falso profeta, têm sido destruídos (17-19), e Deus tem começado o seu reino (Ap 19.6), e têm vindo as bodas do Cordeiro (Ap 19.7), nós esperamos que afinal será manifesto o reino anunciado e esperado há tanto tempo. Não é enganada a nossa expectação: o estabelecimento e a natureza deste reino formam o tema dos últimos capítulos deste livro.

 Vemos que é um reino no tempo (Ap 20.4-6) e na eternidade (Ap 21.1-5). Tal era a interpretação normal de Ap 20.1-22.5 pela Igreja primitiva e tal é a opinião geralmente aceita pela erudição moderna. Tem sido desafiado novamente nestes últimos anos, por expositores que preferem a linha de interpretação popularizada por Agostinho, que o milênio é a era atual da Igreja, e a primeira ressurreição o avivamento espiritual dos cristãos pelo Espírito Santo. Hendriksen, no seu livro More Than Conquerors, identifica o amarrar de Satanás (Ap 20.1-3) com a sua expulsão do céu (Ap 12.9), os mil anos do poder da Igreja (Ap 20.4-6) com o tempo do seu testemunho triunfante (Ap 11.2-6; Ap 12.14), o ataque de Gogue e Magogue (Ap 20.7-9) com a perseguição da Igreja pelo anticristo (Ap 11.7; Ap 13.7), a destruição que se segue desses exércitos (Ap 20.9) com Armagedom (Ap 16.14; Ap 19.19-21), e o último juízo (Ap 20.11-15) com o juízo messiânico (Ap 14.14 e segs.).

 Esta é uma reconstrução plausível e interessante das visões de João, mas o presente escritor sente que mal pode ser sustentada ante uma investigação cuidadosa. Em Ap 12.9 Satanás é lançado do céu, onde não mais pode exercitar a sua função de acusar os santos perante Deus, à terra, que lhe é daí por diante a sua esfera permitida de operações; Ap 20.1-3 revela um avanço nesta situação, pois aí ele é tirado da terra, que ele não mais pode corromper, para o abismo, a habitação dos espíritos maus e a seção penal do Hades (Ap 9.1; Ap 11.7); em nenhum caso, é permissível confundir a terra com o abismo. A expulsão de Satanás do céu é seguida por uma atividade mais intensa da sua parte entre as nações (Ap 12.12; Ap 13.1), mas a sua prisão no abismo o torna inútil com respeito a eles (Ap 20.3); enquanto o período anterior é caracterizado como "pouco tempo" (Ap 12.12), o posterior dura mil anos. O juízo messiânico de Ap 14.14, vindo, como vem, no fim do parêntese de capítulos 12-14, pode não ter contraparte específica entre as outras visões do livro, mas pode simplesmente retratar o fato do juízo de Cristo da terra no fim da era. Se fosse buscada uma visão correspondente, nós a identificaríamos provavelmente como Armagedom (cfr. Ap 14.19-20 com Ap 19.11-15,21); em qualquer caso, é um juízo no tempo do fim, enquanto Ap 20.11 descreve o juízo de todas as gerações da história. Outrossim, parece ser esquecido que Ap 20.1-3 é vitalmente ligado com Ap 19.20-21; esta última conta o fim do anticristo e do falso profeta, e aquela continua sem uma quebra a narrar o que acontece àquele que os inspira; é uma coincidência, e aliás infeliz, que a divisão do capítulo ocorra em Ap 19.21. Para a unidade desta má trindade nos eventos descritos em Ap 19.19-20.3 ver Ap 16.13-16. Como Ap 19.11 expande a descrição anterior de Armagedom, assim completa o retrato por esboçar o fim de cada instigador da batalha. Nós concluímos, portanto, que uma tradução imparcial destas visões compele o reconhecimento duma doutrina do milênio no capítulo 20.

 Decidir quais os limites da descrição do milênio é uma tarefa muito mais difícil. Com Kelly, Zahn e Charles (escritores de modos de pensamento muito diferente), o presente escritor inclina-se a acrescentar Ap 21.9-22.5,14-15 a Ap 20.1-10 como relacionado ao reino milenário, e isso pelas seguintes razões. Primeiro, Ap 21.24-27 descreve a Jerusalém celestial em termos que pressupõem a continuação da existência terrestre; nações recebem bênçãos da cidade, reis trazem para ela a sua glória, aos imundos é negado acesso a ela. Isto pode ser um emprego de figuras terrestres para descrever realidades celestiais, mas parece mais natural interpretá-lo como retratando o reino terrestre de Deus, particularmente se se concede que esse reino é explicado no cap. 20. Em segundo lugar, as folhas da árvore da vida curam as nações (Ap 22.2). Isto é compreensível quando aplicado ao milênio, mas estranhamente dito da humanidade levantada existindo em condições celestiais. Em terceiro lugar, em conexão com a iminência do retorno de Cristo em glória (Ap 22.10-13), uma bênção se pronuncia sobre aqueles que têm o direito de vir à árvore da vida e entrar na cidade (Ap 22.14) e uma advertência dada que os praticantes do mal serão guardados fora da cidade (Ap 22.15). Reconhecidamente isto podia descrever o bem e o mal no estado eterno, mas parece mais provável que os maus não têm parte no novo céu e na nova terra, mas são confinados ao "lago de fogo"; a afirmação torna-se muito mais viável se ela representa condições no milênio, e, portanto, se evita a confusão de símbolos criada pelo ponto de vista anterior.

 De modo geral, portanto, parece melhor reconhecer Ap 21.1-5 como descritivo da cidade de Deus no novo céu e na nova terra, mas Ap 21.9-22.5 como retratando a cidade depois da sua descida à terra na era milenária. Nesse caso, Ap 20.1-22.5 forma uma narrativa condensada e ininterrupta dos eventos desde a vinda do Senhor até a alvorada da era sempiterna, enquanto 21.9 é um retrospecto do reino de Deus na terra. Não é livre de dificuldades este ponto de vista, mas parece fazer justiça ao texto melhor do que a interpretação comum que reconhece Ap 21.1-22.5 como se referindo inteiramente ao estado eterno.

 

a) O amarrar de Satanás (Ap 20.1-3) 

Ap:20.1 

Para o abismo cfr. Ap 9.1; Ap 11.7. Adumbra-se em Is 24.21-23 o conceito de amarrar espíritos e aprisioná-los. A ideia desempenhou uma grande parte na literatura judaica posterior: ver especialmente Tobias 8.3; 1Enoque 10.4,11,12; 88.1-3; Jubileus 23.29; Testamento de Levi 18.12. Nestes livros não há nenhuma dúvida destas figuras serem usadas para denotar a restrição de alguém de certas atividades no mundo enquanto se deixa livre em outros respeitos; significa uma remoção completa em relação a uma prisão, geralmente nas profundezas do submundo. Vers. 7, por conseguinte, fala da soltura de Satanás no fim dos mil anos como uma libertação da sua prisão. A duração do reino terrestre de Deus por mil anos aparece em outro lugar só em 2 Enoque 33, um livro de data muito incerta. Lá, dá-se a história do mundo como compondo sete mil anos, os primeiros seis mil correspondendo aos seis dias da criação, o último mil formando um fac-símile do sábado. É possível que João tenha adotado a figura de mil anos para o reino de Deus na terra, antes para mostrar o seu caráter como o "repouso" de Deus para a humanidade do que como determinando a sua duração de tempo (cfr. 2 Ts 1.7; Hb 4.1; At 3.19-21). É um dos muitos casos, nesta porção do livro, das "últimas" coisas sendo feitas como as "primeiras" (Ep. Barnabé 6.13).

 

b) O milênio (Ap 20.4-6)

 Ap:20.4 

Será observado que nenhuma descrição dá-se aqui das condições de vida no milênio, somente uma mera afirmação quanto à espécie de pessoas que nele exercem domínio. Provê-se em Ap 21.9-22.5 uma caracterização da vida desta era. Os tronos (4) vistos por João recordam Dn 7.9. Mas de quem se diz que assentaram-se sobre eles? A maioria dos exegetas os interpreta como a companhia que se nomeia imediatamente, a saber, as almas daqueles que foram degolados, assume-se então que as demais frases seguintes também denominam este corpo, de maneira que a alusão aos "que não adoraram a besta, nem a sua imagem, e não receberam o sinal em suas testas nem em suas mãos" denota os mártires somente. Esta exposição está correta só em parte, pois já vimos que participação no reino é prometida a todo cristão que vence (ver Ap 2.26-28; Ap 3.12,21), enquanto os vers. 9-10 declaram que a Igreja toda há de reinar na terra, e Ap 19.7 se regozija que "vindas são as bodas do Cordeiro, e já a sua esposa sua aprontou". É exegese curiosa que em Ap19.5-9 faz da esposa do Cordeiro os mártires somente, mas em Ap 21.2 toda a Igreja. De maneira que parece melhor interpretar a cláusula Eu vi tronos, e assentaram-se sobre eles de "Cristo e seus assessores, os apóstolos" (Mt 19.28) "e os santos" (1Cr 6.3). A menção especial dos mártires, em vista do seu lugar neste livro, espera-se naturalmente (cfr. a sua posição em Ap 6.9-11; Ap 8.3-5; cfr. Ap 9.13; Ap 16.7) e é um pouquinho de encorajamento merecido. Desde que a afirmação e viveram (4) evidentemente significa "eles tornaram a viver", um termo figurativo para a ressurreição dos mortos, é provável que a expressão os que não adoraram a besta...também denota os mártires. Não é impossível, contudo, que esta última metade do versículo tenha em mente os vendedores que haviam escapado do martírio. Assim como a frase "e viveram" inclua tanto a ressurreição dos mortos como a transformação dos santos vivos (cfr. 1Co 15.51-52). A primeira afirmação do vers. 5 mostra com toda a clareza desejada que a primeira ressurreição é uma ressurreição literal dos mortos, não um sinônimo para o novo nascimento, Um apocaliptista tem a liberdade para mudar as suas figuras livremente contanto que faça claro o seu sentido e nisto João tem bom êxito em grau notável. É um erro identificar o pensar apocalíptico com o caótico, como alguns escritores implicam; cada linha neste livro refuta tal noção. Reluta-se, portanto, em crer que o profeta poderia falar tão confusamente de dois conceitos da ressurreição tão diferentes sem qualquer indicação da sua mudança de referência. Desde que não tem poder a segunda morte (6) sobre os participantes da primeira ressurreição, podemos inferir que finalmente eles têm sido perdoados e não aparecem no último juízo; cfr. Jo 5.24. Admite-se, contudo, que a inferência mencionada por último não seja de maneira nenhuma necessária. Que os cristãos serão sacerdotes, tão bem como reis no milênio, sugere que há um mistério para eles cumprirem naquela era entre os habitantes da terra, talvez com especial referência ao evangelismo.

 

c) A última insurreição do mal (Ap 20.7-10) 

Ap:20.7 

Já foi indicado (na nota sobre Ap 19.17,19) que João não é inovador em colocar o assalto final do mal depois do estabelecimento do reino de Deus na terra. Em fazer isto, ele apenas segue fielmente a profecia, em Ezequiel, da invasão da Terra Santa por Gogue eMagogue, depois do começo do reino messiânico Ez 38,39. (Uma sequência semelhante de eventos dá-se nos oráculos Sibilinos (Livro III, 663-674), 2 Baruque 70.7 e o Apocalipse de Elias, do terceiro século; 2 Esdras 13.30-36 deve ser também comparado). A soltura de Satanás (7) está, de acordo com o comando de Deus; o abismo "se destranca" pelo anjo (cfr. vers. 1). Por este meio o profeta torna paralelo o divino oráculo a Gogue. "Hei de trazer-te contra a minha terra, para que as nações me conheçam a mim, quando eu me houver santificado em ti aos seus olhos, ó Gogue" Ez 38.16. Na profecia de Ezequiel, Magogue parece ser tanto a terra de que Gogueveio (Ez 38.2) como a nação (Ez 39.6); é, portanto, possível que Gogue seja visto como o líder e Magogue, o seu povo, com quem se associam os povos de Meseque e Tubal (Ez 38.2). Estas nações estavam provavelmente situadas em torno das partes a sueste do Mar Negro, uma área vaga e desconhecida no que diz respeito ao conhecimento dos hebreus. Outros aliados ao norte do Mar Negro são enumerados em Ez 38.6, mas Persas. Etíopes e Africanos do leste são mencionados em Ez 38.5, de maneira que João se sente justificado em usar os termos Gogue e Magogue (8) para denotar todos os membros da aliança hostil, descendo dos quatro cantos da terra. Diz-se que o seu número é como a areia do mar, mas podemos imaginar que João tinha em mente a passagem já citada de Ez 38.16, que torna claro que uma proporção estritamente limitada da população da terra se envolve nesta última insurreição. O arraial dos santos (9) é presumivelmente a Jerusalém celestial. Um paralelo extraordinário a este retrato da destruição por fogo de Gogue eMagogue ocorre em 2 Esdras 13.1-11, João, contudo, ainda está seguindo Ezequiel (Ez 38.22), O diabo compartilha a sorte da besta e do falso profeta. Sugere que o falso profeta é realmente reconhecido como um indivíduo, e talvez tão demoníaco quanto os seus dois companheiros; ver Ap 13.11-12; Ap 16.13-14; Ap 19.20. Porém há uma possibilidade em contrário; ver Ap 20.14.

 

d) O último juízo (Ap 20.11-15) 

Ap:20.11

 Se o fugir da terra e do céu da face de Deus é tomado em qualquer sentido literal como o precursor da nova terra, e do novo céu (cfr.2Pe 3.10-13), então o espetáculo solitário do grande trono branco como a única realidade para a qual os homens podem olhar é verdadeiramente uma coisa pavorosa; cfr. 2 Esdras, 7.30-43. Mas a descrição pode ser puramente poética, para aumentar a grandeza terrível da cena. O juiz é o próprio Deus, mas cfr. Ap 22.12. Dá-se por admitida a segunda ressurreição no vers. 12 e somente descrita indiretamente no vers. 13. Pode-se distinguir para menção o mar como receptáculo dos mortos, em vista do horror sentido pelo povo da antiguidade ao enterrarem os seus mortos no mar. Realça-se que todos serão ressurretos para o juízo, seja qual for a maneira da sua morte e seja onde for o seu sepultamento. O julgamento dos homens pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras (12) salienta a justiça, completa do procedimento. O retrato é tirado de Dn 7.10, que pode refletir tanto o corrente procedimento no tribunal, como o hábito dos reis persas de registrar cada pormenor das suas províncias através de um sistema elaborado de espionagem. Deve-se notar que o livro da vida (12,15) tem um testemunho a dar independente do de outros livros. A respeito disto,Alford escreve: "Aqueles livros e o livro da vida davam testemunho independente do fato de os homens estarem ou não entre os salvos: aquele por inferência das obras registradas: e este em inscrição ou não inscrição do nome na relação. De maneira que os livros podiam ser abonadores para o livro da vida".

 A morte e o inferno ("Hades") (14) representam o fato de morrer e a condição em que se entra depois da morte, isto é, a vida não ressurreta. Ambos os fenômenos são simbolicamente representados como tendo cessado ao serem aqueles lançados no lago de fogo. Para Lago de fogo (15) como o equivalente de Geena, ver nota sobre Ap 19.20. O pensamento é o mesmo que "o fogo eterno" de Mt25.41, o reverso completo de "vida eterna" (Mt 25.46). Pode, por conseguinte, ser descrito como a segunda morte (14). Para um paralelo excelente cfr. 2 Baruque 86.4: "Vai agora... e instrui ao povo no que te for possível, para que eles aprendam a fim de não morrerem no último tempo, porém possam aprender a fim de viverem nos últimos tempos".

 

e) A nova criação (Ap 21.1-8) 

Ap:21.1

 A criação de um novo céu e de uma nova terra (1) ensina-se em Is 65.17; Is 66.22, e implica-se em Sl 102.25-26; cfr. Mt 5.18; Mc 13.31; Lc 16.17; 2Pe 3.12. Encontra menção frequente nos apocaliptistas que, contudo levam ao extremo um pensamento indubitavelmente latente nesta doutrina, que a atual criação (ou pelo menos a sua atual forma) é suficiente ser a cena do reino de Deus aperfeiçoado e eterno. (Para uma afirmação excelente deste ponto de vista, ver 2 Baruque 44.8-12; 73.1-74.3). A afirmação que o mar já não existe tem em vista a corrente personificação do mar como a quinta essência do mal; seja o que for mais que se significa aqui, portanto, o sentimento principal é a exclusão do mal da nova ordem de vida. A santa cidade (2) descreve-se mais em 21.9, se bem que lá esteja em vista a sua manifestação na época milenária, enquanto aqui se mostra como o alvo final de uma humanidade redimida no estado eterno. A cidade é na realidade a Igreja, adereçada como uma esposa ataviada para o seu marido; este aspecto da relação da Igreja com Cristo já tem sido revelado em Ap 19.7-9. Uma voz do trono proclama a unidade de Deus com o homem daí por diante. O tabernáculo de Deus (3) pode aqui referir-se não ao "tabernáculo no deserto", mas à glória chequiná; o equivalente grego skene tem um som semelhante ao chequiná em hebraico, e este último veio a ser usado regularmente como um dos termos alternativos para o nome de Deus; cfr. Pirke Aboth 3.3, "Quando dois se assentam e há entre eles palavras da Torá, a "Chequiná" repousa entre eles". Observem-se as variantes textuais na última cláusula deste versículo como verificado na atualizada. Cfr. vers. 4 e Ap 7.17; 1Co 15.54; Is 35.10. O pensamento dos vers. 4 e 5 aplica-se em 2Co 5.17 à atual experiência dos cristãos, que já têm sido trasladados ao reino de Deus (Cl 1.13) e prova os poderes da época por vir (Hb 6.5). Está cumprido (6), ver nota sobre Ap 16.17. Observe-se que Deus tanto é Ômega como Alfa, o fim tão bem como o começo; o seu caráter garante a verdade desta revelação e a certeza da consumação que ela apregoa. A promessa graciosa que se acrescenta (6) ecoa Is 55.1. Uma final promessa encorajadora dá-se no vers. 7 ao cristão que permanece; todas as coisas, as bênçãos da santa cidade no milênio e na nova criação, serão a sua herança.

 

Ap:21.8 

Em contraste do vencedor que herda o reino estão aqueles que dele se excluem. Em primeiro lugar, são os tímidos (8) ou antes os pusilânimes, que, por medo dos homens negam a Cristo e cultuam ao anticristo (contrastar 2Tm 1.7, "Deus não nos deu o espírito de timidez"). Com estes se unem os incrédulos ou, talvez, "infiéis", incluindo tanto os cristãos renegados como os pagãos; cfr. Tt 1.15-16. Os abomináveis assim se tornaram através do seu culto à besta; ver Ap 17.4-5. O sentimento deste verso ecoa o ensino do Novo Testamento como um todo; cfr. por ex., Mt 25.41-43; Lc 13.28; Jo 3.36; 1Co 6.9-10; Tg 5.1; 1Pe 4.17-18; etc.

 FONTE EBDAREIABRANCA

FONTE www.estudarescatologiabiblica.blogspot.com.br