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prenuncio do tempo do fim do mundo?
prenuncio do tempo do fim do mundo?

             O prenúncio do Tempo do Fim do mundo? 

Daniel 8.1,3-11. 

1 - No ano terceiro do reinado do rei Belsazar, apareceu-me uma visão, a mim, Daniel, depois daquela que me apareceu no princípio.

3 - E levantei os meus olhos e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha duas pontas; e as duas pontas eram altas, mas uma era mais alta do que a outra; e a mais alta subiu por último.

4 - Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte, e para o meio-dia; e nenhuns animais podiam estar diante dele, nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade e se engrandecia.

5 - E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha uma ponta notável entre os olhos;

6 - dirigiu-se ao carneiro que tinha as duas pontas, ao qual eu tinha visto diante do rio; e correu contra ele com todo o ímpeto da sua força.

7 - E o vi chegar perto do carneiro, irritar-se contra ele; e feriu o carneiro e lhe quebrou as duas pontas, pois não havia força no carneiro para parar diante dele; e o lançou por terra e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão.

8 - E o bode se engrandeceu em grande maneira; mas, estando na sua maior força, aquela grande ponta foi quebrada; e subiram no seu lugar quatro também notáveis, para os quatro ventos do céu.

9 - E de uma delas saiu uma ponta mui pequena, a qual cresceu muito para o meio-dia, e para o oriente, e para a terra formosa.

10 - E se engrandeceu até ao exército dos céus; e a alguns do exército e das estrelas deitou por terra e os pisou.

11 - E se engrandeceu até ao príncipe do exército; e por ele foi tirado o contínuo sacrifício, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. 

“O tempo do fim”. Há pessoas que têm arrepios quando ouvem tal expressão. Mas esta nada tem com o fim do mundo. Todavia, parece que o tema escatológico do fim do mundo mexe com os sentimentos das pessoas. Não por acaso, a indústria cinematográfica americana tem investido bilhões de dólares acerca destes temários. No meio evangélico não é diferente, pois não poucos autores e cineastas têm assustado pessoas fazendo com que as profecias pareçam um filme de Hollywood. Quando ensinamos o oitavo capítulo do livro de Daniel, a nossa perspectiva de ensino não pode ser a do terror, mas a da esperança. Apresentando aos nossos alunos o triunfo do Reino de Deus mediante o contexto profético apresentado no capítulo em estudo.

 Tempo: Período contínuo no qual os eventos se sucedem. 

No capítulo sete, Daniel tem a visão dos quatro animais, cada um destes representando um império mundial. No capítulo oito, que estudaremos nesta lição, o profeta tem sua segunda visão. Ele viu um carneiro lutando contra um bode. Na verdade, este capítulo repete muito da predição do capítulo dois, e especialmente do capítulo sete. Todavia, o capítulo oito acrescenta detalhes importantíssimos quanto aos períodos medo-persa e grego. 

I. A VISÃO DO CARNEIRO E DO BODE (Dn 8.3-5) 

1. A visão do carneiro (Dn 8.3,4,20). Esse carneiro simbolizava o império medo-persa (v.20). Segundo os historiadores, no caso dos persas, os seus reis sempre levavam como emblema uma cabeça de carneiro em ouro sobre a cabeça, principalmente quando passavam em revista os seus exércitos. De acordo com a história, os medos haviam prevalecido na guerra com a Babilônia. Dario foi o primeiro governante da união entre a Média e a Pérsia. Porém, logo os persas prevaleceram em força e Ciro tornou-se o rei do império.

O carneiro identificado como o império medo-persa venceu e derrotou o império babilônico quando Belsazar estava no poder. No mesmo dia em que Belsazar zombou de Deus ao utilizar os utensílios sagrados do templo de Jerusalém, ele caiu nas mãos dos medo-persas. Nota-se que há uma repetição do predito na visão do capítulo sete sobre o segundo e o terceiro impérios, porém, Deus de maneira especial mostrou a Daniel o que estaria fazendo no futuro desses impérios e com o próprio povo de Israel.

2. Os chifres do carneiro. Os dois chifres do carneiro não eram iguais, pois um dos chifres era maior que o outro. O maior representava Ciro, o persa (v.3) e o menor representava Dario, da Média. Na cronologia histórica, Ciro sucedeu a Dario. Eventos importantes aconteceram no período desses dois reis até que o carneiro foi vencido, surgindo na visão de Daniel a figura de um bode que ataca o carneiro e o vence (vv.5-7).

3. A visão do bode (Dn 8.5-8). A figura do bode, na mitologia do mundo de então, simbolizava o poder e a força. Na visão de Daniel, o bode arremeteu contra o carneiro com muita força, ferindo-o e quebrando os seus dois chifres. Segundo a Bíblia de Estudo Pentecostal, “o bode representava a Grécia, e seu grande chifre refere-se a Alexandre, o Grande (8.21)”. O carneiro foi totalmente dominado e humilhado. Seus dois chifres foram quebrados e, após isso, ainda foi pisoteado sem compaixão pelo bode. Foi uma profecia de completa sujeição e derrota do império medo-persa pelos gregos.

Nos versículos oito e nove, a “ponta notável” se quebra e surge em seu lugar quatro outras pontas (ou chifres). Esses quatro chifres menores representam os quatro generais que assumiram o império grego depois da morte de Alexandre, o Grande. 

A visão do bode e do carneiro refere-se respectivamente aos impérios medo-persa e grego. 

II. O CHIFRE PEQUENO (Dn 8.9) 

1. A visão da ponta pequena. Na visão do profeta Daniel, surge de uma das quatro pontas notáveis, “uma ponta mui pequena” (v.9). Daniel percebeu que esta “ponta pequena” cresceu muito, especialmente direcionada para a “terra formosa”, Israel. Essa “ponta pequena” refere-se a Antíoco Epifânio que tornou-se um opressor terrível contra os judeus. Ele surgiu da partilha do império de Alexandre e a ele coube o domínio da Síria, Ásia Menor e Babilônia.

2. A ultrajante atividade desse rei contra Israel (Dn 8.10,11). Os versículos dez e onze falam das ações ultrajantes do “pequeno chifre” contra o povo de Deus, profanando o santuário de Israel e tentando acabar com o “sacrifício contínuo” que Israel fazia ao Senhor.

3. A purificação do santuário (Dn 8.14). Segundo a história, a purificação do santuário ocorreu três anos e dois meses depois de o altar do Senhor ter sido removido por Antíoco. Deus é bom e misericordioso. Mesmo seu povo sendo infiel, Ele iria purificá-los e restaurá-los. 

O chifre pequeno de Daniel 8.9 refere-se à Antíoco Epifânio, um opressor cruel e terrível contra Israel. 

III. ANTÍOCO EPIFÂNIO, O PROTÓTIPO DO ANTICRISTO 

1. Antíoco Epifânio. Por ora basta dizer que este foi um rei da dinastia Selêucida (Babilônia e Síria) que perseguiu os judeus de Jerusalém e da Judeia. Trata-se do rei de cara feroz descrito no versículo vinte e três. Este monarca cometeu tantas atrocidades contra o povo de Deus, que muitos o veem como um tipo do Anticristo.

2. A visão do anjo Gabriel (Dn 8.16). O “Gabriel” mencionado no versículo dezesseis é um anjo que o Senhor enviou com o propósito de explicar a Daniel a visão. Esse mesmo Gabriel também foi enviado a Zacarias e, igualmente, a Maria, para anunciar o nascimento de Jesus (Lc 1.1-38). Como veremos, no capítulo nove ele aparece novamente a Daniel.

3. O tempo do fim (Dn 8.17). Segundo a Bíblia de Estudo Aplicação Pessoal, “o fim do tempo”, neste caso é uma alusão a todo o período entre o final do exílio e a segunda vinda de Cristo. Os governantes e impérios vistos por Daniel no capítulo oito já não existem mais. Homens como Alexandre e Epifânio morreram e seus impérios chegaram ao fim, pois os reinos deste mundo são efêmeros. Somente um reino nunca terá fim — o reino do Messias: “O reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão” (Dn 7.27). 

Por perseguir os judeus em Jerusalém e na Judeia, por cometer tantas atrocidades contra o povo de Deus, Antíoco Epifânio é considerado por muitos estudiosos um tipo do Anticristo. 

Deus é soberano e a história do mundo faz parte dos seus desígnios. Ele conhece toda a história, começo e fim. O futuro do homem e do mundo está sob o olhar do Altíssimo.

PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009.

SILVA, Severino Pedro. Daniel Versículo por Versículo: As visões para estes últimos dias. 13ª Edição. RJ: CPAD, 2005.

STAMPS, Donald C. (Ed.). Bíblia de Estudo Pentecostal: Antigo e Novo Testamento. RJ: CPAD, 1995. 

“MEDOS, MÉDIA

Em Isaías 13.17,18 e Jeremias 51.11,28, foi predito o papel que os medos iriam desempenhar na queda da Babilônia, embora nessa época os persas estivessem dominando. Daniel também atribui aos medos um papel importante na queda da cidade da Babilônia (Dn 5.30,31). Talvez em 539 a.C. os exércitos de Ciro o Grande fossem dirigidos por um Dario, o medo, que ‘ocupou o reino, na idade de sessenta e dois’ (v.31). Entretanto, é difícil identificar esse Dario, o medo. O estudioso J. C. Whitcomb Jr. acredita que era o Gubaru das Crônicas de Nabonido” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1242-43). 

“PÉRSIA

Os reis assírios foram os primeiros a mencionar a Pérsia em seus relatos. Salmanaser III recebeu tributo dos reis da Parsua em 836 a.C., Tiglate Pilaser III invadiu a Parsua em 737, e Senaqueribe lutou contra eles em Halulina em 681. Aquêmenes (Hakhmanish da Pérsia) foi o ancestral epônimo que fundou a dinastia persa. Teispes, filho de Aquêmenes, dois netos, Ariyaramnes e Ciro I, e um bisneto, Cambises, governaram a terra natal, mas foram subordinados aos seus primos mais poderosos do norte, os medos. A pátria deste povo de língua indo-europeia era chamada de Parsa, mas eles a chamavam de Airyana, do sânscrito arya, ‘nobre’, e a partir daí o atual Irã. O país situava-se a leste de Elão a partir do golfo Pérsico até o Grande Deserto de Sal. Este povo passou pelo planalto do Irã e ocupou esta região no início do primeiro milênio a.C.

Depois da queda de Nínive, em 612 a.C., os medos controlaram todo o norte da Mesopotâmia. O casamento de Cambises com a filha do rei medo Astíages, resultou no nascimento de Ciro II. Este líder uniu as tribos persas e juntou forças com Nabu-na’id (Nabonido) da Babilônia, em uma revolta contra os medos. Em pouco tempo, o controle da Média caiu nas mãos de Ciro o Grande, em 547 a.C. ele venceu Creso, o rei de Lídia que governava a Anatólia ocidental.

Ciro não fez uma mudança radical quando tomou os reinos dos caldeus, mas instituiu reformas. Colocou o templo da Babilônia sob sua própria administração, mas teve uma atitude iluminada em relação às religiões que eram diferentes da sua. Os judeus exilados não foram os únicos a receber liberdade religiosa e voltar para a sua terra natal” (PFEIFFER, Charles F.; VOS, Howard, F. Dicionário Bíblico Wycliffe. RJ: CPAD, 2009, pp.1515-16). 

O oitavo capítulo de Daniel retrata os impérios Medo-Persa e Grego respectivamente. O carneiro de dois chifres representa o império Medo-Persa. O Bode é figura do império Grego e o grande chifre do bode refere-se a Alexandre Magno, o mais célebre conquistador do Mundo Antigo.

Alexandre humilhou o império Medo-Persa sem compaixão e piedade. Representado pelo grande chifre do bode que foi quebrado, o imperador grego morreu prematuramente. A visão de Daniel apresenta mais quatro chifres que cresceram no seu lugar. Eles representavam os quatro generais que dividiram o império Grego em quatro regiões, após a morte de Alexandre, isto é, Macedônia, Ásia Menor, Síria-Babilônia e Egito. Entretanto, desses quatro chifres cresceu um pequeno chifre que foi visto na figura de Antíoco Epífanes, o rei da Dinastia Selêucida que governou a Síria entre 174 e 164 a.C.

Antíoco Epífanes atacou as quatro regiões e suas respectivas potências militares. A história confirma também o assassinato do sumo-sacerdote judeu Onias em 170 d.C. e a profanação do templo de Jerusalém. Daniel teve uma visão extensa e assustadora ao ponto de lhe tirar a força física para fazer as coisas mais básicas da vida. Mas era uma visão que devia ser guardada em segredo. Muitos estudiosos concordam que o capítulo oito de Daniel traz um testemunho de uma profecia histórica que se cumpriu parcialmente. A história teria testemunhado os acontecimentos que os santos profetas, sem os conhecerem de antemão, profetizaram em nome do Senhor. É bem verdade que o nosso Deus zela pela sua Palavra.

A Bíblia diz que o espírito do anticristo opera no mundo. De acordo com a crueldade, a ignomínia e a covardia de Antíoco Epifânio muitos estudiosos o relacionam como um tipo do Anticristo de que fala o Novo Testamento. Mas enquadrá-lo como Anticristo ainda passa por especulação. Todavia, o que deve alegrar o crente são as vidas que abrem os olhos espirituais e percebem por si mesma o benefício de crermos na graça preciosa e suficiente de Deus, o nosso bendito e eterno Pai.

Aproveite a aula de hoje para mostrar aos alunos como o nosso Deus relaciona-se com o Seu povo escolhido. Somos a igreja de Deus, um povo escolhido e chamado por Ele para anunciar as boas novas da vida eterna. Não permita que o seu aluno deixe a aula sem este esclarecimento: o de que o Senhor, através do Seu Filho Jesus, e na força do Espírito Santo, tem cuidado de nós.

As Setenta Semanas 

Daniel 9.20-27. 

20 - Estando eu ainda falando, e orando, e confessando o meu pecado e o pecado do meu povo Israel, e lançando a minha súplica perante a face do Senhor, meu Deus, pelo monte santo do meu Deus,

21 - estando eu, digo, ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da tarde.

22 - E me instruiu, e falou comigo, e disse: Daniel, agora, saí para fazer-te entender o sentido.

23 - No princípio das tuas súplicas, saiu a ordem, e eu vim, para to declarar, porque és mui amado; toma, pois, bem sentido na palavra e entende a visão.

24 - Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo e sobre a tua santa cidade, para extinguir a transgressão, e dar fim aos pecados, e expiar a iniquidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e ungir o Santo dos santos.

25 - Sabe e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas; as ruas e as tranqueiras se reedificarão, mas em tempos angustiosos.

26 - E, depois das sessenta e duas semanas, será tirado o Messias e não será mais; e o povo do príncipe, que há de vir, destruirá a cidade e o santuário, e o seu fim será com uma inundação; e até ao fim haverá guerra; estão determinadas assolações.

27 - E ele firmará um concerto com muitos por uma semana; e, na metade da semana, fará cessar o sacrifício e a oferta de manjares; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador. 

Este é um assunto que deve ser estudado com muita dedicação. Depois de estudar com zelo as profecias do profeta Jeremias, Daniel compreendeu o futuro do seu povo. A profecia de Daniel começou a se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem do rei Artaxerxes (Ne 2.1-8). Porém, a profecia ainda não se cumpriu na íntegra, pois a septuagésima semana de Daniel foi interrompida pelo Todo-Poderoso. A Igreja de Cristo não verá o cumprimento total desta profecia, pois antes que a septuagésima semana se cumpra ela já terá sido arrebatada. 

Para introduzir o segundo tópico da lição desta semana reproduza o esquema abaixo conforme as suas possibilidades. Com o auxílio do esquema, explique que a profecia de Daniel começou a se cumprir a partir do decreto da restauração de Israel por ordem de Artaxerxes (Ne 2.1-8), em 444 a.C. Em seguida, diga aos alunos que essa profecia não foi cumprida cabalmente, pois a septuagésima semana de Daniel foi interrompida por Deus. Então deu-se o advento da Igreja. Afirme que a Igreja deve primeiramente ser arrebatada, para em seguida, a profecia sobre a septuagésima semana cumprir-se literal e plenamente. 

Soberania: Qualidade ou condição de soberano; superioridade derivada de autoridade, domínio, poder. 

Diferentemente dos capítulos anteriores, o nono capítulo de Daniel não descreve o futuro dos impérios mundiais, mas o de Israel. Nesta lição, estudaremos a pesquisa de Daniel quanto à profecia de Jeremias: as setenta semanas, um período de 490 anos para o povo judeu. Este período compreende o fim do tempo da escravidão e do exílio dos israelitas em terras estranhas. A partir de uma circunstância histórica, Deus revelou a Daniel uma verdade futura acerca do seu povo. Pelo período de setenta anos, Israel veria a soberania de Deus intervindo em seu futuro. E após uma visão estarrecedora dos capítulos 7 e 8, referente ao tempo vindouro, em que “um rei feroz” prefigurava o futuro Anticristo, o profeta enfraqueceu-se física e emocionalmente, restando-lhe tão somente orar e buscar o socorro de Deus. 

I. DANIEL INTERCEDE A DEUS PELO SEU POVO (Dn 9.3-19) 

1. O tempo da profecia de Jeremias (vv.1,2). Daniel, agora um ancião, ainda exercia suas atividades políticas sob domínio de Dario. O profeta esquadrinhou a mensagem do livro de Jeremias. E descobriu que a profecia de Jeremias determinava um tempo de setenta anos de cativeiro para os judeus. Logo este tempo marcado pelo sofrimento chegaria ao fim. Ao compreender a mensagem, o profeta Daniel orou a Deus, pedindo-lhe o cumprimento da promessa ao seu povo e que, por fim, Ele restaurasse o reino a Israel.

2. A confissão dos pecados de um povo (vv.3-11,20). A oração de Daniel demonstrou uma atitude confessional e de reconhecimento da culpa. Ele não apenas informou a culpabilidade do seu povo, mas a sua própria também: “pecamos, e cometemos iniquidade, e procedemos impiamente, e fomos rebeldes, apartando-nos dos teus mandamentos e dos teus juízos” (v.5). A despeito da sua integridade, Daniel não foi presunçoso diante da justiça de Deus, pois ele colocou-se debaixo da mesma culpa do povo e suplicou o perdão a Deus.

3. Daniel reconheceu a justiça de Deus (vv.7,16). A princípio, como um ser humano imerso no sofrimento, Daniel não compreendeu a manifestação da justiça de Deus contra o seu povo, mas ao mesmo tempo ele estava convicto acerca da perfeição da justiça divina.

Não podemos, entretanto, confundir o juízo de Deus com os acertos de contas humanos. A justiça divina não é justiça humana.

As guerras e pelejas entre os crentes são frutos dos desejos egoístas e carnais que carregamos em nosso interior. 

II. DEUS REVELA O FUTURO DO SEU POVO (Dn 9.24-27) 

1. As setenta semanas (v.24). Daniel confirmara que Jeremias profetizou os setenta anos do exílio de Israel (Jr 25.11-13; 2Cr 36.21). Por isso, na Bíblia, o número setenta ganhou um sentido profético. Assim, cada dia da semana pode significar um ano; cada semana, um período de sete anos. Então, as setenta semanas compreendem o período de 490 anos, setenta multiplicado por sete. Mas quando se deu o início do cumprimento das setenta semanas? Para respondermos a esta pergunta, temos de explicar primeiramente a expressão “setenta semanas”:

a) Explicação. O versículo 24 afirma que Deus determinou as setenta semanas. O bloco que forma os versículos 24-27 é profeticamente dividido em três grupos: 1) sete semanas (49 anos); 2) sessenta e duas semanas (434 anos); 3) uma semana (7 anos). Estes somam as setenta semanas:

b) O primeiro grupo (1). O início desta profecia deu-se com o decreto da reconstrução de Jerusalém (v.25). Os principais estudiosos do assunto concordam que se trata do decreto de Artaxerxes Longímano, baixado em 445 a.C. (cf. Ne 2).

c) O segundo grupo (2). É o período do advento do Messias, Jesus de Nazaré (vv.25,26). Neste tempo o Senhor foi morto e mais tarde Jerusalém foi novamente destruída através da liderança do general do exército romano, Tito, em 70 d.C.

d) O terceiro (3). Esta semana ainda não aconteceu (v.27). Compare o versículo 27 de Daniel com Mateus 24.15 e veja como se trata de uma profecia que ainda não se cumpriu. Esta última semana refere-se, então, ao período que implicará o advento do Anticristo e o início do tempo de tribulação para Israel.

2. Os três príncipes são mencionados na profecia (vv.25,26). O primeiro príncipe é o Messias (v.25). O segundo apareceu posteriormente e destruiu a cidade de Jerusalém e o santuário em 70 d.C., trata-se do general Tito (v.26). E o terceiro príncipe surgirá no futuro, na última semana profetizada por Daniel (v. 27). Este príncipe não é o Messias “tirado” (9.26), mas certamente um personagem mais poderoso que Antíoco Epifânio e o general Tito. Trata-se, portanto, do Anticristo (2Ts 2.3-9; 1Jo 2.18).

3. O intervalo que precede a septuagésima semana (v.27). O estudo das Escrituras demonstra um longo intervalo de tempo que precede a septuagésima semana. A Bíblia identifica este intervalo profético como “o tempo dos gentios”. A comunhão espiritual entre judeus e gentios, mediante a salvação em Cristo, formou um novo povo para Deus: a Igreja (Ef 2.12-16; 1Pe 2.9,10). Atualmente, estamos no tempo da graça de Deus e temos de anunciar o ano aceitável do Senhor para o mundo inteiro (Lc 4.18,19).

Após o tempo gentílico virá a última semana que, identificada pelas profecias bíblicas, significa um tempo de Grande Tribulação. É neste tempo que o “assolador”, isto é, o “anticristo” ou “o homem do pecado” ou “o homem da perdição”, virá sobre a asa das abominações (v.27).

Os sinais que precedem a revelação dessa figura abominável estão ocorrendo por toda parte. Todavia, a Igreja de Cristo não mais estará neste mundo, pois a noiva do Senhor será arrebatada antes do tempo da tribulação (1Co 15.51,52). 

Na Bíblia, o número setenta ganhou sentido profético, pois a partir desta visão profética Deus revelou o futuro do seu povo a Daniel. 

III. OS PROPÓSITOS DA SEPTUAGÉSIMA SEMANA (Dn 9.27) 

1. Revelar o “homem do pecado” (2Ts 2.3). De acordo com as profecias, nem Antíoco Epifânio nem o general Tito foram objetos das predições do versículo 27 de Daniel. A passagem bíblica começa com o pronome “ele”, também identificado como “o rei de cara feroz”; “o chifre pequeno”; “o animal terrível e espantoso”. Mas quem será o personagem do livro de Daniel? Em o Novo Testamento, ele é identificado como “o anticristo” (1Jo 2.18; 4.3) e “a besta que saiu do mar” (Ap 13.1). Apesar de apresentada numa linguagem simbólica, a personagem é literal. Trata-se de um líder mundial poderoso que chamará a atenção das nações pela sua diplomacia, astúcia e inteligência política.

2. A Grande Tribulação (Mt 24.15,21). O Anticristo “fará uma aliança com muitos por uma semana” (v.27). Note a expressão “com muitos”! Esta quer dizer que o Anticristo fará uma aliança com Israel, mas de início esta aliança não será unânime entre os judeus. Contudo, o Anticristo terá influência suficiente para impor a sua liderança política e, por fim, alcançar o sucesso e sua completa aceitação entre os judeus.

A força política do Anticristo será reconhecida nos três primeiros anos e meio, isto é, na primeira metade da última semana, quando a marca desse tempo será um período de falsa paz e harmonia. Em seguida, surgirá um tempo de sofrimento e tamanha aflição em todo o mundo. Perseguição, humilhação e morte serão a tônica desse tempo, a segunda fase da Grande Tribulação. Entretanto, e antes de tudo isso ocorrer, a Igreja será arrebatada e estará para sempre com Cristo na glória.

3. Revelar a vitória gloriosa do Messias. Jesus Cristo, o Messias prometido, será revelado quando da sua segunda vinda visível sobre o Monte das Oliveiras (Zc 9.9,10). O Rei aniquilará por completo o poderio do Anticristo, do falso profeta e do próprio Diabo (Ap 19.19-21) e estabelecerá um reino de paz e harmonia no mundo todo. Esta é uma mensagem de esperança para o nosso coração. Não tenhamos medo, creiamos tão somente! Breve Jesus voltará! Alegremo-nos nesta esperança!

Os propósitos da septuagésima semana são revelar ao povo de Deus o “homem do pecado”, “a Grande Tribulação” e o tempo da vitória gloriosa do Messias. 

Vivemos um tempo de incredulidade. Muitos se dizem teólogos, mas negam e desprestigiam as profecias bíblicas. Eles preferem as alegorias ao invés de se debruçarem sobre as Escrituras e estudá-las com fé, graça e humildade. Entretanto, a Igreja não pode rejeitar as verdades futuras de nosso Senhor. Portanto, corramos e prossigamos em conhecê-lo mais, sabendo que um dia tudo será desvendado aos nossos olhos.

LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004.
MERRIL, Eugene H. História de Israel no Antigo Testamento: O reino de sacerdotes que Deus colocou entre as nações. 6ª Edição. RJ: CPAD, 2007.
ZUCK, Roy B. (Ed.) Teologia do Antigo Testamento. 1ª Edição. RJ: CPAD. 2009. 

 “O CONTEXTO DA PROFECIA

Daniel entendeu, a partir das profecias de Jeremias, que o exílio na Babilônia duraria setenta anos (Dn 9.2; Jr 25.11; 29.10). Ele reconheceu que a restauração dependia do arrependimento nacional (Jr 29.10-14), de modo que Daniel intercedeu pessoalmente por Israel com penitência e petições. Ele orou especificamente pela restauração de Jerusalém e do Templo (Dn 9.3-19). Aparentemente, Daniel esperava o cumprimento imediato e completo da restauração de Israel com a conclusão do cativeiro dos setenta anos. No entanto, a resposta que lhe foi entregue pelo arcanjo Gabriel (a profecia dos setenta anos) revelou que a restauração de Israel seria progressiva e se cumpriria definitivamente somente no tempo do fim” (LAHAYE, Tim; HINDSON (Ed.) Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica. 1ª Edição. RJ: CPAD, 2004, p.429). 

As Setenta Semanas 

O capítulo nove de Daniel é um dos mais controvertidos e especulados da Bíblia. Quantas datas foram marcadas para a vinda de Jesus a partir desse capítulo? Quantas pessoas pensaram que o Anticristo foi o Hitler? Ou o Papa? Tudo a partir da leitura desse capítulo.

O que se tem no capítulo nove é a terceira visão dos mistérios proféticos a respeito do tempo do fim onde de forma direta e através do anjo Gabriel o profeta Daniel recebeu de Deus tais informações. Duas divisões naturais aparecem neste capítulo: a oração de Daniel (vv.3-19) e a resposta divina transmitida pelo anjo Gabriel (vv.20-27).

A respeito da oração de Daniel é importante que o professor considere algumas questões importantes:

1. A oração de Daniel foi motivada por uma reflexão acerca das profecias de Jeremias. O povo judeu passaria setenta anos cativo e desolado (v.2);

2. Enquanto empenhava-se por entender a mensagem do profeta Jeremias, Daniel humilhou-se na presença de Deus e jejuou (v.3);

3. Daniel suplica ao Senhor confessando o pecado do povo e colocando-se, juntamente com o povo cativo, responsável por aquele pecado (vv.4-14);

4. Suplicou também pela misericórdia divina lembrando esta mesma misericórdia quando o Senhor livrou o Seu povo do Egito e, igualmente, usou de justiça para castigar o pecado de Jerusalém (vv.15,16).

5. Por fim, Daniel pede a Deus para libertar a cidade santa, Jerusalém, e a nação cujo Deus é o Senhor (vv.17-19);

6. O anjo Gabriel responde a Daniel após o processo de busca por resposta divina. É interessante destacar que é a primeira vez que um anjo aparece se locomovendo no Antigo Testamento. Antes, outros anjos apenas apareciam.

O capítulo pelo qual estamos estudando revela a disposição e a motivação de Daniel em buscar os desígnios de Deus. Embora não seja, neste espaço, a nossa intenção criar uma espécie de receita de bolo para buscarmos a Deus, pois entendemos que as experiências espirituais são de caráter subjetivo, cada pessoa tem a sua experiência com o Pai, mas é impossível não observarmos algumas características que chama-nos atenção na atitude de Daniel: a sua sede de conhecer a vontade de Deus, a humildade; a sinceridade; a disposição em orar e jejuar. Que a atitude de Daniel estimule-nos a buscarmos a vontade de Deus para a nossa vida!

FONTE VEJA MAIS www.avivamentonosul.blogspot.com.br