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liderança cristã P.3
liderança cristã P.3

 

QUALIFICAÇÕES MORAIS DO PASTOR

 

1 Tm 3.1,2 “Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja. Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigilante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar.”

 

Se algum homem deseja ser “bispo” (gr. episkopos, i.e., aquele que tem sobre si a responsabilidade pastoral, o pastor), deseja um encargo nobre e importante (3.1). É necessário, porém, que essa aspiração seja confirmada pela Palavra de Deus (3.1-10; 4.12) e pela igreja (3.10), porque Deus estabeleceu para a igreja certos requisitos específicos. Quem se disser chamado por Deus para o trabalho pastoral deve ser aprovado pela igreja segundo os padrões bíblicos de 3.1-13; 4.12; Tt 1.5-9. Isso significa que a igreja não deve aceitar pessoa alguma para a obra ministerial tendo por base apenas seu desejo, sua escolaridade, sua espiritualidade, ou porque essa pessoa acha que tem visão ou chamada. A igreja da atualidade não tem o direito de reduzir esses preceitos que Deus estabeleceu mediante o Espírito Santo. Eles estão plenamente em vigor e devem ser observados por amor ao nome de Deus, ao seu reino e da honra e credibilidade da elevada posição de ministro.

 

(1) Os padrões bíblicos do pastor, como vemos aqui, são principalmente morais e espirituais. O caráter íntegro de quem aspira ser pastor de uma igreja é mais importante do que personalidade influente, dotes de pregação, capacidade administrativa ou graus acadêmicos. O enfoque das qualificações ministeriais concentra-se no comportamento daquele que persevera na sabedoria divina, nas decisões acertadas e na santidade devida. Os que aspiram ao pastorado sejam primeiro provados quanto à sua trajetória espiritual (cf. 3.10). Partindo daí, o Espírito Santo estabelece o elevado padrão para o candidato, i.e., que ele precisa ser um crente que se tenha mantido firme e fiel a Jesus Cristo e aos seus princípios de retidão, e que por isso pode servir como exemplo de fidelidade, veracidade, honestidade e pureza. Noutras palavras, seu caráter deve demonstrar o ensino de Cristo em Mt 25.21 de que ser “fiel sobre o pouco” conduz à posição de governar “sobre o muito”.

 

(2) O líder cristão deve ser, antes de mais nada, “exemplo dos fiéis” (4.12; cf. 1Pe 5.3). Isto é: sua vida cristã e sua perseverança na fé podem ser mencionadas perante a congregação como dignas de imitação.

(a) Os dirigentes devem manifestar o mais digno exemplo de perseverança na piedade, fidelidade, pureza em face à tentação, lealdade e amor a Cristo e ao evangelho (4.12,15).

(b) O povo de Deus deve aprender a ética cristã e a verdadeira piedade, não somente pela Palavra de Deus, mas também pelo exemplo dos pastores que vivem conforme os padrões bíblicos. O pastor deve ser alguém cuja fidelidade a Cristo pode ser tomada como padrão ou exemplo (cf. 1Co 11.1; Fp 3.17; 1Ts 1.6; 2Ts 3.7,9; 2Tm 1.13).

 

(3) O Espírito Santo acentua grandemente a liderança do crente no lar, no casamento e na família (3.2,4,5; Tt 1.6). Isto é: o obreiro deve ser um exemplo para a família de Deus, especialmente na sua fidelidade à esposa e aos filhos. Se aqui ele falhar, como “terá cuidado da igreja de Deus?” (3.5). Ele deve ser “marido de uma [só] mulher” (3.2). Esta expressão denota que o candidato ao ministério pastoral deve ser um crente que foi sempre fiel à sua esposa. A tradução literal do grego em 3.2 (mias gunaikos, um genitivo atributivo) é “homem de uma única mulher”, i.e., um marido sempre fiel à sua esposa.

 

(4) Consequentemente, quem na igreja comete graves pecados morais, desqualifica-se para o exercício pastoral e para qualquer posição de liderança na igreja local (cf. 3.8-12). Tais pessoas podem ser plenamente perdoadas pela graça de Deus, mas perderam a condição de servir como exemplo de perseverança inabalável na fé, no amor e na pureza (4.11-16; Tt 1.9). Já no AT, Deus expressamente requereu que os dirigentes do seu povo fossem homens de elevados padrões morais e espirituais. Se falhassem, seriam substituídos (ver Gn 49.4 nota; Lv 10.2 nota; 21.7,17 notas; Nm 20.12 nota; 1Sm 2.23 nota; Jr 23.14 nota; 29.23 nota).

 

(5) A Palavra de Deus declara a respeito do crente que venha a adulterar que “o seu opróbrio nunca se apagará” (Pv 6.32,33). Isto é, sua vergonha não desaparecerá. Isso não significa que nem Deus nem a igreja perdoará tal pessoa. Deus realmente perdoa qualquer pecado enumerado em 3.1-13, se houver tristeza segundo Deus e arrependimento por parte da pessoa que cometeu tal pecado. O que o Espírito Santo está declarando, porém, é que há certos pecados que são tão graves que a vergonha e a ignomínia (i.e., o opróbrio) daquele pecado permanecerão com o indivíduo mesmo depois do perdão (cf. 2Sm 12.9-14).

 

(6) Mas o que dizer do rei Davi? Sua continuação como rei de Israel, a despeito do seu pecado de adultério e de homicídio (2Sm 11.1-21; 12.9-15) é vista por alguns como uma justificativa bíblica para a pessoa continuar à frente da igreja de Deus, mesmo tendo violado os padrões já mencionados. Essa comparação, no entanto, é falha por vários motivos.

(a) O cargo de rei de Israel do AT, e o cargo de ministro espiritual da igreja de Jesus Cristo, segundo o NT, são duas coisas inteiramente diferentes. Deus não somente permitiu a Davi, mas, também a muitos outros reis que foram extremamente ímpios e perversos, permanecerem como reis da nação de Israel. A liderança espiritual da igreja do NT, sendo esta comprada com o sangue de Jesus Cristo, requer padrões espirituais muito mais altos.

(b) Segundo a revelação divina no NT e os padrões do ministério ali exigidos, Davi não teria as qualificações para o cargo de pastor de uma igreja do NT. Ele teve diversas esposas, praticou infidelidade conjugal, falhou grandemente no governo do seu próprio lar, tornou-se homicida e derramou muito sangue (1Cr 22.8; 28.3). Observe-se também que por ter Davi, devido ao seu pecado, dado lugar a que os inimigos de Deus blasfemassem, ele sofreu castigo divino pelo resto da sua vida (2Sm 12.9-14).

 

(7) As igrejas atuais não devem, pois, desprezar as qualificações justas exigidas por Deus para seus pastores e demais obreiros, conforme está escrito na revelação divina. É dever de toda igreja orar por seus pastores, assisti-los e sustentá-los na sua missão de servirem como “exemplo dos fiéis, na palavra, no trato, na caridade, no espírito, na fé, na pureza” (4.12).

 

Bibliografia Bíblia de Estudo Pentecostal pag. 1867/8

 

 

 

Qualificações dos Presbíteros (1 Tm 3.1-7)

 

Até este ponto Paulo falou de algumas preocupações concernentes à comunidade, no culto, e corrigiu alguns abusos gerados pelas atividades dos presbíteros heréticos. Agora, ele se volta para os próprios presbíteros e estabelece algumas qualificações para o "ofício".

Ele começa, nos VV. 1-7, com um grupo chamado episkopoi ("super­visores" ); a seguir, nos vv. 8-13, passa para um grupo chamado diakonoi (" servos"," diáconos"), com uma nota também sobre algumas mulheres no v. 11. É de todo provável que ambos os ofícios, o de presbítero (supervisor) e o de "diácono" estejam sob a categoria mais ampla presbyteroi ("anciãos", ou "presbíteros"). Em qualquer caso, a evidên­cia que temos de Atos 20:17 e 28, e de Tito 1:5 e 7 indica que os termos episkopoi, "supervisores" (At 20:28; Tt 1:7), e presbyteroi, "pres­bíteros", "anciãos" (At 20:17; Tt 1:5), são parcialmente intercambiáveis. Assim, pelo menos os supervisores(episkopoi) deste primeiro parágrafo são presbíteros da igreja.

Convém notar que em contraste com Tito (1:5), Timóteo não foi deixado em Éfeso para designar presbíteros. Em verdade, tudo em Timóteo, bem como a evidência de Atos 20, indica que já havia presbí­teros nessa igreja. Por que, pois, esta instrução? Novamente, a evidência aponta para o caráter e para as atividades dos falsos mestres. Quanto a isto, duas coisas devem ser notadas: Primeira, muitos dos itens constantes da lista estão em nítido contraste com o que está escrito algures na carta acerca dos falsos mestres. Segunda, a lista em si tem três aspectos notáveis:

(1) Ela dá as qualificações, e não os deveres;

(2) a maioria dos itens reflete o comportamento exterior, observável; e

(3) nenhum dos itens é distintamente cristão (p.e., amor, fé, pureza, perseverança; cp. 4:12; 6:12); antes, refletem os mais elevados ideais da filosofia moral helenística. Uma vez que a passagem toda aponta para o v. 7, com o qual conclui, isto é, concerne à reputação da igreja entre os estranhos, isto sugere que os falsos mestres traziam, por seu comportamento, infâmia ao evangelho. Portanto, Paulo está preocupado não somente em que os presbíteros tenham virtudes cristãs (estas são presumidas), mas que tambémreflitam os mais elevados ideais da cultura.

Se estivermos corretos em identificar os falsos mestres como sendo presbíteros, o motivo por que Paulo estabelece este conjunto de instru­ções é que Timóteo deve cuidar de que os presbíteros vivam à altura de sua designação, isto é, por esses padrões. Ao mesmo tempo, é claro, a igreja toda estará ouvindo e, desse modo, recebendo as bases para disciplina dos presbíteros transviados, bem como para a substituição deles (cp. 5:22, 24-25).

 

3:1 A seção começa com nossa segunda palavra fiel (ditado, 1:15). Visto que a palavra em si pareceria um tanto pedante e porque o verbo "salvar" (cp. 1:15) surge em 2:15, alguns têm alegado que o versículo precedente é a palavra fiel digna de toda a aceitação. Porém, 2:15 não tem as características de "ditado", enquanto 3:1 tem, a despeito de seu conteúdo nada ter que ver com o credo. Talvez se tenha exagerado o conceito de "ditado", como se todos os "ditados" ou palavras dignas "de toda aceitação" estivessem circulando abertamente na igreja (como 1:15 talvez circulasse). Mais provável é que tais palavras se tenham tornado para Paulo uma espécie de fórmula de reforço: "O que vou dizer tem importância especial", ou, "pode ser aceito em geral como verda­deiro".

A palavra fiel em si é: se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. Parece emprestar algum crédito ao ponto de vista comumente aceito de que as pessoas estavam "candidatando-se ao cargo". Mas não existe nenhuma outra evidência no NT de que as pessoas "aspirassem a" posições de liderança na igreja. A pouca evidência que temos implica que os chefes de famílias dentre os mais antigos conver­tidos eram normalmente designados para tais posições (At 14:23; cp. 1 Co 1:16 e 16:15-16).

A palavra fiel, com efeito, concentra-se menos na pessoa e mais no cargo. Portanto, Paulo não está elogiando as pessoas que têm grande desejo de tornar-se líderes; ao contrário, ele está dizendo que o cargo de presbítero (episcopado) é questão sobremodo significativa, uma exce­lente obra, que deveria ser, na verdade, o tipo de tarefa à qual uma pessoa podia aspirar. Assim, a despeito das atividades de alguns, não é por essa razão que ele vai negar o cargo em si.

 

3:2-3 Considerando-se que aspirar ao episcopado é aspirar excelente obra, Paulo está interessado em que os presbíteros em Éfeso manifestem vidas verdadeiramente exemplares. O bispo, portanto, deve ser irre­preensível. Isso pareceria excluir qualquer aspirante ao cargo! A expres­são irrepreensível, porém, que se repete com referência às viúvas em 5:7 e ao próprio Timóteo em 6:14(num contexto escatológico), relacio­na-se com a conduta observável irrepreensível. Parece que o termo foi criado de modo que cobrisse a seguinte lista de onze virtudes ou quali­dades (na maioria, palavras no singular, no grego), que deveriam caracterizar um bispo.

O primeiro item da lista, marido de uma só mulher, é uma das frases verdadeiramente difíceis das EP (cp. 3:12; 5:9, sobre as "verdadeiras" viúvas, e Tt 1:6). Há, pelo menos, quatro opções:

Primeira, poderia exigir que o supervisor fosse casado. O apoio encontra-se no fato de que os falsos mestres proíbem o casamento, e Paulo insiste no casamento para as viúvas desviadas (5:14; cp. 2:15). Mas contra esta interpretação verifica-se que ela enfatiza o termo é necessário e a palavra mulher, enquanto o texto enfatiza a palavra uma. Talvez Paulo e Timóteo não fossem casados, e tal interpretação estaria em contradição com 1 Coríntios 7:25-38. Ademais, havia um pressuposto cultural segundo o qual as pessoas, em sua maioria, deveriam ser casadas.

Segunda, talvez o texto esteja proibindo a poligamia. Isto se acentua de modo correto pela expressão uma só mulher; contudo, a poligamia era característica tão rara na sociedade pagã que tal proibição seria insignificância inaplicável. De mais a mais, não pareceria ajustar-se à frase idêntica usada com referência às viúvas em 5:9.

Terceira, poderia estar proibindo um segundo casamento. Tal inter­pretação conta com o apoio de muitos dados: Ajustar-se-ia às viúvas de modo especial. Todos os tipos de evidência louvam as mulheres (a elas de modo especial e às vezes também os homens) que "se casaram uma única vez" e permaneceram "fiéis" a esse casamento, depois que seus parceiros morreram. Esta perspectiva proibiria, pois, o segundo casa­mento após a morte do cônjuge, mas também proibiria, é óbvio — talvez de modo especial — o divórcio e o novo casamento. Alguns eruditos (p.e., Hanson) tratam do texto como referindo-se somente a esta última interpretação.

Quarta, talvez o texto esteja exigindo fidelidade marital a uma só mulher (cp. GNB:" fiel à sua única esposa"). Neste caso, exige-se do bispo que viva uma vida matrimonial exemplar (o casamento fica implícito), fiel a uma só mulher numa cultura em que a infidelidade marital era comum e, às vezes, implícita. Seria, é natural, um meio de se eliminar a poligamia e o divórcio e novo casamento, mas não eliminaria, necessariamente, o novo casamento de um viúvo (embora esse ainda não fosse o ideal paulino; cp. 1 Co7:8-9, 39-40). Embora ainda haja muito que ser dito a favor de uma ou de outro entendimento da terceira opção, a preocupação de que os líderes da igreja vivam vida matrimonial exemplar parece ajustar-se melhor ao contexto — dada a aparente desvalorização do casamento e da família apregoada pelos falsos mestres (4:3; cp. 3:4-5).

A próxima palavra, vigilante, muitas vezes se relaciona, no grego, ao uso de bebidas alcoólicas. Contudo, uma vez que está dito de modo específico no v. 3, não dado ao vinho, o termo vigilante talvez esteja sendo usado de maneira figurada, significando: "livre de todas as formas de excesso, paixão ou temeridade" (cp. 2 Tm 4:5). O bispo deve também ser sóbrio honesto, palavras que muitas vezes ocorrem juntas nos escritos pagãos como elevados ideais de comportamento. Portanto, um líder cristão deve estar acima, e não abaixo, desses ideais.

É necessário que ... o líder da igreja seja ... também hospitaleiro. Esta era, de igual modo, uma virtude grega, mas constituía a expectação extrema de todos os cristãos da igreja primitiva (cp. 5:10; Rm 12:13; 1 Pe 4:9; Aristides, Apology 15). De igual modo... énecessá­rio... que ele também seja apto para ensinar. Este é o único item da lista que também implica deveres, assunto que se tornará claro em 5:17. Este adjetivo se repete em 2 Timóteo 2:24 e Tito 1:9, cujos contextos sugerem que apto para ensinar significa capacidade tanto para ensinar a verdade como para refutar o erro.

Ao acrescentar:... é necessário, pois, que o bispo seja não dado ao vinho, está Paulo também estabelecendo um contraste com os falsos mestres? Talvez não, em face do ascetismo observado em 4:3. Todavia, pode ser que tenham sido ascetas acerca de determinados alimentos, mas beberrões de vinho bastante indulgentes. Em qualquer caso, a embria­guez era um dos vícios comuns daAntigüidade, e poucos autores pagãos a verberam de modo aberto — somente contra outros "pecados" que pudessem acompanhá-la (violência, repreensão e xingação pública dos escravos, etc. ). O bispo não tem de ser, necessariamente, abstêmio (5:23), mas tampouco deve ser dado ao vinho (cp. 3:8; Tt 1:7); o alcoolismo é condenado nas Escrituras de modo insistente.

As próximas três qualidades talvez andem juntas e, deveras, parecem refletir o comportamento dos falsos mestres.... Énecessário, pois, que o bispo seja... não espancador, mas moderado, inimigo de contendas. A descrição dos falsos mestres em 6:3-5, bem como em 2 Timóteo 2:22-26 (cp. Tt 3:9), dá a entender que esses homens são dados a dissensões e a brigas. O verdadeiro presbítero deve ser moderado, mesmo quando corrige os oponentes (2 Tm 2:23-25).

A lista conclui com não ganancioso. De acordo com 6:5-10, a ganância se revela um dos "pecados mortais" dos falsos mestres, dire­tamente responsável pela ruína deles. Assim, uma advertência contra a avareza aparece em todas as listas de qualificações para liderança (3:8; Tt 1:7; cp. At 20:33).

 

3:4-5 Paulo agora passa, nos vv. 4-7, a falar sobre três outras preocupações. O líder da igreja deve ter família exemplar (vv. 4-5), não deve ser recém-convertido (v. 6), mas deve ser pessoa de boa reputação entre os de fora (v. 7). Estes qualificativos talvez também reflitam a situação em Éfeso.

Esta passagem apenas supõe, também, que o episkopos será casado (mas não o exige; cp. v. 2). Não somente isso, mas a sociologia do primeiro século também torna muitíssimo provável que os que eram designados "supervisores" nas igrejas primitivas, levando-se em conta, de modo especial, que estamos tratando com igrejas em lares, eram, com efeito, os chefes das "casas" onde as igrejas se reuniam. Desse modo, como está implícito no v. 5, prevalece o mais estreito relacionamento entre família e igreja. O homem que fracassa no primeiro caso (família) é, por isso mesmo, desqualificado para o outro (igreja). Em verdade, conforme 3:15 e 5:1-2 indicam, a palavra oikos "lar"; NIV, família; ECA, casa) para Paulo é metáfora rica que subentende "igreja".

Portanto, o bispo que governe bem sua própria casa, porque ele também cuidará da igreja de Deus. O verbo governar é usado de novo com referência aos presbíteros em 5:17 (NIV, "dirigir" [como foi usado anteriormente em 1 Ts 5:12, onde é traduzido "presidir";NIV," estão sobre" ]), verbo que tem o sentido de " comandar, governar", ou "estar preocupado com, cuidar de" (cp. "devotar-se a" em Tt 3:8). A pista para seu significado aqui está em entender o verbo acompanhante com referência à igreja, no v. 5, "cuidar de", que carrega a força total da expressão idiomática em inglês. Em outras palavras, "cuidar de" implica. tanto a liderança (orientação) como o interesse atencioso. No lar e na igreja, a orientação e o interesse atencioso não têm validade se um não estiver ligado ao outro.

O bom presbítero será conhecido por exercer uma liderança tal, no lar, que tem seus filhos sob disciplina, com todo o respeito(lit., "tem filhos em submissão", como 2:11). A força da frase com todo o respeito talvez signifique não tanto que eles obedecerão comrespeito, mas que eles serão conhecidos tanto por sua obediência como por seu bom comportamento. Em Tito 1:6 a idéia é mais esmerada ainda, de modo que sugere serem esses filhos bons crentes, ao lado da preocupação pela reputação entre os de fora. Há tênue linha entre exigir obediência e obtê-la. O líder de igreja, que na verdade deve exortar as pessoas à obediência, não "governa" a família de Deus por essa razão. Ele "cuida dela" de tal modo que seus "filhos", isto é, os filhos da igreja, serão conhecidos por sua obediência e bom comportamento.

 

3:6 / Portanto, o líder da igreja, também não deve ser neófito, metáfora que no grego significa literalmente "uma pessoa plantada há pouco tempo". Conforme se repetirá de modo diferente em 5:22, o episkopos deve ser maduro na fé. O motivo para que assim seja é o grande perigo de envaidecimento: para que não se ensoberbeça. Uma vez que é precisamente isto que se diz dos falsos mestres em 6:4 (cp. 2 Tm 3:4), perguntamo-nos se alguns deles eram neófitos (convertidos recen­tes), cujos "pecados... são manifestos antes... os de outros, manifestam-se depois" (5:24).

Em qualquer caso, para que não se ensoberbeça significa também não cair na condenação do diabo. Embora o grego de Paulo seja um tanto ambíguo (lit., "cair no julgamento do diabo"), talvez a linguagem esteja refletindo o tema comum de que no ministério de Cristo, de modo especial na sua morte e ressurreição, Satanás sofreu sua derrota decisiva, que será finalizada plenamente no fim (cp.Ap 12:7-17 e 20:7-10).

 

3:7 Finalmente, Paulo chega à questão de que o líder da igreja deve ser pessoa que tenha bom testemunho dos que estão de fora. Conforme foi notado na discussão de 2:2, esta é uma preocupação genuinamente paulina no NT. Em verdade, esta preocupação é que coloca em perspec­tiva essa lista de atributos. Tal lista tem que ver com o comportamento observável, constituindo testemunho para os de fora. Como no v. 6, O grego de Paulo não é bem claro, mas parece que a ênfase está em que uma reputação má junto ao mundo pagão fará que o episkopos caia em opróbrio, isto é, será difamado e, com ele, a igreja; e isso seria equiva­lente a cair no laço do diabo. É laço armado pelo diabo o mau comportamento dos líderes da igreja, de tal modo que os de fora não se motivarão a ouvir o evangelho. Perguntamo-nos de novo se a ganância e a conduta abusiva dos falsos mestres não estão trazendo opróbrio à casa de Deus em Éfeso, especialmente quando se considera que Paulo havia sido acusado assim em Tessalônica (1 Ts 2:1-10) e que os moralistas pagãos em particular condenavam tais atividades entre os "falsos" filósofos.

 

Bibliografia D. Fee+   ebareiabranca.com

 

 

 

O CARÁTER DOS BISPOS (1 TM 3.1-7)

 

O Cargo de Bispo (3.1)

 

Esta é uma palavra fiel: Se alguém deseja o episcopado, excelente obra deseja (1). À primeira vista, a observação com a qual apóstolo inicia esta seção da carta — esta é uma palavra fiel — é igual à declaração dita anteriormente em 1.15: "Esta é uma palavra fiel". Mas a igualdade é meramente aparente. A primeira observação deu início a um ensino muito importante sobre a obra redentora de Cristo. Mas aqui não há tal declaração solene de fé. Ainda que os estudiosos não tenham chegado a um acordo quanto a este ponto, é provável que esta tradução seja a correta: "Há um dito popular que diz: 'Aspirar à liderança é ambição honrosa'" (NEB; cf. AEC, BJ, BV).

A palavra episcopado é um tanto enganosa para os leitores de hoje, porque para nós o cargo de epíscopo ou bispo tem associações eclesiásticas. Desejar este cargo seria buscar promoção no ministério cristão. Estamos devidamente certos em reputar que tal ambição é indigna da pessoa cuja vida é dedicada ao serviço de Cristo. Ressal­tamos o termo "bispo", tradução da palavra gregaepiskopos, veio origi­nalmente da organização das sociedades seculares e tem o significado básico de "inspetor" ou "líder". O apóstolo está dizendo que é uma ambição digna a pessoa dese­jar um lugar de serviço responsável entre o povo de Deus. A declaração que Paulo cita era um provérbio bem conhecido na época, o qual ele usava como introdução do assun­to que desejava tratar.

 

Qualificações do Bispo (3.2)

 

Convém, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma mulher, vigi­lante, sóbrio, honesto, hospitaleiro, apto para ensinar. No total, há 15 qualifica­ções estipuladas pelo apóstolo, sete das quais ocorrem no versículo 2. É importante que a primeiríssima destas seja a irrepreensibilidade. O significado da palavra é "acima de repreensão", "de reputação irrepreensível" (cf. CH), "de caráter impecável", "que nin­guém possa culpar de nada" (NTLH). Por qualquer método que avaliemos, esta é a virtu­de mais inclusiva que aparece na lista. Significa que o líder na igreja de Cristo não pode ter defeito óbvio de caráter e deve ser pessoa de reputação imaculada. Dificilmente se esperaria que não tivesse defeito, mas que fosse sem culpa. É apropriado que o ministro seja julgado por um padrão mais rígido que os membros leigos da igreja. Os leigos podem ser perdoados por defeitos e falhas que seriam totalmente fatais a um ministro. Há cer­tas coisas que um Deus misericordioso perdoa em um homem, mas que a igreja não perdoa no ministério deste. A irrepreensibilidade do candidato é requisito no qual deve­mos ser insistentes hoje em dia, como o foi Paulo no século I.

O líder da igreja deve ser exemplar especialmente em assuntos relativos a sexo. Este é o destaque da segunda estipulação do apóstolo: Marido de uma mulher (2). Trata-se de precaução contra a poligamia, que gerava um problema sério para a igreja cujos membros eram ganhos para Cristo vindos de um paganismo que tolerava aberta­mente casamentos plurais. Em todo quesito que a igreja com seus altos padrões éticos relativos a casamento confrontar o paganismo de nossos dias, em regiões incivilizadas ou não, a insistência cristã na pureza deve ser enunciada de forma clara e seguida com todo o rigor.

Mas temos de perguntar: A intenção de Paulo era desaprovar o segundo casamento? Alguns dos manuscritos antigos requerem a tradução "casado apenas uma vez" (confor­me nota de rodapé na NEB). "Sobre este assunto, como em muitos outros", comenta Kelly, "a atitude que vigorava na antigüidade difere notadamente da que prevalece em grande parte dos círculos de hoje. Existem evidências abundantes provenientes da lite­ratura e inscrições funerárias, tanto gentias quanto judaicas, que permanecer solteiro depois da morte do cônjuge ou depois do divórcio era considerado meritório, ao passo que casar-se outra vez era visto como sinal de satisfação excessiva dos próprios desejos". É óbvio que em alguns segmentos da igreja primitiva esta era a opinião prevalente, che­gando ao extremo último da ordem de um ministério celibatário.

Mas esta não é a interpretação do ensino de Paulo que prevalece hoje. É bem conhecida sua própria preferência da vida solteira em comparação ao estado casado; e há passagens nos seus escritos em que ele recomenda este estado aos outros (e.g., 1 Co 7.39,40). Talvez o melhor resumo da intenção do apóstolo para os nossos dias seja a declaração de E. F. Scott: "O bispo tem de dar exemplo de moralidade rígida".

As próximas três especificações — vigilante, sóbrio, honesto (2) — têm relação próxima entre si e descrevem a vida cristã ordeira. Moffatt traduz estas qualidades pe­las palavras: "temperado [NVI; cf. RA], mestre de si, calmo". A temperança neste contex­to transmite a idéia de autocontrole (cf. CH) ou autodisciplina.

O próximo quesito qualificador é apresentado pelo apóstolo na palavra descritiva hospitaleiro (2). Esta mesma característica é mais detalhada em Tito 1.8: "Dado à hospitalidade, amigo do bem". Nesses primeiros dias da igreja, esta era uma virtude muitoimportante. Havia poucos albergues no mundo do século I, e os apóstolos e evangelistas cristãos que eram enviados de lugar em lugar ficavam dependentes da hospitalidade de cristãos que tivessem um "quarto de profeta", mantido com a finalidade de atender essas necessidades. Em nossos dias de hotéis, expressamos nossa hospitalidade cristã de modo diferente. Mas quando a igreja era jovem, essa hospitalidade era extremamente primor­dial. O dever e privilégio de ministrá-la recaíam naturalmente sobre o bispo ou pastor. O espírito essencial do ato é tão importante hoje como era outrora.

Igualmente essencial e até mais importante é a sétima qualidade que Paulo menci­ona: Apto para ensinar (2). Pelo visto, nem todos os pastores eram empregados no ministério de ensino. É o que mostra 5.17: "Os presbíteros que governam bem sejam estimados por dignos de duplicada honra, principalmente os que trabalham na palavra e na doutrina". Mas a aptidão para ensinar era rendimento certo para o ministro cristão. Era importante então como é hoje. Sempre haverá indivíduos que possuem maior capa­cidade nesta ou naquela área que outros, mas certa habilidade para ensinar é de extre­ma necessidade ao ministério completo e frutífero.

 

Homens de Sobriedade (3.3)

 

Este versículo contém mais seis especificações que devem caracterizar o líder cristão: Não dado ao vinho, não espancador, não cobiçoso de torpe ganância, mas moderado, não contencioso, não avarento (3). Todos os quesitos, exceto um, são negativos, mas todos são importantes. O primeiro nos soa um tanto quanto estranho, sobretudo quando seu significado preciso é entendido com clareza. Temos estas opções de tradução: "Não deve ser indivíduo dado a beber" (NEB); "não pode ser chegado ao vinho", (NTLH); "não deve ser apegado ao vinho" (NVI; cf. BAB); "não deve ter o vício da bebida" (BV); ou pelas palavras diretas: "Não bêbedo" (RSV). O ponto que confunde o leitor da atualidade é que tal estipulação fosse necessária. No pensamento da maioria dos evan­gélicos hoje em dia, a abstinência total de bebidas alcoólicas é elementar na vida cristã. E não é difícil perceber que o julgamento moral que determina a abstinência total para o cristão — leigo ou ministro — é a compreensão básica da ética cristã. Mas esta idéia, como o julgamento moral das trevas, não fora discernida claramente no século I. Temos de manter isso em mente para entendermos as alusões do apóstolo ao uso do vinho neste e em outros textos. Kelly observa que "hoje em dia, as pessoas por vezes se surpre­endem que Paulo achassenecessário fazer tal determinação, mas o perigo era real na sociedade desinibida em que se situavam as congregações efésia e cretense".

Não espancador (3) é expressão que exige interpretação neste contexto. Signifi­ca, literalmente, "não doador de socos". Kelly traduziu por "não dado à violência" (cf. BAB, BV, CH, NVI, RA). O homem de Deus deve ser caracterizado por amor e comedimento cristão.

Não há ambigüidade ligada à próxima estipulação de Paulo: Não cobiçoso de tor­pe ganância (3). Esta é advertência contra o amor do dinheiro que o apóstolo, mais adiante nesta mesma epístola (6.10), declara ser "a raiz de toda espécie de males". Tal proibição tinha relevância imediata, pois fazia parte da responsabilidade do pastor cui­dar dos bens e capitais da igreja. Esta seria fonte constante de tentação para o avarento. Somente aquele que desse toda prova de não ter espírito de cobiça pode ser separado com segurança para a obra do ministério.

Claro que é perfeitamente possível que ministros e leigos sejam enganados pelo que nosso Senhor chamou de "a sedução das riquezas" (Mt 13.22). A sutileza desta sedução é que a pessoa não precisa possuir riquezas para ser enganada por elas. Desejá-las arden­temente, permitir-se adotar atitudes calculistas na esperança de obter riquezas, ficar indevidamente interessado por salários e lucros deste mundo não podem deixar de em­pobrecer e, no final das contas, destruir o valor do próprio ministério. Tudo isso está implícito no aviso paulino do desejo controlador por dinheiro.

A única virtude positiva no versículo 3 é moderado, ("tranqüilo", CH; "cordato", RA). Isto significa não tanto a capacidade de manter a calma sob controle quanto a capa­cidade de resistir sob pressão, com infalível espírito de bondade e paciência. Paulo exalta esta virtude em 1 Coríntios 13.4, quando nos assegura que o amor é sofredor e benigno — benigno mesmo no fim do sofrimento. As especificações adicionais — não contencioso, não avarento (5) — são repetições para enfatizar os quesitos já estipulados.

 

Bom Pai (3.4,5)

 

Este é ponto da mais grave importância: Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia (4). Como ressalta E. K. Simpson: "O ideal do celibato sacerdotal é tão totalmente estranho ao modelo primiti­vo, que se toma por certo que o candidato ao ministério já seja casado de idade madura. A disciplina paterna relaxada o desqualifica imediatamente para a posição de lideran­ça na igreja". Esta é a versão que Phillips fez do versículo 4: "Deve ter a devida au­toridade em sua própria casa e ser capaz de controlar e exigir o respeito de seus filhos" (CH). Temos de admitir que, entre todos os padrões, este é um dos mais difíceis que Paulo estabeleceu. Mas como é importante! Muitos ministros têm tido sua utilidade limitada ou mesmo destruída por não exercerem a disciplina parental. É fácil ficarmos tão envolvidos em salvar os filhos dos outros que acabamos deixando os nossos própri­os filhos escapulir de nosso controle. Chega o momento em que os filhos crescem e têm de assumir a direção da própria vida. Nessa hora, ninguém estará com eles ao toma­rem decisões que julgarem acertadas. Mas a disciplina firme, cheia de amor e regada com oração durante os anos formativos da vida de nossas crianças é seguramente o poderoso fator determinante que possuirão quando tiverem de decidir sozinho o curso que seguirão na vida. Há, portanto, força convincente no fato de Paulo insistir no dever que o ministro tem de controlar a própria casa. E ninguém pode contradizer a verdade básica que está entre parênteses no versículo 5:Porque, se alguém não sabe gover­nar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?

 

Homem de Maturidade (3.6,7)

 

O versículo 6 oferece perspicácia muito interessante sobre a situação em Éfeso: Não neófito, para que, ensoberbecendo-se, não caia na condenação do diabo (6). Esta é advertência contra a promoção muito rápida à liderança de "recém-convertidos" ou pessoas "recentemente batizadas". Embora a igreja efésia já tivesse muitos anos de existência e, provavelmente, não devesse ter carência de líderes maduros, ha­via indícios de que candidatos imaturos ao ministério estavam sendo postos em servi­ço. Paulo acreditava em maturidade e preparação de candidatos para este cargo santo, e por uma boa e suficiente razão. Existia o perigo de que, para alguém inadequadamente preparado, a tentação ao orgulho espiritual se tornasse grande demais para ser resistida. Isso é tragédia na certa, tragédia descrita pelo apóstolo nos seguintes ter­mos: Cair na condenação do diabo. C. K. Barrett destaca que "o julgamento não é tramado pelo diabo, mas feito por Deus em rígido acordo com a verdade". A tradução de Phillips expressa o que o apóstolo quis dizer: "Para que não se torne orgulhoso e participe da queda do diabo" (CH).

Esta determinação lembra uma situação nos procedimentos de nosso Senhor com seus seguidores, relatada em Lucas 10.17-20. Os setenta haviam acabado de voltar de sua missão designada e estavam exultantes com o fato de que "até os demônios se nos sujeitam". Jesus não reprovou imediatamente o orgulho espiritual principiante, mas observou um tanto enigmaticamente: "Eu via Satanás, como raio, cair do céu". E comple­tou: "Eis que vos dou poder [...] [sobre] toda a força do Inimigo. [...] Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos". Foi o orgulho que custou a Lúcifer o seu lugar nas hostes celestes, e esta foi a condenação do diabo. O ministro cristão tem de estar atento para que o orgulho não o compila a participar desta condenação

Resta ainda uma especificação final para aquele que deseja servir na posição de bispo ou líder: Convém, também, que tenha bom testemunho dos que estão de fora, para que não caia em afronta e no laço ("armadilha", NTLH) do diabo (7). O ministro cristão tem de inspirar o respeito e a confiança da comunidade fora da igreja, caso deseje ganhar as pessoas dessa comunidade para a igreja. E fácil dizer: "Não me importo com o que as pessoas pensem de mim"; e contanto que essa atitude seja devida­mente planejada e corretamente compreendida, justifica-se. Mas ninguém deve ser indi­ferente à sua reputação na comunidade em que vive. Ele deve desejar veementemente que as pessoas o considerem inteiramente acima de repreensão. Ver a questão de outro modo, diz Paulo, é expor-se à mesma armadilha que aguarda o indivíduo cujo espírito está arruinado pelo orgulho espiritual.

 

 

Bibliografia J. Gould+ ebareiabranca.com