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o dever de combater os falsos ensinos
o dever de combater os falsos ensinos

O PERIGO DO ASCETICISMO DESCOMEDIDO,1 PEDRO 4.1-5

 

Surgirão Falsos Ensinos (4.1,2)

O apóstolo passa a tratar dos falsos ensinos que vinham infestando a igreja em Éfeso, cuja dificuldade ele alude no capítulo 1. O erro sempre se opõe à verdade do evangelho, conflito ao qual Deus prepara a sua igreja: Mas o Espírito expressamen­te diz que, nos últimos tempos, apostatarão alguns da fé (1). Paulo está se refe­rindo ao Espírito Santo, que é o espírito de profecia. E impossível determinar que profecia em particular o escritor tinha em mente. Às vezes, o apóstolo era movido pelo Espírito para profetizar. Um dos numerosos exemplos dessa inspiração envolvia esta igreja efésia, onde Timóteo servia: "Porque eu sei isto: que, depois da minha partida, entrarão no meio de vós lobos cruéis, que não perdoarão o rebanho. E que, dentre vós mesmos, se levantarão homens que falarão coisas perversas, para atraírem os discípu­los após si" (At 20.29,30). Este desdobramento, tão claramente previsto poucos anos antes, está próximo; na verdade, já começou. Guthrie entende que 'nos últimos tem­pos' é expressão que indica um futuro mais iminente que 'nos últimos dias' (usado em 2 Tm 3.1). [...] Como é comum ocorrer em declarações proféticas, o que é predito acerca do futuro concebe-se que já está em operação no presente, assim as palavras têm signi­ficação contemporânea específica".

Não só amanhã, mas esta levedura de erro está em ação hoje. Alguns já se desvia­ram da fé, seduzidos pelos "estratagemas de Satanás e seus aliados" (Kelly). Paulo denomina essas forças sobrenaturais de "principados, [...] potestades, [...] príncipes das trevas deste século, [...] hostes espirituais da maldade, nos lugares celestiais" (Ef 6.12). A palavra grega traduzida por espíritos enganadores (1) significa, de fato, "curandeiros ambulantes" ou "vagabundos, errantes" (Simpson), indicando o poder de iludir e enga­nar. Esses espíritos malignos empregam suas vítimas sucessivamente como agentes dos seus propósitos abomináveis. Prosseguindo na descrição destes agentes do erro, diz o apóstolo: Pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência (2). O termo hipocrisia fala do esforço consciente e delibera­do em enganar, o conhecimento moral de que os ensinos que eles propagam sãomenti­ras. Esses indivíduos estão tão cegos pela incredulidade e são tão endurecidos de coração que a consciência não é mais capaz de exercer suas funções designadas. Ela está cauterizada. Em Efésios 4.19, o apóstolo descreve a pessoa nesta condição moral: "havendo perdido todo o sentimento".

 Asceticismo Sem Sentido (4.3-5)

Paulo define dois detalhes do ensino que ele está denunciando: Proibindo o casamento e ordenando a abstinência dos manjares que Deus criou para os fiéis e para os que conhecem a verdade, a fim de usarem deles com ações de graças (3). Esta proibição de casar-se e comer certos alimentos mostra que o erro que ganhara posição segura na igreja em Éfeso era um tipo inicial de gnosticismo. O principal ata­que do gnosticismo em busca de um lugar de influência na igreja primitiva ocorreu somente no século II. Mas uma forma incipiente desta heresia, forma de caráter am­plamente judaico, já havia assumido proporções ameaçadoras no século I. Todas as formas de gnosticismo defendiam em comum a idéia de um dualismo fundamental entre matéria e espírito. Isto significava que tudo que pertencesse ao corpo era intrinsecamente mau. Estes mestres mal orientados promoviam um asceticismo rígido e es­sencialmente falso. Seus adeptos tinham de evitar o casamento e praticar a absti­nência de certos alimentos.

O primeiro destes dois ensinos Paulo condena, mas, como ressalta Kelly, "não refuta por argumentação. A explicação provável é que ele já deixara perfeitamente clara sua posição acerca da naturalidade e decoro do casamento, quando falou das qualidades exigidas para os detentores de cargos". E verdade que o apóstolo preferia para si o estado de solteiro ao de casado, e que ao escrever aos crentes coríntios (1 Co 7) ele sugere que seria melhor que outros cristãos seguissem seu exemplo. Contudo, a razão para este julgamento estava muito longe das opiniões errôneas às quais ele se opunha em Éfeso. No texto Coríntio, ele destaca a "instante necessidade" (1 Co 7.26) e lembra os leitores que "o tempo se abrevia" (1 Co 7.29). Ambas as passagens são, ao que parece, insinuações veladas à expectativa paulina da vinda próxima de Cristo. Em vista do fato de que "a aparência deste mundo passa" (1 Co 7.31), muitas coisas que em si são certas e adequa­das assumem importância secundária, entre elas a questão do celibato e casamento. Mas ele não pôde ser tolerante com a proibição do casamento pela razão errada, como ocorria em Éfeso.

Contra o segundo falso ensino — a abstinência de certos alimentos —, o apóstolo apresenta razões cuidadosamente argumentadas: Porque toda criatura de Deus é boa, e não há nada que rejeitar, sendo recebido com ações de graças (4). Paulomantém sua posição de liberdade das proibições impostas pelos rituais dos judeus. Estas proibições tinham sido ab-rogadas claramente pela visão de Pedro no terraço da casa em Jope (At 10.9-16). A única estipulação que Paulo estabeleceu concernente ao dom divino de alimentos nutritivos era que fosse recebido com ações de graças. E a maneira em que tais ações de graças devem ser expressas é, pelo menos, sugerida: Porque, pela palavra de Deus e pela oração, é santificada (5; "consagrado", CH; "sagrado", NEB). É evidente que dar graças antes das refeições era um dos costumes mais antigos da igreja. Pelo visto, além da oração de ações de graças, era costume de os crentes primi­tivos empregarem trechos das Escrituras em suas expressões de gratidão a Deus. A ora­ção de ações de graças antes de participar dos alimentos, por mais escassa que seja a comida, é a obrigação mínima do cristão. E não há oração de ações de graçasmais adequada que a que João Wesley e seus pregadores empregavam:

Invocamos tua presença a esta mesa, Senhor; Aqui e em todos os lugares te adoramos; Abençoa-nos, e concede que participemos contigo do banquete no Paraíso. 

    Fonte  Bibliografia ,comentário bíblico Beacon , cpad, 2010