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historia da Assembleia de Deus
historia da Assembleia de Deus

  

                      HISTORIA DA ASSEMBLEIA DE DEUS DO BRASIL 

           A FORMAÇÃO DAS ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL   

                     

       DO dia para noite denominações inteiras iam se tornando pentecostais .E também centenas de grupos pentecostais estavam crescendo rapidamente .A maior parte destes grupos reuniram-se em littie rock,arkansas em 1914 e formaram as ASSEMBLEIA DE DEUS ,reconhecida como a denominação de mais crescimento nos ESTADOS UNIDOS.

 

                     A EXPANSÃO DO MOVIMENTO PENTECOSTAL

 

   O avivamento pentecostal teve incio em TOPEKA ,na escola bíblia ,mas foi em LOS ANGELES ,NA rua AZUZA que ele alcançou notoriedade mundial.jornalistas ,ministros e leigos cristãos de varias denominações e de diversas partes do mundo ,iam até a rua azuza para se inteirar dos fatos que ocorriam e boa parte      deles tornavam-se pentecostais .Da rua azuza  o fogo pentecostal alastrou-se rapidamente por todo  mundo. (notas reflexão teológica do movimento pentecostal ad campinas/sp pp.17-18).

 

                         A ORIGEM DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS                           

A vida do jovem  pastor GUNNAR VINGREN E DO operario DANEL BERG ,foram afetadas pelo derramamento do ESPIRITO SANTO  em chicago em 1909.O que  chamou a atenção de GUNAR VINGREN para as missões transculturais foi a palavra profética de um irmão na fé e patricio olo ukiin,que dizia ser o para ,o lugar onde deus os enviara.Procurando uma biblioteca ,viram os dois jovens ,que era no brasil.bordo do navio clement rumaram ao brasil.Quando daniel e gunar chegaram a cidade de belem ,no para ,ninguém os estava esperando ,não sabiam falar portugues e vieram sem recursos finaceiros.Chegaram em belem ,os missionarios foram recebidos pelo pr.eurico nelson,também pastor da igreja batista de belem por ele fundada em 1897.Em principio ,foram residir no porão da igreja batista em belem,la PERMANECERAM HORAS E HORAS EM ORAÇÃO E JEJUM.os missionarios não tinham intenção de fundar uma nova denominação. 

    Enquanto não falavam portugues não tiveram problemas ,mas quando aprenderam portugues começaram a evangelizar e a ensinar a doutrina do batismo no ESPIRITO SANTO enfrentaram grande luta.DEUS SE FAZIA PRESENTE e os dons do ESPIRITO SANTO fluiam atravez dos missionarios .Irmã celina alburquerque recebeu o batismo no ESPIRITO SANTO,mas antes foi curada de um cancer ,ela foi batizada em 1911,no outro dia ,sua irmã maria nazaré recebeu o batismo de poder.Na pequena igreja houve opsições e grande resistencia aos ensinos dos missionarios.Desta maneira ,acirrando -se os animos ,os missionarios e o grupo de 19 pessoas que aderiam a promessa foram expulsos da igreja batista de belem entre jose placido da costa (o dirigente da igreja)e manoel rodrigues ,1°secretario da igreja.Gunar tornou-se o pastor do pequeno grupo de irmãos e daniel ocupou-se do trabalho de colportagem .Daniel singrou os rios ,e falou do amor de JESUS as pessoas que viviam isoladas da sociedade em matas e lugares inóspitos ,a nestes lugares levantaram-se vibrantes igrejas .gunar focou pastoreando na capital.

     EM 18/6/1911,na residencia de henrique albuquerque ,organizou -se a "missão da fé apostólica"que em 1918 passou a chamar-se "ASSEMBLEIA DE DEUS"..a PRIMEIRA IGREJA PENTECOSTAL DO BRASIL" foi ferozmente perseguida ,difamada ,não apenas pelos católicos ,mas também pelos evangélicos '"o evangelista raimundo nobre e o pr.erik nelson escreviam folhetos em que compatibilizavam  com as igrejas protestantes os dois missionarios "entretanto estes folhetos serviram de propaganda para o trabalho ,pois ,aguçava e não poucos eram salvas pelo SENHOR.  

Os historiadores que se ocupam com o estudo do avivamento pentecostal do nosso século, são unânimes em mencionar Azuza Street (Rua Azuza), cidade de Los Angeles, estado da Califórnia, Estados Unidos, como o centro irradiador de onde aquele despertamento se espalhou por outras cidades e nações.

Dentre as grandes cidades americanas que foram visitadas pela influência do avivamento pentecostal, destaca-se a cidade de Chicago. Enquanto o avivamento conquistava terreno e dominava a vida religiosa da cidade, fatos de alta importância estavam acontecendo também nas cidades vizinhas, entre dois jovens, que ficaram intimamente ligados à história da Assembléia de Deus no Brasil. São eles: Gunnar Vingren e Daniel Berg.


Gunnar Vingren

Em Menomiee, Michigan, morava um jovem pastor batista, que se chamava Gunnar Vingren, nascido em Ostra Husby, Ostergöthand, Suécia, em 8 de agosto de 1879. Atraído pelos acontecimentos de avivamento em Chicago, Vingren foi a essa cidade, a fim de certificar-se da verdade. Ante a demonstração do poder divino testemunhado, o jovem pastor creu e foi batizado com o Espírito Santo.



O Encontro com Daniel Berg

Pouco tempo depois, Gunnar Vingren participava de uma convenção de igrejas batistas, em Chicago, onde conheceu outro jovem que se chamava Daniel Berg que também fora batizado com o Espírtio Santo. Daniel Berg nasceu na aldeia de Vargön, na Suécia, onde viveu até a idade de dezessete anos. Os dois jovens trocaram idéias e chegaram à feliz conclusão de que Deus os guiava para a obra missionária; restava saber onde.


Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar Gunnar Vingren. Nessa ocasião, em uma reunião de oração na casa de um irmão de nome Adolpho Ulldin, através de uma mensagem profética, Deus falou ao coração de Gunnar Vingren e Daniel Berg, que partissem a pregar o Evangelho em terras distantes. O lugar para onde deviam seguir foi mencionado na profecia, como sendo o Pará. Eles não sabiam onde ficava essa região, mas após consultarem mapas, verificaram que se tratava do Brasil.

 

                                             DANIEL BERG  (1884–1963)                          

 Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil. Nasceu em 19 de abril de 1884, na pequena cidade de Vargön, na Suécia, às margens do lago de Vernern. Quando recém-nascido, o padre da cidade visitou inúmeras vezes a casa de seus pais para convencê-los a batizá-lo, mas nada conseguiu. Por isso, desde criança, Daniel era mal visto pelo padre, que, desprestigiado, passou a dizer que a criança que não fosse batizada por ele jamais sairia de Vargön. “Já naquele tempo pude observar a desvantagem e o perigo de o povo ter uma fé dirigida, sem liberdade. A religião que dominava minha cidadezinha e arredores impossibilitava as almas de terem um encontro com o Salvador”, conta o pioneiro em suas memórias. 


Quando o evangelho começou a entrar nos lares de Vargön, seus pais, Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg, o receberam e ingressaram na Igreja Batista. Logo procuraram educar o filho segundo os princípios cristãos. Em 1899, quando contava 15 anos de idade, Daniel converteu-se e foi batizado nas águas na Igreja Batista de Ranum. 

Em 1902, aos 18 anos, pouco antes do início da primavera nórdica, deixou seu país. Embarcou a 5 de março de 1902, no porto báltico de Gothemburgo, no navio M.S. Romeu, com destino aos Estados Unidos. “Como tantos outros haviam feito antes de mim”, frisava. O motivo foi a grande depressão financeira que dominara a Suécia naquele ano. 

Em 25 de março de 1902, Daniel desembarcou em Boston. No Novo Mundo, sonhava, como tantos outros de sua época, em realizar-se profissionalmente. Mas Deus tinha um plano diferente e especial para sua vida. 

De Boston, viajou para Providence, Rhode Island, para se encontrar com amigos suecos, que lhe conseguiram um emprego numa fazenda. Permaneceu nos Estados Unidos por sete anos, onde se especializou como fundidor. Com saudades do lar, retornou à cidade natal, onde o tempo parecia parado. Nada havia se modificado. Só Lewi Pethrus*, seu melhor amigo, companheiro de infância, não morava mais ali. “Vive em uma cidade próxima, onde prega o evangelho”, explicou sua mãe. 

Logo chegou a seu conhecimento que seu amigo recebera o batismo no Espírito Santo, coisa nova para sua família. A mãe do amigo insistiu para que Daniel o visitasse. Aceitou o convite. No caminho, estudou as passagens bíblicas onde se baseava a “nova doutrina”.  

Chegando à igreja do amigo Lewi Pethrus (Igreja Batista de Lidköping), encontrou-o pregando. Sentou e prestou atenção na mensagem. Após o culto, conversaram longamente sobre a nova doutrina. Daniel demonstrou ser favorável. Em seguida, despediu de seus pais e partiu, pois sua intenção não era permanecer na Suécia, mas retornar à América do Norte. 

Em 1909, em meio à viagem de retorno aos Estados Unidos, Daniel orou com insistência a Deus, pedindo o batismo no Espírito Santo. Como não estava preocupado como da primeira vez, posto que já conhecia os EUA, canalizou toda a sua atenção à busca da bênção. 

Ao aproximar-se das plagas norte-americanas, sua oração foi respondida. A partir de então, sua vida mudou. Daniel passou a pregar mais a Palavra de Deus e a contar seu testemunho a todos. 

Ainda em 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou-se com o pastor batista Gunnar Vingren, que também fora batizado no Espírito Santo. Os dois conversaram horas sobre as convicções que tinham. Uma delas é que tanto um como o outro acreditava que tinham uma chamada missionária. Quanto mais dialogavam, mais suas chamadas eram fortalecidas. 

Quando Vingren estava em South Bend, Daniel Berg estava trabalhando em uma quitanda em Chicago quando o Espírito Santo mandou que se mudasse para South Bend. Berg abandonou seu emprego e foi até lá, onde encontrou Vingren pastoreando a igreja Batista dali. “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”, disse Berg. “Está bem!”, respondeu Vingren com singeleza. Passaram, então, a encontrar-se diariamente para estudarem as Escrituras e orarem juntos, esperando uma orientação de Deus. 

Após a revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil, Daniel Berg, contra a vontade dos seus patrões, abandonou o emprego. Eles argumentaram: “Aqui você pode pregar o Evangelho também, Daniel; não precisa sair de Chicago”. Mas ele estava convicto da chamada e não voltou atrás. 

Ao se despedir, Berg recebeu de seu patrão uma bolacha e uma banana. Essa era uma tradição antiga nos Estados Unidos. Simbolizava o desejo de que jamais faltasse alimento para a pessoa que recebesse a oferta. 

Esse gesto serviu de consolo para Berg, que em seguida partiu com Vingren para Nova Iorque, e de lá para o Brasil em um navio. 

No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Port of Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado na compra de Bíblias nos Estados Unidos. 

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior. 

Após a evangelização de Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização da Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que iam se formando por onde passava. 

No início de 1920, Daniel visitou a Suécia, onde se enamorou com a jovem Sara, com quem se casou em 31 de julho daquele ano. Em março de 1921, retornou ao Brasil, acompanhado por sua esposa. O casal teve dois filhos: David e Débora. 

Em 1922, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital, permanecendo até 1924, quando foi para Santos fundar a AD no Estado de São Paulo. Em 1927, o casal Berg mudou-se para a capital São Paulo, onde Daniel continuou fazendo seu trabalho de evangelismo até 1930. 
Depois de um período de descanso, seguiu para a obra missionária em Portugal, entre os anos 1932-1936, na cidade de Porto. Após passar pela Suécia, retornou ao Brasil, em 11 de maio de 1949. Permaneceu na cidade de Santo André (SP) até 1962, quando retornou definitivamente para a Suécia. 

Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado. Sempre que surgia algum problema, estas eram suas palavras: “Jesus é bom. Glória a Jesus! Aleluia! Jesus é muito bom. Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós. Glória a Jesus! Aleluia!”.  

No Jubileu de Ouro das Assembleias de Deus no Brasil, comemorado em Belém, Berg estava lá, inalterado, enquanto os irmãos faziam referência a sua atuação no início da obra. Para ele, a glória era única e exclusivamente para Jesus. Berg considerava-se apenas um instrumento de Deus. 

Nas comemorações do Jubileu no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, quando pastor Paulo Leivas Macalão colocou em sua lapela uma medalha de ouro, Berg externou visivelmente em seu rosto a ideia de que não merecia tal honraria. 

Até 1960, Berg recebeu, diretamente de Deus, a cura de suas enfermidades mediante a oração da fé. Mas, a respeito de suas condições de vida nos seus anos finais, pode-se inferir que não tinha o amparo que merecia. A esse respeito, o pioneiro Adrião Nobre protestou na revista A Seara, edição de novembro-dezembro de 1957, p. 32: “O irmão Berg reside em São Paulo (cidade de Santo André). Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida – não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil”.

Em 1963, foi hospitalizado na Suécia. Mesmo assim, ainda trabalhava para o Senhor. Ele saía da enfermaria para distribuir folhetos e orar pelos que se decidiam. A disciplina interna do hospital não lhe permitia fazer esse trabalho, por isso uma enfermeira foi designada para impor-lhe a proibição. Porém, ao deparar-se com o homem de Deus alquebrado pelo peso dos anos, mas vigoroso em sua tarefa espiritual, não teve coragem e desistiu da tarefa. Berg, então, continuou a oferecer literaturas. 



Rumo ao Brasil

Gunnar Vingren e Daniel Berg, despediram-se da Igreja e dos irmãos em Chicago, e com uma pequena ajuda financeira e orações de irmãos e amigos, a bordo do navio Clement, partiram a 5 de novembro de 1910, da cidade de Nova Iorque, para Belém do Pará. Quatorze dias depois, isto é, a 19 de novembro do mesmo ano, os dois missionários desembarcaram na cidade de Belém. Não possuíam eles amigos ou conhecidos nessa cidade. Não traziam endereço de alguém que os encaminhasse a algum lugar. Vinham encomendados unicamente à graça de Deus, e tinham a protegê-los o Deus de Abraão. Sentados num banco da atual Praça da República, em Belém, fizeram a primeira oração em terras brasileiras.



                    A FUNDAÇÃO DA ASSEMBLEIA DE DEUS NO BRASIL (continuação)

 

 A viagem a bordo do navio Clement. Decididos a atender ao chamado divino para a obra missionária no Brasil, Vingren deixou em 12 de outubro de 1910, o pastorado da igreja em South Bend e Daniel Berg saiu do seu emprego numa quitanda em Chicago.

Após terem experiências marcantes em relação ao dinheiro de que precisariam para viajar, embarcaram em Nova Iorque na terceira classe do navio Clement rumo ao Brasil. Na viagem de quatorze dias, tiveram de experimentar uma comida nada agradável. Mas, eles ficaram ali, deitados na terceira classe, orando durante todo o tempo. Certo dia, Daniel profetizou que o Senhor estava com eles, e verdadeiramente sentiram isso em seus corações.

Durante o período em que estavam no navio, oraram por um companheiro de viagem e evangelizaram um outro que veio a aceitar a Cristo como Salvador.

A chegada ao Pará e a doutrina pentecostal. Chegaram a Belém do Pará em 19 de novembro de 1910. Em Belém, moraram no porão da Igreja Batista. Nos cultos e reuniões de oração da igreja, Vingren e Berg, quando começaram a falar o idioma português, pregavam a respeito do batismo com o Espírito Santo. O objetivo deles era pregar o evangelho de poder aos seus ouvintes.

Celina Martins Albuquerque, membro da Igreja Batista, creu na mensagem pentecostal pregada pelos jovens missionários e recebeu o batismo com o Espírito Santo quando orava de madrugada em sua casa, no dia 2 de junho de 1911, juntamente com outra irmã da sua igreja, Maria de Nazaré.

 Nasce a Assembleia de Deus. O batismo com o Espírito Santo da irmã Celina Albuquerque, e também, da irmã Maria de Nazaré, que ocorreu na noite do dia 2 de junho, fez surgir uma discussão na Igreja Batista de Belém, que culminou na expulsão de 13 membros, no dia 13 de junho de 1911. No dia 18 do mesmo mês e ano, domingo, com 18 pessoas presentes mais Vingren e Berg, nasceu, na casa de Celina Albuquerque, a Missão de Fé Apostólica, que, em 11 de janeiro de 1918, foi registrada oficialmente como Sociedade Evangélica Assembleia de Deus.

 

                                         DO NORTE PARA TODO O BRASIL

 

1. O trabalho evangelístico e a expansão nacional. Daniel Berg e Gunnar Vingren, juntamente com os primeiros membros da igreja, começaram a realizar cultos em outros locais em Belém e a evangelizar em lugares distantes dessa cidade, principalmente nas ilhas paraenses.

Logo, novos companheiros missionários foram chegando. Os primeiros foram Otto e Adina Nelson (1914), Samuel e Lina Nyström (1916), Frida Vingren (1917) e Joel e Signe Carlson (1918). Também, a igreja começou a ordenar seus primeiros pastores: Isidoro Filho (1912); Absalão Piano (1913); Crispiniano de Melo; Pedro Trajano; Adriano Nobre; Clímaco Bueno Aza (1918); José Paulino Estumano de Morais (1919); Bruno Skolimowski (1921).

Membros das igrejas, missionários estrangeiros e pregadores nacionais, impelidos pelo ardor evangelístico pentecostal, começaram a visitar outros Estados, principalmente onde tinham parentes. Dessa maneira, apesar das muitas lutas e perseguições, aconteceram os primeiros passos para a fundação de igrejas em todas as regiões do país: Ceará (1914); Alagoas (1914); Paraíba (1914); Roraima (1915); Pernambuco (1916); Rio Grande do Norte (1911, 1918); Maranhão (1921); Espírito Santo (1922); Rondônia (1922); São Paulo (1923); Rio de Janeiro (1924); Rio Grande do Sul (1924); Bahia (1926); Piauí (1927); Minas Gerais (1927); Sergipe (1927); Paraná (1928); Santa Catarina (1920, 1931); Acre (1932); Goiás (1936); Mato Grosso (1936); Mato Grosso do Sul (1944) e Distrito Federal (1956).

2. Os missionários e o desenvolvimento doutrinário nas ADs. Atuaram entre as Assembleias de Deus, missionários escandinavos (suecos, noruegueses e finlandeses) e norte-americanos. Nas primeiras cinco décadas das Assembleias de Deus, os missionários escandinavos tomaram iniciativas que contribuíram para o desenvolvimento doutrinário da igreja. Eles fundaram jornais (Boa SementeO Som AlegreMensageiro da Paz), criaram as Lições Bíblicas para a Escola Dominical, editaram os primeiros hinários (Cantor Pentecostal e Harpa Cristã), publicaram livros e folhetos evangelísticos, promoveram as primeiras Escolas Bíblicas que duravam um mês, e fundaram a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD) em 1940.

Em 1936, os primeiros missionários das Assembleias de Deus norte-americanas chegaram oficialmente ao Brasil. Eles passaram a atuar juntamente com a liderança sueca, principalmente no ensino bíblico e, investiram na publicação de livros teológicos, no ensino teológico formal e no estabelecimento gráfico da CPAD.

Dentre os missionários pioneiros nessas áreas do desenvolvimento bíblico-doutrinário, estão: Gunnar Vingren, Frida Vingren, Samuel Nyström, Nils Kastberg, Otto Nelson, Nels Nelson, Joel Carlson, Eurico Bergstén, Orlando Boyer, N. Lawrence Olson, John Peter Kolenda, João Kolenda e Ruth Dóris Lemos, Thomas Reginald Hoover e Bernhard Johnson Jr.

A Assembleia de Deus nos dias atuais. A igreja chegou ao seu primeiro centenário apresentando um crescimento vertiginoso e acelerado, consolidando-se como a maior expressão do pentecostalismo brasileiro. Numa estimativa feita em 2005, com bases em números do Censo Brasileiro, divulgada no jornal Mensageiro da Paz, as Assembleias de Deus teriam chegado a 20 milhões de fiéis espalhados por todo o país em 2010, e representariam 40% dos evangélicos brasileiros ao completar 100 anos de fundação. São mais de trinta mil pastores, mais de seis mil igrejas-sede, mais de dois mil missionários, milhares de obreiros e mais de 100 mil locais de cultos nos mais de cinco mil municípios brasileiros. 

Somos a continuidade do trabalho iniciado pelos pioneiros Gunnar Vingren e Daniel Berg. O Centenário não deve ser apenas um fato para comemorarmos, mas para despertar-nos a continuar pregando a mensagem que deu início à nossa caminhada em território nacional: Jesus salva, cura, batiza com o Espírito Santo e em breve voltará! 

Daniel Berg e o seu trabalho no Brasil

“No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, que logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Porto do Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado para comprar Bíblias nos Estados Unidos.

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior.

Após a evangelização em Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização na Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que ia se formando por onde passava. Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado” (ARAUJO, I. Dicionário do Movimento Pentecostal. 1.ed., RJ: CPAD, 2007, p.123). 

“Escolhido por Deus.Nasci em Östra Husby, Östergötland, Suécia, em 8 de agosto de 1879. Meu pai era jardineiro. Por serem crentes, meus pais procuraram desde a minha infância ensinar-me os caminhos e preceitos do Senhor. Quando eu ainda era bem pequeno, ia à Escola Dominical, da qual, meu pai era dirigente. Aos 11 anos de idade concluí o curso primário e comecei a ajudar meu pai no ofício de jardineiro. Continuei nessa atividade até os 19 anos.

Eu era um menino de apenas 9 anos de idade quando senti a chamada de Deus na minha vida. Senti-me atraído por Deus de uma forma especial, e costumava orar muito. Às vezes reunia outras crianças comigo e orava com elas. Porém, com 12 anos de idade desviei-me do Senhor e tornei-me um filho pródigo. Caí profundamente no pecado até os 17 anos, quando o Senhor outra vez me chamou. Isso aconteceu em 1896. Eu resolvera ir ao culto de vigília de ano-novo e entregar-me outra vez ao Senhor. Fui com meu pai para esse culto, e fiz o que havia resolvido. Aleluia!

Aos 18 anos fui batizado nas águas. Isto aconteceu numa igreja Batista em Wraka, Smaland, Suécia, no mês de março ou abril de 1897. Neste mesmo ano tornei-me sucessor de meu pai no trabalho da Escola Dominical. Isto aumentou muito a minha necessidade de Deus e de sua graça. Ainda neste ano, em 14 de julho, li numa revista um artigo sobre as grandes necessidades e sofrimentos de tribos nativas no exterior, o que me fez derramar muitas lágrimas. Subi para o meu quarto e ali prometi a Deus pertence-lhe e pôr-me à sua disposição para honra e glória do seu nome. Orei também insistentemente para que Ele me ajudasse a cumprir essa promessa.

No mês de outubro realizamos uma festa para levantar dinheiro a fim de ajudar um irmão que ia sair para o campo missionário como evangelista. Tudo o que eu tinha nessa oportunidade eram 6 coroas, e eu as entreguei como oferta. Quando voltei para casa depois da festa, senti uma alegria imensa, e ouvi uma voz que me dizia: ‘Tu também irás ao campo de evangelização da mesma forma que Emílio!’.

 

Fiquei um ano mais no meu trabalho, mas sempre participando dos cultos, testificando e tratando de ganhar almas para Jesus. Continuei à frente da Escola Dominical até o fim de outubro de 1898. Depois de muitas orações dos irmãos, fui para uma escola bíblica em Götabro, Närke. Os dirigentes daquela escola eram os pastores Emílio Gustavsson e C. J. A. Kihlstedt” (VINGREN, I. O Diário do Pioneiro. 1.ed., RJ: CPAD, 2010, pp.19,20).




O Espirito Santo e a obra missionaria

 

Gunnar Vingren, pioneiro da obra pentecostal no Brasil, foi para Chicago em 1904, a fim de estudar quatro anos de teologia no seminário sueco. Em maio de 1909, foi diplomado e, no mês seguinte, assumiu o pastorado da Primeira Igreja Batista em Menominee, Michigam. No verão desse mesmo ano, Deus o encheu de uma grande sede de receber o batismo com o Espírito Santo e com fogo. Em novembro de 1909, Vingren dirigiu-se até Chicago a fim de participar de uma conferência realizada pela Igreja Batista Sueca. Foi com o firme propósito de buscar o batismo com o Espírito Santo. Depois de cinco dias buscando o Senhor, Jesus o batizou com o Espírito Santo e com fogo, falando em novas línguas conforme está escrito em Atos 2. Assim se expressou Vingren em seu diário “É impossível descrever a alegria que encheu o meu coração. Eternamente o louvarei, pois Ele me batizou com o seu Espírito Santo e com fogo”.

O movimento pentecostal crê que a efusão do Espírito foi concedida a Igreja, a fim de que esta cumpra a grande comissão no poder e autoridade do Espírito Santo (Mt 28.18-20; Mc 16.15-18; Lc 24.40; At 1.8; 2.1-4). No contexto de Atos dos Apóstolos é o Espírito Santo, o responsável direto pela expansão e multiplicação da igreja, constituindo-se em modelo para a igreja atual. O Espírito Santo, por exemplo, capacita (At 2.4; 1.8), escolhe (At 13.2), envia (At 13.2), impede (At 16.7). Os resultados da ação do Espírito atestam o crescimento e sucesso da igreja primitiva em Jerusalém (At 6.7), na Palestina (At 9.31), na Ásia Menor (At 16.5), na Europa (At 19.20) e Roma (28.31).

 

A Igreja Cristã Primitiva cumpriu cabalmente a sua missão evangelística. A expansão da igreja nas cinco regiões (Jerusalém, Palestina, Ásia Menor, Europa e Roma) é resultado da ação do Espírito na mesma. Atente para o fato de que as condições de transportes daqueles dias não se comparam com os dias atuais. E, no entanto, em menos de 40 anos o cristianismo havia chegado a todo Império Romano oriental. No gráfico abaixo, temos uma demonstração da Expansão do Cristianismo até 100 d.C.  

 

Ao aceitar o convite divino para a maravilhosa salvação em Cristo (Mt 11.28; Tt 3.5), recebemos a bendita tarefa de anunciar as virtudes do Senhor Jesus Cristo, que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz (1 Pe 2.9). Ele nos confiou “a palavra desta salvação” (At 13.26). Mas, para termos êxito nessa Grande Comissão do Senhor, conforme Mc 16.15, precisamos da capacitação do Espírito Santo (Jo 14.17; Mc 16.20; 2 Co 3.5), pois é Ele quem nos unge para evangelizar (2 Co 1.21) e convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16.8-11).



Chegada ao Brasil

Por insistência de alguns passageiros com os quais viajaram, Gunnar Vingren e Daniel Berg hospedaram-se num modesto hotel, cuja diária completa era, na época, 8.000 réis. Em uma das mesas do hotel o irmão Vingren encontrou uma revista que tinha o endereço do pastor metodista Justus Nelson. No outro dia procuraram esse pastor, e, graças à sua ajuda, Vingren e Berg foram levados à Igreja Batista de Belém, quando foram apresentados ao responsável pelo trabalho, evangelista Raimundo Nobre. Logo os missionários passaram a residir numa das dependências do templo daquela igreja.

No mês de maio de 1911, mais ou menos seis meses após a chegada de Vingren e Berg ao Brasil, falando um português de nível regular, Vingren teve a sua primeira oportunidade de dirigir um culto a pedido dos diáconos da Igreja Batista. Vingren leu alguns versículos que tratavam da obra do Espírito Santo no crente, enquanto que os diáconos abriam suas Bíblias para conferir se o que Vingren lia estava correto. Aparentemente eles ficaram contentes com o que Vingren dizia, de sorte que convidaram-no a continuar dirigindo os cultos das noites seguintes, durante uma semana. Pela maneira extraordinária com que Deus operou, ao longo daquela semana, batizando com o Espírito Santo e curando enfermos, Vingren foi advertido. Quanto a isto escreve o próprio Gunnar Vingren:

"Todos os demais que tinham vindo da Igreja Batista creram então que isto era uma obra de Deus, todos menos dois, o evangelista Raimundo Nobre e a mulher de um diácono... Na terça-feira seguinte ele (Raimundo) convocou os membros da igreja para um culto extraordinário e não permitiu que o pastor falasse. Ele (o evangelista) somente disse: 'Todos os que estão de acordo com a nova seita, levantem-se'. Dezoito irmãos levantaram-se e foram imediatamente cortados da comunhão da igreja. Estes dezoito irmãos saíram então da Igreja Batista para nunca mais voltar. Isto aconteceu no dia 13 de junho de 1911." (Gunnar Vingren, DIÁRIO DO PIONEIRO, p. 33).

Consumada a exclusão, o pequeno grupo de dezoito irmãos, convidou os missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg para dar-lhes a necessária orientação espiritual naqueles momentos decisivos da vida. Foi assim que, juntos, no dia 18 de junho de 1911, à rua Siqueira Mendes, 67, na cidade de Belém, deu-se a fundação da Assembléia de Deus no Brasil.

Repercutiram profundamente entre as várias denominações evangélicas, os acontecimentos que culminaram com a fundação da Assembléia de Deus. Essas denominações se uniram para combater o Movimento Pentecostal. Quem ler os livros "Gunnar Vingren, O Diário do Pioneiro" e "Enviado por Deus - Memórias de Daniel Berg", há de conscientizar-se que duras e injustas foram as perseguições e injúrias sofridas pela Assembléia de Deus no princípio. Perseguições injustas mas nem sempre inúteis.

Progresso no Interior do Estado

Não obstante as perseguições e dificuldades sofridas, as boas novas do Evangelho e o ardor pentecostal, espalhavam-se pelo interior do Estado do Pará com tanta rapidez, como se fossem conduzidos por asas de anjos velozes.


Fortes trabalhos surgiram da noite para o dia aqui e ali, numa demonstração incontestável de que essa obra nascera do rio das intenções de Deus. Enquanto Gunnar Vingren concentrava maior parte de seus esforços com a obra em Belém, Daniel Berg, com infatigável labor, visitava o interior do Estado, distribuindo exemplares das Sagradas Escrituras e pregando o Evangelho transformador.

Separados os Primeiros Pastores

Antes do trabalho haver completado dois anos, a falta de obreiros já era sentida em várias localidades onde se íam estabelecer igrejas e congregações. Foi assim que, por orientação divina, o missionário Gunnar Vingren separou no mês de fevereiro de 1913, Absalão Piano, como o primeiro pastor da Assembléia de Deus no Brasil. O segundo foi Isidoro Filho, o terceiro, Crispiniano de Melo, o quarto, Pedro Trajano, e o quinto Adriano Nobre.


O Espírito Missionário da Igreja

Haviam passado apenas dois anos desde que a Assembléia de Deus iniciara suas atividades, e já iniciava as suas atividades missionárias, enviando, a 4 de abril de 1913, o pastor José Plácido da Costa como missionário a Portugal. Era a primeira demonstração viva e prática do espírito missionário ao estrangeiro, de uma igreja que contava apenas dois anos de organização.


A Chegada de Reforços

A partir de 1914 outros misisonários foram chegando a Belém. Nesse ano chegou o missionário Otto Nelson. Em 1916 chegou Samuel Nystron. No dia 21 de março de 1921, chegou a Belém, vindo da América do Norte, o missionário Nels Nelson. Muitos obreiros nacionais de indescritível valor, surgiram nessa época, os quais fizeram da cidade de Belém o ponto catalizador de esforços para expansão da Assembléia de Deus e do movimento pentecostal em todo o Brasil.


Expansão da Assembléia de Deus

Quando Gunnar Vingren deixou Belém, no mês de abril de 1924, de mudança para o Rio de Janeiro, a Assembléia de Deus já era uma realidade presente nas principais cidades do interior do Pará e em algumas capitais de Estados e Territórios brasileiros..(notas Gunar Vingen diario do pioneiro 1979 cpad)
                        

 

                                VISÃO MISSIONARIA 

 EM 1913 .a pequena igreja igreja ASSEMBLEIA DE DEUS com apenas dois anos de vida realizou uma incrivel façanha ,enviando o primeiro missionario José placido da costa a portugual .Oito anos após o envio de Jose,a igreja despediu de José de mattos também enviado a portugal.Desde então as ASSEMBLEIA DE DEUS tem sido uma das denominações de mais visão missionaria ampla no brasil.O Pr.Joanyr de oliveira ,registra em seu livro ,que cerca de 70% das Ads estão envolvidas com a obra missionaria .Segundo dados da website da CGADB"convenção geral das assembleia de deus no brasil",as ads no brasil mantem hoje cerca de mais de 1.900 missionarios ,que estão trabalhando em todos s continentes.Da pionera de belem ,o movimento pemtecostal se alastrou por todas as regiões do brasil.Gunar passa a liderança da ad em  belem para SAMUEL NYSTROM e segue para o rio de janeiro ,para la plantar a boa semente .Os primeros crentes da AD eram zelosos e pregavam sem contrangimento por todas  ADS as partes.Logo outras missionarios começaram a chegar dando um impulso maior ao trabalho de evangelização.Dentre as personalidades mais expressivas das ASSEMBLEIA DE DEUS no passado ,alem daqueles missionarios que mencionamos podemos citar os seguintes nomes:Samuel nistrom.otto nelson,nels j.nelson .joel carlson etc.

 

                               DANIEL BERG 1884-1963


Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil. Nasceu em 19 de abril de 1884, na pequena cidade de Vargön, na Suécia, às margens do lago de Vernern. Quando recém-nascido, o padre da cidade visitou inúmeras vezes a casa de seus pais para convencê-los a batizá-lo, mas nada conseguiu. Por isso, desde criança, Daniel era mal visto pelo padre, que, desprestigiado, passou a dizer que a criança que não fosse batizada por ele jamais sairia de Vargön. “Já naquele tempo pude observar a desvantagem e o perigo de o povo ter uma fé dirigida, sem liberdade. A religião que dominava minha cidadezinha e arredores impossibilitava as almas de terem um encontro com o Salvador”, conta o pioneiro em suas memórias. 
Quando o evangelho começou a entrar nos lares de Vargön, seus pais, Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg, o receberam e ingressaram na Igreja Batista. Logo procuraram educar o filho segundo os princípios cristãos. Em 1899, quando contava 15 anos de idade, Daniel converteu-se e foi batizado nas águas na Igreja Batista deRanum. Em 1902, aos 18 anos, pouco antes do início da primavera nórdica, deixou seu país. Embarcou a 5 de março de 1902, no porto báltico de Gothemburgo, no navio M.S. Romeu, com destino aos Estados Unidos. “Como tantos outros haviam feito antes de mim”, frisava. O motivo foi a grande depressão financeira que dominara a Suécia naquele ano. 
Em 25 de março de 1902, Daniel desembarcou em Boston. No Novo Mundo, sonhava, como tantos outros de sua época, em realizar-se profissionalmente. Mas Deus tinha um plano diferente e especial para sua vida. 
De Boston, viajou para Providence, Rhode Island, para se encontrar com amigos suecos, que lhe conseguiram um emprego numa fazenda. Permaneceu nos Estados Unidos por sete anos, onde se especializou como fundidor. Com saudades do lar, retornou à cidade natal, onde o tempo parecia parado. Nada havia se modificado. Só Lewi Pethrus*, seu melhor amigo, companheiro de infância, não morava mais ali. “Vive em uma cidade próxima, onde prega o evangelho”, explicou sua mãe. 
Logo chegou a seu conhecimento que seu amigo recebera o batismo no Espírito Santo, coisa nova para sua família. A mãe do amigo insistiu para que Daniel o visitasse. Aceitou o convite. No caminho, estudou as passagens bíblicas onde se baseava a “nova doutrina”. 
Chegando à igreja do amigo Lewi Pethrus (Igreja Batista de Lidköping), encontrou-o pregando. Sentou e prestou atenção na mensagem. Após o culto, conversaram longamente sobre a nova doutrina. Daniel demonstrou ser favorável. Em seguida, despediu de seus pais e partiu, pois sua intenção não era permanecer na Suécia, mas retornar à América do Norte. 

Em 1909, em meio à viagem de retorno aos Estados Unidos, Daniel orou com insistência a Deus, pedindo o batismo no Espírito Santo. Como não estava preocupado como da primeira vez, posto que já conhecia os EUA, canalizou toda a sua atenção à busca da bênção. 
Ao aproximar-se das plagas norte-americanas, sua oração foi respondida. A partir de então, sua vida mudou. Daniel passou a pregar mais a Palavra de Deus e a contar seu testemunho a todos. 
Ainda em 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou-se com o pastor batista Gunnar Vingren, que também fora batizado no Espírito Santo. Os dois conversaram horas sobre as convicções que tinham. Uma delas é que tanto um como o outro acreditava que tinham uma chamada missionária. Quanto mais dialogavam, mais suas chamadas eram fortalecidas. 
Quando Vingren estava em South Bend, Daniel Berg estava trabalhando em uma quitanda em Chicago quando o Espírito Santo mandou que se mudasse para South Bend. Berg abandonou seu emprego e foi até lá, onde encontrou Vingren pastoreando a igreja Batista dali. “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”, disse Berg. “Está bem!”, respondeu Vingren com singeleza. Passaram, então, a encontrar-se diariamente para estudarem as Escrituras e orarem juntos, esperando uma orientação de Deus. 
Após a revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil, Daniel Berg, contra a vontade dos seus patrões, abandonou o emprego. Eles argumentaram: “Aqui você pode pregar o Evangelho também, Daniel; não precisa sair de Chicago”. Mas ele estava convicto da chamada e não voltou atrás.

Ao se despedir, Berg recebeu de seu patrão uma bolacha e uma banana. Essa era uma tradição antiga nos Estados Unidos. Simbolizava o desejo de que jamais faltasse alimento para a pessoa que recebesse a oferta. 
Esse gesto serviu de consolo para Berg, que em seguida partiu com Vingren para Nova Iorque, e de lá para o Brasil em um navio.
No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Port of Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado na compra de Bíblias nos Estados Unidos. 
Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior. 
Após a evangelização de Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização da Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que iam se formando por onde passava. 
No início de 1920, Daniel visitou a Suécia, onde se enamorou com a jovem Sara, com quem se casou em 31 de julho daquele ano. Em março de 1921, retornou ao Brasil, acompanhado por sua esposa. O casal teve dois filhos: David e Débora. 
Em 1922, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital, permanecendo até 1924, quando foi para Santos fundar a AD no Estado de São Paulo. Em 1927, o casal Berg mudou-se para a capital São Paulo, onde Daniel continuou fazendo seu trabalho de evangelismo até 1930. 
Depois de um período de descanso, seguiu para a obra missionária em Portugal, entre os anos 1932-1936, na cidade de Porto. Após passar pela Suécia, retornou ao Brasil, em 11 de maio de 1949. Permaneceu na cidade de Santo André (SP) até 1962, quando retornou definitivamente para a Suécia. 
Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado. Sempre que surgia algum problema, estas eram suas palavras: “Jesus é bom. Glória a Jesus! Aleluia! Jesus é muito bom. Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós. Glória a Jesus! Aleluia!”.  
No Jubileu de Ouro das Assembleias de Deus no Brasil, comemorado em Belém, Berg estava lá, inalterado, enquanto os irmãos faziam referência a sua atuação no início da obra. Para ele, a glória era única e exclusivamente para Jesus. Berg considerava-se apenas um instrumento de Deus. 
Nas comemorações do Jubileu no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, quando pastor Paulo Leivas Macalão colocou em sua lapela uma medalha de ouro, Berg externou visivelmente em seu rosto a ideia de que não merecia tal honraria. 
Até 1960, Berg recebeu, diretamente de Deus, a cura de suas enfermidades mediante a oração da fé. Mas, a respeito de suas condições de vida nos seus anos finais, pode-se inferir que não tinha o amparo que merecia. A esse respeito, o pioneiro Adrião Nobre protestou na revista A Seara, edição de novembro-dezembro de 1957, p. 32: “O irmão Berg reside em São Paulo (cidade de Santo André). Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida – não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil”.

Em 1963, foi hospitalizado na Suécia. Mesmo assim, ainda trabalhava para o Senhor. Ele saía da enfermaria para distribuir folhetos e orar pelos que se decidiam. A disciplina interna do hospital não lhe permitia fazer esse trabalho, por isso uma enfermeira foi designada para impor-lhe a proibição. Porém, ao deparar-se com o homem de Deus alquebrado pelo peso dos anos, mas vigoroso em sua tarefa espiritual, não teve coragem e desistiu da tarefa. Berg, então, continuou a oferecer literaturas. 
Finalmente, em 27 de maio de 1963, aos 79 anos, Daniel Berg morreu. Sua esposa, Sara, faleceu em 11 de abril de 1981. 

Fontes: BERG, Daniel. Enviado por Deus. Rio de Janeiro: CPAD, 8ª edição, 2000, 208 pp; VINGREN, Ivar. O diário do pioneiro – Gunnar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 1973, 222 pp; CONDE, Emílio. História das Assembleias de Deus no Brasil. Rio de Janeiro: CPAD, 1ª edição, 2000. pp. 19- 50; Ivar Vingren skriver om svensk pingstmission i Brasilien - Från missionsInstitutes serie av missionärsberättelser (Ivar Vingren escreve sobre a missão pentecostal sueca no Brasil - Da série de relatos de missionários do Instituto de Missões). Suécia, 1994, pp. 20-27; DESPERTAMENTO apostólico no Brasil. Tradução: Ivar Vingren. Rio de Janeiro: CPAD, 1987, pp. 7-44; VINGREN, Ivar. Det började i Pará - Svensk Pingstmission i Brasilien (Tudo começou no Pará - missão pentecostal sueca no Brasil). Ekrö, Suécia: MissionsInstitutet-PMU, 1994, pp. 28-34; Boa Semente, Belém (PA), setembro 1930, p. 5; Mensageiro da Paz, CPAD, setembro 1999; janeiro 1997; dezembro 1985; junho 1980; março 1980; agosto 1936, p. 5, 1a quinzena; julho 1936, p. 7, 2a quinzena; fevereiro 1933, p. 7, 2a quinzena; julho 1963 p. 1 2a quinzena; novembro 1933, p. 6, 2a quinzena; novembro 1989, p. 12; setembro 1981; Obreiro, CPAD, jan-mar 1979, pp.42-45; A Seara, CPAD, janeiro 1957, pp. 23-26, 36; julho 1963, pp. 4, 5.

Texto extraído do Dicionário do Movimento Pentecostal, editora CPAD, 1ª edição, 2007, Rio de Janeiro, pgs. 122-124

( NOTAS AD CENTENARIO-BRASIL)




                      I – Começa a Missão da Fé Apostólica

A partir de 18 de junho de 1911, as igrejas pentecostais que iam sendo iniciadas no Pará, começando pela que se reunia na casa de Henrique e Celina Albuquerque, à Rua Siqueira Mendes 67, Cidade Velha, em Belém, passaram a ser chamadas pelo nome Missão da Fé Apóstolica.

Em 25 de outubro de 1914, chegaram a Belém do Pará os suecos Otto e Adina Nelson, procedentes dos Estados Unidos, para se juntarem a Vingren e Berg.

Em 8 de novembro de 1914, a igreja, que se reunia na Av. São Jerônimo, 224, seu segundo, endereço depois da casa de Celina Albuquerque (nesta casa se reuniram por mais ou menos três meses) se mudou para a Travessa 9 de janeiro, 75.

Em 18 de agosto de 1916, chegaram a Belém os suecos Samuel e Lina Nyström, os primeiros missionários oficialmente enviados pela Igreja Filadélfia de Estocolmo.

Em 3 de julho de 1917, Frida Vingren chegou a Belém, como missionária também enviada pela Igreja Filadélfia de Estocolmo. 

II – Registrada a primeira “Assembleia de Deus”

Em 11 de janeiro de 1918, Gunnar Vingren registrou o Estatuto da Igreja no Cartório de Registro de Títulos e Documentos do 1º ofício, em Belém, no Livro A, Nº 2, de Registro Civil de Pessoas Jurídicas e outros papéis, número de ordem 131.448, sob o nome “Estatuto da Sociedade Evangélica Assembléa de Deus”, número de ordem 21.320, do Protocolo Nº 2. 

Os extratos do Estatuto foram publicados no Diário Oficial do Estado do Pará, sob nº 766524. 

Com esse registro, a igreja começou a existir legalmente como pessoa jurídica adequando-se aos Artigos 16 e 18 do primeiro Código Civil Brasileiro que acabara de entrar em vigor em 1º de janeiro de 1917.

III – Primórdios no Pará

Os primeiros lugares no Pará que receberam a mensagem pentecostal foram: Soure e Mosqueiro, na Ilha de Marajó (Daniel Berg, 1911); Bragança (Daniel Berg, 1912); Xarapucu e Catipuru (Daniel Berg, 1913); Estrada de Ferro Belém-Bragança, Igarapé-Assu, Benevides, Capanema, Timboteua, Peixe-Boi e Bragança (Clímaco Bueno Aza, 1913); Ilha Caviana (Daniel Berg, 1914); Afuá, Ilha de Marajó (Gunnar Vingren e Daniel Berg, 1914); São Luís do Pará (1915); Assaisal (Bonito) (Joaquim Amaro do Nascimento, Francisco Santos Carneiro e João Paraense, 1919); e vários outros lugares foram sendo visitados pelos primeiros missionários e crentes da AD de Belém.

IV – Primórdios fora do Pará

Os primeiros lugares fora do Pará que receberam a mensagem pentecostal foram: Uruburetama, CE (Maria de Nazaré, 1914); Maceió, AL (Gunnar Vingren, 1914; Otto Nelson, 1914); Campina Grande, PB (Manoel Francisco Dubu, 1914; Felipe Nery Fernandes, 1922); Roraima (Cordulino Teixeira Bastos, 1915); Manaus, AM (Severino Moreno de Araújo, 1917); Macapá, AP (Clímaco Bueno Aza, 1916); Recife (Adriano Nobre, 1916); Natal, RN (Pregadores de nomes desconhecidos e Adriano Nobre, 1918); João Pessoa, PB (Francisco Félix e esposa, 1920); Rio de Janeiro, RJ (Gunnar Vingren, 1920, 1923; alguns crentes do Pará, 1923); Santos, SP (Gunnar Vingren, 1920; crentes de Pernambuco,1923; Daniel Berg, 1924); Tubarão, SC (Gunnar Vingren, 1920); Criciúma, SC (Gunnar Vingren, 1920); Itajaí, SC (Gunnar Vingren, 1920); São Paulo, SP (Gunnar Vingren, 1920, 1923; Daniel Berg, 1927); São Bernardo, SP (Gunnar Vingren, 1920); São Luís, MA (Clímaco Bueno Aza, 1921); Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, noroeste de Mato Grosso (Paul John Aenis, 1922; Elói Bispo de Sena, 1923); Porto Velho (RO) (Paul John  Aenis, 1922); Vitória, ES (Galdino Sobrinho e esposa, Daniel Berg, 1922); Fortaleza, CE (Antonio Rêgo Barros, 1922); Niterói, RJ (Heráclito de Menezes, 1923); Porto Alegre, RS (Gustav Nordlund, 1924);  Canavieiras, BA (Joaquina de Souza Carvalho, 1926); Belo Horizonte, MG (Clímaco Bueno Aza, 1927); Aracaju, SE (Sargento Ormínio, 1927); Teresina, PI (Raimundo Prudente de Almeida, 1927) e Curitiba, PR (Bruno Skolimowski, 1928); Itajaí, SC (André Bernardino da Silva, 1931); Cruzeiro do Sul, AC (Manoel Pirabas, 1932); Goiânia, GO (Um grupo de crentes da AD de Madureira, RJ, deu início à AD de Goiânia em 1936 e Antônio Moreira, então diácono da AD de Madureira, foi enviado por Paulo Leivas Macalão para fundar a igreja.); Cuiabá, MT (Eduardo Pablo Joerck, 1936); Rio Branco, AC (Luís Firmino Câmara, 1943); e Campo Grande, MS (Juvenal Roque de Andrade, 1944).


                      VOZ DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

             Primeira transmissão de programa pioneiro do                              radioevangelismo brasileiro foi ao ar há 55 anos. 

 

No dia 2 de janeiro de 1955 foi ao ar pela primeira vez o programa de rádio Voz das Assembleias de Deus. Pioneiro do radioevangelismo brasileiro, o programa foi iniciado pelo missionário Nels Lawrence Olson, e transmitido pela rádio Tamoio, do Rio de Janeiro, e para outras partes do Brasil pelas rádios Tupi, Mayrink Veiga, Copacabana, Relógio, Mundial, Atalaia, Marumby, Boas Novas, e por mais oito rádios em outros Estados.

O orador, Lawrence Olson, teve ao seu lado no primeiro programa, o missionário Nels Nelson, os pastores Paulo Leivas Macalão, José Pimentel de Carvalho, Marcelino Margarida, Moisés Malafaia, Belarmino Pedro Ramos, João Kolenda Lemos e sua esposa Ruth Dorris Lemos, André Hargrave e sua esposa, além de outros pastores e membros de igrejas do Rio de Janeiro.

O programa era transmitido tradicionalmente aos domingos, às 22h, após o culto noturno das igrejas. Era transmitido também para outros países pela HCJB (Voz dos Andes), de Quito (Equador) e pela KGEI, da Califórnia (EUA).
Foram narradores do programa: José Pimentel de Carvalho, Emílio Conde, João Pereira de Andrade e Silva, Luís Babo e Kleber Moura. A mensagem era sempre pregada por Nels Lawrence Olson.
O programa foi transmitido durante 34 anos, até o retorno definitivo de Lawrence Olson aos Estados Unidos, em 1989.
Em 2001, a CPAD lançou o livro Mensagens do Missionário Lawrence Olson, contendo uma coletânea com 54 mensagens pregadas no Voz das Assembleias de Deus.
Fonte: DE ARAÚJO, Isael. Dicionário do Movimento Pentecostal, Página 908, Rio de Janeiro: CPAD, 2007.
Adquira o CD Memória das Assembleias de Deus
Conheça também o CD No Jardim gravado por Carolyn B. Olson, filha de Alice e Lawrence Olson, pioneiros das Assembleias de Deus no Brasil. O CD reúne louvores inspiradores que nos levam a adoração pura e verdadeira ao Senhor. 

 fonte AD CENTENARIO -BRASIL

 

O PRIMEIRO MISSINARIO ENVIADO PELA AD DO BRASIL

 

Primeiro missionário foi enviado dois anos depois da fundação da AD.

O primeiro missionário assembleiano foi José Plácido da Costa. Ele seguiu para Portugal em 4 de abril de 1913, tornando o pioneiro do Movimento Pentecostal naquele país europeu. José Plácido da Costa era português de nascimento, mas morava no Brasil quando se converteu ao evangelho em Belém do Pará em 1909 na Igreja Batista local. Ele constou entre o grupo dos 18 batistas excluídos por acreditar na doutrina do batismo no Espírito Santo pregada pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg. José Plácido da Costa morreu em 1965, aos 95 anos de idade, em Portugal.

As Assembleias de Deus hospedaram a única Conferência Mundial Pentecostal realizada na América Latina

Nosso país hospedou uma Conferência Mundial Pentecostal. Foi a oitava edição do encontro mais importante para a liderança pentecostal. O grande evento pentecostal aconteceu no Rio de Janeiro durante os dias 18 a 23 de julho de 1967. As reuniões aconteceram no Maracanãzinho e o encerramento no Estádio do Maracanã. Registros da época falam de uma assistência de 150 mil pessoas no último culto. O tema da Conferência foi “O Espírito Santo glorificando a Cristo”. O presidente do Comitê Nacional foi o pastor Paulo Leivas Macalão e era secretário do Comitê Internacional, o pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos. Desde 1947 este evento vem sendo promovido em diferentes partes do planeta por igrejas pentecostais desde 1947. A próxima Conferência vai acontecer em 2010 em Estocolmo, capital da Suécia.

 

Pastor morreu na Suécia por ter contraído malária em visita ao Brasil.

Em 1954, o pastor sueco Allan Törnberg empreendeu uma viagem pela América do Sul para conhecer o trabalho pentecostal das Assembleias de Deus, visitando primeiramente a Argentina e, em seguida, mais demoradamente, o Brasil. Ele percorreu os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Amazonas e Maranhão. Ele contraiu malária no Amazonas e morreu em 1956, na Suécia, em função da doença. Além de pastor, Törnberg era, também, redator do periódico Evangelli Harold e autor de vários hinos cantados com grande aceitação em todas as igrejas escandinavas. Na Harpa Cristã constam três hinos de sua autoria: 295, “Novo Canto de Louvor”; 302, “Em Vez de Murmurares, Canta”; 351, “A Felicidade da Salvação”; e 447, “Nascer de Novo”. 

Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (Cdip) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (Cemp). É autor do Dicionário do Movimento Pentecostal (CPAD).

 

                                                                  Portugal

 

Em Portugal, a história desta denominação pentecostal é contada a partir do ano de 1913. Foram os missionários portugueses emigrados do Brasil, José Plácido da Costa (1913) e José de Matos Caravela (1921), que deram início às ações que resultaram na fundação das Assembléias de Deus em Portugal.

 

A primeira igreja Assembléia de Deus em Portugal foi fundada na cidade de Portimão, em 1924, pelo missionário José de Matos, também responsável pela fundação das igrejas do Algarve, Santarém e Alcanhões. A partir desse ano, com a ajuda de missionários suecos e o esforço de obreiros portugueses, foram estabelecidas diversas outras igrejas em várias cidades, como: Porto, em 1930, com a intervenção do missionário sueco Daniel Berg; Évora, em 1932, pela ação da evangelista Isabel Guerreiro; e Lisboa, em 1934, com a ajuda do missionário Jack Hardstedt.

Da ação missionária das Assembléias de Deus em Portugal deu-se a expansão da igreja aos territórios ultramarinos, a exemplo de: Angola, Guiné, São Tomé e Príncipe, Moçambique e Timor Leste; os quais posteriormente tornaram-se nações independentes, mas mantiveram suas igrejas Assembléias de Deus nacionais em fraterna relação com as co-irmãs portuguesas.

Em Portugal o ramo principal é a Convenção das Assembléias de Deus em Portugal, com quase 400 igrejas, a maior denominação protestante no país. Além da CADP, existem outras denominações organizadas em Portugal, originárias de imigrantes brasileiros ou cismas da CADP, que adotam o mesmo nome, como a Assembléia de Deus Missionária; Assembléia de Deus Universal; Convenção Nacional das Assembléias de Deus; Igreja de Nova Vida - Assembléia de Deus da Amadora.

 

                                       Estados Unidos

 

Nos Estados Unidos, surgiram várias congregações pentecostais independentes, desde o avivamento da Azuza St., em 1906. Buscando unidade, comunhão entre si, trabalho missionário e organização legal, alguns líderes convocaram uma Convenção em Hot Springs, Arkansas, em 1914. Como resultado, houve a adesão de quase 500 ministros e a criação do General Council of the Assemblies of God (Concílio Geral das Assembléias de Deus), mais tarde sediado em Springfield (Missouri). Essa igreja possui, hoje, cerca de dois milhões de membros e envia missionários a vários países do mundo. John Ashcroft, procurador-geral dos EUA durante o primeiro mandado de George W. Bush é membro dessa denominação.

As Assemblies of God apresentam algumas diferenças de sua co-irmã brasileira: no tocante à administração, não existe o sistema de ministérios; cada igreja local é autônoma e não é subordinada a nenhuma outra entidade, mas voluntariamente agrupam-se em presbitérios regionais, onde há igualdade entre todos e contam com a participação de representantes leigos. A congregação local entrevista e contrata o pastor, que é examinado e ordenado pelo Concílio Geral. 

Grã-Bretanha e Irlanda

Organizada em 1924, a Assemblies of God in Great Britain and Ireland cresceu sob a influência do pastor Donald Gee. Reúne hoje cerca de 600 igrejas locais e possui uma rede de missionários atuando em vários continentes. Uma característica da AGGBI é a prática da Santa Ceia semanalmente. 

Existem ainda Assembléias de Deus compostas por imigrantes caribenhos e brasileiros, cujas igrejas não possuem relações com a AGGBI(.FONTE  AD    OSSACO SP) 

Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante.

As igrejas existentes - Batista, Presbiteriana, Anglicana e Metodista - ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. A irmã Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 8 de junho de 1911 foi a primeira crente a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos. O clima ficou tenso naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Resultado: eles e mais dezenove irmãos, que saíram da Igreja Batista, convictos e resolvidos a se organizar, fundaram a Missão da Fé Apostólica em 18 de junho de 1911, que mais tarde, em 1918, ficou conhecida como Assembléia de Deus. A data é comemorada por todo o povo da Assembléia de Deus no Brasil como o início não só da denominação, mas do movimento pentecostal no país. Um trabalho que começou pequeno, mas alcançou proporções nunca dantes imaginadas, espalhando-se por todos os Estados brasileiros.Fonte: Casa Publicadora das Assembléias de Deus - CPAD. 

    

 

                                    CRESCIMENTO  RÁPIDO  

 

    Elben Cesar  chama a atenção para o fato que nenhuma denominação evangélica cresceu tão rapidamente como a ADS.Nos primórdios anos (1911-1914),foram realizadas 384 batismos .No final da primeira década da existencia ,a AD estava estabelecida em sete estados da região  norte/nordeste (para,amazonas ,ceara ,rio grande do norte,paraiba,pernambuco e alagoas).Em apenas 33 anos de fundação (1911-1944),a AD já tinha ocupado todos os estados da federação.Na 8°  ASSEMBLEIA DA CGADB,realizada em SÃO PAULO ,em 1947 ,a AD já era a terceira maior igreja pentecostal do mundo,contando com mais de 100 mil fiéis.No congresso mundial das ASSEMBLEIA DE DEUS relizado em SÃO PAULO EM 1997,HAVIAM ENTRE 700 MIL A UM MILHÃO de assembleianos no campo de marte em São Paulo.

      A TRAJETÓRIA do movimento pentecostal dá novas configurações no atual quadro do critianismo no brasil,especialmente a igreja ASSEMBLEIA DE DEUS,que tem pautado suas ações na manutenção de uma teologia ortodóxa e em principios biblicos ,proporciomando aos seus menbros as condições neccessarias para viverem e testemunhando perante a sociedade.NESTE sentido ,max stackhouse diz"a religião ,mesmo teno uma dimenção privada,forma o caráter de uma pessoa é influencia a maneira como ela atuará na sociedade". (nota reflexão teoĺógica do movimento pentecostal ad campinas/sp).

 

 

Conheça a história da Harpa Cristã - O hinário oficial das

 

Assembleias de Deus, A primeira edição foi lançada na cidade de Recife, em   1922. 






Eusébio de Cesaréia (260-340) é considerado, com justa razão, o pai da História da Igreja Cristã. O que poucos estudiosos sabem é que ele foi também um grande apreciador da verdadeira música sacra. Embora vivesse num período em que esta apenas ensaiava seus primeiros passos, pôde Eusébio externar-se muito emocionado:

"Nós cantamos o louvor de Deus com saltério vivo. Porque mais agradável e caro a Deus do que qualquer instrumento é a harmonia da totalidade do povo cristão. Nessa cítara é a totalidade do corpo, por cujo movimento e ação a alma canta hinos adequados a Deus, e nosso salteio de dez cordas é a veneração do Espírito Santo pelos cinco sentidos do corpo e as cinco virtudes do espírito".

Nós, pentecostais, também temos o nosso saltério; a Harpa Cristã. Ao longo dessas décadas de avivamento e visitações contínuas ao cenáculo, vimos caracterizando-nos como uma fervorosa comunidade de adoração. E não foi sem motivo que os pioneiros oficiais houveram por bem denominar nosso hinário oficial de Harpa Cristã. Vejamos, pois, a natureza e a formação de nosso hinário.

I. O que é a Harpa Cristã

A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil. Ela foi especialmente organizada com o objetivo de enlevar o cântico congregacional e proporcionar o louvor a Deus nas diversas liturgias da igreja: culto público, santa ceia, batismo, casamento, apresentação de crianças, funeral, etc.

A sua primeira finalidade é transformar nossas igrejas e congregações em comunidades de perfeita adoração ao Único e Verdadeiro Deus. Não pode haver igreja sem louvor.


II. O início do cântico congregacional da Assembleia de Deus no Brasil

Em seus primórdios, a Assembleia de Deus usava os Salmos e Hinos , que também era utilizado por diversas igrejas evangélicas históricas. Mas em virtude de nossas peculiaridades doutrinárias, os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as doutrinas pentecostais.

III. O cantor pentecostal

Em virtude dessa premência, foi lançado em 1921, o Cantor Pentecostal. Impresso pela tipografia Guajarina, sob a orientação editorial de Almeida Sobrinho, tinha o pequeno hinário 44 hinos e 10 corinhos.

O Cantor Pentecostal foi distribuído pela Assembleia de Deus de Belém do Pará que, naquela época, achava-se localizada na Travessa 9 de janeiro, nº 75.

IV. O surgimento da Harpa Cristã

Em 1922, foi lançada em Recife (PE) a primeira edição da Harpa Cristã, que viria a se tornar no hinário oficial das Assembleias de Deus. Sob a orientação editorial do Pastor Adriano Nobre, teve uma tiragem inicial de mil exemplares e foi distribuída para todo o Brasil pelo missionário Samuel Nyström.

A segunda edição da Harpa Cristã, já com 300 hinos, foi impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923. Já em 1932, tinha a Harpa Cristã 400 hinos.

V. A elaboração dos hinos

Na elaboração de nossos hinos, muito contribuiu o missionário Samuel Nyström. Apesar de não ter perfeito conhecimento da língua portuguesa, ele traduziu, literalmente, diversas letras da riquíssima hinódia escandinava. Para que os poemas fossem adaptados às suas respectivas músicas, foi necessário que o Pastor Paulo Leivas Macalão empreendesse semelhante tarefa. Por isso, o Pastor Macalão tornou-se o principal elaborador e adaptador de nosso hinário oficial.

VI. A Harpa Cristã com letra e música

Em 1937, a Convenção Geral das Assembleias de Deus, reunida em São Paulo, nomeou uma comissão para editar e imprimir a primeira Harpa Cristã com música. Desta comissão faziam parte: Emílio Conde, Samuel Nyström, Paulo Leivas Macalão, João Sorhein e Nils Kastiberg. Neste empreendimento também tomou parte ativa o Dr. Carlos Brito.


VII. A Harpa Cristã com 524 hinos

Com o passar dos tempos, outros hinos foram sendo acrescentados até que o nosso hinário oficial atingisse 524 hinos. Número esse que, durante várias décadas, caracterizou a Harpa Cristã.

Até 1981, quase todos os hinos da Harpa Cristã já haviam sido revisados. Os mais altos foram transpostos para tons mais acessíveis ao cântico congregacional.

VIII. A Harpa Cristã atualizada

Em 1979, mediante proposta apresentada pelo Pastor Adilson Soares da Fonseca, o Conselho Administrativo da CPAD, cumprindo resolução da Assembleia Geral da CGADB reunida em Porto Alegre, naquele ano, nomeou uma comissão para proceder a uma revisão geral da música e da letra da Harpa Cristã.

A comissão era formada pelos seguintes Pastores: Paulo Leivas Macalão, Túlio Barros Ferreira, Nicodemos José Loureiro, Antonio Gilberto e João Pereira. Nesta empreitada, também tomou parte ativa o Pastor e consagrado poeta Joanyr de Oliveira. Em termos técnicos, os trabalhos contaram com dois obreiros especializados: João Pereira, na correção e adaptação da música; e Gustavo Kessler, na revisão das letras.

Lançada em 1992, a Harpa Cristã Atualizada foi aceita em muitas igrejas, mas a maioria optou por ficar com a Harpa Tradicional. De qualquer forma, a experiência serviu para rever a hinódia pentecostal, tornando-a mais viva e participativa em nossas reuniões.

IX. A Harpa Cristã ampliada

Tendo em vista as necessidades de nossa igreja, a CPAD, sob a direção executiva de Ronaldo Rodrigues de Souza, compreendeu ser urgente a ampliação da Harpa Cristã tradicional. Foram acrescentados mais 116 hinos a fim de atender a todas as exigências cerimoniais e litúrgicas da igreja.

A Harpa Cristã Ampliada , lançada em 1999, com 640 hinos, representa mais um avanço da já riquíssima hinódia pentecostal.

A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus com 640 hinos que são entoados nos cultos congregacionais. A primeira versão conhecida com letra e música data de 1929 com originais manuscritos e copiada em processo mimeográfico.
Em 1941, teve sua primeira edição impressa, tendo participado deste trabalho os irmãos Samuel Nyström, Paulo Macalão, Jahn Sorheim e Nils Katsberg.
Em Janeiro de 1999, a CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - publicou a Harpa Cristã Revisada e Ampliada com 640 hinos.

Rogamos a Deus, pois, para que a Harpa Cristã continue a levar o Evangelho de Cristo e o avivamento a todos os cantos de nosso país. Cantando também se evangeliza. Cantando também se promove o avivamento. Não foi o que fizeram nossos pioneiros?

PS : Existem hoje, no Brasil, diversas denominações evangélicas, de cunho pentecostal, que utilizam o nosso hinário. Essas igrejas, muitas delas neo-pentecostais, tem encontrado em nosso cancioneiro não somente a melodia, mas também a mensagem que faz a diferença no mundo espiritual.

Abaixo, os diversos modelos de Harpa Cristã, editadas pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil - CPAD. Organizada com objetivo de elevar o cântico congregacional e proporcionar um melhor louvor a Deus, a Harpa Cristã, com um total de 640 hinos, representa mais um avanço que auxiliará na divulgação do evangelho através do louvor a Deus. Além das Harpa Cristã , edições variadas, há também as publicadas junto com as diversas Bíblias, de cores e tamanho variados, agradando a todas as faixas etárias de nossas igrejas.

Harpa Cristã com Música Mi Bemol


Esta Harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Mi bemol: Requinta, Sax Alto, Tuba, Clarone Alto, Sax Horn, Genis, Sax Barítono. Da mesma forma que a Harpa em Si Bemol, esta Harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras.

Harpa Cristã com Música Si Bemol (Bb)


Esta harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Si Bemol: Trompete, Clarinete, Sax Tenor, Sax Soprano, Barítono, Tuba. Nesta harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras.

Texto extraído do Manual da Harpa Cristã, edições CPAD, 1ª edição, 1999, pgs. 11/16.

                            História N.2

 

 RESUMO HISTÓRICO DA HARPA CRISTÃ

 

A Harpa Cristã o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil

 

 

Eusébio de Cesaréia (260-340) é considerado, com justa razão, o pai da História da Igreja Cristã. O que poucos estudiosos sabem é que ele foi também um grande apreciador da verdadeira música sacra. Embora vivesse num período em que esta apenas ensaiava seus primeiros passos, pôde Eusébio externar-se muito emocionado: 

Nós cantamos o louvor de Deus com saltério vivo. Porque mais agradável e caro a Deus do que qualquer instrumento é a harmonia da totalidade do povo cristão. Nessa cítara é a totalidade do corpo, por cujo movimento e ação a alma canta hinos adequados a Deus, e nosso salteio de dez cordas é a veneração do Espírito Santo pelos cinco sentidos do corpo e as cinco virtudes do espírito.

Nós, pentecostais, também temos o nosso saltério; a Harpa Cristã . Ao longo dessas décadas de avivamento e visitações contínuas ao cenáculo, vimos caracterizando-nos como uma fervorosa comunidade de adoração. E não foi sem motivo que os pioneiros oficiais houveram por bem denominar nosso hinário oficial de Harpa Cristã . Vejamos, pois, a natureza e a formação de nosso hinário. 

I. O QUE É A HARPA CRISTà

A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil. Ela foi especialmente organizada com o objetivo de enlevar o cântico congregacional e proporcionar o louvor a Deus nas diversas liturgias da igreja: culto público, santa ceia, batismo, casamento, apresentação de crianças, funeral, etc. 

A sua primeira finalidade é transformar nossas igrejas e congregações em comunidades de perfeita adoração ao Único e Verdadeiro Deus. Não pode haver igreja sem louvor. 


II. O INÍCIO DO CÂNTICO CONGREGACIONAL DA ASSEMBLEIA DEUS NO BRASIL

Em seus primórdios, a Assembleia de Deus usava os Salmos e Hinos , que também era utilizado por diversas igrejas evangélicas históricas. Mas em virtude de nossas peculiaridades doutrinárias, os pioneiros sentiram a necessidade de um hinário que também enfocasse as doutrinas pentecostais. 


III. O CANTOR PENTECOSTAL 

Em virtude dessa premência, foi lançado em 1921, o Cantor Pentecostal . Impresso pela tipografia Guajarina, sob a orientação editorial de Almeida Sobrinho, tinha o pequeno hinário 44 hinos e 10 corinhos. 

O Cantor Pentecostal foi distribuído pela Assembleia de Deus de Belém, PA, que, naquela época, achava-se localizada na Travessa 9 de janeiro, 75. 


IV. O SURGIMENTO DA HARPA CRISTà

Em 1922, foi lançada em Recife, PE, a primeira edição da Harpa Cristã, que viria a se tornar no hinário oficial das Assembleias de Deus. Sob a orientação editorial do Pastor Adriano Nobre, teve uma tiragem inicial de mil exemplares, e foi distribuída para todo o Brasil pelo missionário Samuel Nyström. 

A segunda edição da Harpa Cristã , já como 300 hinos, foi impressa nas Oficinas Irmãos Pangeti, no Rio de Janeiro, em 1923. Já em 1932, tinha a Harpa Cristã 400 hinos.


V. A ELABORAÇÃO DOS HINOS 

Na elaboração de nossos hinos, muito contribuiu o missionário Samuel Nyström. Como não tivesse perfeito conhecimento da língua portuguesa, ele traduziu, literalmente, diversas letras da riquíssima hinódia escandinava. Para que os poemas fossem adaptados às suas respectivas músicas, foi necessário que o Pastor Paulo Leivas Macalão empreendesse semelhante tarefa. Por isso, tornou-se o Pastor Macalão no principal elaborador e adaptador de nosso hinário oficial. 


VI. A HARPA CRISTÃ COMO LETRA E MÚSICA 

Em 1937, a Convenção Geral das Assembleias de Deus, reunida em São Paulo , nomeou uma comissão para editar e imprimir a primeira Harpa Cristã com música. Desta comissão faziam parte: Emílio Conde, Samuel Nyström, Paulo Leivas Macalão, João Sorhein e Nils Kastiberg. Neste empreendimento, também tomou parte ativa o Dr. Carlos Brito,


VII. A HARPA CRISTÃ COM 524 HINOS 

Com o passar dos tempos, outros hinos foram sendo acrescentados até que o nosso hinário oficial atingisse 524 hinos. Número esse que, durante várias décadas, caracterizou a Harpa Cristã. 

Até 1981, quase todos os hinos da Harpa Cristã já haviam sido revisados. Os mais altos foram transpostos para tons mais acessíveis ao cântico congregacional. 


VIII. A HARPA CRISTÃ ATUALIZADA 

Em 1979, mediante proposta apresentada pelo Pastor Adilson Soares da Fonseca, o Conselho Administrativo da CPAD, cumprindo resolução da Assembleia Geral da CGADB reunida em Porto Alegre , naquele ano, nomeou uma comissão para proceder a uma revisão geral da música e da letra da Harpa Cristã. 

A comissão era formada pelos seguintes Pastores: Paulo Leivas Macalão, Túlio Barros Ferreira, Nicodemos José Loureiro, Antonio Gilberto, e João Pereira. Nesta empreitada, também tomou parte ativa o Pastor e consagrado poeta Joanyr de Oliveira. Em termos técnicos, os trabalhos contaram com dois obreiros especializados: João Pereira, na correção e adaptação da música; e Gustavo Kessler, na revisão das letras. 

Lançada em 1992, a Harpa Cristã Atualizada foi aceita em muitas igrejas, mas a maioria optou por ficar com a Harpa Tradicional. De qualquer forma, a experiência serviu para rever a hinódia pentecostal, tornando-a mais viva e participativa em nossas reuniões.


IX. A HARPA CRISTÃ AMPLIADA 

Tendo em vista as necessidades de nossa igreja, a CPAD, sob a direção executiva de Ronaldo Rodrigues de Souza, compreendeu ser urgente a ampliação da Harpa Cristã tradicional. E, sim, foram acrescentados mais 116 hinos a fim de atender a todas as exigências cerimoniais e litúrgicas da igreja. 

A Harpa Cristã Ampliada , lançada em 1999, com 640 hinos, representa mais um avanço da já riquíssima hinódia pentecostal. 


A Harpa Cristã é o hinário oficial das Assembleias de Deus com 640 hinos que são entoados nos cultos congregacionais. A primeira versão conhecida com letra e musica data de 1929 com originais manuscritos e copiada em processo mimeográfico. 

Em 1941 teve sua primeira edição impressa, tendo participado deste trabalho os irmãos Samuel Nyström, Paulo Macalão, Jahn Sorheim e Nils Katsberg. 

Em Janeiro de 1999 a CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus, publicou a Harpa Cristã, Revisada e Ampliada com 640 hinos.

Rogamos a Deus, pois, para que a Harpa Cristã continue a levar o Evangelho de Cristo e o avivamento a todos os cantos de nosso país. Cantando também se evangeliza. Cantando também se promove o avivamento. Não foi o que fizeram nossos pioneiros? 

PS : Existem hoje, no Brasil, diversas denominações evangélicas, de cunho pentecostal, que utilizam o nosso hinário. Essas igrejas, muitas delas neo-pentecostais, tem encontrado em nosso cancioneiro não somente a melodia, mas também a mensagem que faz a diferença no mundo espiritual. 

Abaixo, os diversos modelos de Harpa Cristã, editadas pela Casa Publicadora das Assembleias de Deus no Brasil - CPAD. Organizada com objetivo de elevar o cântico congregacional e proporcionar um melhor louvor a Deus, a Harpa Cristã, com um total de 640 hinos, representa mais um avanço que auxiliará na divulgação do evangelho através do louvor a Deus. Além das Harpa Cristã , edições variadas, há também as publicadas junto com as diversas Bíblias, de cores e tamanho variados, agradando a todo o tipo de faixa etária incluídos de nossas igrejas.

Harpa Cristã com Música Mi Bemol 

Esta harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Mi bemol: Requinta, Sax Alto, Tuba, Clarone Alto, Sax Horn, Genis, Sax Barítono. Da mesma forma que a Harpa em Si Bemol, esta Harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras. 

Harpa Cristã com Música Si Bemol (Bb) 

Esta harpa é para instrumentos de sopro que são do tom de Si Bemol: Trompete, Clarinete, Sax Tenor, Sax Soprano, Barítono, Tuba. Nesta harpa só tem a clave de Sol, com duas notas somente, a primeira nota é a melodia do hino, a segunda seria a segunda voz do hino, no caso, a voz do contralto. Nesta Harpa, não possui a letra dos hinos e nem Cifras. 

Texto extraído do Manual da Harpa Cristã, edições CPAD, 1ª edição, 1999, pgs. 11/16

 

 

PERSEGUIÇÃO CONTRA O MISSIONARIO OTTO NELSON.

 

      Missionário pioneiro Otto Nelson foi proibido de sepultar o próprio filho.  O  padre local impediu pois o cemitério era da igreja católica.


Segundo a cronologia dos primórdios protestantes no Brasil elaborada em 2003 pelo Prolades, as Assembleias de Deus norte-americanas teriam começado a atuar em terras brasileiras a partir de 1925. Mas, não há documentos que comprovam essa informação. Oficialmente, as Assembléias de Deus norte-americanas enviaram missionários para o Brasil a partir de 1936. Neste ano, o Departamento de Missões do Concílio Geral da Assembly of God (Assembleia de Deus) decidiu fazer do Brasil mais um dos seus campos missionários em volta do mundo. O comunicado impresso na revista Pentecostal Evangel de janeiro de 1936 dizia que, por muitos anos tinha sido política de trabalho do Concílio Geral, encaminhar todos os candidatos à obra missionária no Brasil para a Missão Livre Sueca que, segundo entendiam, estavam fazendo um trabalho eficiente em terras brasileiras. Mas, como continuavam a chegar pedidos de candidatos e alguns desses informarem a impossibilidade dos missionários suecos evangelizarem todo o grande país com uma população na época de 40 milhões de habitantes, o Departamento de Missões da AG resolveu atender aos apelos dos candidatos e aos convites para entrar no campo brasileiro. Então, foram aprovados e enviados seis missionários: Orland Spencer Boyer e sua esposa, Ethel Boyer, que haviam estado no Brasil anteriormente por outra denominação; Vernon Fullerton e sua esposa Ruth, filha do casal Boyer; e Frank John Stalter e sua esposa Louise.

Foi estabelecido no Brasil o Fellowship Field da Assembly of God, que atualmente se chama Conselho Geral das Assembleias de Deus no Brasil e somam no seu total mundial de membros a membresia das Assembleias de Deus brasileiras.
 
Missionário foi proibido de sepultar o filho no cemitério por ordem de um padre
Pelos idos de 1916-17, o missionário sueco Otto Nelson morava no bairro de Bebedouro, na Rua Dr. Passos de Miranda, em Maceió, Alagoas. Ao tentar sepultar seu terceiro filho, Davi, que morrera aos dez meses de idade, foi informado que o padre local não permitia, alegando que o cemitério era da igreja católica, e que “hereges” não podiam ser enterrados lá. Por causa desta ordem, os coveiros cavaram a sepultura do garoto no lado de fora do cemitério. Além desta ação, o tal sacerdote instigou os católicos romanos dessa comunidade a se levantarem furiosamente contra os crentes. Sem ter como enterrar o seu filhinho, Otto Nelson orou a Deus, suplicando-lhe uma solução urgente, a qual chegou imediatamente, pois o delegado, ao tomar conhecimento da proibição imposta pelo sacerdote, mandou que uma escolta de soldados acompanhasse o enterro até o cemitério e ali guarnecesse os crentes, enquanto era realizada a cerimônia de sepultamento, que aconteceu à noite, à luz de candeeiros.

Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (CDIP) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (CEMP).

 

 

   CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIA DE DEUS NO        BRASIL.

 

                              Estrutura Administrativa

A história da Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil – CGADB - dá-se no ano de 1930. Após três décadas do surgimento das Assembleias de Deus no país, devido ao grande crescimento do Movimento Pentecostal iniciado pelos missionários Daniel Berg e Gunnar Vingren, os pastores das Assembleias de Deus resolveram que já era tempo de se criar uma organização que estabeleceria o espaço para discussão de temas de máxima relevância para o crescimento da denominação.

A CGADB foi idealizada pelos pastores nacionais, visto que a igreja estava na responsabilidade dos missionários suecos e deram os primeiros passos em reunião preliminar realizada na cidade de Natal (RN), em 17 e 18 de fevereiro do ano de 1929. A primeira Assembleia Geral da Convenção Geral foi realizada entre os dias 5 e 10 de setembro, onde se reuniram a maioria dos pastores nacionais e os missionários que atuavam no país. Foi nessa Assembleia Convencional que os missionários suecos transferiram a liderança das Assembleias de Deus no Brasil para os pastores brasileiros. Nesta mesma reunião decidiu-se por se criar um veículo de divulgação do Evangelho e também dos trabalhos então realizados pelas Assembleias de Deus em todo o território nacional. Estava lançada a semente do que viria a ser o atual jornal Mensageiro da Paz. Com a rápida repercussão nacional, o periódico, então dirigido pelo missionário Gunnar Vingren, tornou-se o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.

As primeiras resoluções emanadas em Assembleias Convencionais de pastores das Assembleias de Deus foram emitidas nas Assembleias Gerais dos anos de 1933 a 1938. Entre os anos de 1938 e 1945, com o transcorrer da 2ª Grande Guerra Mundial, os líderes da denominação tiveram enormes dificuldades de se locomover pelo país e por causa desse fator não foi realizada nenhuma assembleia convencional durante esse período.
Finalmente em 1946, em Assembleia Geral Ordinária realizada na cidade de Recife (PE), os pastores das Assembleias de Deus de todo o país decidiram-se por tornar a CGADB em uma pessoa jurídica, com a responsabilidade de representar a igreja perante as autoridades governamentais, bem como a todos os segmentos da sociedade. O primeiro Estatuto apresentou como principais objetivos da CGADB: “promover a união e incentivar o progresso moral e espiritual das Assembleias de Deus; manter e propugnar o desenvolvimento da Casa Publicadora das Assembleias de Deus” e principalmente a aproximação das Assembleia de Deus no país: “Nenhuma Assembleia de Deus poderá viver isoladamente, sendo obrigatória a interligação das Assembleias de Deus no Brasil, com a finalidade de determinar a responsabilidade perante a Convenção Geral e perante as autoridades constituídas”. As Assembleias Gerais realizadas nas décadas seguintes foram marcadas por discussões e debates sobre temas relacionados às doutrinas bíblicas básicas e por projetos de desenvolvimento da Obra de Deus.

Os anos 90 marcam uma nova fase de crescimento das Assembleias de Deus no Brasil. Em maior parte, os resultados apresentados nesse novo período de crescimento dão-se, claramente, decorrente de medidas tomadas pela CGADB durante essa década. Sob a liderança do Pr. José Wellington Bezerra da Costa, a principal decisão foi a implantação do projeto Década da Colheita, um esforço evangelístico que envolveu praticamente toda a igreja no Brasil. 

Com o crescimento da igreja e a necessidade de um espaço mais adequado para o desenvolvimento de suas atividades, a CGADB inaugurou no dia 26 de novembro de 1996, sua nova sede, no bairro da Vila da Penha, cidade do Rio de Janeiro, em um moderno edifício de 4 andares, onde disponibilizados salas administrativas e um auditório com capacidade para 700 pessoas, além de anexo onde está instalada a EMAD – Escola de Missões das Assembleias de Deus - e uma ampla loja da CPAD – Casa Publicadora das Assembleias de Deus.

No século XXI, a Convenção Geral das Assembleias de Deus no Brasil continua implantando projetos de desenvolvimento de sua participação mais ativa na sociedade brasileira. Dois exemplos desta nova fase são a criação do Conselho Político da CGADB e da Faculdade Evangélica de Ciências, Tecnologia e Biotecnologia da CGADB, a FAECAD.
Fonte: Extraído do site da CGADB

 

 

        CONFERÊNCIA PENTECOSTAL NA AMÉRICA LATINA

 

    Brasil hospedou a 8º edição do encontro mais

 

            importante para a liderança pentecostal

 

Primeiro missionário foi enviado dois anos depois da

 

                             fundação da AD.

 

 

O primeiro missionário assembleiano foi José Plácido da Costa. Ele seguiu para Portugal em 4 de abril de 1913, tornando o pioneiro do Movimento Pentecostal naquele país europeu. José Plácido da Costa era português de nascimento, mas morava no Brasil quando se converteu ao evangelho em Belém do Pará em 1909 na Igreja Batista local. Ele constou entre o grupo dos 18 batistas excluídos por acreditar na doutrina do batismo no Espírito Santo pregada pelos missionários suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg. José Plácido da Costa morreu em 1965, aos 95 anos de idade, em Portugal.

 

As Assembleias de Deus hospedaram a única Conferência Mundial Pentecostal realizada na América Latina

 

Nosso país hospedou uma Conferência Mundial Pentecostal. Foi a oitava edição do encontro mais importante para a liderança pentecostal. O grande evento pentecostal aconteceu no Rio de Janeiro durante os dias 18 a 23 de julho de 1967. As reuniões aconteceram no Maracanãzinho e o encerramento no Estádio do Maracanã. Registros da época falam de uma assistência de 150 mil pessoas no último culto. O tema da Conferência foi “O Espírito Santo glorificando a Cristo”. O presidente do Comitê Nacional foi o pastor Paulo Leivas Macalão e era secretário do Comitê Internacional, o pastor Alcebiades Pereira Vasconcelos. Desde 1947 este evento vem sendo promovido em diferentes partes do planeta por igrejas pentecostais desde 1947. A próxima Conferência vai acontecer em 2010 em Estocolmo, capital da Suécia.

 

Pastor morreu na Suécia por ter contraído malária em visita ao Brasil

 

Em 1954, o pastor sueco Allan Törnberg empreendeu uma viagem pela América do Sul para conhecer o trabalho pentecostal das Assembleias de Deus, visitando primeiramente a Argentina e, em seguida, mais demoradamente, o Brasil. Ele percorreu os Estados do Rio Grande do Sul, Paraná, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Ceará, Pará, Amazonas e Maranhão. Ele contraiu malária no Amazonas e morreu em 1956, na Suécia, em função da doença. Além de pastor, Törnberg era, também, redator do periódico Evangelli Harold e autor de vários hinos cantados com grande aceitação em todas as igrejas escandinavas. Na Harpa Cristã constam três hinos de sua autoria: 295, “Novo Canto de Louvor”; 302, “Em Vez de Murmurares, Canta”; 351, “A Felicidade da Salvação”; e 447, “Nascer de Novo”.

 

 

Pastor Isael de Araujo é responsável pelo Centro de Documentação, Informação e Pesquisa (Cdip) da CPAD e pelo Centro de Estudos do Movimento Pentecostal (CemP). É autor do Dicionário do Movimento Pentecostal (CPAD).

 

 

 

 

As origens batistas da Assembleia de Deus (AD) no Brasil e as diferenças com a coirmã Assemblies of God (AG)

 

A Assembleia de Deus no Brasil possui mais de cem anos de existência, o que vem chamado a atenção de historiadores e sociólogos brasileiros. Dentre as obras publicadas merece destaque o livro de Gedeon de Alencar Assembleias de Deus: Origem, Implantação e Militância, publicada pela Arte Editorial em 2010. A obra de Alencar possui excelente material histórico acerca das origens da maior denominação pentecostal do Brasil. Um dos pontos altos da obra é quando o autor discute as diferenças entre a Assembleia de Deus norte-americana e a brasileira, assim demonstrando o pouco que estas denominações têm em comum. Todavia, como qualquer obra dessa natureza, o livro possui certas limitações em suas análises sociológicas (algo que nunca fui de apreciar). Dentre as quais noto a quase ausência acerca da mentalidade teológica que cercou a origem das Assembleias de Deus, e que a meu ver vale a pena atentar [1].

 

 

Infelizmente, a visão eclesiástica do
 missionário Nils Kastberg prevaleceu

Venho estudando há quase quatro anos em uma instituição teológica batista em Belém do Pará, assim também com tenho pregado em algumas igrejas. É notável observar várias semelhanças entre o “estilo batista de ser” com as Assembleias de Deus, em especial em Belém. Há um compartilhamento das ideias, das virtudes e vicissitudes ainda que já tenham se passado um século e obviamente as diferenças tendem a ficar mais evidentes.

 

Ainda dentro desse contexto, se entende mais a grande diferença entre a Assembleia de Deus  (AD) brasileira e a americana (Assemblies of God- AG).  Algo flagrante, mas aparantemente pouco notado ou enfatizado: são duas denominações diferentes, ainda que semelhantes  (essa semelhança será explicada mais a frente). A história da formação da AD americana, como relatada na Teologia Sistemática editada por Stanley Horton [2]  é uma junção de várias denominações com forte influência metodista e do Movimento de Santidade (além dos batistas). A  igreja brasileira, por usa vez,  é quase que puramente de origem batista. Em outras palavras, a linha de continuidade da AD Brasileira em sua origem se encontra na história batista, em especial da Igreja Batista Sueca (no que tange a cultura e influência teológica geral). Na época o próprio pastor da 1° Igreja Batista em Belém, Erik Nilsson (conhecido como Eurico Nelson), era um batista sueco [3].

 

O próprio Vingren relata em seu diário, ao chegar em Belém,  ainda se apresentava como um batista e não necessariamente como um “pentecostal” [4].  As igrejas em que Vingren e Berg interagiam nos Estados Unidos eram de origem escandinávia, ou seja, eram batistas que haviam abraçado o movimento pentecostal que irrompera a partir de do avivamento em  Azuza, que também deu origem a AD americana. Ou seja, a única coisa que liga as duas AD são o movimento pneumatológico - compartilhadas por ambas em sua origem- e só. Enquanto que o pentecostalismo norte-americano sofria a controvérsia do racismo, Berg e Vingren, pobres e simples, batizavam os mais variados indivíduos, muitos sendo pardos e da classe média baixa. Na mentalidade pentecostal americana não há problemas no ministério pastoral ser exercido por mulheres, algo que fora veementemente rejeitado por Samuel Nyström, o sucessor de  Vingren.   Em sua formação, a AD brasileira inicia-se com uma membresia  essencialmente batista que houvera abraçado o pentecostalismo.

 

Como notado por meu amigo Gutierres Siqueira em artigo anterior [5], as diferenças entre assembleianos americanos e brasileiros, além da visão sobre o ministério feminino, há também outra questão: a interação com o catolicismo romano, muito mais forte na América do Norte do que aqui. A erudição da Assembleia de Deus americana , tanto na sistematização e no biblicismo da teologia pentecostal,  muito rapidamente foi estabelecida, enquanto que no Brasil, apesar de alguns grandes eruditos como Nyström, o destaque maior era a pregação popular e evangelismo pessoal, o que deixou as gerações subsequentes com uma parca herança literária. Esse processo pouco afeito ao estudo sistemático só começou a ser revertido na interação entre as duas AD's em meados dos anos 1950-1960, especialmente a partir da fundação de colégios como o IBAD (Instituto Bíblico da Assembleia de Deus). Essa interação entre as duas igrejas foi um processo bem positivo para a congregação nativa.

 

Porém, diante do quadro em que as Assembleias de Deus se encontram atualmente, levando em consideração sua origem batista, como explicar o sistema eclesiástico atual, intimamente com as controvérsias doutrinárias que cercam a AD? Creio que todas essas questões devem ser analisadas e ponderadas tendo a história batista como auxílio, e partindo dela igualmente na busca de uma solução. É importante notar no aspecto eclesiológico e da Teologia Sistemática.

 

1. A diferente eclesiologia assembleiana:

As igrejas batistas em Belém possuem, em geral, o mesmo principio que norteia os batistas desde a sua origem: a liberdade das igrejas locais e o modelo congregacional, sendo um pastor que direciona a igreja e cada congregação é guiada pela membresia. Como então surgiu esse sistema eclesiástico onde as “igrejas-sedes” ou “mães” dominam as congregações ou  “igrejas filhas”, e estas, por suas vez, estão totalmente sujeitas administravelmente  à vontade do templo-sede? De onde surgiu a hierarquia- com semelhanças do modelo episcopal- todavia secularizado e, até mesmo, opressor em certos momentos? De onde surge a ideia de um “pastor-presidente”, o ser superior aos demais e rodeados pelos asseclas?

 

Ainda que certos problemas e politicagem possam ser vistos nas congregações batistas, é impressionante como isto está acentuado na figura do pastor assembleiano! Um ponto que originou tal realidade é a forte influência militar oriunda dos grades líderes da denominação no decorrer dos anos, como mostrado aqui neste blog em um artigo anterior [6].  Hoje, as Assembleias de Deus sofrem com um forte modelo hierárquico, sendo que nesse caso, quanto maior a hierarquia, maior é a politicagem e a busca pelo poder. Nesse esquema, o diaconato muitas vezes não é visto como um ministério distinto e honroso, mas apenas um degrau na busca pelo pastorado. Cria-se, também, as castas familiares, gerando clãs distintos e até rivais. Porém, a questão é que isso não urge exatamente do nada e é provável que o modelo existente inicialmente tenha surgido com boas intenções, porém o grande desastre na eclesiologia assembleiana se dá na Convenção Geral de 1937. Ali, fora levantada a questão acerca das funções ancião/ presbítero. Esses poderiam serem considerados pastores? As decisões foram tratadas como se segue:

 

A Criação Geral de 1937 compreendeu, citando textos como 1 Pe 5.1, Atos 20.28 e 1 Tm 5.17, que em alguns casos parece haver diferença entre anciãos e anciãos com chamada ao ministério, estabelecendo assim,a  hierarquia eclesiástica que até hoje existe na Assembleia de Deus: diáconos, presbíteros e ministros do Evangelho (pastores e evangelistas)”. [7]

 

Aqui, devido a uma interpretação equivocada dos textos bíblicos citados, faz uma divisão inexistente entre os presbíteros que são chamados de pastores e os presbíteros que não são, sendo que os presbíteros como “chamados” estariam, assim, hierarquicamente acima dos demais. Tal interpretação, que ao que tudo indica tem origem no missionário Nils Kastberg, quando publicou um artigo noMensageiro da Paz que influenciou as deliberações da convenção de 1937 [8]. Ora, por mais que tenha gerado resultados positivos para a igreja no início, mas ainda assim  há um grande problema: não encontra um respaldo bíblico consistente. Esse modelo gerou um estilo eclesiástico que é praticamente paralelo ao sistema episcopal básico: há o pastor-presidente (arcebispo), que por sua vez, comanda uma diocese, ou seja, igrejas que são dirigidas por bispos (pastores que governam determinados bairros). Que por sua vez comandam os reitores, que são os sacerdotes da igrejas (os pastores locais, que possuem por vezes o título de evangelista). Tal sistema claramente entra em choque com uma visão batista de um governo congregacional, pelo menos no que tange a centralidade de poderes.  Tal estilo de modelo não encontra respaldo suficiente no Novo Testamento, tende a ser regido pelo secularismo, prejudica a vida da igreja e favorece a centralização de poder. Esse modelo deve ser extirpado!

 

Há uma necessidade de voltarmos a uma estrutura congregacional que ainda reside de maneira enfraquecidas em muitas igreja locais. As igrejas locais devem ser guiadas por um grupo de presbíteros, que cuidem do trabalho pastoral de pregação e ensino (talvez orientada por alguns dentre eles como pastores regulares). A igreja local precisa respirar certa independência. Em meu entendimento, o modelo presbiteriano é o mais bíblico e recomendável. Caso essa mudança seja ainda para um futuro mais distante, uma congregação local,  com multiplicidade de presbíteros é um bálsamo bem-vindo [9].

 

1.1 A questão do ministério feminino.

 

A história das Assembleias de Deus no Brasil é marcada por mulheres valorosas, de oração e do Evangelho. Tal atuação não pode ser menosprezada. Cada vez mais vêm se destacando a esquecida obra de Frida Vingren nos primeiros anos da Assembleia de Deus, sendo que é louvável  destacar a importância dessa mulher na obra de Cristo.

 

Todavia, junto com a homenagem, vem o pacote ideológico: havendo a Assembleia de Deus cercada por tão grandes mulheres, logo não deveria legitimar o pastorado feminino? Minha resposta é simplesmente um franco não. E a razão é bem simples: Nesses momentos, costuma-se usar em prol de um ministério feminino as mais variadas formas de argumentos, menos a Bíblia. Posso certamente discordar do tratamento dado a Frida em certas ocasiões, mas isso não me dá a justificativa para apoiar os seus equívocos. Como escrevi a alguns atrás [10], não encontrando o mínimo respaldo bíblico para mulheres no pastorado. Os que encontram simplesmente solapam a Bíblia nesta questão. Creio ter sido acertada a firmeza doutrinária de Nyström a quase um século atrás nesta questão [11]. A meu ver,  não estamos somente sendo fiéis as nossas raízes, mas a Palavra de Deus.

 

2. A teologia dogmática assembleiana.

 

O distintivo teológico assembleiano sem dúvida se dá no âmbito da pneumatologia, por isso, é mais do que urgente que nossas Assembleias de Deus tenham uma doutrina sólida e sadia à respeito dos dons do Espírito. Nisso, os teólogos assembleianos da América do Norte já produziram material vastíssimo e extremamente útil nos tempos em que vemos as doutrinas pseudopentecostais invadido nossa denominação e solapando o pentecostalismo clássico. A interação que houve entre as duas AD's e a influência positiva no âmbito de uma pneumatologia pentecostal e o aprofundamento em uma teologia saudável, fiel às Escrituras, deve permanecer. A CPAD (Casa Publicadora das Assembleias de Deus) vem publicando excelentes obras, porém, muito ainda pode ser feito. Das obras de Donald Gee, célebre líder pentecostal, o único livro que continua a ser publicado pela editora é “Pentecoste”, que recebeu um novo título: “Como receber o Batismo com o Espírito Santo”. Creio que uma nova edição, com a volta do título original, seria de grande valia, assim também com outros livros de Gee, que foram publicados por outras editoras como,  por exemplo, os livretos Acerca dos Dons espirituais e os Dons do Ministério de Cristo, hoje encontrados apenas em sebos, assim também como o comentário ao livro de Atos feito por Stanley Horton.

 

Porém, o fator continuidade não  pode ser menosprezado. Haja vista o fato de que a Assembleia de Deus no Brasil possui uma íntima ligação batista, é de extrema importância que mais e mais haja interação com a tradição batista. É essencial que o obreiro assembleiano conheça nomes como Charles Spurgeon, Benjamim Keach, John Gill, John Smyth e vários nomes da tradição teológica de onde viemos. Negar tal herança é presunção e adquirir uma visão ex-nihilo do surgimento da denominação,  

 

Há outro importante que vem se destacando no cenário assembleiano: a crescente influência da Teologia Reformada, também conhecida como Teologia Calvinista.

 

2.1 Assembleianos calvinistas.

 

Ao contrário do que se pensa, a questões envolvendo o calvinismo e o Movimento Pentecostal no Brasil estão mais próximos do que o comumente pensado. Isso vale em especial para a Assembleia de Deus. Logo no início, destaca-se as figuras de Adriano Nobre e Manuel Higino como um exemplo disso. Adriano, o presbiteriano que simpatizou com Berg e Vingren, e que mais tarde se tornou assembleiano, obviamente trouxe à igreja um toque de sua bagagem teológica. A primeira igreja da Assembleia de Deus no Ceará foi uma Igreja Presbiteriana independente que aceitou a doutrina pentecostal (e logo foi orientada espiritualmente por Nobre). Porém, o caso mais latente foi o ocorrido pelos irmão Manoel e João Higino, que resultou em sua excomunhão da Assembleia de Deus e a formação da igreja Assembleia de Cristo (mais tarde Igreja de Cristo).

 

A saída dos irmãos Higino e companheiros é pouco explorada ou citada nos livros de história assembleianos. Em sua História da Convenção, Silas Daniel nem mesmo cita o motivo da exclusão. Alencar afirma que Manoel Higino era um “calvinista ortodoxo”. As informações não são de fácil acesso. A mais confiável é encontrada no site da Igreja de Cristo em Parque Genibaú, na seção História [12]. Dentre os separatistas junto a Higino estava João Vicente de Queirós. Segundo ele, as controvérsias envolvendo Gunnar Vingren e Samuel Nystrom, com a formação dos dois periódicos e hinários distintos (respectivamente,  o Som Alegre e Boa Semente, e o Saltério e a Harpa Cristã) não havia chegado ao conhecimento de Queiroz e outros, que fundariam a Igreja de Cristo.

 

Quando o Mensageiro da Paz foi oficializado (na Convenção de 1930) [13], o missionário Nils Kastberg foi um dos mais conhecidos articulistas. Em uma das edições do Mensageiro da Paz surge um problema doutrinário: em uma mesma edição saíram dois artigos bem diferentes na essência. Em uma, José Bezerra de Menezes falava acerca da justificação pela fé e (segundo Queiroz) a salvação eterna do crente justificado. Em contrapartida, na mesma edição, havia um escrito de Kastberg acerca do dízimo, onde este afirma: “Que os irmãos trouxessem os dízimos ao tesouro da Igreja, porque é um dever de cada crente, e tomassem cuidado, porque muitos crentes já estavam no inferno, por não pagarem os dízimos do Senhor”. A salvação condicionada pelo dízimo de Kastberg transtornou os calvinistas assembleianos, defensores da salvação eterna. Outro problema surgido esteve na  4° edição da Harpa Cristã de 1932, onde o hino 138 de José Felinto aludia à segurança da salvação eterna na 1° estrofe, ao passo que o hino 418 de Jahn Sorheim, na última estrofe, se admitia-se a possibilidade de perder a salvação [14]. Então, a partir daí, os calvinistas assembleianos elegem Manoel Higino como o representante para levar uma carta endereçada a Nils Kastberg para  reunir uma Convenção a fim de debater a questão. A resposta de Kastberg fora incisiva. Ele afirmou “estar de acordo com os ensinos da salvação condicional, e quem estivesse aborrecido que saíssem para onde quisessem...”. A partir daí,  os calvinistas entregaram suas credenciais de obreiros e foram oficialmente excomungados da denominação na convenção de 1933. Uma tentativa de aproximação foi feita em 1933, porém ,com a firmeza de Higino nesta questão, a separação foi total. A partir daí, formou-se a Assembleia de Cristo (futura Igreja de Cristo), com uma soteriologia da certeza da salvação e um governo congregacional. Logo, uma fórmula popular de arminianismo (que depois se solidificou) espalhou-se no meio assembleiano, até tempos recentes, onde se vê cada vez mais um ressurgimento do calvinismo na denominação.

 

2.2 Assembleianos Calvinistas hoje.

 

Cada vez mais evidencia-se grupos que aderem ao calvinismo ou são simpatizantes deste nas fileiras assembleianas. A própria CPAD vem publicando obras teor reformado nos últimos anos, com a publicação de obras escritas por autores como Jonathan Edwards, Matthew Henry,  D. A. Carson, John Piper, R. C. Sproul, todos de orientação reformada [15]. Tal concepção teológica é boa e salutar, tendo em muito para contribuir para a AD americana, apesar de várias objeções já feitas, tanto por outros reformados quanto pelos assembleianos de uma linha mais arminiana. As doutrinas pentecostais não entram em choque com relação às doutrinas reformadas [16]. Hoje, inclusive , nomes como Wayne Grudem, John Piper e até mesmo Lloyd-Jones possuem uma pneumatologia que se assemelha a uma vertente pentecostal, sendo que todos eram (ou são) firmemente reformados. Diante disso, deve ser assegurado aos obreiros calvinistas que estão nas fileiras ministeriais da Assembleia de Deus a liberdade teológica no exercício de seu ministério. Um ponto importante porém, é ressaltar o conhecimento destes com relação ao diferencial da pneumatologia pentecostal, o que nos distingue como movimento e denominação.

 

Conclusão

 

Ao analisar a historia assembleiana brasileira vemos que as Assembleia de Deus no Brasil segue uma linha bastante distinta da americana (AG). A sua origem e influência está atrelada a Igreja Batista no Brasil, assim como a influência sueca. A primeira congregação assembleiana no Brasil era uma igreja batista que adotara uma pneumatologia pentecostal. Tanto Berg, Erik Nelson e Vingren tinham uma origem nas igreja batistas da Suécia. É essencial que o pentecostal assembleiano saiba as suas origens e a explore positivamente, recebendo a herança batista disponível também a ele, o que o fortalecerá em sua teologia. Os assembleianos devem retomar um modelo que garanta a auto-suficiência da igreja local  em todos os aspectos possíveis. Deve aprender (ou reaprender) também com a tradição batista a liberdade aos que seguem a doutrina reformada. Atitudes como as tomadas na convenção de 1937 não caberiam no contexto atual. A liberdade a obreiros de linha reformada deve ser mantida, sempre também mantendo os princípios assembleianos como uma elevada visão da Sagrada Escritura e a manifestação dos dons espirituais e um revestimento de poder pós-conversão. Certamente que,  com resoluções mais bíblicas, toda a família assembleiana será abençoada.

 

Soli Deo Gloria

 

Notas:

 

[1] Outra falha vista na obra de Alencar (para um assembleiano paraense é quase um pecado imperdoável) é a visão apresentada por ele acerca de Daniel Berg. Em sua perspetiva, Berg não contribuiu para a formação da denominção, sendo que enquanto este dirigiu-se para a “periferia”, tornar-se inexistente  Vingren é que fomentou o desenvolvimento da igreja. É óbvio que Vingren fez bastante,  porém o trabalho de Berg foi pioneiro e excepcional.  Primeiramente, fora ele quem arrumou um trabalho secular para bancar as aulas de português de Vingren, sendo inicialmente criticado por este, que não queria vê-lo envolvido com um trabalho secular (Enviado de Deus, p. 50-51). Foi ele quem praticamente fundou as primeiras congregações de crentes na Ilha de Marajó, Bragança e outros interiores, sendo uma espécia de desbravador evangélico do Pará mais habitável.  A grande questão é que, em termo missiológicos, o trabalho de Berg foi mais amplo e em certo sentido, ainda mais empreendedor do que o de Vingren. A memória e influência de Berg ainda é sentida até hoje nessas igrejas paraenses. Por isso, a afirmação de Alencar que nos primeiros 20 anos quem lidera a igreja é Gunnar e Frida Vingren (ou quem sabe, apenas Frida) é simplesmente uma interpretação ideológica insustentável diante da evidência histórica.

 

[2] Horton, Stanley (ed). Teologia Sistemática: uma perspectiva pentecostal. Rio de Janeiro: CPAD,1996. p. 11-41.

 

[3] Erik Nilsson, conhecido como Eric Nelson pelos americanos e Eurico Nelson pelos brasileiros,  e, também,  conhecido no meio batista como o “apóstolo da Amazônia”, foi um missionário pioneiro na região do Pará. Sua história, incrivelmente, tem certos paralelos com a de Vingren e Berg, em especial deste último.  Quando chegou ao Brasil, Erik não era um pastor ordenado, nem tampouco fora enviado por alguma  junta missionária (duas coisas que aconteceriam posteriormente). Assim como Berg, foi um colportor e vendia bíblias, o que lhe dava oportunidade de evangelismo e meio de sustento. Depois de amargar grandes dificuldades iniciais, conseguiu através da pregação formar um bom número de membros em Belém do Pará, associando-se com o célebre Salomão Ginsburg, missionário judeu da Junta de Richmmond. Sua vida é marcada por lutas e sofrimentos, além  de várias perseguições. Segundo John Landers, em sua tese de doutorado em filosofia pela Texas Christian University, afirma que apesar de certa apreensão com Vingren e Berg, Nelson (nas palavras de Landers) “apreciava seu entusiasmo”(LANDERS, The First Baptist Missionary on the Amazon,1891-1939,p.88). Quando Berg e Vingren foram excomungados da igreja, Nelson não estava presente.

 

 

[4] Quando chegaram em Belém,  Vingren e Berg se encontraram com Justus Nelson, pastor metodista, identificaram-se ainda como batistas, motivo pelo qual Nelson os encaminhou para a Primeira Igreja Batista (VINGREN, Diário do Pioneiro, p.36). Após a saída dos dois missionários pentecostais, Eurico Nelson escreveu uma carta justificando que aceitara os dois missionários escandinavos por eles terem se identificado como batistas. Acerca disso, Laners firma: “Devido ao Movimento Pentecostal estava ainda em processo de desenvolver-se em uma denominação separada, é possível que Vingren e Berg tivessem esperança de permanecer dentro da denominação batista no  Brasil e levar todo o grupo para os ensinamentos pentecostais” (LANDERS, Op. Cit. p.90). 




         100 ANOS DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS NO BRASIL

 

       A origem da denominação está no fogo do 

     reavivamento que varreu o mundo no século 20

 

"Pouco tempo depois, Gunnar Vingren participou de uma convenção de igrejas batistas, em Chicago. Essas igrejas aceitaram o Movimento Pentecostal. Ali ele conheceu outro jovem sueco que se chamava Daniel Berg. Esse jovem também fora batizado com o Espírito Santo.

Após uma ampla troca de informações, experiências e idéias, Daniel Berg e Gunnar Vingren descobriram que Deus os estava guiando numa mesma direção, isto é: o Senhor desejava enviá-los com a mensagem do Evangelho a terras distantes, mas nenhum dos dois sabia exatamente para onde seriam enviados.

Algum tempo depois, Daniel Berg foi visitar o pastor Vingren em South Bend. Durante aquela visita, quando participavam de uma reunião de oração, o Senhor lhes falou, através de uma mensagem profética, que eles deveriam partir para pregar o evangelho e as bênçãos do avivamento pentecostal. O lugar tinha sido mencionado na profecia: Pará. Nenhum dos presentes conhecia aquela localidade. Após a oração, os dois jovens foram a uma biblioteca à procura de um mapa que lhes indicasse onde o Pará estava localizado. Foi quando descobriram que se tratava de um estado do Norte do Brasil". 

História das Assembléias de Deus no Brasil, Emílio Conde - CPAD 

No início do século XX, apesar da presença de imigrantes alemães e suíços de origem protestante e do valoroso trabalho de missionários de igrejas evangélicas tradicionais, nosso país era ainda quase que totalmente católico.

A origem das Assembléias de Deus no Brasil está no fogo do reavivamento que varreu o mundo por volta de 1900, início do século 20, especialmente na América do Norte.

Os participantes desse reavivamento foram cheios do Espírito Santo da mesma forma que os discípulos e os seguidores de Jesus durante a Festa Judaica do Pentecostes, no início da Igreja Primitiva (Atos cap. 2). Assim, eles foram chamados de "pentecostais". 

Exatamente como os crentes que estavam no Cenáculo, os precursores do reavivamento do século 20 falaram em outras línguas que não as suas originais quando receberam o batismo no Espírito Santo. Outras manifestações sobrenaturais tais como profecia, interpretação de línguas, conversões e curas também aconteceram (Atos cap. 2).

Em 19 de novoembro de 1910, os jovens suecos Gunnar Vingren e Daniel Berg aportaram em Belém, capital do estado do Pará, vindos dos EUA. A princípio, freqüentaram a Igreja Batista, denominação a que ambos pertenciam nos Estados Unidos. Eles traziam a doutrina do batismo no Espírito Santo, com a glossolalia - o falar em línguas estranhas - como a evidência inicial. A manifestação do fenômeno já vinha ocorrendo em várias reuniões de oração nos EUA (e também de forma isolada em outros países), principalmente naquelas que eram conduzidas por Charles Fox Parham, mas teve seu apogeu inicial através de um de seus principais discípulos, um pastor negro leigo, chamado William Joseph Seymour, na Rua Azusa, Los Angeles, em 1906.

Quando Daniel Berg e Gunnar Vingren, chegaram ao Brasil, ninguém poderia imaginar que aqueles dois jovens suecos estavam para iniciar um movimento que alteraria profundamente o perfil religioso e até social do Brasil por meio da pregação de Jesus Cristo como o único e suficiente Salvador da Humanidade e a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais. As denominações evangélicas existentes na época ficaram bastante incomodadas com a nova doutrina dos missionários, principalmente por causa de alguns irmãos que se mostravam abertos ao ensino pentecostal. Celina de Albuquerque, na madrugada do dia 18 de junho de 1911 foi a primeira crente da igreja Batista de Belém a receber o batismo no Espírito Santo, o que não demorou a ocorrer também com outros irmãos.

 

 A nova doutrina trouxe muita divergência naquela comunidade, pois um número cada vez maior de membros curiosos visitava a residência de Berg e Vingren, onde realizavam reuniões de oração. Enquanto um grupo aderiu, outro rejeitou. Assim, em duas assembléias distintas, conforme relatam as atas das sessões, os dezenove adeptos do pentecostalismo foram desligados. Convictos e resolvidos a se organizar, em 18 de junho de 1911, juntamente com os missionários estrangeiros, fundaram uma nova igreja e adotaram o nome de Missão da Fé Apostólica.

 

 Este foi o primeiro nome dado ao Movimento Pentecostal nos Estados Unidos a partir de 1901 e era também empregado pelo movimento de Los Angeles, mas sem qualquer vínculo administrativo da nova igreja brasileira com William Joseph Seymour. A partir de então, passaram a reunir-se na casa de Celina de Albuquerque. Mais tarde, em 18 de janeiro de 1918 a nova igreja, por sugestão de Gunnar Vingren, foi registrada como Assembléia de Deus, em virtude da fundação das Assembléias de Deus nos Estados Unidos, em 1914, em Hot Springs, Arkansas, mas, outra vez, sem qualquer ligação institucional entre ambas as igrejas. 

Em poucas décadas, a Assembléia de Deus, a partir de Belém do Pará, onde nasceu, começou a penetrar em todas as vilas e cidades até alcançar os grandes centros urbanos como São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Porto Alegre. As Assembléia de Deus se expandiram pelo Estado do Pará, alcançaram o Amazonas, propagaram-se para o Nordeste, principalmente entre as camadas mais pobres da população. Chegaram ao Sudeste pelos idos de 1922, através de famílias de retirantes do Pará, que se portavam como instrumentos voluntários para estabelecer a nova denominação aonde quer que chegassem. Nesse ano, a igreja teve início no Rio de Janeiro, no bairro de São Cristóvão, e ganhou impulso com a transferência de Gunnar Vingren, de Belém, PA, em 1924, para a então capital da República. Um fato que marcou a igreja naquele período foi a conversão de Paulo Leivas Macalão, filho de um general, através de um folheto evangelístico. Foi ele o precursor do assim conhecido Ministério de Madureira, como veremos adiante. 

A influência sueca teve forte peso no início da formação assembleiana brasileira, em razão da nacionalidade de seus fundadores, e graças à igreja pentecostal escandinava, principalmente a Igreja Filadélfia de Estocolmo, que, além de ter assumido nos anos seguintes o sustento de Gunnar Vingren e Daniel Berg, enviou outros missionários para dar suporte aos novos membros em seu papel de fazer crescer a nova Igreja. 

 

Desde 1930, quando se realizou a primeira Convenção Geral dos pastores na cidade de Natal, RN, as Assembléias de Deus no Brasil passaram a ter autonomia interna, sendo administrada exclusivamente pelos pastores residentes no Brasil, sem contudo perder os vínculos fraternais com a igreja na Suécia. A partir de 1936 a igreja passou a ter maior colaboração das Assembléias de Deus dos EUA através dos missionários enviados ao país, os quais se envolveram de forma mais direta com a estruturação teológica da denominação.

Em virtude de seu fenomenal crescimento, os pentecostais começaram a fazer diferença no cenário religioso brasileiro. De repente, o clero católico despertou para uma possibilidade jamais imaginada: o Brasil poderia vir a tornar-se, no futuro, uma nação protestante. Tal possibilidade se tornou ainda mais real com a divulgação entre o final de 2006 e início de 2007 por um instituto de pesquisa de que, com vinte milhões de fiéis, o Brasil é o maior país pentecostal do mundo.


O que são as Assembléias de Deus


As Assembléias de Deus são uma comunidade protestante, segundo os princípios da Reformada Protestante pregada por Martinho Lutero, no século 16, contra a Igreja Católica. Cremos que qualquer pessoa pode se dirigir diretamente a Deus baseada na morte de Jesus na cruz. Este é um relacionamento pessoal e significativo com Jesus. Embora sejamos menos formais em nossa adoração a Deus do que muitas denominações protestantes, a Assembléia de Deus se identifica com eles na fundamentação bíblica-doutrinária, com exceção da doutrina pentecostal (Hebreus 4.14-16; 6.20; Efésios 2.18). 

As Assembléias de Deus são uma igreja evangélica pentecostal que prima pela ortodoxia doutrinária. Tendo a Bíblia como a sua única regra de fé e prática, acha-se comprometida com a evangelização do Brasil e do mundo, conformando-se plenamente com as reivindicações da Grande Comissão.

A doutrina que distingue as Assembléias de Deus de outras igrejas diz respeito ao batismo no Espírito Santo. As Assembléias de Deus crêem que o batismo no Espírito Santo concede aos crentes vários benefícios como estão registrados no Novo Testamento. Estes incluem poder para testemunhar e servir aos outros; uma dedicação à obra de Deus; um amor mais intenso por Cristo, sua Palavra, e pelos perdidos; e o recebimento de dons espirituais (Atos 1.4,8; 8.15-17).

As Assembléias de Deus crêem que quando o Espírito Santo é derramado, ele enche o crente e fala em línguas estranhas como aconteceu com os 120 crentes no Cenáculo, no Dia de Pentecoste. Embora esta convicção pentecostal seja distintiva, as Assembléias de Deus não a têm como mais importante do que as outras doutrinas (Atos 2.4).

O seu Credo de Fé realça a salvação pela fé no sacrifício vicário de Cristo, a atualidade do batismo no Espírito Santo e dos dons espirituais e a bendita esperança na segunda vinda do Senhor Jesus. Consciente de sua missão, as Assembléias de Deus não prevalecem do fato de ter, segundo dados do IBGE (Censo 2000), mais de oito milhões de membros. Apesar de sua força e penetração social, optou por agir profética e sacerdotalmente. Se por um lado, protesta contra as iniqüidades sociais, por outro, não pode descuidar de suas responsabilidades intercessórias.


Sua estrutura Administrativa 

As Assembléias de Deus estão organizadas em forma de árvore, onde cada Ministério é constituído pela Igreja-Sede com suas respectivas igrejas filiadas, congregações e pontos de pregação.

As igrejas Assembléias de Deus atuam em cada lugar sem estarem ligadas administrativamente à uma instituição nacional. A ligação nacional entre as igrejas é feita através dos seus pastores que são filiados a convenções estaduais que, por sua vez, se vinculam a uma Convenção de caráter nacional.

Em cada estado os pastores estão ligados a convenções regionais e a ministérios. Essas convenções, em geral, credenciam evangelistas e pastores, cuidam de assuntos da liderança e de direção das igrejas. Essas convenções operam um tipo de liderança regional entre a igreja local e a Convenção Geral.

A Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil (CGADB) é dirigida por uma Mesa Diretora, eleita a cada dois anos numa Assembléia Geral. Para várias áreas de atividades das Assembléias de Deus a CGADB tem um conselho ou uma comissão. Desta forma, existem o Conselho Administrativo da Casa Publicadora (CPAD), o Conselho de Educação e Cultura Religiosa, o Conselho de Doutrinas, o Conselho Fiscal, o Conselho de Missões, a Secretaria Nacional de Missões (SENAMI), a Escola de Missões das Assembléias de Deus (EMAD) e a Faculdade Evangélica de Tecnologia, Ciências e Biotecnologia da CGADB (FAECAD). 

A CGADB possui sede no Rio de Janeiro e pode ser considerada o tronco da denominação por ser a entidade que desde o princípio deu corpo organizacional à Igreja, e a quem pertence a patente do nome no país. 

As Assembléias de Deus brasileira tem passado por várias cisões que deram origem a diversas convenções e ministérios, com administração autônoma, em várias regiões do país. O mais expressivo dos ministérios é o Ministério de Madureira, cuja igreja já existia desde os idos da década de 1930, fundada pelo pastor Paulo Leivas Macalão e que, em 1958, serviu de base para a estruturação nacional do Ministério por ele presidido, até a sua morte, no final de 1982. Ela deu origem à seguinte entidade:


Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira

À medida que os anos se passavam, os pastores do Ministério de Madureira (assim conhecido por ter sua sede no bairro de mesmo nome, no Rio de Janeiro), sob a liderança do pastor (hoje bispo) Manoel Ferreira, se distanciavam das normas eclesiásticas da CGADB, segundo a liderança da época, que, por isso mesmo, realizou uma Assembléia Geral Extraordinária em Salvador, BA, em setembro de 1989, onde esses pastores foram suspensos até que aceitassem as decisões aprovadas. Por não concordarem com as exigências que lhes eram feitas, se organizaram numa nova entidade, hoje com cerca de 2 milhões de membros, no Brasil e exterior. Dessa forma surgiu a Convenção Nacional das Assembléias de Deus no Brasil - Ministério de Madureira - CONAMAD, fundada em 1988.


Outros ramos

Há, ainda, vários ministérios e um grande número de igrejas independentes que usam a nomenclatura Assembléia de Deus, em diversas regiões do país, que atuam sem vinculação com a CGADB ou com a CONAMAD.


O Compromisso com a Proclamação da Palavra de Deus

Sendo uma comunidade de fé, serviço e adoração, as Assembléias de Deus não podem furtar-se às suas obrigações - proclamar o evangelho de Cristo e promover espiritual, moral e socialmente o povo de Deus. Somente assim, estaremos nos firmando, definitivamente, como agência do Reino de Deus.

As Assembléias de Deus não são a única igreja. Deus está usando muitos outros para alcançar o mundo para Ele. Nos cenários brasileiro e mundial somos uma das muitas denominações comprometidas em conduzir crianças, adolescentes, jovens e adultos a Cristo.

Nossa oração nas Assembléias de Deus é que sejamos usados por Deus para ajudar os perdidos e propiciar um ambiente onde o Espírito Santo possa realizar sua obra especial na vida dos que crêem.


Para mais informações, visite o site da CGADB: www.cgadb.com.br

Fonte: CPAD, Wikipedia e Dicionário do Movimento Pentecostal

 

 

                                      CONHEÇA A HISTÓRIA DA CPAD

 

A Casa teve um início humilde e cresceu com muitas conquistas pela graça de Deus

 

A história da CPAD - Casa Publicadora das Assembleias de Deus - começa, oficialmente, em 13 de março de 1940, quando foi organizada juridicamente no Rio de Janeiro. Antes disso, na década de 30, já circulavam o jornal Mensageiro da Paz (MP), as revistas “Lições Bíblicas” e alguns livros e folhetos, que eram publicados em gráficas particulares. 

O primeiro registro do sonho de se fundar uma Casa Publicadora consta nas atas da assembleia geral da CGADB, realizada na AD de Belém do Pará, em 1936. Na ocasião, o missionário Nils Kastberg apresentou a proposta da Casa. O desejo de possuir oficinas gráficas próprias também foi registrado no jornal Mensageiro da Paz, em 1938, na coluna do jornalista Emílio Conde.

 


Em 1940, o presidente Getúlio Vargas exigiu, através de um decreto, que todos os jornais fossem registrados no Departamento de Imprensa e Propaganda (D.I.P.), órgão que regulava a imprensa. O decreto estabelecia também que somente entidades com personalidade jurídica poderiam possuir jornais. Visto isso, para não ter que interromper a veiculação do jornal MP, o missionário Samuel Nyström, então pastor da AD de São Cristóvão (RJ), pediu ao presbítero Lauro Soares que providenciasse a elaboração de um estatuto de uma Casa Publicadora e que fizesse o seu devido registro em cartório. Feito isso, nasceu a CPAD que se tornou a proprietária do Mensageiro da Paz.

No ano de 1946, a gráfica que imprimia o jornal MP estava para ser desapropriada. Por esse motivo, a CGADB lançou a “Campanha do Milhão” em favor da Casa para a aquisição de uma máquina tipográfica. Outra medida tomada pela Convenção Geral foi o estabelecimento do dia 7 de setembro de cada ano como o “Dia da Casa Publicadora”, ocasião em que as Assembleias de Deus de todo o país recolhiam ofertas especiais para a CPAD. Foi isso que fez com que por muitos anos a editora pudesse se manter, apesar das muitas demandas e dificuldades que foram surgindo.

Em janeiro de 1949, o Mensageiro da Paz passou a ser impresso pela editora em suas próprias impressoras (foto ao lado). Já na década de 60, a grande conquista foi a inauguração da sede da CPAD na Estrada Vicente de Carvalho (zona norte do Rio de Janeiro), onde permaneceu por 22 anos. Em 1977, foi lançada a revista “O Obreiro”, terceiro periódico da Casa, destinado à edificação de ministros e oficiais das Assembleias de Deus e, em 1978, começou a circular a revista “Jovem Cristão”, primeiro periódico totalmente em cores lançado pela CPAD.

Com o passar dos anos e a chegada da década de 90, a Casa ainda tinha uma presença muito tímida no mercado editorial evangélico brasileiro para uma editora que representa a maior denominação evangélica do país. A partir desse momento, uma nova postura foi adotada: transformar a Casa Publicadora numa editora moderna.

Em 25 de janeiro de 1992, a Casa Publicadora foi transferida para Bangu (zona oeste carioca) e, em 4 de março de 1993, Ronaldo Rodrigues de Souza, administrador de empresas e publisher, foi empossado diretor-executivo da CPAD. A partir desse ano até hoje, a CPAD entrou em um período sólido de prosperidade administrativa, editorial e financeira que nunca experimentara em toda a sua história.

Com esse novo pensamento, nos últimos anos, a tiragem de revistas de Escola Dominical passou de 1 milhão para mais de 2,2 milhões trimestrais. Com isso, a cada três meses mais de dois milhões de novos alunos aprendem a Palavra de Deus todos os domingos. É a CPAD cumprindo o seu papel como a editora da Escola Dominical. Antes, eram vendidos 60 mil livros por ano, atualmente, são mais de 700 mil obras que atendem diversos segmentos de nossa igreja. Destacam-se as teológicas, comentário e dicionários. 

Para atender aos países de fala hispânica e aos latinos morando nos EUA, a CPAD fundou, em 1997, aEditorial Patmos, seu braço editorial internacional com sede na Flórida. 

No final do ano 2000, foi inaugurado um moderno prédio administrativo e editorial no mesmo terreno em Bangu para melhor acomodar a crescente equipe (foto ao lado). Nesses últimos anos, a editora adquiriu novas filiais e as modernizou, aproximando-se mais dos clientes e proporcionando conforto a eles. A intenção atual da Casa é implantar uma filial em cada estado do Brasil e mais uma na África.

FONTE